A mansão ficava no alto da colina de Santa Teresa, Rio de Janeiro, mas parecia ter sido esquecida pelo tempo. As paredes descascadas, os vitrais quebrados, o cheiro de mofo misturado com uísque caro e charuto cubano. Desde que a mãe morreu num acidente de carro há dez anos, o casarão só conhecia três habitantes: o coronel Otávio, viúvo de sessenta e poucos anos, a filha mais velha que fugira para São Paulo e nunca mais deu sinal de vida, e a caçula, Isadora, que acabara de completar dezoito anos.
E Judas.
Judas era um grande-dane negro, um cão de quase duzentos quilos de músculo, ombros na altura do peito de um homem adulto, focinho largo, olhos amarelos que brilhavam no escuro. O coronel criou o cão desde filhote com um único propósito que nunca disse em voz alta, mas que todos os empregados que ainda ousavam permanecer na casa sabiam: Judas era o novo macho alfa da família.
No dia do aniversário de Isadora, o coronel mandou servir o jantar no salão principal, coisa que não acontecia há anos. Velas pretas, terrinas de prata polida, vinho tinto importado. Isadora usava o vestido branco que a mãe usara no casamento. Ficava lindo nela: pele clara, cabelos castanhos longos, seios firmes no alto, cintura fina. O coronel não tirava os olhos dela.
— Hoje você vira mulher de verdade, minha filha — ele disse, voz rouca de uísque. — Hoje você conhecerá o homem da casa.
Isadora riu, achando que era brincadeira. Não era.
Quando ela desceu para pegar mais vinho na adega, o pai fechou a porta pesada de ferro atrás dela. O porão era enorme, úmido, cheirava a umidade e urina de cachorro. No centro, uma cama de ferro antiga, coberta por um lençol encardido. Judas estava lá, preso por uma corrente grossa, mas assim que viu Isadora, começou a ganir e babar. A baba caía em fios grossos no chão.
— Pai? — ela chamou com a voz tremendo. — Abre a porta, por favor…
O coronel não respondeu. Apenas se sentou numa cadeira velha do lado de fora da porta entreaberta e presa por uma corrente de segurança, deixando uma fresta de cinco centímetros. Acendeu um charuto. Observaria tudo.
Judas avançou.
O cão era tão grande que parecia um pônei. Cheirava a sexo bruto, a pelo molhado, a macho no cio. A corrente esticou, mas o coronel a soltou com a ponta do cabo da bengala. Judas correu. Isadora gritou, tentou subir as escadas, mas o cão a derrubou com uma patada leve — só o peso já bastava. Ela caiu de cara no colchão fedido.
Judas não perdeu tempo. Enfiou o focinho por baixo do vestido branco, rasgando a calcinha de renda com os dentes. O tecido se partiu como papel. O cheiro da virgindade dela enlouqueceu o cão. Ele lambeu uma vez, duas, língua áspera e quente raspando o clitóris, abrindo os grandes lábios, entrando fundo na buceta rosada e intocada. Isadora gritou de nojo e também por um calor que subiu apesar de todo o terror.
— Pai! Pelo amor de Deus!
O coronel apenas soprou a fumaça do charuto, pau já duro dentro das calças.
Judas a montou.
O pau do cão saiu da bainha como uma espada vermelha, grossa, nodosa, pingando um líquido claro e viscoso. Era maior que o antebraço de Isadora. O cão tentou encaixar a pica, errou uma vez, acertou a entrada da vulva na segunda. A cabeça do pau forçou a entrada, deflorando o hímen com um som molhado. Isadora urrou. O coronel gemeu baixo.
— Isso, Judas… mete tudo na minha filhota… deflore essa bucetinha virgem…
O cão socou tudo. O pau entrou até o fundo, esticando as paredes da buceta, batendo no colo do útero. Isadora sentiu o corpo se partir em dois. Dor pura, mas junto vinha uma onda quente, suja, que a fazia tremer inteira. Judas metia com força animal, quadril batendo na bunda dela, estocadas brutas de pura selvageria animal, baba pingando nas costas, nas nádegas.
Então veio a trava.
A glande inchou dentro dela, um nó do tamanho de um punho fechado. Travou. Isadora gritou mais alto — sentia que ia rasgar ao meio. O cão parou de meter, ficou preso, pulsando, jorrando porra quente em jatos grossos que enchiam o útero até escorrer pelas laterais da xoxota. Ela gozou sem querer. Um esguicho forte que molhou as pernas do cão e o colchão. O corpo convulsionava, os olhos reviraram.
Judas ficou preso por quase vinte minutos. Quando a glande murchou e ele saiu de dentro, um rio de porra misturada com sangue escorreu da buceta toda arrombada. O cão lambeu uma vez, satisfeito, e se deitou no canto.
O coronel entrou.
Cheirava a uísque, charuto e tesão antigo. Ajoelhou-se ao lado da filha, que chorava e tremia.
— Se acalma, minha princesa… agora papai vai te confortar.
Ele abriu o corpete do vestido, expôs os seios pequenos e firmes. Mamou num deles como se fosse criança outra vez. Sugava com força, língua rodando o mamilo, dentes mordiscando. A outra mão desceu até a buceta esfolada, enfiou dois dedos no meio da porra de cachorro ainda quente.
— Olha como você tá ensopada… gostou do pau do Judas, né? Gostou de ser puta do teu cachorro…
Isadora tentou empurrar o pai, mas não tinha força. O coronel tirou o pau para fora — velho, mas duro — e se esfregou na coxa dela enquanto mamava no outro peito.
— Hoje não vou te foder… hoje você é só do Judas. Mas amanhã… amanhã a gente divide.
E assim começou o ritual.
Toda noite, depois do jantar, Isadora era levada ao porão. Às vezes algemada na cama, às vezes só empurrada. Judas já esperava, pau vermelho em riste, sempre pronto. O cão a montava de frente, de costas, de lado. Às vezes enfiava o pau no cu — o coronel ajudava a abrir as nádegas e laceava o reto enfiando dois dedos. A glande inchava sempre, prendia sempre, fazia ela gritar e gozar em jatos que encharcavam tudo.
O coronel assistia batendo punheta, às vezes gozava nos seios dela enquanto Judas ainda estava preso dentro. Depois mamava nos peitinhos, lambia a porra que escorria da xoxota, enfiava a língua na buceta suja junto com a do cão.
— Isso, minha filha… tome muita porra de cachorro… vire a cadela do papai…
Semanas viraram meses. O ventre de Isadora começou a crescer. Não era uma barriga normal. Era redonda, dura, com movimentos estranhos por baixo da pele. Os seios incharam, veias azuis saltadas, mamilos escurecendo. Leite começou a pingar — primeiro gotas, depois jatos grossos quando ela gozava.
Judas sentia o cheiro e enlouquecia mais ainda. Lambia os peitos, mamava junto com o coronel. Às vezes o cão montava nela de lado, pau preso na buceta, enquanto o pai mamava no peito e metia o pau no cu dela, numa dupla penetração insana.
Numa noite de tempestade, o parto veio.
Isadora estava de quatro no porão, algemada, barriga enorme roçando o chão. O coronel segurava as correntes.
— Força, minha putinha… empurra pra fora a ninhada de Judas!
A primeira contração rasgou o corpo dela. Ela urrou. A buceta se abriu como uma flor indecente. O primeiro filhote deslizou para fora num jato de sangue e líquido escuro. Era preto, molhado, com olhos humanos — olhos do coronel, castanhos, assustados. Já latiu fino e rastejou até o peito da mãe, enfiando o focinho num mamilo e mamando com força.
O segundo veio logo, maior. O terceiro tinha um focinho mais alongado, mas um rosto quase humano. O quarto saiu com dificuldade, rasgando tudo. Isadora desmaiou por um instante, acordou com o coronel lambendo o sangue entre suas pernas.
— Olha, minha filha… olha o que você pariu… meus netos…
Judas lambeu os filhotes, lambeu a buceta destruída, depois montou nela outra vez, mesmo com ainda sangrando do parto. O pau inchou dentro do útero ferido. Isadora gozou de novo, um grito longo que misturava dor e prazer insano.
O coronel sorriu, acariciando o lombo do cão.
— Bem-vindo à família, Judas. Agora você é o homem dessa casa.
E no porão da mansão decadente, sob a luz fraca de uma única lâmpada, a nova ninhada mamava nos peitos da mãe, o cão ainda com o pau preso dentro dela, e o coronel assistia, pau duro outra vez, esperando sua vez.
A linhagem estava garantida.
A genética da família reinava absoluta.
