Onde o mar nos levou

Há encontros que parecem acasos, mas carregam o peso de um destino traçado muito antes de qualquer passo. Foi assim comigo e com ele. Com o Caio. Não houve aviso, nem sinais óbvios — apenas o mar, a areia fria e um silêncio que, de repente, parecia confortável demais para dois estranhos. Naquele dia, eu não buscava nada além de distância. Fugia de mim, da pressão sufocante dos que esperavam que eu fosse alguém que nunca pedi para ser. E, no entanto, ali, entre pedras e ondas calmas, encontrei tudo o que jamais imaginei ter: um lar. Mas o amor, esse teimoso, não vem com promessas de paz. Ele rasga, reconstrói, desafia. E o nosso… ah, o nosso foi assim: feito mar revolto. Incontrolável. Profundo. Capaz de curar, mas também de machucar. Essa é a história de dois corpos que se encontraram num verão qualquer. Mas também é a história de duas almas que, mesmo feridas, decidiram nadar contra a correnteza — só para ver até onde o amor seria capaz de levá-las. E foi longe... Mais do que qualquer um poderia imaginar.