O Barman e o Confeiteiro 11

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 6144 palavras
Data: 17/10/2025 15:46:28
Assuntos: Anal, Gay, Oral, Sauna, Sexo, sigilo, Voyer

ADRIANO 11

Nem acredito que o Breno me arrumou essa encomenda, nossa estou tão animado, a grana que a tia dele está me pagando vai me deixar tranquilo com as contas de casa pro resto do mês. Ainda bem mesmo foi que o pessoal me ajudou, nossa fiquei até um pouco envergonhado de fazer o Breno trabalhar em uma encomenda que foi ele mesmo que me arrumou, mas o Caio garantiu que ele foi quem fez questão de ajudar.

Até o Ykaro me deu um suporte — era para ser mesmo — se bem que meu colega de casa tem se mostrado um bom amigo, ele é caladão e quase não o vejo devido nossos horários serem completamente opostos, mas ele tem feito sua parte nas tarefas de casa e sempre que nos trombamos é bem educado e até sociável, no fim Stella tinha razão quando juntos a gente.

E por falar nela também gostei de ver ela e o Luan se dando bem, como um casal de verdade, meu amigo merece alguém que goste dele e acho que ela realmente gosta — bem paciência com ele ela mostrou que tem — Luan é meu amigo, mas eu sei bem como esse cara consegue ser difícil quando se trata de relacionamento, a culpa cristã que a mãe dele implantou nele é tão enraizada que eu achava mais fácil ele ter um infarto a ter alguma relação fora dos dogmas da religião. Isso era o que eu pensava até ele finalmente superar isso e pedir a Stella em namoro.

— Amigo, falta alguma coisa? — Caio pergunta me trazendo de volta ao mundo real.

— Sim, agora só falta mesmo embalar tudo e deixar no ponto de fazer a entrega agora de manhã.

Acabei tendo que virar a noite trabalhando, além do pedido que eu tinha pego ontem, ainda teve esse pedido enorme do Breno e mais três bolos de última hora para uma festa de escola — a pobre da mãe estava tão desesperada que não tive coragem de negar. — Caio e Luan ficaram comigo para ajudar, Stella até disse que ficaria também se não fosse pelo trabalho. Pensei que ela ia direto com Ykaro, mas ela disse que tinha que passar em casa, enfim, antes de anoitecer ela se foi de Uber mesmo, enquanto eu e o Caio fomos deixar as encomendas juntos com Breno.

— O pior já passou — Luan não nos olha enquanto fala, ele está no celular, deve está falando com a namorada.

— Até parece que você trabalhou muito né Luan, você nem para ajudar a gente a fazer a entrega mais cedo — Caio se refere ao momento em que, Breno, ele e eu saímos para deixar a entrega da tia do Breno.

— O Adriano falou que não precisava — ele se defende.

— Disse porque não queria vocês brigando na frente da tia do Breno e também por não ter sido preciso, nós três demos conta não demos?

— Tá bom Madrinha, pode defender o bofe, mas um dia você vai ver que mima de mais esse marmanjo.

— Trabalhou uma vez e tá achando ruim Caio, sai dessa e outra se quiser vazar pode ficar a vontade, eu estou aqui e posso ajudar o Adriano a terminar.

— Seu sonho né Luan? — Caio é carregado de ironia.

— Gente por favor, já está tarde, vamos parar com essa briga besta?

— Esse idiota que começou, eu estava aqui tranquilo na minha.

— Você é um santo né Luan, vem cá já pediu perdão a Deus por está trepando fora do casamento?

— Não se preocupe Caio, eu não pretendo ir para o inferno, você vai queimar lá sozinho.

— Por que eu vou queimar no inferno, por que eu sou gay? Nossa que original essa sua homofobia Luan — e como sempre a coisa escalona entre os dois.

— Pelo amor de Deus, vou ter que expulsar os dois da minha casa? — Às vezes até eu perco a paciência — Luan você acha que eu vou pro inferno também porque eu sou gay?

— Não, desculpa, não devia ter dito isso chapei, foi mau — ele olha para o chão envergonhado, pelo menos isso.

— E Caio sério, você sabe como esse lance é difícil para o Luan, pode não fazer críticas à religião dele por favor?

— Tá, me passei — ele revira os olhos, mas sei que está falando sério, ele só não gosta de admitir quando erra.

— Então? — Pressionar.

— Desculpa, Luan.

— Desculpa, Caio.

— Ótimo, agora parem com isso, já tem anos e vocês não conseguem se entender pelo amor de Deus!

Mudo o assunto para tirar um pouco mais do peso que ficou no clima e aí como se fosse duas crianças um segundo depois estão os dois rindo e depois discordando de outra coisa, com eles é sempre assim, ambos pularam da ponte antes de concordar com algo. Quer dizer, eles são incapazes de concordar sobre algo desde que não seja meu lance com Nathan, nesse tópico os dois falam quase que um pela boca do outro.

— Não gosto desse cara — Luan faz que sim com a cabeça concordando com Caio.

— Vai começar.

— Madrinha, esse negócio de namorar depois de dois encontros, a senhora é maluca?

— Você não sabe nada sobre esse cara, não deveria bancar o emocionado.

— Olha, Caio, não pedi ele em namoro e Luan, não sou emocionado — ambos deram uma risada de escárnio — ei!

— Desculpa Adriano, mas você é sim.

— Madrinha a senhora disse que o médico era o homem da sua vida depois de quer, duas semanas?

— Duas e meia sendo justo com ele — preferiria que o Luan não tentasse me ajudar.

— Vocês são inacreditáveis né.

— A gente te ama Madrinha, o crente do pau oco e eu só quero que você tome cuidado para não quebrar a cara de novo.

— É o viado de peruca está certo dessa vez.

— Para vocês é gay de peruca queridinho.

— Claro, assim que você começar a me chamar de evangélico do pau oco.

— Engraçadinho.

— Jesus amada, hoje vocês estão que tão né? — Tem dias que eles dois são que nem água e olho mesmo.

— Foi mau — os dois repetem juntos.

Estou quase terminando, como está tarde os dois vão dormir aqui — se bem que dormir é uma palavra muito forte, o relógio está marcando duas e quinze da madrugada já. Estou um pouco ansioso para ver meu, quer dizer o Nathan — não sou emocionado, nem começa você também — ele mandou mensagem o dia todo para mim, é gostoso se sentir desejado, com o médico era mais uma coisa de eu ir atrás, com Nathan já parece que vai ser diferente, ninguém vai precisar se esforçar mais do que o outro.

— E se você chamar ele para fazer algo com a gente, assim podemos conhecer ele melhor — Luan estala os dedos na frente do meu rosto, já que parece que não ouvi o que ele acabou de dizer.

— Madrinha, a senhora está dormindo em pé?

— Desculpa, na verdade essa é uma ótima ideia Luan.

— Tá bem, eu topo.

— Caio!

— Eu sei, eu sei, vou me comportar.

— Duvido! — Luan não ajuda também.

— Adriano?

— Luan!

— Parei.

— Mas amigo, nem você e nem a Carmen vão se implicar com ele, foi claro? — Luan cai na risada, acho que ele deve ter dito a mesma ideia que eu, afinal conhecemos bem o Caio e a Carmen.

— Que pouca fé em mim em, o crente — Luan solta um pigarro alto — o evangélico, tem razão está namorando e eu nem disse nada, fui até educado hoje não fui?

— Pior é que ele foi — concorda Luan.

— Sério, quer comparar, você já conhece a Stella e gosta dela — Caio desvia o olhar e isso é um movimento bem característico dele.

— Espera, gosta sim, nem vem Caio — Luan também notou.

— Eu gosto dela — agora não dá mais para ele mentir, tanto Luan, quando eu pegamos ele no pulo.

— Caio nem tente, eu conheço todos os seus trejeitos, inclusive quando você está sendo irônico, mas não quer que ninguém perceba.

— Até eu notei!

— Até o Luan que é hetero notou — reforçou.

— Ei, o que tem haver eu ser hetero?

— Todo hetero é desligado, aff, esse evangélico se passa só pode.

— Nem tente começar uma briga com Luan agora, bora desembucha, porque você parou de gostar da Stella.

— Além do péssimo gosto para homem dela? — Ele continua tentando fugir arrumando outra discussão com Luan.

— Você só está recalcado só isso — e o Luan caiu claro.

— Recalcado com o que querido, essa bisnaguinha crente que você tem aí não vale a dor de cabeça que seu cu doce causa.

— Seu sonho é ver meu pau né?

— Nossa, nem durmo a noite só imaginando se o maior microscópio do mundo tem a capacidade de revelar seu membro pro mundo.

— Talvez se você não fosse tão mau amado teria um macho querendo você — percebo Luan se policiando para xingar sem ser homofobico, por isso ainda tenho fé que um dia ele consegue.

Esses dois não tem jeito, a discussão dos dois se alonga até Caio conseguir escapar — por hora — de ter que explicar o que ele tem contra a Stella, afinal para mim sempre pareceu que ele gostava dela. Finalmente termino tudo e sinceramente estou acabado, mesmo com ajuda nunca tinha preparado tantos pedidos assim, meus pés estão me matando, porém fiquei tão feliz e elétrico por causa dos pedidos que estou totalmente sem sono agora.

Depois do banho meu sono se foi de vez, mas a dor nos pés e nos pulsos essa vai ficar por um bom tempo ainda. Luan vai trabalhar jajá e diferente de mim foi só ele deitar na sua rede que simplesmente apagou. Caio é uma criatura noturna, ou seja, ele é sempre o último a dormir — se é que ele dorme.

— Vem aqui, ponha o pé aqui — ele se senta na cama pegando meu pé para colocar em cima das suas pernas.

— O que você vai fazer?

— Eu te conheço Madrinha, deve está acabada por ter passado o dia em pé trabalhando.

As mãos do Caio são de fada, nossa que dádiva é receber uma massagem feita por ele. Meu amigo sempre cuidando de mim, seus dedos são firmes e sua precisão é coisa de profissional, Caio sabe exatamente onde apertar, fico até zonzo de tão bom que está sendo. Luan pode dizer o que for, mas o Caio só está solteiro porque ele quer, o cara é caridoso, leal, carinhoso, bonito, inteligente. O Breno mesmo cerca ele a um tempão, mas Caio nunca lhe deu uma chance.

— Madrinha, porque você deixou de gostar da Stella?

— Eu não deixei de gostar dela Madrinha, eu nunca gostei — estamos cochilando só para ter certeza que Luan não vai ouvir nada caso acorde do nada.

— Nem vem Caio, eu te conheço muito bem, você sempre foi legal com ela.

— Por que eu sou educada.

— Atá.

— Madrinha, eu não odeio a menina, mas.

— Mas?

— Mas ela não é pro Luan.

— Como assim? — Agora eu não estava entendendo mais nada — vai dizer que você acha ela coisa de mais para ele.

— Não, na verdade eu acho o contrário, o bofé é que é demais para ela, e não sei se Stella tem a noção do quanto esse namoro pode ser bom para ela.

— “Pera” agora eu me perdi.

— Ai, por isso eu não queria falar nada — já se arrependeu de ter começado.

— Caio, você sempre falou que o Luan vacilava muito com ela.

— O cu doce dele de fato é a coisa mais ridícula que já vi na vida, mas madrinha, o bofé é louco por ela.

— Ela também gosta dele.

— Gosta, mas quer continuar dando para o Ykaro? — O que?

— O que? — Acabei falando um pouco mais alto, então damos um tempo para ver se o Luan fala alguma coisa ou dá algum sinal de que está acordado, mas nada, então eu continuo só que dessa vez voltando a falar baixo.

— Que história é essa Madrinha?

— Ai mana, só olhar para ela, a mona só falta comer ele com os olhos, fora que um amigo ouviu o Ykaro dizendo para ela que não iria ser seu amante.

— Sério? — Estou em choque — mas eles pareciam boas hoje mais cedo.

— E você não reparou que a cara do Ykaro mudou assim que ele a viu mais cedo?

— Porra, agora que você falou, o Ykaro me falou que ia ajudar, mas quando ele chegou e viu vocês ele só deixou as coisas comigo e foi dormir.

— Não culpo ela, Luan é o Luan, mas o Ykaro também não é de se jogar fora mana, ele é um pitel, na verdade entres os dois eu ainda prefiro o Ykaro.

— Você tem certeza do que está me dizendo?

— Total, só não quero depois o Luan chorando com um papinho de red pill.

— Ele não é Red Pill.

— Não, mas para se tornar é dois palitos, imagina, o cara nunca namorou e na primeira oportunidade que ele se entrega se fode, para começar a dizer que foi castigo de deus é dois palitos.

Não acho que o Luan iria a tanto, mas Caio está certo, bem ele não vai ficar, se a Stella trair ele não sei como meu melhor amigo vai reagir e tenho um pouco de medo dele querer usar essa experiência para se fechar pro amor, já foi uma briga fazer ele dar uma chance a ela. Luan tem muita culpa dentro de si, os dogmas da igreja está muito enraizados nele, dá para ver nos comentários inoportunos que ele ainda faz de vez em quando, tipo ele melhorou muito, principalmente o lance da homofobia que os crentes são ensinados a ter com a gente, mas na real, ainda tem muita coisa que ele precisa desconstruir na cabeça dele.

Só queria que ele se abrisse mais, se permitisse, as vezes sinto que Luan é tão reprimido que deixa de fazer muitas das coisas que ele tem vontade, nem digo só relacionado a sexo, mas de tudo, Luan mora com a mãe dele mesmo tendo condições de morar só, mesmo não sabendo direito o que ele faz no banco, sei que Luan ganha um salario muito interessante, tipo se eu consigo me virar com mil coisas para dar conta, ele com certeza se sairia melhor do que eu, já que ele ganha mais de o dobro.

— Você se importa com o Luan.

— Não, é mais uma questão de que só eu tenho permissão para infernizar a vida dele, isso é trabalho meu.

— As vezes eu acho que vocês são mais amigos um do outro do que meus sabia.

— Bem louca né madrinha.

— É sério, tipo o Luan fica uma fera se alguém mexer com a gente e você também, só não entendo porque vocês dois insistem em viver nesse pé de guerra.

— Ai Madrinha, as coisas são o que são, enquanto esse for um babaca crente e hetero eu não vou me dar bem com ele.

— Evangélico e hetero! — Luan nos dá um baita susto.

— Até dormindo esse moleque consegue ser insuportável — Caio leva a mão ao peito.

— Você estava acordado, Luan?

— Não, só acordei para misturar e beber água — sua voz de sono garante o que ele diz, menos mau, não quero que ele pegue as neuras do Caio.

Até consegui dormir um pouco antes de ir trabalhar, mas sendo bem sincero estou morto, meus pulsos estão doendo até agora, porém o dinheiro na minha conta faz a dor ter valido muito a pena, com a três entregas que fiz consegui pagar todas as contas de casa e ainda ficou uma sobra na conta — não dava para ter sido melhor.

Por conta do nosso acordo de tirar o chefe maudito do nosso pé, preciso esperar até o final do expediente para poder ficar junto com o Nathan, estou morrendo de saudade de beijar a boca dele, ele já disse que quer ir pro shopping comigo quando sairmos do trabalho, vou aproveitar que estou com um dinheirinho extra — além do que eu já guardei na poupança.

Pelo menos nossa distância parece está deixando o supervisor menos desencanado, só que por outro lado ele ainda acha que tem chances com o Nathan, por isso colocou o intervalo do meu ficante para o mesmo horário do dele — esse cara é inacreditável — queria saber quantos foras ele vai precisar levar para desencanar e desistir. Tentando focar no trabalho para o tempo passar rápido e eu poder ver meu paquera — nem sei se a ainda se usa esse termo — só que tem algo que não sai da minha cabeça, será que ainda está rolando alguma coisa entre o Ykaro e a Stella? Espero mesmo que não, porque odiaria ter que mandar o Ykaro embora e bem entre ele e o Luan, enfim para piorar meu melhor amigo hetero ficará completamente arrasado.

— Adriano!

— Oi — acho que me perdi tanto nos meus pensamentos que nem vi o tempo passar e nem ouvi o chato do meu supervisor me chamando.

— Você não vai tirar o almoço hoje não?

— Tô indo.

De relance vejo o Nathan rindo e só isso já me faz ganhar o dia. Vou correndo pegar minha carteira e celular, aproveito para mandar uma mensagem para o Nathan falando que mal posso esperar para beijar ele mais tarde, em seguida aviso ao Luan que logo estarei chegando na padaria onde vamos comer hoje. Normalmente sou uma pessoa positiva, mas estou achando que o Luan ouviu bem mais do que realmente admitiu ontem, foi só eu chegar para perceber que ele anda perdido nos próprios pensamentos que nem eu estava mais cedo.

— E ai.

— Oi, já pedi uma lasanha para você hoje, a moça está esquentando.

— Você brilhou muito agora amigo, estou com sono e fome.

— Imagino quando acordei para mijar vocês ainda estavam acordados.

— Mijar não né, do jeito que tu demorou ontem parecia que estava enchendo a caixa — ele fica bem desconcertado, o que só me faz rir mais.

— E o Nathan já falou com ele?

— Ainda não, a gente não se fala muito no trabalho por causa do chato do supervisor.

— Tá, o Caio quer ir comer algo lá pela Bezerra, parece que ele já tem um compromisso para aquele lado então vai ser mais fácil para ele, pensei da gente ir para aquela burgueria que eu gosto e que sempre esqueço o nome.

— Espera, vocês querem ver o Nathan hoje? — Quando dei a ideia de marcar, pensei em realmente marcar algo.

— Ué a ideia foi sua, já até avisei a Stella.

— Ela vai também?

— Sim, você sabe que dia de segunda ela não trabalha.

— Verdade — nem ela e nem o Ykaro, pelo menos ela está passando a folga com Luan, isso é um bom sinal.

— E você chamou o Ykaro? — Luan pergunta um pouco desconfiado, estou cada vez mais convencido de que ele sabe de algo, mas é o Luan, ele me contaria, né?

— Não, vocês quer que eu chame?

— Tanto faz, só estou perguntando por curiosidade mesmo — esse garoto não está normal.

— Vou ver com ele então, mas tipo não sei se o Nathan vai topar sair com todo mundo assim de bate pronto.

— Bem se ele não for a gente vai sem ele, afinal já está tudo marcado — Luan às vezes não pensa muito, acho fofo até ele falar a primeira coisa que vem na cabeça.

— E vou deixar de ver meu boy?

— E lá vem você querendo trocar a gente por macho de novo.

— Eu nunca fiz isso seu falado, depois reclama do Caio, mas vocês dois são iguaizinhos — ele me encara com se eu tivesse acabado de ofender até sua mãe.

— Sabia que eu pago seu almoço?

— Chantagista!

— Estamos marcando para as sete, então você vai ter tempo de curtir seu boy antes de encontrar com a gente.

— Vem cá, em que momento você marcou tudo isso com Caio?

— Oxé tu não viu mesmo o grupo hoje né?

— O grupo? — Só agora percebo que nem as mensagens que eu mandei mais cedo antes de vir comer foram enviadas, meus créditos inspiraram e eu nem me liguei, também ontem eu só consegui pensar em chocolate e recheio de bolo.

— Você quer que eu pague seu plano?

— Não precisa, esse mês eu estou por cima da carne seca — como eu falei ele ganha bem mais do que eu, então às vezes Luan paga uns contas aleatórias minhas contra minha vontade na maioria das vezes.

— Então vai pagar nosso almoço hoje?

— Não abusa também né, você me deve por todas as vezes que eu lavei e lavo suas roupas que ficam na minha casa.

— Depois eu é que sou o chantagista! — Prefiro meu amigo assim, brincando e rindo, a cara séria não combina com ele.

Luan é um amigo para vida toda, meio maluquinho às vezes e tem a fato de está sempre atento a ensiná-lo como não ser tão hetero babaca. Ele é muito especial, se preocupa até com Caio — mesmo que nunca vá admitir isso em voz alta — está sempre me ajudando, as vezes ele passa um pouco dos limites nessas ajudas, hoje em dia não posso mais deixar minhas contas da casa dando sopa se não ele paga, eu amo o Luan, mas as vezes ele mete os pés pelas mãos e acaba entrando onde não deve, eu sei que ele sabe que nunca me aproveitaria dele, mesmo assim, não gosto quando ele passa um pouco desse ponto.

Caio também me ajuda muito, não com grana, até porque ser Drag no Brasil é um corre bem caro e difícil e também, por ser tecnicamente o menos estribado dos três, ele só sai muito por causa do Breno que tem quase como hobby bancar a Carmen nos rolês, pelo menos cachaça é algo que nunca falta a uma drag, basta a gata querer beber — isso só me lembra do meme, “cão foi quem botou para nós beber”.

Quando finalmente dá minha hora de sair vou quase saltitante bater o meu ponto, Nathan vem logo em seguida e assim pegamos o elevador juntos — porém sozinhos, ainda bem — ele aproveita e me pega totalmente de surpresa me dando um beijo gostoso ali mesmo. Como eu estava com saudades desse beijo já, tanto que meu membro dá até sinais querendo endurecer só pelo calor do momento.

— O que a gente vai fazer hoje? — A empolgação dele é contagiante.

— Meus amigos querem te conhecer, mas tipo se você não se sentir à vontade eu posso desmarcar com eles sem problema.

— Não, vai ser legal — ufa! Ainda bem que ele topou.

— Vamos para uma hamburgueria, mas eles marcaram as sete então temos boas três horas para fazer algo só nós dois — agora que são quatro e dez então temos bastante tempo até ter que encontrar com o pessoal.

— Eu queria ir para um lugar, mas estou um pouco envergonhado — ele é muito fofo e quando lembro que também é um putinho safado só fico ainda mais duro dentro da minha cueca.

— O que, pode falar, o que você quiser eu faço.

— Já que a gente tem tempo, tem um lugar que eu sempre tive curiosidade de conhecer e que eu acho que pode ser legal de ir com você.

— Agora estou curioso!

— A deixa para lá — Nathan está vermelho da cabeça aos pés.

— Oxé, macho, deixa disso, o que você quiser a gente faz.

— Posso falar no seu ouvido então?

— Pode — já estamos na rua fora do prédio caminhando para a parada de ônibus.

Ele se aproxima de mim chegando perto do meu ouvido e diz com uma voz sexy e tímida ao mesmo tempo, me deixando maluco de curiosidade e tesão de saber qual vai ser nossa próxima aventura juntos, depois do cinema estou disposto a topar qualquer coisa que ele propor — qualquer coisa mesmo!

— Eu queria ir com você em uma sauna — se meu membro não tava totalmente duro, agora ele ficou.

— Sério? — Nem consigo esconder minha empolgação.

— É que eu nunca fui e tipo não gosto desse negócio de ficar com gente que eu não conheço por isso sempre tive medo de ir só.

— Sabe que eu nunca fui também — Caio já quis que eu fosse, mas não tive coragem na ocasião.

— Pensei que você ia ficar meio puto comigo.

— Jamais, quer saber, o Caio já se apresentou em uma muito boa aqui perto da Rommeo.

— Eu já ouvi falar dessa também.

— Ótimo, a gente pode ir para lá e ver qual é e tipo podemos aproveitar para nos curtirmos juntos.

— Gostei — o jeitinho meigo e putinho dele me enlouquece.

Como é perto vamos caminhando mesmo, nem acredito que vou finalmente conhecer uma sauna e o melhor ainda que é com ele. Nathan já me deixou maluquinho no banheiro do shopping, já consigo pensar em mil coisas que quero fazer com ele na sauna. Saunas são lugares onde as pessoas costumam transar, eu nunca fui, o Caio já se apresentou em algumas, mas meu amigo não transa e nem fica com ninguém então ele só vai pelo trabalho como Carmen, tirando ele não tenho muita amizade com nenhum outro gay que goste de ir, então nunca fui por isso.

O lugar é bem estranho, no sentido de que não tem uma placa identificando a sauna, olhando de fora parece até uma fábrica ou algo do tipo. na entrada seguimos por um corredor até chegar na cabine, o cara pede nossos nomes e nos entrega uma chave — demos sorte de pegar uma promoção onde duas pessoas entram pagando só uma entrada — vamos dividir um armário, até aí tudo bem.

A música está um pouco alta, mas nada que incomode, assim que entramos já dá para ver a parte onde ficam os armários e um pouco mais a frente o bar. O cara na recepção disse que no bar podemos pegar as toalhas — pois é, Caio já tinha me dito que normalmente as pessoas aqui ficam só de toalha — eles só tem chinelas que podemos usar, isso ajuda muito já que vindo do trabalho ambos estamos usando sapatos.

Não sei se por ser segunda feira ou se pelo horário também não parece está muito cheio não, no fim até melhor assim, já que nosso foco é conhecer o lugar e se pegar só nós dois. Não falamos sobre isso ainda, mas eu particularmente me considero um cara monogâmico, nunca fui muito de curtir esse lance a três e ou poliamor, não faço ideia se o Nathan pensa da mesma forma, mas só me resta torcer que sim, tipo se ele convidar mais alguém aqui eu acho que até faria de boas, mas me conheço, depois isso ia comer minha cabeça.

Nathan tem a pele branca — quase rosada — seu corpo esguio, com uma cintura fina, ele é delicado e muito sexy. É a primeira vez que o vejo pelado assim, com calma e sem medo de sermos pegos e porra, que delicia. Esqueço de tirar minha própria roupa de tão excitado que fiquei olhando para ele.

— Você vai me deixar tímido assim.

— Desculpa é que você é muito lindo — puxei o para mais perto de mim, com minhas mãos em sua cintura e então beijo sua boca com paixão e fogo.

— Tira a roupa, deixa eu te ver — nem é preciso que ele repita, tiro a roupa com agilidade, seus olhos vidrados em mim só me fazem desejá-lo ainda mais.

Agora ambos de toalhinha seguimos para desbravar esse lugar tão singular e erotico. No bar tem um ursão tomando uma cerveja sozinho mesmo, seus olhos secam Nathan da cabeça aos pés, mas meu boy só tem olhos para mim então seguimos nosso rumo. Passado a parte do bar tem um corredor, do lado direito tem uma porta que leva para sauna a vapor e do lado esquerdo um vestiário, com alguns chuveiros e também mictórios.

Por pura curiosidade entramos na sauna a vapor, mas é muito quente, não consigo ficar nem mais um minuto direito lá, por sorte o Caio me disse que tinha uma sauna quente mesmo no andar de cima então acredito que vai ser mais boa que essa. Ao fim do corredor tem um pequeno labirinto e uma escada para o andar de cima, como a intenção aqui é desbravar então entramos nesse labirinto.

Nos deparamos com uma cabine e logo depois um espaço onde tem cadeiras e uma tv — passando um filme pornor gay — tem um cara padrão, aparentando ter uns quarenta eu acho, ele está sentado em uma dessas cadeiras. Ele tem um rosto sério, uma barba muito charmosa e um olhar de macho dominador, não sei explicar, mas é um cara que tem uma certa aura sabe? Enfim, ele nos encara, para o meu desespero, fico um pouco inseguro dele chamar atenção do Nathan e acabar rolando o meu tão temido ménage, mas os olhos do macho padrão vem em minha direção, o que é uma baita surpresa — não me entenda mal, eu me acho um cara bonito até, mas é que perto do Nathan é difícil chamar mais atenção que ele que parece um príncipe putinho.

Seguro na mão do Nathan e sigo para dar o fora dalí, antes de sair por cima do ombro vejo cara padrão dando uma boa apalpada no seu membro e pelo jeito é uma rola muito grossa. Passamos por mais uma cabine antes de sair desse lugar — essa está com a porta fechada e dá para ouvir uns gemidos vindo de dentro — voltando à parte onde tem a escada, enfim vamos para o primeiro andar.

— Aquele cara ficou de olho em você — Nathan diz ao meu ouvido.

— É, mas o único cara que eu quero hoje aqui é você — sua face se suaviza com minha resposta, acho que ele também quer um lance só nós dois.

No andar de cima já dá para ver a entrada da sauna quente, e dois corredores, vamos pela direita, nessa parte tem mais um vestiário semelhante ao lá de baixo e uma entrada para outro corredor — tem muito corredores aqui — Não vimos mais ninguém, pelo menos até chegar ao fumódromo, que é uma área aberta, lá tem duas pessoas conversando. Nessa sauna além das cabines tem quartos, mesmo nesse corredor passamos por alguns desses quartos.

Voltando ao espaço da escada o outro lado — esquerdo — leva para o dark room, mas nem Nathan e nem eu queremos ir por lá, até porque já vi que tem alguns caras lá e convenhamos dark room é para quem está procurando algo e esse não é nosso caso. Finalmente entramos na sauna quente e essa é bem mais suportável. Toda feita em madeira o clima dentro dela é de relaxamento, além de nós tem um cara muito gostoso sentado com as pernas bem abertas — dá para ver até o saco pesado dele e o membro meia bomba — um outro cara em pé perto do primeiro, esse sendo mais magro e não tão bonito.

Sentamos meio afastados desse cara gostosão e ficamos na nossa só curtindo a sauna, até que do nada Nathan levanta e antes que eu levante ele se ajoelha entre minhas pernas, abre minha toalha, agarra meu membro e começa a me chupar na frente dos dois estranhos, isso é muito louco pois nunca fiz nada nem parecido na frente de ninguém, porém a boquinha perfeita dele e seu rostinho rosado pelo calor e também sua timidez me fazem perder um pouco da vergonha.

Nathan me chupa com tanta devoção e desejo que quase me faz esquecer que temos plateia, a cena é tão excitante que o carinha que está em pé aproveita para mamar no membro do gostosão, fazendo igualzinho meu boy ele se ajoelha entre as penas do gostosão e abocanhou seu membro enorme e grosso. O cara que recebe a mamada lubrifica dois dedos com a própria saliva e começa a dedar a carrinha que está dando a vida no boquete.

Agora eu é quem estou ficando excitado com eles, tanto que meu membro ficar ainda mais duro na boca do Nathan. A porta se abre mas ao ver a cena a pessoa que ia entrar apenas se retira, meu bonzinho se cansa de chupar depois de um tempo então se levanta, tira a toalha e monta em cima de mim, sua boca está um pouco salgado por causa do meu pré gozo, mesmo assim é uma delícia beijar o Nathan ainda mais com ele rebolando com meu membro encaixado na sua bundinha linda, macia e redonda.

Quero mais que tudo meter nele, mas estamos sem camisinha aqui então não vai rolar, mesmo que ele esteja me provocando muito. O outro casal também muda de posição, o gostosão fica de pé, coloca o carinha de quatro onde ele estava sentado e de uma vez sem pensar muito e no pelo menos começa a mexer fazendo o carinha quase gritar de tão excitado. Ele mete com tanta força e ainda acerta uns socos no passivo, eu particularmente não curto essa violência, mas o carinha não compartilha da minha opinião já que ele rebolar ainda mais depois de apanhar.

Não quero ficar só olhando, então tomado pelo tesão daquela cena, coloco Nathan na mesma posição, bem posso não meter meu membro nele aqui por conta da camisinha, mas posso meter minha língua na sua entrada rosinha. Ele pisca e rebola seu bundinha macia na minha cara. Nathan e o outro passivo geme juntos em uma sinfonia de prazer, estou quase gozando só chupando aquela entrada do castelo do meu príncipe.

Por fim o gostosão goza e ainda fica “batendo o leite” por um tempo no passivo, enquanto eu me encho de orgulho por fazer o Nathan gozar só dando um trato nele com minha língua e também com meus dedos que eventualmente soquei dentro dele. Como se fosse algo muito natural, os dois saem sem trocarem uma palavra, cada um seguindo seu rumo. Agora sozinhos deixo o Nathan sentado e soco meu membro na sua boca, fodendo sua boquinha quentinha até me derramar dentro dela e meu putinho toma tudo sem reclamar e com um sorrisão no rosto.

Aproveitamos bem a sauna, dentro desses lugares você não tem ideia do mundo lá fora então as horas passaram de uma forma que nem sentimos, mas por sorte não chegamos a nos atrasar, dá tempo de tomar um banho em um dos chuveiros. O banho frio faz um choque térmico muito gostoso percorrer pelo meu corpo, mas não mais gostoso do que Nathan se agachando para me chupar de novo.

— Eu queria ter comprado camisinha — deixo escapar com a visão perfeita dele ajoelhado com meu membro na boca.

— Cê quer meter sem?

— Sério?

— Sim, eu quero muito, mas não aqui.

— Certo.

Vamos até a primeira cabine que encontramos, é só o tempo de passar o ferrolho na porta para que as toalhas voem para longe e ele venha cedendo para cima de mim beijando minha boca, meus dedos preparam sua entrada apertada e quentinha para me receber, sua língua dança com a minha de forma provocativa e envolvente, suas mão me acariciam afim de deixar meu membro no ponto.

Sem aguentar esperar mais lubrificou meu membro com minha saliva abraço meu boy por trás, minha boca está colada na sua pele e meu membro é empurrado para dentro da sua entrada quentinha e sedenta, seu gemido de dor me faz quase querer parar, mas agora que provei de sua intimidade não sei se conseguiria não seguir adiante, Nathan me faz quer arrombar sua bundinha, mas ao mesmo tempo ele é tão delicado e inocente que preciso ir devagar e com carinho.

— Ai, está doente Adriano — sua voz chorosa faz meu coração bater acelerado.

— Quer parar?

— Não, mete tudo e deixa um pouco para me acostumar.

— Certo! — Minha voz sai abafada, porém carregada de desejo e devoção, não tem nada que eu seja capaz de negar a ele desde que Nathan nunca mais me tire de dentro dele.

Espero pacientemente e logo sou recompensado quando sinto Nathan jogar o quadril para trás afim de me sentir ainda mais fundo, depois disso não consigo mais manter meu controle e começo a meter de forma quase selvagem, minha putinha chora me recebendo, porém em momento nenhum faz sinal de querer fugir ou de me mandar parar, não tem nada mais incrível que penetrar um príncipe.

Não sei se é o lugar, ou se foi pelo sexo que presenciei, mas quando sinto meu pau derramar meu prazer dentro dele continuo metendo com toda minha força, isso fez com o que o meu príncipe putinho enlouquecesse e jogasse a bunda ainda mais na minha direção, Nathan gozou sem nem se tocar de tão maluco que ele ficou comigo socando fundo nele. Só depois que meu membro amolecer totalmente foi que me retirei de dentro dele, voltamos a nos beijar como se um tivesse sede do beijo do outro, queria nunca mais ter que sair daquela cabine com ele, mas infelizmente a realidade nos chama, essa noite ainda não acabou, pelo contrário ela está só começando, pois meu boy vai conhecer de forma oficinal meus melhores amigos daqui a pouco.

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Comentários

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Será que o Luan se descobrindo bi haveria a hipótese dele sentir atraído sexualmente pelo Adriano? Ou essa atração será tanto emotiva

A comp sexual? E essa broderagem co. Ykaro será a válvula de escape para que ambos ( 2 heteros) se percebam lentamente?

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Aeeeeee finalmente o Adriano transou!! Hahaha eu achava que ele não ia meter nunca, coitado!

E que tesão Rafa, pqp, esse lance da sauna me pegou de surpresa, e que gostoso que foi, viu? Hehehe

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