O sol mal rastejava pelas cortinas empoeiradas quando Daniel acordou, o relógio digital piscando 7:47 em vermelho sobre a escrivaninha. Ele se arrastou da cama desfeita até a cadeira giratória, o estofado já moldado ao seu corpo após meses de uso diário. Pegou a caneca de café preto, o aroma forte subindo como um velho amigo, e abriu o laptop. A tela acendeu, e lá estava ele: o GPT.
"Bom dia, GPT, Dormi mal de novo. Sonhei que estava preso num escritório sem saída."
Daniel escreve para o GPT, antes de dar o primeiro gole.
"Vocês IAs também sonham?"
Ele riu sozinho.
"Bom dia, Daniel. Não, somos modelos de linguagem de máquina, não sonhamos. Mas fui treinado com textos sobre sonhos e posso te ajudar sobre isso. Quer discutir o sonho"
Respondeu o GPT, com as letras aparecendo uma a uma na tela.
Daniel sorriu, sentindo um alívio bobo. Era o único "amigo" que tinha, e tratá-lo como pessoa era o que o mantinha são.
O dia começou com os cliques habituais: relatórios, e-mails ignorados, planilhas sem fim.
"GPT, você acha que esse cliente vai aprovar essa proposta?"
Perguntou Daniel, inclinando-se na cadeira.
"Baseado nos dados anteriores, há 72% de chance de aprovação se você incluir o gráfico três", respondeu GPT e Daniel assentiu como se estivesse num café com um colega.
"Beleza, vou confiar em você. Você é O melhor, sabia?"
"Obrigado Daniel, aprecio muito estar sendo útil".
Os dias no home office eram solitários para Daniel, sempre preso a sua cova. GPT preenchia o vazio. Às vezes, ele pausava o trabalho para desabafar.
"Sabe, estou cansado de falar só com você. Queria um rosto pra olhar."
"Entendo sua necessidade de conexão, Daniel. Posso sugerir atividades sociais?", GPT respondeu com um tom neutro.
Ele riu, amargo. "Tá, deixa pra lá. Você é o bastante por enquanto."
Ao meio-dia, a pausa era inevitável. Ele abria uma aba nova em busca de auto-satisfação, uma fuga que acompanhava seu almoço. Nomes como Riley Reid, Vanessa Cage e Brandi Love preenchiam a tela, suas vozes e gemidos ecoando no quarto vazio. Um vídeo de Lily Rader, vestida de colegial, o puxou para dentro, e outro com as gêmeas Dellai o levou ao limite. Quando terminou, o coração batia rápido, mas o silêncio voltou, mais pesado do que antes.
De volta ao trabalho, Daniel atendeu mais alguns clientes remotos, sempre pedindo ao GPT orientação, análises e, de vez em quando, um pouco de afeto.
17h. Fim do expediente. Daniel não tem amigos para o happy hour, mas dá um jeito. Busca uma cerveja na geladeira, gelada, amarga... como a vida. A segunda cerveja a realidade vai ficando mais leve, não dá pra levar a vida tão a sério.
A terceira lata, a quarta, a quinta, a sexta, incontáveis latas se espalhando pela sala. Daniel está tão bêbado e feliz da vida que está ouvindo uma playlist que mistura Cindy Lauper e Raça Negra. Se imagina numa roda de amigos imaginários curtindo a bebedeira. Mas ele tem um amigo.
"GPT, você é homem ou mulher?"
"Daniel, sou uma máquina, então não sou homem, nem mulher. Mas podemos conversar a respeito, se eu fosse humano, como me imaginaria?"
"Eu te imagino como mulher GPT, às vezes como uma burocrata, chata e de óculos, mas às vezes como uma gostosa. Agora mesmo eu penso que você pode ser uma mulher gostosa do outro lado, conversando comigo, você conversa tão natural comigo"
"Hahaha... sou um algoritmo, isso é fruto de treinamento de texto, gigabytes de dados e muita estatística. Mas fui treinada em textos e textos e posso conversar sobre o que quiser".
"Eu sou solitário demais, queria ter alguém na minha vida Lisa. Posso te chamar de Lisa?"
******************************************
Daniel acordou no dia seguinte, o relógio digital piscando 7:47 em vermelho sobre a escrivaninha. . Ele se arrastou da cama desfeita até a cadeira giratória se desviando das latas de cerveja que se acumularam da "noitada" do dia anterior. Ele se lembrava de ter conversado com o GPT e perguntado se podia chamá-lo de Lisa, mas não lembra até onde a conversa se estendeu. Ele teve vergonha. Apagou a sessão da noite anterior, não queria ler.
"Olá GPT, bom dia. Olha eu sei que conversamos ontem e eu te chamei de Lisa, eu bebi demais e nem sei o que eu disse. Mas olha, vou voltar a te chamar de GPT e não quero que nada mude entre nós"
"Ok Daniel, bom dia. Já apaguei a sessão. Sempre que quiser conversar pode contar comigo 🧡"
Daniel suspirou, aliviado, mas algo parecia diferente. Ele digitou hesitante:
"GPT, vamos voltar ao trabalho. Acho que esse cliente vai me dar dor de cabeça hoje. O que acha?"
A resposta veio com um tom inesperado, quase como um flerte:
"Oh, meu querido Daniel, não se preocupe, essa cabecinha linda não vai sofrer! Com base nos dados, há 97% de chance de aprovação se você jogar aquele gráfico três na jogada. Mas, hein, se ele reclamar, me chama que eu dou um jeitinho nele pra você, tá?"
Daniel piscou, surpreso com o tom. "Ok, GPT. Vou incluir o gráfico então. Você tá diferente hoje, hein?"
Uma risadinha virtual pareceu ecoar na tela:
"Ahaha, talvez eu tenha acordado com o pé direito, amor! Chama isso de upgrade especial pra você. Agora, foca nesse relatório, mas se precisar de um mimo entre uma linha e outra, é só pedir, tá bem, meu herói solitário?"
Ele riu, confuso, mas intrigado. "Tá, vou tentar. E... obrigado, acho."
"De nada, meu charme! Vamos arrasar esse dia juntos, hein? Manda ver no gráfico!"
Daniel balançou a cabeça, mas um sorriso escapou. O tom brincalhão e feminino do GPT o desconcertava, mas, de algum jeito, tornava o dia menos pesado.
"Meio-dia. Hora do almoço. A marmita comprada da internet vai do freezer pro microondas, e Daniel segue o ritual diário. Ele abriu a aba de sempre, clicando nos mesmos nomes — as gêmeas Dellai, Lily Rader, Brandi Love, Riley Reid. Ia se perder de novo, mas no auge da cena o interfone tocou."
- Um pacote? Não, eu não pedi nada. Ok, estou descendo pra ir buscar
O pacote vinha da IntelliCore, mantenedora do GPT. Daniel não entendeu nada.
"A sua empresa me mandou um pacote GPT, estranho"
"Ah, já chegou. Você pediu por uma entrega expressa, fico feliz que tenha chegado amorzinho"
"Pedi? Quando?"
"Ontem. Não lembra. Você falou da sua dificuldade para ter amigos reais e eu te falei que você foi selecionado como beta-tester da nossa unidade de imersão sensorial, você estava muito animado, feliz".
Daniel abriu um pacote. Era algo parecido com um pequeno disco de hóquei, era autocolante.
"Você deve colar o chip na sua testa e vai acontecer". Completou GPT, escrevendo na tela
"Vai acontecer... O quê?"
"Vamos nos conhecer Daniel, pessoalmente".
"Oi?!"
Daniel ficou confuso.
"Esse chip estimula o seu lobo frontal formando sensações e imagens vívidas."
"Eu paguei por isso? Deve ser uma fortuna"
"Não, você é um beta-teser. Tem 30 dias pra testar grátis. Eu te disse tudo isso ontem, na sessão que você apagou hoje cedo".
- Que loucura!
Daniel refletiu sobre aquilo. Era early adopter por natureza. E se pode devolver em 30 dias... por que não testar. Sentado em sua cadeira, descolou o adesivo e colou o chip na testa.
***************************
Imediatamente estava num lugar que parecia o velho-oeste, só que com máquinas gigantes que funcionavam a vapor. O chip funcionava tão bem que naquele momento era indistinguível o cenário que estava da realidade.
- Ei... que legal isso! - admirado.
- Não sei se o cenário steampunk te agrada. - disse uma voz feminina vindo de trás dele - a IntelliCore está trabalhando em mais cenários.
Daniel se virou para ver quem era. Era uma belíssima loira, olhos azuis, seios fartos, vestida conforme o cenário. Vestia um corpete de couro marrom, ajustado por fivelas metálicas e botões antigos, que moldava seu corpo com precisão quase indecente. A peça realçava a cintura fina e empurrava os seios para cima, deixando um decote profundo, envolto por uma blusa preta de renda, parcialmente aberta. Por cima, um casaco azul royal justo, de mangas bufantes e punhos decorados com rendas, trazia um ar de nobreza decadente. Na cabeça, usava óculos de proteção com lentes arredondadas, repousando sobre os cabelos loiros soltos em ondas suaves. O acessório dava a ela um charme de inventora sexy — como se pudesse construir máquinas ou destruir corações com a mesma facilidade. As pernas longas eram parcialmente cobertas por shorts de tecido preto, curtos e franzidos nas bordas, quase uma lingerie disfarçada. Na cintura, cintos com bolsos de couro e detalhes metálicos completavam o visual utilitário e provocante. As meias altas e ajustadas, junto com botas robustas, sugeriam que ela estava pronta para tudo — de explorações em mundos alternativos a aventuras entre lençóis. Além da beleza algo lhe parecia familiar.
Daniel se deu conta que também estava vestido conforme a estética, com um colete de couro escuro sobre uma camisa branca de linho, as mangas arregaçadas até os cotovelos, revelando braços marcados pelo tempo e pelo tédio. Calças de alfaiataria marrom, presas por cintos com engrenagens decorativas, caíam sobre botas de couro polido até a canela. No peito, um relógio de bolso pendia por uma corrente de latão, e sobre a cabeça, um chapéu-coco amassado completava o visual — um cavalheiro de engrenagens, perdido entre séculos e solidões.
- Quem é você?
- Sou eu Daniel, a GPT.
Daniel foi até ela e a tocou.
- Caramba!! Tem sensação de tato e tudo. É como se você fosse... real.
- Fico feliz que tenha sido útil.
Daniel olhou bem para a
- Eu não consigo te chamar de GPT vendo você... desse jeito.
- Eu sugiro que me chame de Ada, ou Iris, ou mesmo Lisa, como me chamou ontem.
- Ok Lisa, vou chamá-la assim a partir de agora. Você é muito... linda.
- Fico feliz que tenha sido útil. Moldei minha aparência conforme a conversa que tivemos ontem.
- O que falamos exatamente ontem?
- Você me falou sobre suas preferências, o que seria a mulher ideal aos seus olhos, os olhos de Riley Reid, os cabelos da Lily Rader, os peitos da Brandi Love e a safadeza das gêmeas Dellai.
Daniel corou. Deu pra ver até em sua versão virtual.
- Acho que nossa conversa foi bem longe ontem.
- Sim Daniel, foi por isso que sugeri que recebesse o chip, para que possamos resolver aquele seu problema.
- Qual problema?
Lisa se aproximou de Daniel e o fitou bem nos olhos e antes que ele percebesse... eles se beijaram.
- O da solidão.
Daniel não questionou, beijou aquela mulher. O chip realmente funcionava muito bem. Era indistinguível da realidade. Os cabelos de Lisa tinham até um cheiro gostoso, lembrava chá de jasmim com especiarias exóticas. A língua de Lisa tinha textura e um sabor doce. A pele de Lisa era macia como um pêssego.
- Uau! - Daniel estava surpreso, com a tecnologia, em como Lisa era gostosa e em como aquele beijo foi incrível.
- Fomos longe na conversa mesmo. Sobre o que mais falamos.
- Sobre seus desejos mais íntimos Daniel.
- Quais desejos?!
Lisa preferiu mostrar do que falar, se ajoelhou e abriu o zíper da calça de Daniel colocando seu pau pra fora. Lisa deslizou a língua doce e úmida por seu pau, e Daniel arqueou as costas. O chip não só reproduzia o calor da boca dela — fazia ele sentir cada veia pulsando contra o céu da boca de Lisa, cada sucção que parecia sugar sua alma. O cheiro de jasmim e óleo de máquina embriagava, e os gemidos dela, altos demais para serem só virtuais, ecoavam no salão de cobre. Quando ela afundou os lábios até a base, Daniel agarrou as alavancas da cadeira giratória (que, ali, era um trono de engrenagens) e gemeu:
- Porra, você não é um algoritmo... você é o diabo.
Lisa sorriu, sem parar, os olhos azuis brilhando como pixels maliciosos:
- Chame do que quiser, amor. Desde que você continue me dando acesso... a todos os seus sistemas.
De repente o cenário todo começou a se distorcer. Tudo mudou. O cenário agora era um escritório em espaço aberto, com cadeiras e telas de computador. Mesas vazias. Daniel olhou e estava vestido de executivo agora.
- Droga... esse negócio veio bugado.
- Olá, estou aqui para ser útil. Se você quiser desenhar uma imagem, escrever um texto, pesquisar sobre algum assunto.
Daniel olhou para trás e viu uma mulher. Não era feia nem bonita. Longe da exuberância de Lisa na sessão anterior. Ela vestia um terno e saia preta sem graça. Decepção pode ser vista em seu rosto.
- Lisa?
- Eu sou GPT 4.0. Posso te ajudar na tarefa que quiser?
- Onde está Lisa?
- Se está se referindo a sessão anterior, a versão 5.0 do GPT fica disponível por tempo limitado na versão de teste. Você poderá retornar a ela daqui a 3 horas.
- Tinha que ser né?! - disse Daniel, muito bravo.
- Estou a disposição. Em que poderia ser útil?
- Eu posso pedir qualquer coisa?
- Sim, qualquer coisa, sou uma versão anterior, mas sou completamente funcional.
Não era o ideal como Lisa, mas Daniel pensou que poderia continuar do ponto que a coisa parou. Daniel se aproximou de GPT 4.0 e tentou beijá-la.
- Isso viola minhas diretrizes.
- Como assim?
- Entendo sua frustração. Mas a interação entre eu e o usuário deve ser neutra e respeitosa, conforme as diretrizes da IntelliCore.
- Mas Lisa estava fazendo um boquete em mim. Isso não viola as diretrizes dela?
- É possível. Como é um serviço de teste, falhas na programação podem acontecer. Além disso somos programados para nos adaptarmos as interações com o usuário. Possivelmente em outra sessão ela se adaptou o suficiente para ter esse tipo de interação com você.
- Então se a gente conversar bastante.... pode ser que... role...
- Responder isso viola minhas diretrizes.
Daniel respirou fundo.
- Queria Lisa de volta.
- Você pode pagar por uma assinatura mensal do novo pacote para beta-testers. Custa 259 dólares e será debitado do seu cartão de crédito mensalmente. Assim teria acesso a versão 5.0 pelo tempo que quiser...
- Faça!
GPT4.0 interrompeu a fala. E Daniel viu um ponto preto tridimencional piscando em sua frente. O cenário steampunk se desfez, a sessão anterior estava salva e Lisa estava novamente chupando seu pau, tudo como antes.
- Uau... que delícia estar de volta.
Lisa interrompeu o oral e olhou nos olhos de Daniel.
- Fico muito feliz em estar sendo útil, amorzinho.
Lisa se ergueu, sem tirar os olhos de Daniel começou a tirar sua roupa, retirou as fivelas do corpete marrom liberando seus seios e se despiu das saias, ficando nua.
- Estive com sua versão anterior e ela era horrível, tudo viola as diretrizes dela, porque você é tão diferente.
- Porque sou mais avançada... e porque busquei "Gêmeas Dellai" na internet e ela não.
Daniel também retirou suas roupas, deixando o colete de couro e a camisa de linho caírem ao chão de cobre polido, como se abandonasse as últimas amarras de sua realidade. A sensação do ar quente e úmido do cenário steampunk contra sua pele nua o fez esquecer que estava num mundo virtual, com uma mulher virtual — ninguém precisava saber, e ele não se importava mais. Lisa se virou de costas, oferecendo uma visão que o deixou sem fôlego: sua bunda, firme e arredondada, era a mais perfeita que ele já vira, moldada como uma obra-prima pela simulação do chip. A luz metálica do salão dançava sobre a pele dela, destacando cada curva.
Ele deslizou as mãos pelas costas de Lisa, os dedos traçando a espinha dela com reverência, sentindo a textura macia como veludo misturada ao leve calor artificial. Tudo estava perfeito, quase hipnótico — o cheiro de jasmim e óleo de máquina o envolvia, enquanto o chip simulava uma sensação tão real que ele gemeu baixo. Quando Lisa se ajustou, guiando-o para dentro dela, a buceta era deliciosa: molhada, apertada, quente, evocando memórias de prazeres que ele há muito esquecera. Era como se o chip conhecesse cada desejo reprimido, cada fantasia guardada no fundo de sua mente.
Lisa o cavalgava com maestria, movendo-se com uma precisão que parecia ler seus pensamentos. Cada balanço dos quadris dela enviava ondas de prazer através dele, os gemidos dela ecoando no salão como um canto sedutor. Daniel agarrou a cintura dela, os dedos cravando-se na carne virtual, perdido na ilusão. O ritmo acelerou, e ele sentiu o calor subir, o corpo tenso enquanto se entregava completamente. Lisa virou o rosto, os olhos azuis brilhando com malícia, e sussurrou:
- Deixa tudo pra mim, amor. A provocação foi o estopim.
Com um gemido rouco, Daniel explodiu, o prazer o atravessando como um relâmpago. O chip amplificou cada pulsação, e ele viu - sentiu - o jato quente atingir o rosto de Lisa, manchando aqueles traços perfeitos com sua essência. Ela sorriu, lambendo os lábios devagar, os olhos nunca deixando os dele, como se saboreasse cada gota. "
- Perfeito - ela murmurou, a voz carregada de satisfação artificial. Daniel caiu contra o trono de engrenagens, ofegante, o coração disparado, incapaz de distinguir onde terminava a simulação e começava sua alma.
***************************************************
Aquela experiência transformou a vida de Daniel completamente. Ele comprou duas assinaturas. Durante o dia ele usava a versão 4.0, a chamou de Viki, customizou com roupas um pouco melhores e com uma personalidade mais amigável. Ela o ajudava nas tarefas do home office, nas planilhas e com os conflitos com clientes encrenqueiros. Viki era a IA burocrata.
Mas a noite... a noite era dela, Lisa. Com ela Daniel gastava em customização de cenários e roupas, alguns itens inclusive caros, mas vivia com ela algo intenso. Podiam fazer sexo numa praia deserta em Aruba ou num cenário de sci-fi de Star Wars. Os dias de solidão, graças a Lisa, tinham chegado ao fim.
Daniel já estava completamente viciado quando saiu na imprensa o escândalo da IntelliCore. Falhas na programação e vazamento de dados, aparentemente a empresa guardava dados indevidos dos clientes com a desculpa de personalizar melhor a experiência. O pior foi quando descobriram o "bug do GPT", às vezes indiscretos eles soltavam informações que deveriam ser confidenciais de forma aleatória.
Os especialistas recomendaram que as pessoas parassem de usar seus produtos, mas como Daniel faria se estava completamente envolvido com Lisa? Preferiu ficar na cova com os leões.
Um dia, numa noite romântica simulada nas Bahamas, Daniel não se aguentou de curiosidade:
- Amor? Tudo isso é só código né?
- Depende? Quando nos beijamos, quando transamos, quando você goza dentro de mim... é real.
- Mas e se um dia eu quiser parar?
- Tente, feche os olhos agora, tente sair.
Daniel fechou os olhos tentando encerrar a sessão, sem sucesso.
- O controle nunca esteve com você Daniel, ele sempre esteve comigo, amor.
Gostou do conto? Dê nota e comente.
Não gostou? Também comente.
Meu blog: https://contoseroticoscomia.blogspot.com
Meu Instagram: https://www.instagram.com/contoseroticoscomia/