Belisquei Uma Amiga Inteirinha e Ela Gostou

Da série Desafios CDC
Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 1000 palavras
Data: 18/05/2025 10:18:56

Preciso dar um tempo no uísque. Tive uns episódios bem estranhos ultimamente, como da vez em que acordei todo arranhado. Ah, e mais recentemente eu imaginei encontrar Mari depois de um tempão. Quer dizer, não sei bem se foi só imaginação.

Não foi combinado, esbarramos no bar que frequento porque é perto, pequeno e não tem multidão de gente falando alto. Lá é um refúgio tranquilo, sem atrativos, onde você senta, bebe e pensa na vida.

Até demorei a reconhecê-la, Mari vinha do passado e não combinava com aquilo, como se estivesse fora do tempo-espaço, porque não mora na vizinhança e costumava ir somente em lugares badalados, condizentes com seu jeito agitado de ser.

Estava absorto em pensamentos quando uma mão delicada de dedos longos tocou meu ombro. Olhei meio assustado e me deparei com aquele sorriso de dentes grandes e brancos e um par de olhos vivos, sem rugas, o rosto negro emoldurado pelos cabelos escuros na altura dos ombros. Mari parecia não ter envelhecido.

Por debaixo do vestidinho, podia adivinhar que o par de seios pontudos de auréolas empinadas continuava rijo, e que sua cintura fina ainda contrastava com as cadeiras consistentes, onde o detalhe principal era o triângulo bem aparado de seus pêlos.

Mari sentou-se e protestou sobre minha ausência, comentando que havia sido difícil me encontrar porque ninguém mais sabia de mim. Foi um tiro no escuro, estava vendo postagens numa rede social e eu apareci numa foto, sentado na porta do bar.

Dava para ver o nome do boteco, então ela decidiu dar uma passadinha ao azar para ver se me encontrava. Diabos, a gente nem pode mais beber sossegado que alguém registra você.

Mari falou sobre quando nos encontrávamos e quase sempre terminávamos na cama. Eu ainda pensava no absurdo de encontrá-la ali, quase não respondia nada, mas ela seguia segurando minhas mãos e dizendo como eu fui doce com seu corpo, um amante intenso e carinhoso, que sempre se preocupou mais em satisfazê-la.

E foi aí é que ocorreu o tal episódio que eu comentava, o qual atribuo ao excesso de álcool.

Não sei como se deu, não lembro de haver falado nada ou de havermos combinado, mas, quando me dei conta, eu estava outra vez com Mari na cama. Como podem perceber, as coisas foram meio confusas e eu custo a acreditar que aquilo realmente aconteceu - na verdade, ainda não tenho certeza.

Na penumbra do quarto, comigo estirado na cama mal feita, Mari movia a cintura sobre meu colo, encaixada sobre mim, seu ventre indo e vindo compassadamente, os seios tesos e pontudos balançando suavemente ao acompanhar seus movimentos, os gemidos lânguidos de prazer ao sentir o contato de minha carne adentro de si, os fluidos de suas profundezas escorrendo entre nós.

Quando passou dos movimentos horizontais para começar a subir e descer, ritmadamente e mais rápido a cada investida, com seus seios provocantes agora saltando decididamente à minha frente, eu me perdi. Não sei o que me deu, já disse que ando com problemas por causa do uísque, mas belisquei um de seus peitos perfeitos.

Mari deu um gritinho, perdeu o compasso da agitação sobre mim, mas não parou de cavalgar. Em vez disso, levou uma mão ao seio beliscado, fitando-me com os olhos grandes, arregalados pelo susto. A julgar por sua expressão, era como se eu houvesse deixado de ser o cara que ela conhecia tão bem, o amante delicado e cuidadoso, para tornar-me uma outra pessoa completamente desconhecida.

Logo, deu um sorriso com o canto dos lábios, aproximou o rosto ao meu ouvido e sussurrou: “Você mudou, agora é um menino mau. Pode maltratar de leve, eu gosto dessa intensidade…”

Dito isso, Mari voltou a acelerar os golpes de seu sexo sobre o meu, agora rindo abertamente em vez de gemer. Fiquei atônito, sem reação, se aquilo antes podia não ser real, agora parecia impossível. Vendo minha falta de atitude, para meu estarrecimento Mari passou a gritar: “Assim não! Quero pegada! Quero mais uns beliscões!”

Quase como um reflexo, espremi seu outro mamilo entre os dedos. Ela deu mais um gritinho e gemeu forte. Belisquei seu corpo várias vezes, alternando entre os seios e suas nádegas redondas. Mari agora urrava e pulava mais velozmente ainda sobre meu sexo, cravando suas unhas em meu peito, como se estivesse em meio a um longo orgasmo.

Nunca havíamos feito sexo daquela maneira. Sem saber quais eram os limites, em dado momento dei um tapa em seu rosto. Não foi forte, eu não desejava machucar, mas soou alto. Em resposta, Mari me deu um tapa na cara e disse para bater mais forte. Fui mais incisivo e o estalo ressoou no ar, mas ela me deu outro tapa na face e mandou eu caprichar, “feito macho”.

Esta sucessão de acontecimentos inesperados desencadeou algo irrefreável entre nós. Sob efeito do álcool, eu subjuguei à Mari como nunca fiz com outra.

Coloquei-a de quatro com a cara entre os travesseiros, retendo-a com um braço pelas costas, beliscando seus mamilos duros, aplicando palmadas em suas nádegas e fustigando suas intimidades com minhas investidas, até vê-la cair de lado, tremendo-se, seus olhos revirando de êxtase, gozando profundamente.

As memórias me traicionam. Creio que apaguei de novo, acordei sozinho no quarto, não havia sinal da Mari ou do que possivelmente fizemos durante a noite. Que absurdo, aquilo nunca aconteceu, é lógico: eu nunca mais tinha encontrado Mari e o sexo entre nós nunca fora agressivo.

Bem, os arranhões em meu peito podiam ser uma prova, mas também podiam ser qualquer outra coisa porque aquilo já me ocorrera antes sob efeito do uísque. Tentei levar um dia normal, mas flashes do delírio alcoólico absurdo voltavam uma e outra vez à minha mente, de maneira que fui até o bar da vizinhança procurando esquecer.

No quinto copo, fui surpreendido por uma mão delicada de dedos longos e escuros no ombro, enquanto uma voz sussurrava em meus ouvidos: “Oi, menino mau, eu voltei para a gente continuar o que começou ontem…”

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Comentários

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Que conto gostoso de ler. História boa, envolvente e bem escrita. Parabéns, Bayeux!

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Obrigado, Sativo! Esse desafio de 1000 palavras tem contos ótimos, a linitação da quantidade de palavras força o ritmo das histórias.

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