A Dança das Rainhas

Da série Selmara
Um conto erótico de Jean
Categoria: Heterossexual
Contém 6757 palavras
Data: 30/07/2025 07:52:52

Esse conto é uma continuação da série Selmara: https://www.casadoscontos.com.br/serie/1879

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O salão de jogos do castelo estava mergulhado em sombras, iluminado apenas pelas brasas vivas da lareira e por duas velas esquecidas sobre a mesa. Lá fora, o vento assobiava contra os vitrais, mas ali dentro reinava um silêncio pesado, o tipo de silêncio que só um príncipe ressentido podia cultivar.

Leopold estava sozinho. Era jovem, mas trazia no rosto as sombras de quem nascera para carregar coroas e desconfianças. Os cabelos castanhos escuros estavam presos para trás num laço de cetim negro, e a barba curta mal escondia a firmeza do maxilar. Os ombros largos moldavam-se à camisa branca meio aberta, revelando parte do peito definido. Mesmo nos momentos de ócio, como aquele, seu corpo parecia sempre em prontidão — como um lobo prestes a saltar. As mãos, grandes e firmes, repousavam nos braços da poltrona como se segurassem as rédeas de um reino. E seus olhos, de um cinza metálico incômodo, não olhavam: examinavam.

Recostado na poltrona de couro, o copo de vinho intocado ao lado, os olhos perdidos num tabuleiro de xadrez abandonado no meio da partida. As peças pareciam congeladas no instante exato em que seu mundo perdera o equilíbrio, quando sua mãe, a Rainha Eleonore, ofereceu abrigo e honra àquela mulher. E sua irmã, a doce Liesel… agora sussurrava com ela como uma confidente.

Como se invocada por pensamento, ou provocando-o de propósito, a porta do salão se abriu. Sem bater. Ela entrou.

— Alteza — disse Selmara, com a voz baixa, como quem não deseja interromper, mas sabe que já o fez.

Ela caminhava com a leveza de uma serpente e a altivez de uma cortesã que conhece bem os corredores do poder. Os cabelos grisalhos impróprios para sua juventude aparente estavam soltos, fluindo sobre o manto escuro que abraçava suas curvas com desdém à modéstia. Não pedia licença. Nunca pedia.

Leopold não se levantou. Nem sequer desviou o olhar do tabuleiro.

— Veio me enfeitiçar também? — perguntou ele, a voz carregada de gelo. — Já não bastam minha mãe e minha irmã?

Selmara parou a alguns passos dele, como quem avalia uma peça a ser movida.

— Pensei que estivesse só — disse ela. — E triste.

— Não estou triste. Estou… sóbrio. Algo raro por aqui, desde que começou a espalhar suas cartas e seus sorrisos pelo castelo.

— Sorrisos não fazem mal a ninguém, Alteza.

— Não. Mas bruxaria, sim. Charlatanismo, mais ainda.

Ela arqueou uma sobrancelha. Os olhos dela pareciam escuros demais para a pouca luz da sala.

— Então é isso que pensa de mim? Uma bruxa? Uma enganadora?

— Você enfeitiçou a rainha com promessas de visões. Enfeitiçou minha irmã com conversas doces e olhares ambíguos. Não é magia, Selmara. É manipulação.

— E você preferia o quê?

Leopold se levantou abruptamente. A cadeira rangendo no silêncio.

— Eu preferia que o castelo não estivesse à mercê de uma mulher que ninguém sabe de onde veio, nem por que permanece jovem há gerações, nem que poder exatamente possui. Só sei que onde você pisa, corações se confundem. Vontades se dobram.

— Talvez não seja magia — respondeu Selmara, sem medo — mas sim algo que Vossa Alteza teme: o poder de entender o desejo dos outros.

O príncipe caminhou até a janela. O reflexo do fogo dançava em seus ombros. Ele cruzou os braços.

— Não venha com suas cartas e essas histórias de futuro, não me interessa esse tipo de manipulação.

— Não — respondeu ela, se aproximando da mesa. — Não vim para ler sua vida, príncipe. Vim para jogar.

Ela pousou seu baralho na mesa.

— Tarochi — explicou ela, com um sorriso enviesado. — Um jogo antigo. Um jogo de reis.

Leopold virou-se lentamente.

— Vamos jogar com o seu baralho de bruxa?

— Para efeitos do jogo é um baralho como outro qualquer. É possível jogar Tarochi com ele, basta retirar os arcanos maiores.

Selmara se sentou diante dele sem esperar convite, o baralho em mãos. Começou a separar as cartas com uma destreza hipnótica. Os arcanos maiores foram deixados de lado, deslizando como sombras sobre a madeira escura da mesa. Restaram os quatro naipes: paus, ouros, espadas e copas. E suas cortes.

— Não costumo jogar com cartas que não posso controlar — disse Leopold, sentando-se com relutância.

— E eu costumo jogar com homens que preferem a guerra ao prazer — respondeu ela, empilhando os naipes.

Ele lançou um olhar de desdém, mas não a interrompeu.

— É só um jogo, Alteza — continuou ela. — Talvez o senhor ganhe. Talvez não. Mas, se tiver sorte… talvez aprenda alguma coisa.

— Como o quê? — resmungou ele.

Selmara embaralhou com movimentos suaves, como se as cartas fossem parte do seu próprio corpo.

— A pensar em abundância.

— Abundância?

Ela parou e sorriu, como se saboreasse o som da palavra.

— Sim. Vossa alteza se acostumou a pensar em escassez: em vigiar, limitar, defender. Mas o verdadeiro poder está em saber receber. Quem deseja com plenitude… domina com plenitude.

Leopold bufou, mas havia algo em sua expressão que indicava curiosidade. Ou cansaço. Ou os dois.

— Se perder, não me venha dizer que foi porque o destino quis — disse ele, puxando as cartas para si. — Eu jogo com lógica. Probabilidade. Tática.

— E eu com desejo — respondeu ela, reclinando-se, como se aquela fosse sua melhor carta.

Eles começaram a jogar.

A partida era silenciosa no início, marcada apenas pelo som das cartas batendo sobre a mesa. Mas logo os movimentos tornaram-se mais fluidos, mais ousados. Selmara parecia conduzir o jogo como quem conduz uma dança. Leopold, apesar da resistência, começava a responder ao ritmo.

Em um momento decisivo, Selmara revelou sua mão.

Selmara abriu levemente o leque de cartas diante de Leopold.

Quatro figuras femininas olharam de volta, vestidas como rainhas de um antigo império que nunca existiu. Paus. Ouros. Espadas. Copas.

A luz tremeluzente dos candelabros oscilava sobre a mesa, lançando sombras dançantes entre as cartas. Leopold, de pé ao lado, cruzava os braços com ceticismo forçado — mas seus olhos não conseguiam evitar as cartas. Nem a mulher que as exibia.

— Que sorte a sua — murmurou ele. — Quatro rainhas.

— Sorte, não — corrigiu Selmara, baixando a voz como quem revela um segredo antigo. — Chamado.

E então, ela sorriu. Aquele tipo de sorriso que transforma o destino.

— Uma bela mão — admitiu Leopold. — Mas não é a mais forte.

Selmara inclinou-se sobre a mesa. Os olhos dela estavam mais escuros agora, mais intensos. O ar pareceu pesar.

— Talvez. Mas é a mais rara. E a mais perigosa.

— Por quê?

Ela sorriu.

— Porque quem possui as quatro rainhas… governa todos os âmbitos do mundo. Matéria, desejo, razão e amor. E quando essas forças se unem…

Selmara concluiu com poder. Ergueu-se devagar, com os olhos fixos nas quatro cartas abertas sobre a mesa: Rainha de Espadas, Ouros, Copas e Paus. A luz da lareira parecia vacilar ao redor das figuras, como se algo nelas pulsasse.

Ela levou as mãos sobre o baralho e sussurrou, como quem ativa um segredo guardado em séculos de silêncio:

— Reginae potentiae, audite vocem meam. Domina Rationis, exaudi me. Domina Divitiarum, appareas. Domina Voluptatis, descendas in carnem.

Leopold permaneceu sentado, mas seu corpo estava tenso. Os pelos dos braços se eriçaram com uma sensação que ele não sabia nomear — como se o ar tivesse engrossado.

Das sombras do salão, as quatro figuras femininas emergiram com passos firmes. A primeira, a rainha de espadas, vestia-se de verde profundo, detalhes dourados nos punhos e na gola. Os cabelos negros estavam presos num coque austero. O olhar, cortante. Seu corpo era esguio e elegante, a expressão, serena como uma lâmina polida. A segunda figura também de verde, mas em tom mais suave. Os cabelos soltos, pretos e brilhantes como ônix. Ela trazia ouro nas orelhas, no pescoço, nos punhos. Seus passos faziam o chão parecer mais valioso. A Rainha de Ouros sorriu com indulgência, como uma colecionadora diante de um novo tesouro. A terceira mulher, a Rainha de Copas, surgiu loira, radiante, vestida de vermelho profundo. O decote de seu vestido revelava os contornos generosos dos seios, e seus olhos, azul-claros, encontraram os de Leopold com fome disfarçada de doçura. Por fim, a Rainha de Paus, cabelos ruivos ondulando até a cintura, vestido escarlate como sangue novo. Seus olhos eram verdes como veneno, e sua pele parecia vibrar com calor próprio. E já vinham sorrindo — como se soubessem exatamente o que fariam com ele.

As quatro Rainhas estavam vivas. E o observavam.

— Que bruxaria é essa? — disse Leopold — Como fez isso? Quem são essas mulheres?

Selmara sorriu docemente, mordendo os lábios.— Essas são as quatro rainhas. Espadas, Paus, Ouros, Copas. As quatro forças da natureza… para saciar os desejos de vossa alteza.

Leopold viu que as quatro cartas estavam acima das mesas, com os espaços das rainhas vazios, era como se eles tivessem saltado do baralho para a realidade.

— Isso é ilusão, um truque… ou é demoníaco! — Leopold estava perplexo, tentando entender.

Selmara não respondeu, apenas acenou às rainhas com os olhos. Foi a senha para que a Rainha de Espadas beijasse a Rainha de Ouros na boca com desejo, seguidas pelas Rainhas de Copas e de Paus.

— Sua bruxa! — protestou Leopold — Isso é…

— Delicioso? — respondeu Selmara, rindo leve.

Leopold olhava as rainhas se beijando tentando alguma explicação lógica para aquilo, mas ao mesmo tempo estava sendo arrebatado pelo tesão crescente.

— Qualquer uma dessas rainhas seriam o desejo de qualquer homem na Terra. E estou oferecendo as quatro, ao mesmo tempo, para a vossa alteza. Isso é abundância.

Leopold ameaçou protestar, questionar, lutar contra seus sentimentos.

Selmara caminhou até ele sem pressa, nua, como se o próprio corpo fosse parte do feitiço. Parou diante dele, colou o dedo indicador em seus lábios — quente, suave, mandando calar.

— Então é esse o seu jogo? — sussurrou ele, com a voz trêmula. — Você usa bruxaria para seduzir…

— Sim, Alteza. — disse ela, agora colando os seios em seu peito, sem nenhuma hesitação. — E te ofereço… em abundância.

Foi então a Rainha de Espadas quem começou.

Ergueu as mãos lentamente até os próprios ombros, onde o tecido verde profundo cobria seu corpo esguio com severidade. Desatou os ganchos com precisão cirúrgica, um a um, como quem desfaz uma armadura. A cada gesto, os olhos de Leopold acompanhavam. O vestido caiu até a cintura, revelando seios firmes, médios, perfeitamente proporcionados. Os mamilos escuros endureceram com o frio do salão.

Ela se virou de lado, abaixando o restante da roupa com lentidão. O contorno de seu quadril apareceu como uma lâmina curvilínea, os movimentos sem pressa, o olhar fixo no príncipe, como se dissesse: a nudez também é estratégia. Quando ficou completamente nua, aproximou-se da Rainha de Ouros e pousou uma mão em sua cintura.

Leopold respirava fundo. O corpo estava quente demais para a temperatura do ambiente. Mas sua mente ainda gritava perguntas que não tinham resposta.

— Isso é perversão… um truque… — sussurrou para Selmara que posou a cabeça em seu ombro, como se o acolhesse.

A Rainha de Ouros sorriu ao toque da outra. Em resposta, começou seu próprio ritual.

Com as mãos decoradas por anéis dourados, afrouxou os laços do vestido com delicadeza. O corpete caiu devagar, libertando seios generosos que pareciam ter sido moldados para o prazer. Suas mãos acariciaram os próprios flancos enquanto descia o tecido até os pés, revelando uma pele dourada, acetinada, levemente úmida sob a luz da lareira.

Ela girou sobre si mesma, exibindo seu corpo com a confiança de quem sabia ser desejada por reis e deuses. E quando parou de frente para a de Espadas, inclinou-se e beijou-lhe os lábios — não com afeto, mas com fome. As duas se tocaram com suavidade e respeito, como se cada parte do corpo alheio fosse sagrada.

Leopold engoliu em seco.

— Elas não são humanas… são? — perguntou.

— O que acha Alteza? E não importa, elas são para o seu desejo.

A terceira foi a Rainha de Copas.

Ela não precisou desamarrar nada. Seu vestido escarlate parecia deslizar por conta própria, como vinho escorrendo por uma taça. Ao deixá-lo cair, ficou nua por baixo — como se tivesse vindo pronta. Seu corpo era curvilíneo, generoso, feito de promessas. Os seios fartos se erguiam orgulhosos, e seus quadris largos convidavam a mãos que ainda hesitavam.

Ela caminhou até as duas outras e as abraçou pelas costas, colando os corpos. Selou os ombros com beijos, enquanto as mãos deslizavam pelas coxas e nádegas alheias. Três Rainhas. Três tons de pele. Três perfumes diferentes, mas complementares.

— Isso é… uma armadilha.

— Sim Alteza… E não há como escapar.

Selmara alcançou o pau de .Leopold por cima da calça, e começou a deslizar mão suavemente pelo membro duro.

A última foi a Rainha de Paus.

Ela não tirou o vestido. Ela o rasgou.

A seda vermelha rasgou com um som lascivo, deixando ver seu corpo esculpido em desejo. Seios firmes, barriga lisa, coxas que pareciam feitas para prender. Os olhos verdes dela queimavam como brasas, e o sorriso era o de uma mulher que não apenas se oferece — mas domina.

Ela se aproximou das outras três e, sem aviso, afundou o rosto entre os seios da de Ouros, lambendo-lhe o mamilo com um gemido rouco. A de Copas agarrou sua nuca e puxou os cabelos. A de Espadas, sempre sóbria, perdeu o controle por um segundo e mordeu o ombro da de Paus, que apenas riu.

Leopold já não conseguia esconder sua excitação. Estava com o membro duro sob as calças, pulsando. Suas mãos tremiam. A mente, perdida.

— Eu… não posso… — murmurou.

Mas seu corpo queria. Queria todas.

E, acima de todas, queria Selmara. Tudo o que via desafiava a moral e a lógica, e tudo o que ele queria naquele momento era devorar seus lábios, seu corpo, e as quatro rainhas.

Ele olhou para Selmara e a beijou. Ele a segurou pela cintura com violência doce, colando o corpo dela ao seu. As coxas dela se encaixaram em seu quadril como se fossem feitas para aquilo.

Selmara sorriu entre os beijos, e então se ajoelhou diante dele.

Com as mãos firmes, mas sensuais, desabotoou a calça do príncipe, puxando-a lentamente para baixo. O membro de Leopold saltou para fora com intensidade, grande, rijo, latejante.

Selmara olhou para ele com adoração debochada. Ela o segurou com ambas as mãos, pressionando a base e a glande, como se quisesse senti-lo inteiro, testar sua firmeza. Passou a língua lentamente ao redor da cabeça, só para provocar, depois ergueu-se novamente.

Leopold gemeu baixo, e sentou-se na poltrona de couro, o membro exposto, ereto, pulsando.

As quatro Rainhas se aproximaram em círculo, nuas, silenciosas, os olhos fixos nele como sacerdotisas em transe.

Foi a Rainha de Espadas quem começou.

Ajoelhou-se diante do príncipe com postura firme, imponente mesmo nua. Pegou seu pau com reverência, olhou-o nos olhos como uma juíza e então lambeu-lhe a glande com precisão. Depois deslizou os lábios por toda a extensão, devagar, até que a ponta tocasse sua garganta. Envolveu-o com calor e sucção controlada, enquanto os dedos de Leopold deslizavam pelos cabelos presos dela.

Selmara ajoelhou-se sobre ele, sentando-se de lado no colo do príncipe, oferecendo-lhe os seios. Leopold os tomou com as mãos como se fossem o mundo inteiro, massageando-os, beijando-os, lambendo os mamilos com paixão febril.

A Rainha de Espadas parou com um estalo molhado, relutante, cedendo espaço à próxima.

A Rainha de Ouros veio com um sorriso suave, olhos semi-cerrados de luxúria. Antes de tocar o membro, beijou a glande com devoção, e só então o engoliu com lentidão. A boca dela era quente como um cofre de veludo. Seus gemidos abafados vibravam no pau de Leopold, que se contorcia entre o prazer e a vontade de explodir. Ela chupava com movimentos longos, compassados, como quem saboreia um doce raro que deve durar para sempre.

Enquanto isso, a de Copas e a de Paus se beijavam ao lado, trocando carícias e gemidos como se o cheiro do desejo fosse embriagante demais. A de Copas acariciava o clitóris da de Paus, que a mordia no pescoço e sorria com olhos fechados.

Quando a de Ouros finalmente se afastou, limpando os lábios com a língua, a de Copas tomou o lugar.

Ela não falou nada. Apenas olhou para Leopold com olhos úmidos e lascivos, e então o devorou com entrega total. Chupava rápido, profundo, fazendo barulhos molhados e indecentes que ecoavam pelo salão como sinos profanos. Enquanto o fazia, Selmara mordiscava o lóbulo de Leopold, sussurrando em seu ouvido:

— Gosta, Alteza? Elas são suas. Todas. Hoje. Aqui.

A Rainha de Paus, por fim, ajoelhou-se. Lambeu suas bolas, mordiscando de leve. Depois subiu com a língua até a base, e então o engoliu inteiro numa só investida — com fome, com ferocidade, com prazer puro. Leopold gritou, a cabeça tombando para trás, os dedos afundando nos cabelos dela.

As quatro Rainhas agora se tocavam, se beijavam, se esfregavam umas nas outras enquanto se revezavam no membro do príncipe. E Selmara estava ali, nua, divina, com os seios apertados nas mãos dele, gemendo baixinho a cada lambida, cada apertada, cada beijo em sua boca.

Selmara deslizou os lábios pelo pescoço de Leopold, sentindo o pulso acelerado sob sua língua. As quatro Rainhas, nuas e ofegantes, se enroscavam umas nas outras como serpentes em um altar pagão, os corpos úmidos refletindo a luz alaranjada da lareira.

O membro de Leopold estava coberto de saliva e desejo, latejante de antecipação, e sua mente cambaleava entre o que via, o que sentia, e o que ainda se proibia de crer.

— Elas estão prontas — sussurrou Selmara, com a boca colada à sua orelha. — Mas só uma pode ser a primeira. Escolha, Alteza.

— Escolher? — murmurou ele, quase sem voz.

— Sim. A primeira a te receber…

Ela se afastou um passo, deixando que ele visse.

As quatro Rainhas ajoelharam-se em círculo ao redor dele, os olhos fixos, os corpos entrelaçados. E uma a uma, Selmara as nomeava.

— Rainha de Espadas.

A morena esguia de olhos frios ergueu o queixo, firme como uma guerreira.

— Rainha de Ouros.

A mulher de pele dourada sorriu com lábios carregados de promessas.

— Rainha de Copas.

A loira de olhos azuis acariciou os próprios seios, como se já o preparasse para seu ventre.

— E Rainha de Paus.

A ruiva riu baixinho, a mão entre as pernas, já molhada de antecipação.

Leopold oscilou.

Seus olhos saltavam de uma para a outra, o coração disparado. Não havia escolha fácil ali — não entre deusas feitas de desejo e promessa. Sentia o suor escorrer em sua nuca, o sangue pulsando em sua virilha, os dedos cravando nos braços da poltrona.

Selmara ajoelhou-se à sua frente e segurou seu rosto com delicadeza.

E então Leopold estendeu a mão. Seus dedos buscaram a pele da Rainha de Paus.

Ela sorriu — um sorriso de predadora satisfeita. Levantou-se com uma graça felina, os cabelos ruivos ondulando como chamas em volta dos ombros nus. Caminhou até ele com passos lentos, quadris desenhando promessas a cada balanço. Parou entre suas pernas, as coxas firmes reluzindo sob a luz da lareira.

Selmara recuou um passo, observando com um brilho nos olhos.

Leopold estava sentado, o pau duro apontando para o alto, coberto de saliva, latejando com urgência. A Rainha de Paus se inclinou, apoiando-se nos joelhos do príncipe. Leopold não hesitou mais. Segurou-a pela cintura com as duas mãos, e num movimento firme, ergueu-a como se ela fosse feita de desejo e nada mais. A cabeça do seu pau roçou a entrada quente da rainha, que gemeu baixo, os olhos fechando-se por um instante.

Leopold a desceu com força contida, mas direta, fazendo-a engolir cada centímetro de seu membro duro. A Rainha de Paus soltou um grito rouco e delicioso, o pescoço arqueado, os seios apontando para o teto enquanto era preenchida até a base.

Ela cavalgava devagar no início, girando os quadris, como quem saboreia o primeiro gole de um vinho proibido. Leopold agarrava suas nádegas com força, guiando o ritmo, observando o rosto dela se desfazer em prazer. O calor que os dois emanavam parecia fazer o ar ondular.

As outras três rainhas não se afastaram. Sentaram-se ao redor da poltrona, acariciando-se, beijando-se, assistindo como sacerdotisas de um culto luxurioso.

Selmara, em pé atrás do príncipe, passou os dedos pelos ombros dele, depois pelo peito, até alcançar os mamilos, brincando com eles com toques leves e precisos. Seus lábios estavam junto ao ouvido dele.

— Ela é fogo, meu príncipe… mas ainda temos o ouro, o vinho e o aço para te oferecer…

A Rainha de Paus acelerava agora, gemendo cada vez mais alto, os cabelos voando, os seios balançando com violência hipnótica. O pau de Leopold entrava e saía com estalos molhados, fazendo o salão inteiro ecoar com o som do sexo cru e inevitável.

A Rainha de Espadas se ergueu, calmamente se posicionou de forma que sua buceta contra o rosto do príncipe, para que ele degustasse sua buceta. Leopold então se deliciava com uma em seu pau e com a outra em sua boca, sentindo o cheiro delicioso delas.

Selmara se aproximou lentamente, quase mordiscando a orelha dele, deliciosamente debochou:

— Se delicie alteza, com minha “charlatanice”.

A Rainha de Paus ainda se contorcia no colo de Leopold, os gemidos dela vibrando contra o peito do príncipe como trovões sensuais. Seu ritmo era frenético, impiedoso e ele a acompanhava com estocadas profundas, enquanto a língua explorava a vulva da Rainha de Espadas sobre seu rosto, saboreando o gosto de ferro e néctar que ela oferecia com firmeza.

Mas o ciclo precisava continuar. A abundância exigia rotação. E a próxima era a Rainha de Ouros.

Ela se aproximou com passos lentos e seguros, como quem cruza um palácio de marfim onde tudo lhe pertence. A pele dourada reluzia sob o calor da lareira, e os olhos, cravejados de ambição, brilhavam ao ver o corpo do príncipe coberto de saliva, suor e luxúria.

Com uma reverência silenciosa, a Rainha de Paus levantou-se do colo de Leopold, ainda arfando, o ventre pulsando, os fluidos escorrendo por suas coxas. Ela se afastou como uma chama que recua para dar lugar a outra, e se deixou cair sobre a boca da Rainha de Copas, que a acolheu com uma lambida demorada entre suas pernas.

A Rainha de Ouros então se ajoelhou diante de Leopold, pegou-lhe o pau com as duas mãos — ainda quente, duro e coberto da umidade de Paus — e esfregou-o com reverência entre os próprios seios. Os olhos nunca deixaram os dele. Ela o deslizou entre as mamas firmes e farta, massageando-o com movimentos circulares, como se lustrasse uma estátua de ouro maciço.

Leopold gemeu, apertando com mais força os quadris da Rainha de Espadas sobre sua boca. Ela, por sua vez, perdeu por um momento o controle da respiração, arfando em cima de sua língua. Foi nesse instante que Selmara se aproximou por trás da Rainha de Espadas e a beijou na nuca, como se abençoasse sua entrega.

As duas trocaram um olhar carregado de tensão e prazer, e então Selmara puxou o rosto da rainha para si, unindo seus lábios com fome. Beijaram-se ali, sobre o rosto do príncipe, enquanto ele devorava com a boca a vulva da Espadas e empurrava com os quadris o membro contra os seios da de Ouros.

A Rainha de Ouros então se ergueu.

Sem pressa, posicionou-se sobre o príncipe, guiando a glande do seu pau contra sua entrada. Ela era quente, apertada, e escorregadia de desejo. Desceu lentamente, sentando-se com controle absoluto, como se estivesse montando em um trono feito de carne.

— Ahhh... — gemeu Leopold, arqueando o pescoço para trás.

A Rainha de Espadas deslizou-se de sobre sua boca, com os lábios vermelhos, o olhar desfocado pelo prazer. Ela se ajoelhou ao lado, e Selmara a seguiu, beijando-a novamente, agora mais lentamente, enquanto Leopold, por baixo, afundava dentro da Rainha de Ouros com estocadas cada vez mais intensas.

O corpo dourado da rainha tremia a cada descida. Os seios balançavam, as mãos em seus próprios quadris guiavam o ritmo. Ela cavalgava como quem possui o tempo, o ouro e o domínio dos homens. O som molhado do sexo se misturava ao estalar da madeira na lareira, ao sussurrar das bocas que se encontravam, ao murmúrio de gemidos de todas as direções.

Enquanto Leopold metia fundo na Rainha de Ouros, a Rainha de Espadas se aproximou da Rainha de Copas, que estava deitada lambendo o clitóris da de Paus com fervor. Espadas se abaixou e passou a lamber os seios da Copas — primeiro o esquerdo, depois o direito, com língua precisa e pontuda, circulando o mamilo até fazê-la gemer com a boca entre as pernas da outra.

O corpo de Leopold estremecia. Seus dedos seguravam a cintura da Rainha de Ouros com uma força crua, possessiva, e sua boca, agora livre, buscava os seios de Selmara, que os ofereceu com um gemido baixo, envolvendo a cabeça dele entre os braços.

— Isso mesmo, Alteza… — sussurrou Selmara, os olhos semicerrados. — Deguste cada uma de nós. Você tem ouro entre as pernas, vinho no peito, e ferro na alma. Abuse da tua abundância…

E ele abusava. Com estocadas firmes, fazia a Rainha de Ouros revirar os olhos, gemer seu nome, abrir o peito em arquejos cada vez mais descompassados. Ela cavalgava mais rápido, cada vez mais funda, até que o barulho de suas carnes se chocando ecoava pelo salão como música pagã.

A Rainha de Ouros se levantou, arfando, os músculos das coxas tremendo, a mistura de suor e desejo escorrendo por sua pele dourada, fez uma reverência silenciosa e se afastou. Leopold estava ofegante, os olhos fixos nela, como se ainda sentisse seu corpo apertado ao redor de seu membro.

Foi então que a Rainha de Copas se aproximou.

Ela não caminhava — flutuava. O corpo nu, curvilíneo, era pura ternura carnal, uma promessa de prazer envolto em calor e acolhimento. Os cabelos loiros espalhavam-se em ondas sobre os ombros e suas bochechas ruborizadas revelavam a excitação acumulada. Ao chegar à frente do príncipe, ela se ajoelhou, passou a mão lentamente sobre seu peito.

Leopold estendeu a mão, tocando-lhe o rosto, e assentiu com um olhar. Ela sorriu, beijou seus dedos com doçura e então subiu em seu colo, guiando o pau latejante até sua entrada quente e acolhedora. Quando se sentou, soltou um gemido longo, embriagado, e os dois estremeceram juntos.

A Rainha de Copas não cavalgava como uma guerreira nem como uma soberana. Ela rebolava com suavidade, com paixão derretida, como se cada movimento fosse uma carta de amor escrita em carne. Leopold enterrou o rosto entre seus seios macios, lambendo, chupando, ofegando.

Enquanto isso, a Rainha de Espadas reapareceu, nua, sóbria, mas com os olhos acesos de desejo. Ela se posicionou atrás do trono, de pé, e começou a acariciar o peito do príncipe, deslizando os dedos frios sobre seus mamilos, beliscando-os de leve com precisão militar. Leopold arfou com o contraste entre o calor da Copas e o gelo calculado da Espadas.

Selmara, por sua vez, sentou-se sobre um dos braços da poltrona, observando a cena com um sorriso triunfante. Seus dedos brincavam com o cabelo do príncipe, e ela murmurava feitiços eróticos que pareciam penetrar a mente dele:

— Você sente? A doçura do vinho… o aço dos dedos… o ouro já passou… e o fogo… está voltando.

A Rainha de Paus, que havia se lambuzado no sexo com as outras duas, aproximou-se novamente. Seus olhos verdes estavam ainda mais brilhantes. Ela ajoelhou-se entre as pernas de Leopold e começou a lamber a parte da base do pau dele que a de Copas deixava escapar, como se quisesse saborear a fusão de todas as rainhas.

A de Copas agora gemia em coro com o príncipe. Seus quadris se moviam em círculos lentos, depois em estocadas ritmadas, e depois em tremores que não pareciam humanos. As unhas cravaram nos ombros de Leopold, os seios pressionavam contra seu rosto, e sua boceta escorria tanto que os testículos dele se banhavam no néctar.

A Rainha de Espadas inclinou-se por cima do ombro dele e lambeu-lhe o pescoço, depois a orelha. E quando Selmara se juntou a ela, os dois rostos se encontraram, selando os lábios do príncipe com um beijo duplo — ele no meio de duas bocas, duas línguas, duas vontades poderosas que duelavam por sua alma enquanto o corpo era domado pela Rainha de Copas.

O prazer subia como lava.

O corpo de Leopold arqueou. Ele já não sabia mais se gemia, se chorava, ou se delirava. Sentia-se sugado, cavalgado, estimulado, beijado, lambido, venerado e possuído por todas as direções. Era um trono de carne e um altar de luxúria ao mesmo tempo.

Selmara então levou os lábios ao ouvido dele mais uma vez:

— Ainda falta uma, Alteza. Uma última bênção. Você quer?

Leopold balançou a cabeça, o coração disparado, um calafrio subindo pela espinha ao perceber o peso do poder de Selmara. A Rainha de Copas o beijou nos lábios, um beijo doce como vinho, e então, ofegante, levantou-se com relutância. O pau de Leopold escorregou para fora, coberto da umidade dela. A Rainha de Paus, ainda lambendo a base com um brilho faminto nos olhos verdes, recuou com um sorriso ardente, cedendo espaço como uma chama que se curva à outra.

Foi então a vez da última. A Rainha de Espadas já estava de pé, nua, reluzente, pronta.

A Rainha de Espadas avançou. Seus pés nus tocavam o chão com a precisão de uma lâmina deslizando sobre pedra. Cada passo era calculado, mas pulsava com um desejo contido, como uma tempestade prestes a romper. Os cabelos negros, presos num coque austero, brilhavam sob a luz da lareira, e os seios firmes em sua pele morena tremiam levemente, desafiando sua própria disciplina. Entre as pernas, o sexo brilhava, pronto para reivindicá-lo com a clareza de uma sentença final.

Ela subiu no colo do príncipe sem pedir — como quem toma o que é seu por direito. Leopold arfou quando sentiu o calor controlado dela roçar a ponta do seu pau. Ela se esfregou, molhada, com um sorriso frio, prolongando o tormento com precisão militar. Então, com um impulso firme e decidido, sentou-se de uma vez, engolindo-o inteiro até a raiz.

— Ah…! — ela gemeu, os olhos semicerrados, mas ainda afiados como aço. — Finalmente…

Leopold gritou. O interior dela era quente, mas metódico, como uma forja que molda o desejo com exatidão. As coxas dela o prensavam com força contida. Os quadris desciam e subiam com um ritmo preciso, cada movimento uma estocada que cortava sua resistência. As mãos dela arranharam o peito dele com unhas que pareciam traçar mapas de guerra, puxaram seu cabelo, cravaram-se em seus ombros com força calculada.

— Porra… — ele sussurrou, enterrando o rosto entre os seios dela, lambendo, mordendo, tentando se agarrar a alguma sanidade.

Ao redor deles, as outras três Rainhas se entrelaçavam em beijos, carícias e gemidos. A Rainha de Copas chupava os mamilos da de Ouros, que, deitada de costas, gemia sob os beijos fervorosos da de Paus. Era um altar de prazer coletivo, uma oferenda viva ao instinto.

Selmara, nua, sentada no braço da poltrona, observava tudo com um brilho escuro nos olhos. Ela acariciava o próprio clitóris com dois dedos, como quem rege a sinfonia final da noite. Os cabelos grisalhos colavam-se à pele úmida de suor e luxúria. Era sacerdotisa e deusa ao mesmo tempo.

A Rainha de Espadas acelerava, mantendo o controle mesmo na urgência. Suas mãos estavam nas costas de Leopold, as unhas marcando sua carne com precisão. Ela subia e descia com ritmo, como uma guerreira que domina o campo de batalha com cada golpe.

— Isso… me enche… me toma… — ela gemia, a voz firme, mas trêmula de prazer, e Leopold, já no limite, segurava sua cintura com força, tentando resistir ao abismo que se abria diante dele.

— Eu não vou aguentar… — ele arfou, os olhos vidrados nos dela, que brilhavam com a clareza de uma lâmina.

Selmara se inclinou e sussurrou em seu ouvido:

— Venha comigo, Alteza. Minha charlatanice é o véu do seu desejo. Exploda comigo!

A Rainha de Espadas gentilmente se levantou, deixando que Selmara tomasse seu lugar. A buceta dela abraçou o pau de Leopold com uma suavidade que escondia seu poder, e ele tremia. A essa altura, o príncipe via a verdade: Selmara não era apenas uma manipuladora, mas uma força que dobrava a realidade. O medo que ela lhe inspirava — o peso de sua magia inegável — só aumentava o desejo que o consumia.

Selmara não tirava os olhos dele. Seu olhar o desafiava, o devorava. Leopold olhou ao redor. A Rainha de Copas tinha a buceta devorada pela Rainha de Paus, enquanto a Rainha de Ouros lambia os seios da de Espadas, que gemia com um abandono raro para sua natureza.

— Eu vou gozar, bruxa! — disse Leopold.

Selmara, com um gesto suave, deslizou a buceta para fora do pau, tomou o último gole da taça de vinho e passou a chupar Leopold, seus lábios envolvendo-o com uma fome sagrada. Quando ele explodiu, um grito rouco escapou de sua garganta, e Selmara acolheu cada pulsar de sua essência com reverência. Ela se ergueu, os lábios brilhando, e ergueu a taça de vinho, agora um cálice ritualístico, deixando que cada gota de sua conquista escorresse para dentro.

Com um sorriso de deusa, Selmara passou o cálice às Rainhas. A Rainha de Espadas tocou-o com dedos precisos, como se selasse um juramento. A Rainha de Ouros beijou a borda, seus olhos brilhando com posse. A Rainha de Copas lambeu o cálice com doçura, enquanto a de Paus, com um riso feroz, cravou as unhas na base do objeto, como se o marcasse. Quando o cálice retornou a Selmara, ela o levou aos lábios e engoliu o resto, seus olhos fixos em Leopold, que arfava, rendido, no trono de carne.

— Isso, Alteza — sussurrou ela, lambendo os lábios. — A abundância é nossa.

Foi então a vez da última. A Rainha de Espadas já estava de pé, nua, reluzente, pronta.

A Rainha de Espadas avançou. Seus pés nus tocavam o chão com a precisão de uma lâmina deslizando sobre pedra. Cada passo era calculado, mas pulsava com um desejo contido, como uma tempestade prestes a romper. Os cabelos negros, presos num coque austero, brilhavam sob a luz da lareira, e os seios firmes em sua pele morena tremiam levemente, desafiando sua própria disciplina. Entre as pernas, o sexo brilhava, pronto para reivindicá-lo com a clareza de uma sentença final.

Ela subiu no colo do príncipe sem pedir — como quem toma o que é seu por direito. Leopold arfou quando sentiu o calor controlado dela roçar a ponta do seu pau. Ela se esfregou, molhada, com um sorriso frio, prolongando o tormento com precisão militar. Então, com um impulso firme e decidido, sentou-se de uma vez, engolindo-o inteiro até a raiz.

— Ah…! — ela gemeu, os olhos semicerrados, mas ainda afiados como aço. — Finalmente…

Leopold gritou. O interior dela era quente, mas metódico, como uma forja que molda o desejo com exatidão. As coxas dela o prensavam com força contida. Os quadris desciam e subiam com um ritmo preciso, cada movimento uma estocada que cortava sua resistência. As mãos dela arranharam o peito dele com unhas que pareciam traçar mapas de guerra, puxaram seu cabelo, cravaram-se em seus ombros com força calculada.

— Porra… — ele sussurrou, enterrando o rosto entre os seios dela, lambendo, mordendo, tentando se agarrar a alguma sanidade.

Ao redor deles, as outras três Rainhas se entrelaçavam em beijos, carícias e gemidos. A Rainha de Copas chupava os mamilos da de Ouros, que, deitada de costas, gemia sob os beijos fervorosos da de Paus. Era um altar de prazer coletivo, uma oferenda viva ao instinto.

Selmara, nua, sentada no braço da poltrona, observava tudo com um brilho escuro nos olhos. Ela acariciava o próprio clitóris com dois dedos, como quem rege a sinfonia final da noite. Os cabelos grisalhos colavam-se à pele úmida de suor e luxúria. Era sacerdotisa e deusa ao mesmo tempo.

A Rainha de Espadas acelerava, mantendo o controle mesmo na urgência. Suas mãos estavam nas costas de Leopold, as unhas marcando sua carne com precisão. Ela subia e descia com ritmo, como uma guerreira que domina o campo de batalha com cada golpe.

— Isso… me enche… me toma… — ela gemia, a voz firme, mas trêmula de prazer, e Leopold, já no limite, segurava sua cintura com força, tentando resistir ao abismo que se abria diante dele.

— Eu não vou aguentar… — ele arfou, os olhos vidrados nos dela, que brilhavam com a clareza de uma lâmina.

Selmara se inclinou e sussurrou em seu ouvido:

— Venha comigo, Alteza. Minha charlatanice é o véu do seu desejo. Exploda comigo!

A Rainha de Espadas gentilmente se levantou, deixando que Selmara tomasse seu lugar. A buceta dela abraçou o pau de Leopold com uma suavidade que escondia seu poder, e ele tremia. A essa altura, o príncipe via a verdade: Selmara não era apenas uma manipuladora, mas uma força que dobrava a realidade. O medo que ela lhe inspirava — o peso de sua magia inegável — só aumentava o desejo que o consumia.

Selmara não tirava os olhos dele. Seu olhar o desafiava, o devorava. Leopold olhou ao redor. A Rainha de Copas tinha a buceta devorada pela Rainha de Paus, enquanto a Rainha de Ouros lambia os seios da de Espadas, que gemia com um abandono raro para sua natureza.

— Eu vou gozar, bruxa! — disse Leopold.

Selmara, com um gesto suave, deslizou a buceta para fora do pau, tomou o último gole da taça de vinho e passou a chupar Leopold, seus lábios envolvendo-o com uma fome sagrada. Quando ele explodiu, um grito rouco escapou de sua garganta, e Selmara acolheu cada pulsar de sua essência com reverência. Ela se ergueu, os lábios brilhando, e ergueu a taça de vinho, agora um cálice ritualístico, deixando que cada gota de sua conquista escorresse para dentro.

Com um sorriso de deusa, Selmara passou o cálice às Rainhas. A Rainha de Espadas tocou-o com dedos precisos, como se selasse um juramento. A Rainha de Ouros beijou a borda, seus olhos brilhando com posse. A Rainha de Copas lambeu o cálice com doçura, enquanto a de Paus, com um riso feroz, cravou as unhas na base do objeto, como se o marcasse. Quando o cálice retornou a Selmara, ela o levou aos lábios e engoliu o resto, seus olhos fixos em Leopold, que arfava, rendido, no trono de carne.

— Isso, Alteza — sussurrou ela, lambendo os lábios. — A abundância é nossa.

O silêncio após o orgasmo foi quebrado apenas pelo crepitar da lareira. As quatro Rainhas se ergueram lentamente, seus corpos ainda brilhando de suor e sêmen. Aproximaram-se de Selmara, uma a uma, beijando-lhe os lábios como sacerdotisas despedindo-se da deusa que as havia invocado.

Então seus contornos começaram a vacilar. As coxas se tornaram véus de fumaça, os seios se dissolveram em linhas tênues de tinta, e os olhos — tão cheios de desejo segundos antes — se estreitaram em símbolos dourados. Num suspiro, não restavam mulheres, apenas cartas de tarô, espalhadas sobre a mesa como se jamais tivessem saído dali.

Selmara recolheu-as com calma, deslizando os dedos sobre cada lâmina, e baralhou devagar, como quem embala amantes de volta ao sono.

Leopold estava imóvel na poltrona, o pau ainda latejando, o peito arfando, os olhos perdidos entre a incredulidade e o terror.

Selmara lambeu a última gota em seus lábios, sorriu, e disse baixo, quase num sussurro que parecia atravessar a carne dele:

— As cartas nunca mentem, Alteza.

O estalo seco ao fechar o baralho ecoou pelo salão, como o fim de um juramento.

O salão estava de novo em silêncio. Apenas o baralho repousava na mão de Selmara, como se nada tivesse acontecido. Mas o cheiro de vinho, suor e sêmen pairava no ar como incenso de um templo profano.

Leopold mal conseguia respirar. As marcas das unhas das Rainhas queimavam em sua pele, o gosto delas ainda pulsava em sua boca. Tudo nele dizia que havia sido possuído, moldado, marcado.

Selmara levantou-se, nua, os cabelos colados de suor, e pousou o baralho sobre o peito dele. As cartas ardiam como se fossem brasa.

— Agora você sabe — sussurrou, os olhos brilhando como lâminas úmidas. — As Rainhas são minhas. Mas esta noite, Alteza… elas foram suas.

Ela se inclinou e o beijou na boca, lento, profundo, como quem sela um pacto. Quando se afastou, Leopold não sabia mais se era príncipe ou apenas súdito daquela mulher.

A lareira estalou, e o vento uivou lá fora. O jogo tinha terminado.

Mas o desejo que Selmara deixara em seu corpo não terminaria nunca.

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