Este conto é um pouco mais longo que os meus anteriores, deixei a criatividade e a putaria fluir dessa vez, espero que gostem.
Um pouco de feedback seria legal, por isso por favor dê notas e comente, mesmo se não gostar do conto, boas críticas ajudam bastante a melhorar minha escrita e saber se estou indo no caminho certo.
Meu blog em português: https://castelosdaluxuria.blog
Meu blog em inglês: https://lustcastles.blog
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Ricardo Almada tinha vinte e cinco anos e o tipo de beleza que não passava despercebida. Pele dourada como o verão, cabelos castanhos desobedientes e olhos de um verde impossível, que pareciam sussurrar segredos a cada piscada. Mas o que o tornava verdadeiramente perigoso não era só o rosto de modelo de outdoor, nem o corpo de atleta olímpico — era o magnetismo, um dom realmente incrível. Um carisma carnal, um cheiro de pecado que pairava no ar sempre que ele entrava em qualquer ambiente. E o pior: ele não fazia nada. Não precisava.
Enquanto outros homens suavam para conseguir um número de telefone, Ricardo suava para não ser puxado para dentro de banheiros, vestiários ou salas de reunião. Era como se as mulheres — e não raramente alguns homens — pressentissem algo ancestral nele, algo selvagem. E então queriam. Sempre.
O que seria, para quase todo mundo, uma bênção divina, para ele era uma maldição. Nunca conseguiu completar o ensino médio. Foi expulso de três escolas. Na última, o escândalo foi tão absurdo que virou piada entre os professores.
Tudo começou quando foi flagrado transando com a mãe de um dos colegas, na sala de artes. Enquanto os alunos faziam simulado, Ricardo ensinava anatomia prática — de costas para a lousa. Quando a direção decidiu suspendê-lo, ele foi até a secretaria buscar a documentação. Demorou. Muito. O diretor resolveu procurá-lo pessoalmente, irritado com a demora… e o encontrou com a secretária da escola, de saia erguida, sobre a mesa, gemendo com a cabeça encostada nos carimbos.
A essa altura, ninguém mais o queria em colégios.
Na vida adulta, o padrão se repetiu. Entrevistas de emprego pareciam encontros às cegas. Testes de admissão viravam sessões de flerte. O último emprego tinha sido num shopping center recém-inaugurado. Ricardo foi contratado como auxiliar de estoque de uma grande loja de roupas. Chegou cedo no primeiro dia, antes mesmo do shopping abrir. As faxineiras já estavam lá, é claro. Uma quarentona animada e uma garota de dezenove, de uniforme colado e olhar curioso.
Ricardo apenas sorriu e deu “bom dia”. Quinze minutos depois, estava com as calças abaixadas e as duas ajoelhadas diante dele, entre os corredores do subsolo. A demissão veio antes do almoço. O gerente o acompanhou até a saída sem sequer olhar nos olhos.
Ricardo caminhou para casa naquele dia com as mãos nos bolsos e um sentimento confuso no peito. Não sabia se ria da própria sina ou chorava por mais uma porta fechada. Tudo o que queria era uma vida normal. Mas com aquele dom — ou maldição — a normalidade parecia sempre fugir, com a mesma velocidade que as calcinhas caíam ao seu redor.
— Dessa vez não tem erro, mãe — disse Ricardo, explicando como seria seu novo emprego, que começaria naquele dia. — É oficina mecânica. Eu fui lá, só trabalha homem. Vou pedir pra ficar no fundo, longe de público.
— Pelo amor de Deus, Ricardo — disse sua mãe, Rute, sem tirar as mãos do pano de prato — mantém esse pinto dentro da calça.
Para evitar problemas logo no primeiro dia, Ricardo tomou providências. Ao contrário das pessoas normais, que se vestem para impressionar, ele fazia de tudo para passar incógnito. Uma camada a mais de roupa para esconder o físico invejável, um casaco com capuz para ocultar o rosto. Queria desaparecer. Ser só mais um.
Só por precaução, chamou um Uber. A primeira a aceitar — por azar ou pura sacanagem do destino — foi uma motorista mulher. Ricardo cancelou de imediato. Um motorista homem era o caminho seguro entre a porta de casa e a oficina.
A Elias Motors ficava numa avenida movimentada. Trabalhava com carros de luxo. Não era daquelas oficinas sujas de barro e óleo escorrendo no chão. Era um ambiente limpo, controlado, quase clínico. E, o mais importante: o cliente não tinha contato direto com os mecânicos.
Ideal para Ricardo.
Ele havia feito um teste dias antes. Foi conhecer seus futuros colegas. Sua beleza sempre impressionava, claro, mas nada… aconteceu. Ali, Ricardo sentiu que talvez estivesse seguro. Era só entrar, fazer o trabalho, ir embora. Vida normal. Vida anônima.
Ricardo conferiu no relógio, eram 7h34 assim que chegou na oficina.
— Bom dia, Ricardo — disse o Sr. Elias, dono da oficina, ao recebê-lo. — Está com frio, rapaz? Pra que toda essa roupa?
— Eu costumo sentir mais frio que o normal, senhor Elias. Não repara, não.
— Antes de começar, vamos até o escritório. Você precisa preencher uns documentos.
Ricardo sentiu aquele arrepio na espinha. “Só me falta aqui ter uma secretária que eu não mapeei…”
O escritório ficava nos fundos, e era preciso passar por alguns corredores até chegar lá. Ricardo andava tenso, olhos atentos.
— Aqui ficam os vestiários, Ricardo — disse Elias, apontando para uma porta ao lado do escritório. — Ali vocês podem tomar banho depois do expediente.
— Vestiário masculino?
Elias estranhou a pergunta.
— Sim… Infelizmente não temos funcionárias mulheres. Ainda.
Para seu alívio, era o próprio Sr. Elias quem cuidava da papelada. Sem secretária. Sem perfume no ar. Graças a Deus.
— Ricardo, aqui estão os manuais de procedimento. Dá uma lida com atenção. Tome o tempo que precisar. Eu vou lá fora atender uns clientes.
Elias saiu com passos pesados. Ricardo respirou fundo. Viu que havia café. Olhou para os lados, conferiu que realmente não havia risco, e se esgueirou até a garrafa. Serviu-se. Dois goles. Calor. Conforto.
Voltou à mesa. Sentou. Relaxou.
“É só ler esses manuais, depois ir pro trabalho. Vida normal. Vida normal.”
Pela primeira vez em anos, Ricardo sentiu que podia respirar. Talvez, enfim, tivesse encontrado um lugar onde seu corpo não fosse uma ameaça. Um lugar seguro.
E então, uma voz feminina cortou o ar como uma lâmina:
— Pai, você viu minha bolsa?
— Pai, você viu minha bolsa?
Ricardo congelou. O café, ainda quente em sua mão, parou no ar. A voz era jovem, doce, e carregava aquela vibração inconfundível que seu corpo odiava reconhecer: a aproximação de um problema.
Seu coração acelerou no mesmo ritmo automático de sempre. Um calor subiu pela nuca. Ele fechou os olhos por um segundo. “Não. Não pode ser. Aqui não.”
Pela porta entreaberta, ouviu passos leves. Chinelos batendo contra o piso encerado. Depois, o som suave de um elástico sendo puxado — como quem prende o cabelo num coque.
Ele rapidamente pegou seu casaco, vestiu o capuz para se esconder, sentou na mesa e tentou ler os manuais quando ouviu ela entrar na sala.
— Bom dia! — ela, disse.
— Bom dia! — Ricardo respondeu, olhando para o manual, sem olhar para ela. Só ouvindo ela caminhar pelo escritório, em busca da bolsa.
— Clara, minha filha. — ouviu Elias gritando, lá da oficina. — Sua bolsa está aqui embaixo.
Ricardo ouviu os passos saindo do escritório. Ela se foi. Graças a Deus. Ele sabia que mulheres não trabalhavam naquele lugar, mas não contava que o senhor Elias tinha filha, e que ela frequentava o lugar. Ele abaixou levemente o capuz, olhando para os lados, tentando detectar a presença de Clara. Ela realmente tinha ido embora… ou parecia.
— Não, pai, não é essa bolsa… deve estar no seu escritório…
Não deu tempo.
Pela sala entrou Clara.
Ela tinha algo de inocente e algo de perigoso ao mesmo tempo. Usava uma jaqueta jeans larga, que escondia o corpo só até onde o olhar não insistisse. A blusa branca justa por baixo revelava, mais do que cobria, a curva dos seios jovens e firmes. O cabelo castanho estava preso num coque desalinhado, daqueles que parecem improvisados, mas carregam a beleza do descuido perfeito. A pele era clara, limpa, de quem nunca se sujou de graxa — mas seus olhos tinham o mesmo tom de óleo espesso que escorre dos carros caros da oficina: escuros, brilhantes, densos.
Clara Elias parecia deslocada naquele ambiente masculino, como um suspiro dentro de uma engrenagem. E era exatamente isso que a tornava perigosa.
Ricardo não a olhou diretamente. Não podia. Mas a sentiu. O ar pareceu ficar mais quente, mais lento, como se o tempo desse um passo em falso.
Ela passou por ele sem pressa. Procurava a tal bolsa com a calma de quem está em casa. E estava. Mas Ricardo não. Ricardo estava numa zona de guerra.
— Achei! — disse ela, com um sorriso que ele não viu, mas sentiu nas costas.
Ela se virou, deu três passos até a porta, parou… e olhou pra ele.
— Você é o novo mecânico?
Ricardo engoliu seco. Ainda com o capuz abaixado, respondeu sem levantar os olhos:
— Auxiliar.
— Ah… Bem-vindo.
E saiu.
Ricardo soltou o ar devagar. Ela se foi. “Está tudo bem”.
Mas ele sabia… já era…
Segundos depois ela entrou de novo pela porta.
— Como você se chama?
Ricardo respirou fundo… não dava mais pra se esconder ou fugir.
— Ricardo, e você?
— Clara, meu pai é o dono, o Elias… — ela sorriu já ameaçando o flerte — Você trabalha aqui a muito tempo.
— Não, na verdade comecei nem 10 minutos.
— É, não tinha te visto aqui antes mesmo.
Ricardo ficou em silêncio. Quem sabe se simplesmente ficasse quieto ela iria embora.
— Tem um funcionário do meu pai, um mecânico, Alfredo, ele não me deixa em paz. Por isso eu costumo ficar por aqui.
— Você vai ficar por aqui? O dia todo?
— Na verdade, só uns 15 minutos, estou a caminho do trabalho, meu pai vai me levar de carona… Mas pensando melhor… Acho que gostaria de conversar com você. Gostei de você.
— Só conversar né?
— É! — disse ela, rindo, como se fosse a coisa mais inocente do mundo. — Você é gato!
— Eu tenho namorada.
— Que azarada!
— Azarada?!
— Você com certeza não fica só com uma mulher, nem que quisesse.
Clara se aproximou da mesa, já se aproximando para um beijo.
— Olha… Clara né… É o seguinte. Eu te achei uma graça, muito bonita mesmo. Mas é meu primeiro dia de trabalho aqui, estou aqui nem 15 minutos na verdade. Eu não posso. Vamos fazer assim, eu vou pegar seu telefone, a gente conversa, daqui há uns 15 dias sabe… como gente normal faz.
Clara ignorava cada palavra, cada sílaba pronunciada aumentava ainda mais seu desejo, ela esfregava nos braços de Ricardo, deixando claro que não iria embora. De jeito nenhum. Ela olhou para trás, soltou o coque deixando os cabelos lisos livres. Tirou a blusa e camisa, ficando apenas de sutiã.
— Moça, não, não, não faz isso.
Ela tirou o sutiã mostrando seu seios médios e firmes.
— O Alfredo se mataria pra ver isso. — ela disse, provocando.
— Moça, pelo amor de Deus, eu vou ser demitido sem nem ter começado.
— Clara! — Elias vinha pela porta, entrando pelo escritório.
— Se esconde moça. — implorou Ricardo. — Pelo amor de Deus se esconde.
Ricardo puxou Clara para debaixo da mesa milésimos de segundos antes do pai dela entrar pela porta.
Ela caiu de joelhos entre suas pernas, rindo baixinho como quem brinca com fogo.
— Você viu minha filha por aí? — perguntou Elias, com um tom casual, mas desconfiado.
— Vi sim… ela tava por aqui, procurando a bolsa… mas acho que já foi lá pra frente — respondeu Ricardo, tentando manter a voz firme, apesar do caos sob a mesa.
Elias andou até a cafeteira, passou os olhos nos manuais abertos sobre a mesa e serviu-se de um café.
Clara, agachada entre as pernas de Ricardo, se divertia. Seus olhos estavam acesos, desafiadores. Ela pousou as mãos nas coxas dele como quem se apoiava para ficar em pé, mas não se levantou.
— Hum… beleza, beleza. Se ela aparecer, manda ela me chamar. — disse Elias, levando o café à boca. — Ah, Ricardo… gostei de você. Sério. Fica na sua, trabalha direitinho, e aqui você vai longe.
— Sim senhor… pode deixar…
— Tamo precisando de gente confiável — continuou Elias. — Ultimamente só tem vindo vagabundo atrás de confusão.
— É… eu… imagino.
Clara, sob a mesa, deslizou a ponta do dedo pela braguilha de Ricardo. Ele fechou os olhos por um segundo. O inferno inteiro parecia se concentrar naquele ponto do universo. Ela tirou o pau de Ricardo pra fora, e começou a massagear até que ficasse bem duro. O pau grande e duro de Ricardo imediatamente reagiu, o corpo já tão acostumado ao sexo. E ele sentiu aquela boca gostosa e macia engolindo seu membro.
— Como está a leitura aí dos manuais? Daqui a pouco iremos na oficina, na prática, não vai ficar aqui nesse tédio o dia todo não.
— Está…. está.. maravilhoso, senhor Elias.
— Como está a leitura aí dos manuais? — perguntou Elias, casual, mexendo no café. — Daqui a pouco iremos na oficina, na prática. Não vai ficar aqui nesse tédio o dia todo, não.
Ricardo respirou fundo, tentando não gemer.
— Está… está… maravilhoso, senhor Elias.
— Bom ouvir isso — disse Elias, dando um gole. — Hoje à tarde tem uma Ferrari 458 chegando. Serviço fino. Quero ver se você é bom mesmo com as mãos.
Clara afundava a cabeça entre as pernas dele com movimentos decididos, alternando sucções profundas com lambidas suaves na glande. Estava se divertindo. Era evidente. Fazia ruído de propósito. E Ricardo tremia, o corpo inteiro pulsando, tentando manter a compostura.
— Você tá suando aí, rapaz… tá tudo certo?
— É… é que… tá um pouco quente aqui, né?
— Quente? Com esse ar-condicionado? — Elias riu. — Tu deve ser do tipo que sua por qualquer coisa.
— É… sempre fui…
O som da cadeira rangendo, a colher batendo na borda da xícara, o cheiro do café… tudo era real. Mas para Ricardo, tudo parecia distante. O que existia, de verdade, era a boca de Clara, a língua dela circulando a cabeça do pau, o ritmo preciso, o impulso crescendo.
— Bom, vou te deixar em paz mais um pouco. Aproveita esse tempinho. Daqui a pouco vou te chamar. E se ver minha filha por aí… diz pra parar de sumir. Essa menina parece que fareja confusão.
— Pode deixar…
Elias saiu.
A porta se fechou com um clique suave.
Ricardo gemeu baixinho, curvando-se ligeiramente sobre a mesa.
Clara não parou.
Ao contrário — acelerou. Estava concentrada, quase metódica. Sugava com vontade, segurando a base com uma das mãos, enquanto a outra subia pelas coxas de Ricardo, pressionando os músculos tensos.
— Puta que pariu, Clara… — sussurrou ele, entre os dentes. — Eu vou ser demitido…
Clara engolia tudo. Sem hesitar. Ricardo se contorcia entre o tesão e o pavor.
A porta se abriu com um estalo suave.
— Ricardo, deixa eu te apresentar uma pessoa. Essa é minha esposa, a Marissa.
Ricardo congelou. O sangue fugiu do rosto. Clara nem se moveu — apenas apertou as coxas dele com leveza, como quem diz: finge naturalidade.
Marissa entrou como uma deusa entediada.
Usava um blazer preto casualmente pendurado nos ombros, uma blusa branca justa por baixo que moldava seu busto com elegância madura. A calça era de alfaiataria escura, impecável, e os saltos realçavam suas pernas longas e torneadas. Seu cabelo — castanho com mechas douradas — caía em ondas naturais até o meio das costas, como se cada fio tivesse sido penteado pelo vento certo.
Mas o que mais chamava atenção era a postura.
Marissa não pedia espaço: ocupava.
Tinha aquele olhar calmo e direto de quem já viu tudo, já foi desejada por todos e aprendeu a escolher a quem devolver o olhar.
— Então você é o famoso Ricardo — disse, olhando-o com olhos quase clínicos. — O novo ajudante de mecânico.
Ricardo tentou sorrir, mas a mandíbula travava.
— Isso… prazer em conhecê-la, senhora Marissa.
— “Senhora” me faz parecer velha. — Ela riu. — Pode me chamar só de Marissa. Eu sou a esposa do Elias e… mãe da Clara.
Ao ouvir aquilo, Ricardo prendeu a respiração. Clara, debaixo da mesa, riu sem som e sugou com mais vontade, como se fosse um desafio pessoal.
— Marissa ajuda com as finanças, vem aqui de vez em quando — explicou Elias, alheio ao inferno sob seus pés. — Mas eu que cuido da oficina no dia a dia. Ela prefere coisas mais… sofisticadas.
— E você, Ricardo, prefere o quê? — perguntou Marissa, sem tirar os olhos dele. A pergunta parecia inocente, mas a entonação era afiada como navalha.
Ricardo engoliu em seco.
— Eu… eu… prefiro ficar na minha. Trabalhar. Fazer o que precisa ser feito.
— Hm — murmurou ela, ainda olhando fundo. — Boa resposta.
Ela se virou para o marido, encostando-se de leve na beirada da mesa — centímetros de onde Clara estava escondida, com a boca cheia.
— Amor, eu vou passar no mercado antes de ir pra casa. Quer alguma coisa?
— Não, não, tô tranquilo. Mais tarde passo lá.
— Ok. Até mais, Ricardo. — Ela lançou mais um olhar de cima a baixo. — Te vejo por aqui.
E saiu.
Assim que a porta se fechou, Ricardo arqueou o corpo, o rosto pressionado contra as mãos.
— Que inferno… — sussurrou ele, arfando. — Isso vai me matar.
Clara limpou a boca, subiu o olhar e disse, com um brilho malicioso nos olhos:
A porta se abriu com um estalo suave.
— Ricardo, deixa eu te apresentar uma pessoa. Essa é minha esposa, a Marissa.
Ricardo congelou. O sangue fugiu do rosto. Clara nem se moveu — apenas apertou as coxas dele com leveza, como quem diz: finge naturalidade.
Marissa entrou como uma deusa entediada.
Usava um blazer preto casualmente pendurado nos ombros, uma blusa branca justa por baixo que moldava seu busto com elegância madura. A calça era de alfaiataria escura, impecável, e os saltos realçavam suas pernas longas e torneadas. Seu cabelo — castanho com mechas douradas — caía em ondas naturais até o meio das costas, como se cada fio tivesse sido penteado pelo vento certo.
Mas o que mais chamava atenção era a postura.
Marissa não pedia espaço: ocupava.
Tinha aquele olhar calmo e direto de quem já viu tudo, já foi desejada por todos e aprendeu a escolher a quem devolver o olhar.
— Então você é o famoso Ricardo — disse, olhando-o com olhos quase clínicos. — O novo ajudante de mecânico.
Ricardo tentou sorrir, mas a mandíbula travava.
— Isso… prazer em conhecê-la, senhora Marissa.
— “Senhora” me faz parecer velha. — Ela riu. — Pode me chamar só de Marissa. Eu sou a esposa do Elias e… mãe da Clara.
Ao ouvir aquilo, Ricardo prendeu a respiração. Clara, debaixo da mesa, riu sem som e sugou com mais vontade, como se fosse um desafio pessoal.
— Marissa ajuda com as finanças, vem aqui de vez em quando — explicou Elias, alheio ao inferno sob seus pés. — Mas eu que cuido da oficina no dia a dia. Ela prefere coisas mais… sofisticadas.
— E você, Ricardo, prefere o quê? — perguntou Marissa, sem tirar os olhos dele. A pergunta parecia inocente, mas a entonação era afiada como navalha.
Ricardo engoliu em seco.
— Eu… prefiro ficar na minha. Trabalhar. Fazer o que precisa ser feito.
— Hm — murmurou ela, ainda olhando fundo. — Boa resposta.
Ela se virou para o marido, encostando-se de leve na beirada da mesa — centímetros de onde Clara estava escondida, com a boca cheia.
— Amor, eu vou passar no mercado antes de ir pra casa. Quer alguma coisa?
— Não, não, tô tranquilo. Mais tarde passo lá.
— Ok. Até mais, Ricardo. — Ela lançou mais um olhar de cima a baixo. — Te vejo por aqui.
E saiu.
Assim que a porta se fechou, Ricardo arqueou o corpo, o rosto pressionado contra as mãos.
— Que inferno… — sussurrou ele, arfando. — Isso vai me matar.
Clara limpou a boca, subiu o olhar e disse, com um brilho malicioso nos olhos:
— Minha mãe gostou de você. De verdade. Aposto que ela volta. Minha mãe gostou de você. De verdade. Aposto que ela volta.
E ela voltou, em menos de trinta segundos. Desfilou até o café, queria ver melhor, e queria ser vista.
— Quer dizer que agora você vai trabalhar aqui? — disse Marissa — E vamos nos ver todos os dias?
Ricardo tentava manter a conversa fluida, mesmo com Clara embaixo da mesa continuasse o sugando com maestria.
— É… é… o senhor Elias disse que… a senhora só vem de vez em quando.
— Não me chame de senhora… É realmente aqui só tem carro e mecânico chato… mas agora… — disse segurando a xícara sensualmente e se aproximando muito da mesa. — agora tem algo realmente interessante para fazer por aqui.
Ricardo fazia cara de tesão, primeiro porque estava, Clara estava fazendo um ótimo serviço, segundo porque Marissa era uma mulher realmente atraente.
— Gostou de mim né? — disse Marissa. — Está estampado na sua cara.
A expressão de tesão de Ricardo encorajou Marissa a continuar…
— O Elias vai ficar um tempo lá embaixo, podemos nos divertir.
Clara aumentou o ritmo, só de raiva. Enquanto a mãe se despia. Marissa tinha um corpo espetacular, seios naturais, grandes e firmes, uma bunda redonda que ela fez questão de exibir.
— Não minha senhora… eu to muito fodido.
E enquanto Ricardo sentia os lábios da filha o torturando embaixo sentia os lábios da mãe num beijo intenso. Ela subiu na mesa e esfregava os peitos na cara de Ricardo.
— Eu sou sua gostoso. Aproveite, antes que meu marido chegue.
— Marissa… — Ricardo conseguiu murmurar, afastando o rosto por um segundo. — Isso… isso não é uma boa ideia…
— Shh… — ela sussurrou, mordendo o lobo da orelha dele. — Relaxa, meu bem. Elias não vai subir tão cedo. — Você é exatamente o que eu precisava hoje… — disse Marissa, subindo completamente na mesa, as pernas abertas ao redor dele. Ela puxou a cabeça de Ricardo contra seu peito — Vamos fazer isso rápido.
Clara, sob a mesa, parou por um milésimo de segundo. Ricardo sentiu a pausa — um instante de ciúme, talvez, ou puro desafio. Mas logo ela voltou, mais agressiva, como se quisesse provar que era melhor que a mãe. O contraste era surreal: a filha chupando com raiva, a mãe se oferecendo com uma confiança madura. E ele, no centro, tentando não gritar.
— O Elias não manda em mim — retrucou ela, a voz firme, quase um rosnado. — E você… — ela riu, deslizando a mão pelo peito dele — …você não parece querer parar.
Nesse momento, Clara fez algo que Ricardo não esperava: com uma das mãos, ela apertou a base do pau dele com força, enquanto a língua circulava a glande num ritmo alucinante. Era como se quisesse forçar o clímax agora, antes que a mãe tomasse o controle total. Ricardo arqueou as costas, um gemido escapando contra sua vontade.
Marissa interpretou errado. Achou que era por ela.
— Isso, gostoso… — murmurou, puxando a calcinha para o lado e se posicionando sobre ele. — Vem…
Ricardo estava a segundos de colapsar quando ouviu o som que temia mais que tudo: passos pesados no corredor. Elias.
— Marissa? — a voz do dono da oficina ecoou, cada vez mais próxima. — Você ainda tá aí?
Marissa num impulso desceu da mesa, recolheu as próprias roupas e entrou embaixo da mesa no mesmo segundo que seu marido entrou pela porta do escritório.
— O que caralhos vc tá fazendo aqui Clara? — sussurrou Marissa, bem baixinho, mas em choque, e irada.
— Aparentemente a mesma coisa que você. — respondeu a filha, em tom desafiador.
— Você devia estar no trabalho.
— E você não deveria estar querendo dar pra outro cara na oficina do pai.
Ricardo suava, tentando manter a sanidade no meio de tudo aquilo. Ainda tinha algum fio de esperança daquele dia ainda terminar bem.
— Aqui está meu garoto… rapaz, você está bem? Suado?
— Eu estou bem sim… eu sinto muito calor senhor Elias.
Embaixo da mesa a discussão continuava aos sussurros.
— Quando seu pai sair você vai embora daqui. Voando! — disse Marissa.
— Não mesmo. Olha esse homem! É muito gostoso! E eu cheguei primeiro.
— Você é louca garota!
Clara respondeu retomando a mamar Ricardo com intensidade. Ele chegou a dar um pulo.
— Você viu a Marissa?
— Sim, ela foi levar a Clara no trabalho senhor Elias. — respondeu Ricardo.
Ainda por baixo da mesa, Marissa parece ter aceitado o desafio, tomou o pau de Elias da boca da filha e começou a chupá-lo com gosto e intensidade. Tentando mostrar pra filha que sabia fazer melhor. Ricardo se deliciava, e se horrorizava, com aquele desafio de bocas.
— Tem mais alguém que eu quero que conheça? — disse Elias.
Ricardo tentava se manter firme… “Pelo amor de Deus, que não seja outra mulher”.
Elias sorriu, batendo a mão no ombro de Ricardo.
— Um dos nossos principais clientes, parceiro de longa data. Ricardo, esse é o Dr. Fernando Valestri.
Ricardo apertou a mão do homem, um sujeito grisalho, alto, cheiro de dinheiro e de perfume francês. Camisa de linho branca, sapato caro e um relógio que valia mais que o carro do Elias. Ricardo se sentiu… aliviado, tendo apenas que lidar apenas com mãe e filha devorando seu pau por baixo da mesa.
— Muito prazer — disse Fernando, com um sorriso firme. — Então é você o novo reforço?
— Sim… sim, senhor.
— Espero que aguente o ritmo. Aqui o bicho pega.
Ricardo riu. Mas então ouviu o tilintar de unhas no chão, como de um cachorro pequeno. E logo depois, um som ainda mais ameaçador:
— Amor, você esqueceu minha bolsa no carro. De novo.
A voz vinha da entrada. Melosa, doce, ligeiramente entediada.
— Ah Ricardo, essa é a esposa dele, Abigail Valestri.
Ela entrou com um yorkshire nos braços e uma bolsa Chanel a tiracolo. Vestia um vestido justo cor de areia, sem mangas, que abraçava o corpo como uma segunda pele. Saltos altos, cabelo loiro escovado com perfeição e olhos claros que analisavam o ambiente como um scanner de raio-x.
Ricardo prendeu a respiração.
Abigail Valestri não era só uma esposa troféu. Ela era o troféu. E sabia disso.
— Esse é o novo mecânico. — disse Elias.
Ela apertou a mão de Ricardo, com um sorrisinho enviesado, já analisando Ricardo de cima a baixo.
— Hm… — Abigail se aproximou, com passos de passarela. — Tem cara de competente. Principalmente com as mãos…
Ela passou tão perto que o perfume invadiu o cérebro de Ricardo como um veneno doce. O yorkshire o encarava, como um juiz julgando pecados.
— Cuidado com ela — sussurrou o próprio Elias, meio em tom de piada. — Já quebrou mais casamentos que o divórcio consensual.
Ricardo sorriu amarelo. Porque já sabia.
Estava fodido. De novo.
— Bom, vamos lá ver o carro. — disse Elias puxando Dr. Fernando, como se fossem grandes amigos. Já Abigail… Abigail continuou em pé, fitando Ricardo. Nem se mexeu.
Ricardo fechou os olhos, nesse momento Clara lambia com fervor suas bolas enquanto sua mãe Marissa o doutrinava sugando seu pau. Ele apenas olhava pra Abigail, com tesão pelo boquete duplo, mas com um olhar pedindo por misericórdia.
Abigail não precisava de palavra, posou a bolsa numa das cadeiras, deixou o cachorrinho pelo chão e começou a se despir.
— Não, não, não, não!!! Chega!!! Não!!! — disse Ricardo, se levantando de repente, mostrando o seu pau grande e melado pingando nos manuais sobre a mesa.
Abigail parou de se despir, primeiro em choque, depois com admiração, e em choque de novo, ao ver as duas mulheres saindo debaixo da mesa.
— Que loucura é essa? Quem são vocês? — disse Abigail.
— Eu sou filha do dono.
— Eu sou uma das donas.
— Saia daqui! — disse Marissa e Clara, em uníssono.
— Caramba, você está transando com mãe e filha? No escritório do cara? — Abigail, tentando se recuperar do choque.
— Isso acontece às vezes comigo — disse Ricardo, tentando se explicar — Não exatamente no escritório, eu falo, mãe e filha… vc entendeu.
— Que delícia — disse Abigail — Me deixa participar.
— Não, sai todo mundo daqui. — disse Marissa autoritária — Eu sou a dona, ele é meu.
— Eu cheguei e vi primeiro — disse Clara.
— Eu conto tudo pro Elias então. — disse Abigail
— Não, calma, espera… — disse Ricardo, tentando tomar o ar. — Assim eu fodo as três, não tem problema. Mas uma de cada vez, com calma.
— Quem primeiro? — perguntou Clara.
— Ela, a Abigail. — disse Ricardo decidido.
— Por que ela? — disse Marissa se sentindo injustiçada.
— Ordem alfabética. — explicou Ricardo.
— Mas eu cheguei… — disse Clara.
— Ou vai ser do meu jeito, ou não vai ser. — disse Ricardo, taxativo.
Ricardo com uma das mãos puxou Abigail, com a destreza de quem estava mais do que acostumado a despiu completamente. Abigail tinha seios siliconados e o corpo moldado por horas diárias de musculação e corrida. Tinha tempo de sobra pra cuidar do corpo e da aparência. Com a destreza de um deus Ricardo ficou nu e posicionou Abigail que sem questionar começou a sentar na sua pica.
— Caralho, que delícia!! — disse Abigail — Você é tipo um deus… o que é você.
— Isso não é justo. — disse clara, nua, de braços cruzados, mas sem desviar o olhar.
O cachorrinho começou a latir. Marissa agiu rapidamente o colocando pra fora e trancando a porta do escritório definitivamente. Após isso tratou de agir, começou a beijar Ricardo enquanto Abigail sentava em sua pica de forma frenética, o beijava e esfregava os seios na cara dele. Clara não quis ficar pra trás, puxou Ricardo para beijá-la de outro lado e exibia os peitos jovens com os bicos durinhos para que ele a chupasse.
Abigail cavalgava Ricardo com uma intensidade que fazia a mesa ranger, cada estocada arrancando gemidos roucos dela. O corpo esculpido brilhava com uma fina camada de suor, os seios siliconados balançando em um ritmo hipnótico. Ricardo, preso no olho do furacão, segurava os quadris dela por puro instinto, tentando manter algum controle enquanto Marissa e Clara disputavam o resto dele como leoas famintas.
Marissa, com a experiência de quem sabe jogar sujo, pressionava os seios grandes e naturais contra o rosto de Ricardo, os mamilos roçando seus lábios entre beijos possessivos. Ela mordia o pescoço dele, deixando marcas vermelhas, e sussurrava provocações entre os dentes.
— Isso, gostoso… mostra pra essa loira o que você faz comigo depois…
Clara, por outro lado, não aceitava ficar em segundo plano. Com a ousadia da juventude, ela puxava a cabeça de Ricardo para o lado oposto, forçando-o a chupar seus seios firmes, os bicos rosados duros como pedrinhas. Ela gemia alto, quase performática, lançando olhares de desafio para a mãe e para Abigail.
— Ele gosta mais de mim, mãe — provocou Clara, esfregando o corpo contra o ombro de Ricardo. — Olha como ele chupa…
— Cala a boca, Clara — retrucou Marissa, a voz cortante, mas com um brilho de competitividade nos olhos. Ela deslizou uma mão pelo peito de Ricardo, descendo até onde Abigail e ele se encontravam, roçando os dedos de leve na base do pau dele, como se quisesse roubar um pedaço da ação.
Abigail, alheia à briga de mãe e filha, estava em outro mundo. Seus gemidos subiam de tom, o ritmo acelerando enquanto ela cravava as unhas nos ombros de Ricardo. O vestido cor de areia, agora um trapo no chão, era a única prova de que ela já tinha sido a esposa troféu impecável minutos antes. Agora, era puro instinto.
— Porra, Ricardo… — ela arfava, a voz entrecortada. — Você é… um monstro…
Ricardo, no limite entre o prazer e o pânico, sentia o corpo responder como sempre fazia — treinado por anos de situações como essa. Ele apertou os quadris de Abigail, guiando-a com mais força, o som dos corpos colidindo ecoando no escritório. A mesa tremia, os manuais escorregavam para o chão, e o café frio derramava, manchando o carpete.
Clara, impaciente, decidiu subir o nível. Ela se inclinou sobre a mesa, ao lado de Abigail, e começou a se tocar, gemendo alto para chamar a atenção de Ricardo. Seus dedos trabalhavam rápido, o rosto corado, os olhos fixos nele como se dissesse: Olha o que você tá perdendo.
Marissa, vendo a filha tentar roubar a cena, não deixou barato. Ela se posicionou do outro lado, imitando Clara, mas com uma sensualidade mais madura. Desabotoou a calça de alfaiataria, deixando-a cair até os tornozelos, e começou a se masturbar lentamente, os olhos cravados em Ricardo. Era um desafio silencioso: Eu sou melhor.
Ricardo, com Abigail cavalgando, Clara se tocando à esquerda e Marissa à direita, sentia o cérebro derreter. Era demais. O cheiro de perfume, suor e sexo enchia o ar, o som dos gemidos se misturando em uma cacofonia que abafava o latido distante do yorkshire do lado de fora da porta trancada.
Abigail, sentindo o clímax se aproximar, agarrou o cabelo de Ricardo, puxando com força. Seus movimentos ficaram erráticos, o corpo tremendo enquanto ela jogava a cabeça para trás.
— Tô… quase… — ela gemeu, a voz falhando. — Não para, caralho…
Ricardo, com um grunhido baixo, intensificou o ritmo, os músculos das coxas tensos sob o peso dela. Ele sabia exatamente o que fazer — anos de prática forçada o tornaram um mestre relutante. Com uma mão, ele segurou firme a cintura de Abigail; com a outra, roçou o polegar no clitóris dela, aplicando a pressão certa, no momento certo.
— Isso… isso… — Abigail arfava, os olhos revirando. — Puta que pariu…
O orgasmo veio como uma onda, arrancando um grito agudo dela. Seu corpo convulsionou, as pernas tremendo enquanto ela se apoiava nos ombros de Ricardo, as unhas deixando marcas vermelhas. Ela gozou com uma intensidade que fez até Clara e Marissa pausarem, os olhos arregalados, meio impressionadas, meio invejosas.
Abigail desabou contra o peito de Ricardo, ofegante, o cabelo loiro colado na testa. Por um segundo, o escritório ficou em silêncio, exceto pelo som da respiração pesada dela e o zumbido distante do ar-condicionado.
— Meu Deus… — murmurou Abigail, ainda trêmula. — Você é… surreal.
Ricardo, exausto, mas sabendo que o inferno estava longe de acabar, olhou para Clara e Marissa. As duas, ainda nuas, o encaravam com uma mistura de desejo e impaciência.
Clara rapidamente tomou a frente.
— Letra C aqui.
Ricardo só queria consertar carro, mas as três tanto fizeram que agora a besta fera tinha acordado. Com um movimento ele posou o corpo nu de Abigail ainda em êxtase sobre os manuais, se dirigiu a Clara e como um leão a ergueu a centímetros do solo, a encostou na parede e começou a fodê-la como se não houvesse amanhã naquela oficina.
— Uaaaaaaaaaaauuuuuu…
Clara gritava de prazer, o corpo suspenso contra a parede, as pernas enroscadas na cintura de Ricardo enquanto ele a possuía com uma ferocidade que parecia liberar anos de frustração. Cada estocada era profunda, quase punitiva, como se Ricardo tivesse finalmente abraçado a maldição que o perseguia. A parede do escritório tremia, e o som dos corpos colidindo ecoava mais alto que os gemidos dela. Clara cravava as unhas nos ombros dele, os olhos arregalados, a boca entreaberta em um misto de êxtase e choque.
— Caralho, Ricardo… — ela arfava, a voz falhando a cada impacto. — Isso… isso é… caralho…
Ricardo, com o rosto enterrado no pescoço dela, não respondia. Seu corpo movia-se no piloto automático, os músculos definidos brilhando de suor enquanto ele a segurava com facilidade, como se ela fosse leve como uma pluma. A jaqueta jeans de Clara, agora no chão, era a única lembrança de sua entrada inocente minutos antes. Agora, ela era puro desejo, entregue à força avassaladora que era Ricardo.
Abigail, ainda recuperando o fôlego, deslizou da mesa onde Ricardo a havia deixado, os manuais colados à sua pele suada. Ela se apoiou na cadeira, o cabelo loiro bagunçado, os olhos semicerrados enquanto observava a cena. Havia um brilho de admiração em seu olhar, mas também um toque de competitividade. Ela mordeu o lábio, como se estivesse mentalmente tomando notas.
— Esse cara não cansa, né? — murmurou Abigail, a voz rouca, mais para si mesma do que para os outros. Ela cruzou as pernas, ainda nua, e começou a se tocar lentamente, os dedos deslizando enquanto acompanhava Clara sendo devastada. — Menina sortuda… Eu quero mais.
Marissa, por outro lado, estava petrificada. Sentada na beira da mesa ela assistia à própria filha sendo fodida por Ricardo com uma mistura de choque, inveja e um desejo inconfessável. Seus olhos alternavam entre o corpo jovem de Clara, que se contorcia de prazer, e o de Ricardo, que parecia esculpido para o pecado. Ela apertava os lábios, as mãos crispadas nas coxas, como se lutasse contra o impulso de se jogar na cena.
Mas havia um calor em seu tom que traía seus pensamentos. Marissa não conseguia desviar o olhar. Cada gemido de Clara, cada estocada de Ricardo, parecia acender algo dentro dela. Ela deslizou uma mão hesitante até o próprio sexo, tocando-se com relutância, como se tentasse negar o que sentia. Seus dedos moviam-se lentamente, mas o ritmo aumentava conforme os gritos de Clara ficavam mais intensos.
Clara, alheia à mãe e à Abigail, estava perdida no próprio prazer. Seus seios firmes balançavam a cada movimento, os mamilos rosados duros, roçando contra o peito de Ricardo. Ela puxava o cabelo dele, forçando-o a olhar nos seus olhos enquanto gemia:
— Me fode, Ricardo… me fode mais forte… — implorava, a voz quase desesperada. — Quero gozar… agora…
Ricardo, com um grunhido primal, obedeceu. Ele a pressionou ainda mais contra a parede, uma mão segurando sua bunda com força enquanto a outra subia para apertar um dos seios dela, o polegar roçando o mamilo com precisão. Ele aumentou o ritmo, as estocadas tão rápidas que o som parecia uma batida contínua. O escritório, antes um lugar de ordem, agora era um palco de caos: papéis no chão, café derramado, e o ar pesado com o cheiro de sexo.
Abigail, ainda se tocando, deixou escapar um gemido baixo, os olhos fixos em Ricardo. Ela parecia hipnotizada pela energia quase sobrenatural dele.
Marissa, incapaz de se conter, deixou um gemido escapar também. Sua mão agora se movia com mais urgência, os olhos cravados na filha, mas também em Ricardo. Havia uma batalha interna visível em seu rosto: a mãe que queria gritar para Clara parar, e a mulher que queria ser ela. Ela mordeu o lábio com força, tentando abafar os sons que escapavam contra sua vontade.
Clara, sentindo o clímax se aproximar, agarrou Ricardo com mais força, as pernas tremendo ao redor dele. Seus gemidos se transformaram em gritos descontrolados, o corpo inteiro tenso como uma corda prestes a romper.
— Tô… tô gozando… — ela gritou, a voz ecoando no escritório. — Porra, Ricardo… não para…
Ricardo, com um último impulso, a penetrou ainda mais fundo, mantendo o ritmo enquanto ela se desfazia em seus braços. O orgasmo de Clara veio como uma explosão, o corpo convulsionando, os olhos revirando enquanto ela gritava seu nome. Suas unhas deixaram arranhões nas costas dele, e suas pernas apertaram tanto que Ricardo quase perdeu o equilíbrio. Ela gozou com uma intensidade que fez o silêncio que se seguiu parecer ensurdecedor.
Clara desabou contra o peito de Ricardo, ofegante, o corpo mole como se tivesse corrido uma maratona. Ele a segurou contra a parede por um momento, os dois respirando pesado, antes de gentilmente colocá-la de volta no chão. Ela cambaleou, as pernas trêmulas, e se apoiou na mesa, o rosto corado e os olhos brilhando de satisfação.
— Meu Deus… — murmurou Clara, ainda arfando. — Você… você é de outro planeta…
Por um segundo os quatro ouviram o cachorrinho lá fora, latindo, tentando entrar.
— Esse cachorro vai foder tudo. — disse Marissa. — Já sei…
Marissa rapidamente destrancou a porta, deixou o cachorro entrar.
— Todo mundo pro vestiário, agora! — ordenou, não queria perder sua vez.
Os quatro entraram, deixando o pobre cachorrinho agora dentro do escritório, mas trancado pra fora do vestiário.
Abigail teve a ideia de ligar os chuveiros para o barulho deles abafarem os sons. O efeito foi ainda mais delicioso. O corpo de Ricardo, forte e atlético parecia ainda mais delicioso molhado. A própria água batendo nos corpos aumentava ainda mais a sensação de tesão coletivo. Abigail começou a se roçar em Ricardo, suplicando pra ser fodida de novo. Marissa no entanto a puxou, primeiro gentilmente, depois nem tanto.
— É a minha vez. — disse Marissa, com olhar lascivo.
Ricardo sorriu. Já que estava no inferno, porque não fazer dele um céu? Colocou Marissa de costas pra ele e começou a foder sua buceta. Ele fazia isso com prazer e crueldade, enfiando devagar, mas fazendo ela sentir cada entrada, inteiro. Clara e Abigail não conseguiam evitar todo aquele magnetismo e roçavam as bucetas nas pernas de Ricardo, como se quisessem tudo o que aquele homem pudesse oferecer. E assim aqueles quatro corpos se roçavam, nus, numa dança celestial e demoníaca ao mesmo tempo.
A água quente caía em cascata, envolvendo os quatro corpos nus em uma névoa de vapor que intensificava cada toque, cada respiração. Ricardo, com seu físico esculpido brilhando sob as gotas d’água, era o centro de gravidade daquele caos sensual. Marissa, Clara e Abigail, cada uma com sua própria fome, orbitavam ao redor dele, unidas por um desejo que transcendia rivalidades.
Marissa, agora com o controle temporário, estava de costas para Ricardo, as mãos apoiadas na parede enquanto ele a penetrava com movimentos lentos e deliberados. Cada estocada era calculada, profunda, arrancando gemidos roucos dela. Seus seios grandes balançavam sob o impacto, a água escorrendo pelos mamilos endurecidos, enquanto ela jogava a cabeça para trás, os cabelos castanhos colados às costas.
— Isso, Ricardo… — ela murmurava, a voz entrecortada. — Me faz sentir… tudo…
Ricardo, com um brilho predatório nos olhos verdes, segurava os quadris dela com firmeza, os dedos cravados na carne macia. Ele sabia como prolongar o prazer, como torturá-la com cada centímetro. A água batendo em seus corpos amplificava a sensação, o som dos chuveiros misturando-se aos gemidos de Marissa e ao slap rítmico de pele contra pele.
Clara e Abigail, incapazes de ficar à margem, se entregavam à própria luxúria. Clara, com a juventude ardente pulsando em cada movimento, esfregava a buceta na coxa musculosa de Ricardo, os olhos semicerrados enquanto se tocava freneticamente. Seus seios firmes roçavam contra o braço dele, e ela gemia alto, como se quisesse lembrar a todos que ainda estava ali, ainda era uma ameaça. Com tanto tesão no ar, não teve jeito, Clara e Abigail começaram a se roçar entre si.
Marissa, se entregou ao prazer.
— Me fode mais forte, gostoso… — ordenou, a voz firme apesar do tremor nas pernas. — Quero gozar antes delas…
Ricardo, com um sorriso torto, obedeceu. Ele aumentou o ritmo, as estocadas ficando mais rápidas, mais brutais. Marissa gritava, os gemidos ecoando pelo vestiário, misturando-se ao som da água. Clara, não querendo ficar atrás, puxou Abigail para um beijo inesperado, suas línguas se enroscando enquanto continuavam a se esfregar contra Ricardo. Era uma dança caótica, uma entrega total ao instinto.
Mas Marissa queria mais. Ela queria algo que a marcasse, que a fizesse sentir Ricardo de uma forma que nem Clara nem Abigail poderiam igualar. Com um olhar lascivo por cima do ombro, ela sussurrou:
— Ricardo… no meu cu… agora.
Ricardo hesitou por um milésimo de segundo, mas o desejo nos olhos de Marissa era inegável. Ele deslizou para fora da buceta dela, o pau duro e melado brilhando sob a água. Com cuidado, ele posicionou a glande contra o cuzinho apertado de Marissa, pressionando lentamente. A água quente ajudava, mas ainda assim ela era incrivelmente apertada. Marissa gemeu, um som de prazer misturado com dor, enquanto se empurrava contra ele, forçando-o a entrar.
— Devagar… — ela arfou, mas havia um tom de urgência em sua voz. — Depois… me fode com tudo…
Ricardo obedeceu, entrando aos poucos, sentindo cada centímetro sendo engolido pelo calor intenso dela. Quando finalmente estava todo dentro, Marissa soltou um grito abafado, as mãos escorregando na parede enquanto se ajustava à sensação. Clara e Abigail pararam por um momento, hipnotizadas pela cena. Era cru, íntimo, e absurdamente excitante.
Marissa gemeu ainda mais alto, o corpo tremendo sob o duplo estímulo. Abigail, não querendo ficar de fora, deslizou a mão até a buceta de Marissa, esfregando o clitóris com movimentos rápidos enquanto Ricardo começava a se mover, fodendo o cu dela com estocadas lentas, mas profundas.
— Caralho… — Marissa gritava, a voz falhando. — Isso… isso é… demais…
Ricardo, agora completamente entregue, aumentou o ritmo. Cada estocada fazia Marissa se contorcer, os gemidos dela se transformando em gritos descontrolados. Clara e Abigail, como se fossem uma extensão do desejo coletivo, continuavam a estimular cada parte do corpo dele, beijando, lambendo, tocando. Era uma sinfonia de prazer, cada nota mais alta que a anterior.
Marissa sentia o orgasmo se aproximar, uma onda avassaladora que prometia destruí-la. Ela agarrou os cabelos de Clara, puxando-a para um beijo feroz, enquanto Abigail intensificava os movimentos na sua buceta. Ricardo, sentindo o cu dela apertar ainda mais, sabia que ela estava no limite. Com um grunhido, ele deu uma estocada particularmente profunda, e Marissa explodiu.
— Tô gozando! — ela gritou, o corpo convulsionando enquanto o orgasmo a atravessava como um raio. O cu dela pulsava ao redor do pau de Ricardo, as pernas tremendo tanto que ela quase caiu. Clara e Abigail a seguraram, continuando a tocar seu corpo enquanto ela se desfazia, a água do chuveiro misturando-se ao suor e aos fluidos.
Ricardo, ainda duro, respirava pesado, o próprio clímax se aproximando. Ele olhou para Clara e Abigail, que o encaravam com uma mistura de admiração e desejo insaciável. Foi quando ele mesmo gozou, profundamente, no cu de Marissa. Ele gritou alto, como um deus, plenamente satisfeito.
Foi então que Ricardo sentiu uma cosquinha nos pés… Quando abriu os olhos viu que era o cachorrinho, erguendo a cabeça viu Elias, Dr. Fernando e os mecânicos, todos olhando pra eles, em completo choque.
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Ricardo estava sentado no escritório, ainda ofegante, os manuais abertos à sua frente — melados com a saliva quente de Clara e Marissa. Do outro lado da mesa, o Sr. Elias o encarava em completo choque, tentando encontrar palavras.
— Ricardo… eu perdi meu melhor mecânico. O Alfredo. Tinha ele como um filho. Ele era apaixonado pela Clara, mandava flores, escrevia poema… por anos ele tentava alguma coisa. E você… em minutos?
Ricardo tentou se explicar:
— Eu sinto muito, Sr. Elias, de verdade. Não foi minha intenção… ela me viu e… começou. Eu juro.
Elias abaixou os olhos, depois voltou a encará-lo.
— Também perdi meu principal cliente. O Fernando. Aquele homem gasta mais de cem mil por mês com aquela mulher… e você, o que fez? O que disse pra ela?
— Eu… eu nem falei nada. Eu mal conseguia falar, sua esposa e sua filha estavam… estavam…
Ele percebeu que só piorava.
— Você comeu o cu da minha mulher, Ricardo.
Silêncio.
— Vinte anos de casamento… e eu nunca comi aquele cu. Vinte anos!
— Eu não pedi, Sr. Elias. Foi ela… ela quem pediu…
— Tá demitido. E, por favor, fica o mais longe possível da minha oficina. E da minha família.
Ricardo saiu frustrado, de cabeça baixa. Mais uma vez, tinha arruinado tudo. Olhou o relógio. 8h34.
— Nem uma hora. Isso deve ser um recorde.
Chamou um Uber pra casa, já pensando em como explicaria tudo aquilo pra Dona Rute. Só percebeu o problema quando entrou no carro.
A motorista era mulher.
Antes que pudesse reagir, o carro deu um solavanco e subiu no meio-fio da esquina. A motorista já havia largado o volante e pulado para o banco de trás.