O Barman e o Confeiteiro 17

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 3915 palavras
Data: 21/11/2025 16:19:17
Assuntos: Anal, Gay, Oral, Sexo

ADRIANO 17

Ykaro se desculpou, menos mau, mesmo assim sinto que tem algo a mais nessa história, porém aprendi minha lição quando ele foi grosso comigo ontem, então o melhor é deixá-lo, se Ykaro quiser se abrir vai fazer isso, forçá-lo só vai afastar o assunto e não posso me dar ao luxo de perder meu roommate agora.

Hoje antes do trabalho fiquei de encontrar com Caio no Centro, tem umas lojas onde ele compra coisas para a Carmen e eu meio que gosto de ajudar a escolher. Termino meu café depois da minha conversa com Ykaro e saio para encontrar com meu amigo. Caio é uma das pessoas mais pontuais que eu já conheci, dificilmente ele vai ser o último a chegar em um compromisso, não importa onde seja, ele sai de casa mais cedo se preciso for.

— Oi Madrinha!

— Oi miga!

— Sua cara está péssima — sincero como sempre.

— Ontem acabei bebendo demais com Breno.

— E aí como foi?

— Normal ué, uma pena que você não foi, aposto que ele só topou porque tinha esperanças de você se juntar a nós depois de tocar na sauna — Caio revira os olhos.

— Madrinha, o Breno foi porque ele queria ir.

— Só você não ver Caio que o menino é maluco por você, ele te segue para todo lado.

— Ai madrinha, às vezes é difícil ser sua amiga.

— Oxé, só falo verdades! — Seu sorriso debochado é direcionado para mim, essa é a forma dele encerrar a conversa, ou nesse caso o tópico Breno.

— Então, vamos cuidar, que daqui a pouco dá sua hora.

— Vai almoçar com a gente hoje?

— Comer com o Luan? — Sua mão vai ao peito como se estivesse ouvindo uma ofensa e não um convite — prefiro passar fome.

— Nossa, até parece que você nunca comeu na presença dele.

— Eu só falo com ele por sua causa madrinha, isso só para começar a conversa e outra tenho planos com minha mãe.

— Tá bom, mas — antes que eu conclua meu celular começa a tocar — é o Breno.

— Que surpresa! — Não entendo seu tom irônico, mas não dedico muito tempo nisso, ao invés disso atendo a ligação.

— Oi Breno, tudo bem — Caio finge desinteresse enquanto entra na primeira loja de maquiagem — claro, no mesmo horário, até!

— Pronto vocês já vão ter a companhia do Breno para o almoço de novo.

— Como você?

— Adriano, eu sei de tudo, sempre! — Caio era uma bruxa, era a única explicação.

— Bruxa!

— E o boyzinho?

— Estamos bem, muito bem na verdade — os olhos grandes e inquisidores de Caio varrem minhas expressões em busca de qualquer coisa que diga o contrário.

— Se você diz.

— O que mais ele tem que fazer para vocês começarem a gostar dele?

— O Luan também não se convenceu né? — Caio e Luan têm muito em comum, só eles que não veem isso, tenho para mim que ambos se entendem melhor até do que comigo.

— Ele resolveu dar uma chance — digo, mas isso não o deixa convencido.

— Confiar desconfiando, é a cara dele tirar o corpo fora, olha escuta, Luan está com problemas no paraíso e por isso não pode prestar atenção em você agora, mas eu posso, esse garoto não é para você Madrinha, mas a senhora é muito teimosa para me ouvir.

— Que problemas o que, ele e a Stella estão ótimos.

— Ai Madrinha, até agora o Luan não deu um surto.

— Ele se ligou.

— Não, ele só tem problemas maiores que estão tomando toda a sua concentração, fora que até aquele boco já deve ter reparado que a mulher dele — Caio põe aspas na parte da mulher — passou tanto tempo esperando por ele que acabou se viciando na pica de outro.

— Caio nada haver, Stella não quer mais nada com Ykaro — penso no que ela me perguntou ontem, mas não deve ser nada, ela não aceitaria ficar com Luan pensando em outro, né?

— Só sei que Stella gosta do bofé e ela não o esqueceu, mas por ter esse sentimento maluco pelo traste gospel ela está dividida, se o Ykaro quiser o Luan vai ser corno.

— Ykaro não faria isso, ele não me passa essa vibe.

— Também acho que não, mas que tem algo rolando com aqueles três tem, meu faro para triângulos amorosos complicados está apuradíssimo.

— Ta bom mãe Carmen!

— Vai brincando, mas sério amigo, as cartas não são favoráveis para o Nathan, para mim esse moleque não me engana, ele é perfeitinho demais.

— Talvez se você finalmente desse uma chance para o Breno veria o mundo por uma lenta mais otimista e assim pararia de ficar gorando o romance dos outros — sua cara incredulidade é engraçada, não consigo ficar com raiva dele, nem quando Caio me diz que meu namoro não vai da bom.

— Sabe o que eu acho? — Levantou os ombros querendo saber — Que esse Gloss da Francisca vai ficar babado na Carman — mais uma vez Caio sai pela tangente mudando de assunto.

Depois das compras vou para o trabalho, Nathan me enviou uma mensagem falando que não vai trabalhar hoje agora a pouco, mas que vai me encontrar mais tarde. A boa notícia é que o porre do meu supervisor também não está por aqui — pelo menos uma coisa boa. — Guardando minhas coisas no armário escuto uma conversa da rádio pião e duas monitoras.

— Pois é, ele faltou hoje porque foi noivar.

— Mas ele não era gay?

— Ai mulher, deixa de ser preconceituosa, as bixas também casam!

— Oi, vocês estão falando do meu supervisor? — Acho que estou mais em choque dele está noivo de alguém do que elas.

— Sim, com direito a reunião de família e tudo nesse noivado — diz a portadora da notícia, toda orgulhosa por ser a primeira a compartilhar a novidade.

— Com homem tu acredita? — Diz a homofobia.

— Pois é, coitado de quem aceitar casar com aquele basculho!

Rimos um pouco pensando em como é que ele conseguiu essa proeza de não só namorar, como também casar. Vai entender mundo louco, agora paia é esse filha da puta noivo e dando em cima do Nathan aqui na cara dura, sério conto os dias para o momento em que vou poder me demitir desse inferno.

Sem meu supervisor aqui parece que até o trabalho fica mais leve, ele é um péssimo gestor e nem é implicância minha, todo mundo acha — mesmo assim ele tem seus puxa sacos. — A hora do meu almoço chega e aproveito para sair antes que inventem alguma coisa para mim fazer e me atrasar de novo.

***

Breno comeu com a gente e foi muito legal, até que eu não iria achar ruim se ele começasse a almoçar com a gente todos os dias, é bom para variar ficar com pessoas que não ficam brigando o tempo todo por qualquer motivo aleatório. Luan ainda está um pouco estranho, pensando bem, acho que o Caio não está de todo errado, tem mesmo algo rolando, só espero que meu amigo não se machuque no meio desse suposto triângulo amoroso.

Meu dia está em uma monotonia só, o que é maravilhoso, nem tenho encomenda para fazer quando chegar em casa, bom que vou poder dormir cedo, quer dizer isso vai depender também do que Nathan e eu vamos fazer hoje. Com meu boy é sempre uma surpresa, ainda estou pensando no que rolou na sauna, ele é safado, mas doce na mesma medida, uma peça rara de se encontrar.

Deu meu horário e vou encontrar com meu boy na parada de ônibus, ele está vindo de casa. Nathan não me explicou porque não veio hoje, mas o que importa é que vou vê-lô. Usando uma calça skinny e uma camiseta branca ele aparece no meu campo de visão, todo lindo e fofo como sempre.

— Oi, meu lindo — digo recebendo ele com um beijo.

— Oi, sentiu minha falta?

— Muita!

A surpresa de hoje é que Nathan quer ir para minha casa, por essa não estava esperando — não que esteja reclamando, pois não estou. — Nathan parece animado, mas não me conta muita coisa, só falar que vou amar a surpresa quando chegarmos em casa. Não quero que nada nos atrapalhe, então melhor avisar no grupo que vou está com visita, vai que um dos meus amigos chega do nada? Melhor me prevenir dessa possibilidade. Caio responde com olhinhos revirados e Luan com uma joinha, pronto tudo certo, Ykaro só vai aparece la em casa bem mais tarde.

— Você não vai mesmo me contar que surpresa é essa?

— Não, porque se não deixa de ser surpresa né Adriano — acho tão lindinho a forma como ele pronuncia meu nome, esse moleque é todo fino e riquinho, tão diferente de mim que sou humilde, mesmo assim, mesmo podendo está com qualquer um ele me escolheu, é, é o que dizem, quem espera sempre alcança.

A moto do Ykaro não está na garagem, sinal de que ele já foi trabalhar, ótimo, a casa é só nossa. Levo Nathan até meu quarto, cada passo em direção ao quarto faz meu coração bater ainda mais rápido, estou maluco de curiosidade.

— Então? — Pergunto assim que a porta se fecha atrás de mim.

— Senta — obedeço sentando na cama.

Nathan tem um brilho de malícia nos olhos, seus dedos desabotoou a calça, prendo minha respiração no momento em que vejo a alça rosa. Meu boy desce a calça devagar, de costas para mim, me dando toda a visão da sua bunda redonda e macia, ele está de calcinha, uma calcinha muito indecente e rosa, fofo e sensual, nunca pensei que um cara de calvinha fosse me dar tanto resão.

Ele abre os botões da camisa social depois amarra ela de uma forma que fica parecendo um topo, o fio dental socado no rabinho dele é alucinante, mas a carinha de putinha virgem que ele faz me quebra. Faço menção de que vou me levantar, mas ele é mais rápido e monta no meu colo. Nathan tira minha camisa lentamente, nossa proximidade me faz sentir seu perfume doce e delicioso.

— Gostou da surpresa?

— Cê é maluco, eu amei essa surpresa!

— Prova que você gostou.

Nathan sai do meu colo e engatinhou pela cama, ficando de quatro com o rosto colado no colchão, seu rabinho durinho está completamente exposto para mim — puta que pariu! — Nem precisa pedir de novo, afundo meu rosto no meio de suas nádegas, o anelzinho rosado dele com um fio da calcinha no meio, não me contenho, minha língua afasta o fio da calcinha para que eu consiga chupar seu cuzinho gostoso.

— Ai amor, isso é tão gostoso — porra ele falando assim eu vou ficar maluco.

— Geme amor!

— Aim, aim, aim, que delicia!

Ainda bem que estamos sozinhos em casa, pois Nathan está feito um puta no cio gemendo e rebolando na minha cara. Minha chupada o deixa louquinho também, Nathan me deita na cama, depois senta com o rabinho delicioso dele na minha cara, quando acho que não tem como isso ficar melhor, ele se curva em cima de mim, tira meu pau para fora e o abocanha, assim estamos em um meio nove alucinante, minha lingua no cuzinho dele e a boquinha dele no meu membro!

É difícil não gozar na boca dele, mas preciso resistir, tenho que meter nele usando essa caucinha, isso virou um fetiche meu que nem eu mesmo sabia que tinha. Preciso me meter nele agora ou vou gozar como nunca gozei antes na boca dele, cato uma camisinha no criado mudo, visto com uma agilidade de profissional. Nathan volta a ficar de quatro para mim, seguro no seu quadril com força e me empurro para dentro dele.

Não sei se você já meteu em um cara de calcinha, mas mana isso é diferente de tudo que já fiz, é tesão puro. Normalmente sou carinhoso, mas dessa vez não consegui, estou castigando a bundinha rosada do meu boy socando com tanta força que ele está gritando de prazer, entro em um transe que tudo que consigo pensar é meter mais fundo nesse rabo e é exatamente isso que estou fazendo.

— Ai amor!

— Aguenta amor, só mais um pouco.

— Adriano você está me arrombando!

— Aguenta, não consigo parar, deixar eu meter amor!

— Mete, mete Adriano, mete tudo em mim!

Nossos gemidos já são mais urros, quanto mais forte eu meto mais ele geme de dor e prazer e eu, bem eu estou gozando e mesmo assim não consigo parar de meter com toda a minha força, vou até o meu limite, só quando sinto a força faltar é que despenquei ao seu lado. Soquei tão forte nele que sua bundinha ficou vermelha, nossa que delicia de transa.

— Nossa, isso foi muito bom — minha voz quase falhando.

— Bem melhor do que eu pensei que ia ser.

— Nossa amor, essa calcinha foi foda!

— Eu sempre quis usar.

— Obrigado, você confiou em mim para realizar sua fantasia, eu adorei essa surpresa.

— Adorou foi? — Ele começa a me acariciar.

Meu pau volta a subir e antes mesmo de que eu possa retomar o fôlego visto meu garoto de novo e deixo meu boy se divertir pulando sem cima do meu pau, a calcinha despertou um lado ainda mais safado dele, nossa senhora!

Gozei três vezes até finalmente nossas forças se acabarem, fico namorando na cama por um tempo até a fome nos vencer, depois disso tomo um banho com ele e vou para cozinha para preparar algo pra gente comer, tem um mousse na geladeira, preparo só um suco para gente, estou com tanta fome que comeria até pedra.

— Esse mousse é uma delícia amor!

— Obrigado, eu fiz para testar, quero levar no sábado.

— Você vai trabalhar no sábado?

— Vou, ia te contar não vou conseguir te ver amor, foi mau.

— Tudo bem — Nathan diz que está tudo bem, mas percebo que tem algo incomodando ele.

— Tem certeza que está tudo bem mesmo, você pode me dizer se ficar chateado.

— Não é nada com você amor, só que minha mãe é muito chata sabe, mas não quero falar sobre isso agora, estamos juntos hoje então o melhor é aproveitar.

— Tudo bem, Nathan, eu acho que estou gostando muito de você.

— Nossa, eu também me sinto assim — meu coração até acelera com sua declaração, queria que meus amigos estivessem aqui só para eles verem o quanto estão errados sobre meu boy!

Ficamos namorando no sofá até dar a hora dele ir embora, como está tarde combinamos de rachar o uber dele. Foi só meu boy sair para meus amigos chegarem aqui, parece até que estavam esperando ele ir embora — Caio insiste em não gostar do Nathan — Caio e Breno vieram me chamar para comer alguma coisa, só que estou tão cansado que dei uma ideia de pedirmos algo para comer e ficar por aqui mesmo.

— Por mim pode ser — Breno puxa o celular do bolso para escolher o que vamos comer.

— Vou chamar o Luan — Caio revira os olhos, mas não protesta.

— Acho que ele deve está com a namorada dele né.

— Ela está trabalhando — digo.

Mando mensagem para ele, depois de um tempo Luan me responde dizendo que ficou de encontrar com Stella e que ela deu a ele a chave de casa para que ele esperasse ela lá. Uma pena, mas até que é bom que meu amigo fique com a namorada dele.

— Eles estão bem, viu? Ele até está na casa dela.

— Tá bom, se você diz.

— Caio você não sabe de tudo, devia aceitar que está errado sobre a relação do Luan e sobre o Nathan — falo numa boa, mesmo sabendo que meu amigo é orgulhoso demais para acreditar e aceitar que está errado.

— Só falo o que eu vejo.

— Então, vamos comer pizza? — Breno não é muito acostumado com a gente, deve pensar que estamos meio que brigando, mas é só o jeito que nós tratamos mesmo.

— Por mim — Caio dá de ombros concordando também.

— Show, vou pedindo aqui então.

Ficamos conversando sobre nosso dia e eu aproveito para falar o quando o Nathan é maravilhoso e que me surpreendeu de uma forma positiva hoje — só não falo sobre a calcinha, isso é muito pessoal — Eles vão dormir aqui, por conta disso Breno pediu umas cervejas para gente também.

Vendo Caio e o Luan falando sobre o disco novo da Taylor, não sei, acho que eles podem ser só amigos mesmo. Ainda acho que o Breno gosta dele, porém sei reconhecer quando uma pessoa desistir de um romance e se esforça para não perder a amizade, passei por isso com Luan, hoje é de boas, só foi difícil no começo, meu amigo é uma estrela, talvez esteja mesmo falando sério quando diz que não precisa de um cara e nem de uma namoro.

Uma pena, tenho certeza que Breno seria um namorado excepcional para o Caio, ele é bonito, atencioso, cheiroso, tem um ótimo senso de humor e um gosto musical impecável — ele até entende meu amor pela Dua. — Sabe que agora me dei conta de que nunca conversei com Nathan sobre isso, nos conversamos muito, mas acho que conheço ele um pouco mais do que ele me conhece.

— O que foi Madrinha?

— Nada, é só que não sei se o Nathan sabe que amo a Dua, mas que também curto bancas brasileiras, tipo a Ananda, Lou Garcia.

— Você curte Lou Garcia? — A carinha de surpresa do Breno é até meio fofa.

— Sim, muito!

— Cara eu já fui em um show dela na última vez em que fui em SP, ela é incrível!

— Ai que inveja, eu tenho maior vontade de ver essas artistas que eu gosto pessoalmente.

— Por isso que amo acompanhar drag, elas vira e mexe vem para cá — Caio entra na conversa — inclusive ainda não me recuperei do que foi o último ensaio da Anitta aqui!

— Se você não tivesse me enfiando dentro de um uber naquele dia nem saberia onde teria ido parar, sério eu fiquei tão louco naquele dia que tudo que eu lembro é a Anitta chegando e dizendo oi Fortaleza, depois disso é tudo um grande borrão.

— Esse aqui me deu trabalho nesse show — meu amigo aponta para o Breno que fica um pouco envergonhado — a mona ficou tri louca, quando fui achar está aos pegas com uma gay padrão gigante.

— Isso eu já não lembro — engraçado, nunca tinha visto o Breno encabulado assim — quase que o bofe arrumava briga comigo pensando que eu tava dando em cima de ti, tu não lembra?

— Acho que sim, eu lembro de dizer para um cara que a gente era amiga — não consigo não rir, pois Breno sempre me pareceu quietinho.

— Por isso que você deixa ele na rédea curta agora né? — Me refiro ao fato de que quando saímos o Breno quase não sai mais de perto do Caio, ou melhor da Carmen.

— É sobre — Caio e Breno dizem juntos.

***

Breno acordou cedo e Caio aproveitou a carona, aproveitei para dormir o máximo que consegui, estou descansado e feliz, tenho um trabalho no sabado que vai me render uma boa grana e até consegui uma folga no sábado — o que é quase um milagre meu supervisor me deixar folga usando meu banco de horas — se eu não conseguisse a folga daria um jeito de deixar tudo no ponto e Luan teria que me cobrir pelo menos até eu chegar, meu trabalho é mais levar as coisas e deixar tudo organizado lá, o que o pessoal do trabalho dele enxerga como uma besteirinha é totalmente diferente do que eu entendo, afinal eles me fizeram uma encomenda de salgados, doces e duas tortas, ou seja quase um aniversário de debutante!

Por sorte eu tenho todos os materiais para isso, Sexta quando eu chegar do trabalho vou começar a trabalhar, provavelmente vou ficar virado até a hora de ir deixar as comidas lá. Estou pensando em falar com Breno para ver se ele pode me levar no carro dele, é que tipo o Ykaro até vai também, só que não tem a menor condição de eu levar as coisas de moto né?

Quando vejo que já está na minha hora corro para me trocar e sair. No caminho Nathan me manda uma mensagem dizendo que precisa falar comigo antes de eu entrar no trabalho, acho estranho ainda mais por ele não querer me dizer por mensagem. Marcamos na praça do Ferreira mesmo, fica pertinho do trabalho, mas longe o suficiente dos olhares curiosos dos colegas e do supervisor.

— Oi amor — vim quase correndo, quando o vejo meio triste sentado me esperando meu coração bate até mais acelerado — o que aconteceu?

— Amor, me ligaram do RH me pedindo para vir hoje de manhã.

— O que, eles te demitirem? — Não tem nem um mês que ele entrou, não pode ter sido desligado!

— Não! Não, eles me mudaram de horário e de operação.

— O que! Mas por que eles fizeram isso? — Como assim, o que está acontecendo?

— Eles me colocaram no sac de outra operação e meu horário agora é de quatro às dez — Nathan enxuga uma lágrima que escorre pelo seu rosto — eu odiei esse horário, mas não posso sair desse trabalho.

— Sinto muito amor, mas quatro horas é a hora que eu saio, assim a gente não vai mais ter tempo de se ver na semana — ainda não caiu minha ficha.

— Pois é, por isso estou triste.

— A gente vai dar um jeito amor, vamos nos ver nos fins de semana, e tipo podemos fazer algo depois que você sair do trabalho de vez em quando.

— É, mas não vamos nos ver mais todos os dias como estava sendo! — Ele está bem frustrado e nem o culpo, pois me sinto igual.

— Foi mau amor, mas olha a gente pode dar um jeito, isso não vai nos separar.

Quero ficar mais tempo com ele, mas não posso, preciso ir para o trabalho pois já estou quase atrasado, já pedi folga no sábado, não posso nem sonhar em dar razões por maldito do meu chefe me criticar. Assim que logo na minha P.A. o infeliz do meu chefe nos chama para uma reunião, quando ele para a operação todo normalmente é para anúncios muito importantes, não tem muito o que fazer, coloco a pausa reunião no computador para não receber nenhuma chamada enquanto o “divo” fala.

— Foi um ano e meio nessa operação que eu amo tanto, lembro que eu comecei ela aqui na empresa, ajudei e treinei muitos de vocês, mas agora esse ciclo se encerra, estamos com uma nova operação de Sac do plano de saúde aqui na empresa e pela minha competência a gestão resolveu me transferir para ela — Não acredito que em fim vou me livrar desse palhaço! Mas espera, ele disse Sac?

— Parabéns chefinho, você vai arrasar lá, mas vai deixar saudades — sempre tem uns puxa saco, saudades é a última coisa que eu vou sentir desse infeliz.

— Obrigado gente, estou muito feliz, claro que vai ser muito trabalho, mas sei que vamos fazer um ótimo trabalho lá, também estou feliz que pude pegar pelo menos alguns operadores daqui para ir comigo — filho da puta, sabia que tinha dedo dele nessa transferência repentina — também estou muito feliz de anunciar para vocês que a gestão concordou em promover um de vocês para a vaga de supervisão, durante essas semanas vão acontecer algumas entrevistas então fiquem espertos, até que um de vocês assuma totalmente meu lugar aqui vocês vão ficar com a Amanda — Amanda é a supervisora da manhã, ela vai ter que cuidar dos dois turnos que merda para ela, mas pelo menos ela é bem menos FDP que esse infeliz.

— E gente, boa sorte a todos! — Filho da puta!!!

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Comentários

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Que história viciante, muito boa mesmo, acho que esse Nathan da casando com esse supervisor, o Caio até tá certo sobre o trisal, mas ele vai errar a previsão, acho que vai se surpreender que quem vai rodar na história vai ser a Estela e não o Luan kkkkkk, espero que brejo e Adriano se peguem logo, o Breno é um fofo e o Adriano merece alguém descente. Também quero ver o Adriano sair logo dessa empresa e montar a confeitaria dele, acho ué esse negócio com o Nathan ser um escroto que vai fazer o Adriano sair da empresa

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Eu só ia lançar o 18 amanhã, mas gostei tanto dele que resolvi liberar logo, agradeçam a Urias que me inspirou com o álbum novo dela, eu sei que vou ser xingado, mas prometo que vai valer a pena.

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Nossa, tantas perguntas em aberto que tô ansioso!! Hahaha Rafa, só você pra deixar os leitores assim!

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Cara, o Nathan tá de rolo com o supervisor, já tou vendo isso...

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Se não me engano esse conto foi repostado e pra mim Nathan tem ou teria um caso com.o.supervisoe. esses dois não desce o santo. Enquanto ao breno sinto que possa desenvolver uma relação com o Adriano e Luan e ykaro se descobrindo bi

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