Os Gêmeos

Da série Desafios CDC
Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2407 palavras
Data: 30/10/2024 19:02:34

Dizem que irmãos gêmeos são cúmplices para toda a vida, crescendo juntos e compartilhando tudo: roupas, histórias, aventuras, desejos e angústias. Contudo, com Rodrigo e Rodolfo resultava diferente: eram rivais desde sempre.

A disputa veio desde bebês, quando se empurravam no seio de Irenita para tomar o lugar do outro - como se não houvesse ali um par de tetas para cada um mamar. De crianças, faziam campeonatos de punheta e diziam que o seu era maior que o do outro - mas, na verdade, eram exatamente iguais, na punheta e no tamanho. Adolescentes, concorriam para ver quem comia a empregada - sendo que a criada nunca deu para nenhum deles.

Já na juventude, suas escolhas refletiam ainda mais essa rixa.

Rodolfo aderiu à extrema direita, votava no Capitão e batia em quem pensasse diferente. Se tornou religioso, frequentava as missas de domingo e entrou para a juventude cristã, embora fosse mais de aparência que fé verdadeira. Competia em campeonatos de tiro ao alvo e, cheio de orgulho, entrou no curso de direito.

Rodrigo não podia ser mais diferente. Radical de esquerda, votava nos candidatos de esquerda e tentava convencer a quem fosse a fazer o mesmo. Nunca ia à igreja, ao templo ou ao candomblé, pois considerava a religião como o ópio do povo. Jogava truco como profissional e, não menos orgulhoso, estudava arte dramática.

Assim, enquanto um pregava a supremacia da pátria, da família e da religião, o outro se dedicava a construir a revolução do povo, para o povo e pelo povo - para o descontentamento da mãe, que via os eventos da família resultarem numa encrenca sem fim. Até o natal, época de paz e harmonia, para eles era pedra, porrada e bomba.

Pensando nisso, vendo o fim daquele ano se acercar, Irenita resolveu tentar algo para ter ao menos um pouco de paz nessa época: convidou uma sobrinha do interior para as férias, esperando que sua presença feminina baixasse o nível de testosterona vigente.

E assim Melissa chega a nossa história, como uma possível salvadora da pátria - ou do povo, sei lá, não desejo ser parcial aqui.

A cabocla morena dos olhos puxados cor de mel entrou na casa com seus cabelos longos e negros embalada num vestidinho florido leve que revelava suas coxas grossas, seu quadril generoso, sua bundinha empinada, sua cinturinha fina e um belo par de seios jóvens apontado pelo decote.

Irenita não se deu conta destes detalhes, achando a sobrinha “uma gracinha” - mas Rodolfo e Rodrigo notaram tudo já na primeira olhada. Para eles, Melissa não era “uma gracinha”, ela era sim é gostosa demais!

Desde o início de dezembro, a rivalidade entre os dois passou a chamar-se Melissa. Se um a chamava para a missa, outro dizia para irem ao teatro. Se Rodolfo queria que fossem à marcha pela família, Rodrigo desejava arrastá-la para o Pride Parade. E Melissa aceitava todos os convites, fascinada com a atenção dos primos.

Um pedia para ficarem juntinhos escutando a live do presidente, outro implorava para assistirem ao menos a uma reunião do partido. Melissa foi a três provas de tiro, pois achava as armas algo um tanto excitante. Mas também foi a alguns campeonatos de truco, porque a tensão do jogo era pura adrenalina.

A disputa entre os gêmeos, aparentemente velada, tomava contornos reais à noite, quando se deitavam. Como um dos quartos foi ocupado por Melissa, os dois foram obrigados a dividir o outro. Quase se matavam. Entre eles as coisas eram claras e o bate-boca corria solto quando estavam a sós.

- Rodrigo, seu merdinha, para de dar em cima da Melissa que ela é minha!

- Sua? Qual é Rodolfo, mulher não tem dono e a Melissa vai ficar é comigo!

- Com você? Até parece! Tu convidou ela para aquelas reuniões chatas de política!

- E tu levou a garota pra igreja, sua besta! Por acaso tu acha que ela gosta de coroinha?

- Quero só ver tu botar essa marra quando eu comer ela!

- Você vai ficar na punheta, porque quem vai comer a Melissa sou eu!

- Que nada. Ela confessou que sente tesão quando eu empunho a pistola no campo de tiro!

- Até parece! Ela me disse que fica toda molhadinha quando eu blefo no truco!

- Truco? Sério mesmo, um jogo de baralho? Pois isso não é nada, ela até me deu um selinho na marcha pela família!

- Só nos teus sonhos! Ela fez foi ficar me abraçando, coladinho, ao som do techno na parada gay!

- Rodrigo, só quem se dá bem com mulher na parada gay são as lésbicas, seu otário!

- E só quem se dá bem na marcha pela família são os véios ricos, que ficam azarando a babá dos outros, seu trouxa!

Toda noite era isso, muito embora, no dia seguinte, na frente de Melissa, os dois se portavam como lordes e nem sequer dirigiam a palavra um ao outro. Irenita, ria intimamente. Não lhe importava que aquela paz fosse fingida: a presença de Melissa fez os dois se comportarem e aquele era o melhor início de verão dos últimos vinte anos!

Irenita até ligou para sua irmã no interior, procurando uma maneira de prolongar a estadia da sobrinha durante o mês de janeiro, mas a mãe de Melissa disse que não, pois se aproximava a época colheita e ela estava cheia de trabalho duro na fazenda para a filha ajudar, logo após o Natal.

Essa notícia não foi recebida. Irenita desejava estender sua paz e Melissa não queria voltar para o trabalho na fazenda. Já Rodolfo e Rodrigo, de uma hora pra outra, se viram na iminência da prima ir embora sem que nenhum deles ganhasse a briga - igualzinho ao que ocorreu anos antes, com a tal criada que disputaram.

Faltando uma semana e vendo o tempo esgotar-se, todos puseram-se a trabalhar intensamente por seus interesses.

Irenita planejou a melhor ceia de Natal de sua vida, com um menu chique e elegante copiado de uma influencer - a única coisa que repetiria dos natais passados era o ponche à base de vinho e frutas, uma tradição de família a ser honrada.

Melissa planejava curtir ao máximo, então, magicamente, suas roupinhas pareciam ter se encurtado pela metade. Foi uma semana de minissaias e topzinhos provocantes que realçavam seus seios e a bundinha, mais empinada do que nunca, como uma potrinha trotando viril num pasto verde de testosterona.

Rodolfo vendeu a alma, mas conseguiu dois ingressos para o especial do Roberto Carlos e, naquela noite, já no Uber voltando pra casa, conseguiu pegar nos peitinhos da prima, sem sutiã nem nada. Se ele não conseguisse comê-la, ao menos passaria todo o ano lembrando-se daquela sensação.

Rodrigo cobrou favores de todos os amigos e, a muito custo, descolou dois convites para a feijoada de fim de ano do Zeca Pagodinho em Xerém, quando Melissa permitiu que ele passasse quinze minutos encoxando sua bundinha e segurando-a pela cintura ao ritmo do pagode. Desse dia em diante, o rapaz virou fã do gênero.

A rivalidade entre os dois nunca fora tão acirrada e o pior era que Melissa não dava nenhum sinal sobre quem seria o escolhido!

No dia da ceia, parecia a final da copa do mundo. Irene distribuía tarefas a todos, exigindo perfeição em cada detalhe, enquanto finalizava o tradicional ponche de natal. Melissa se maquiou toda e arranjou uma fantasia vermelha de mamãe Noel, só de sainha e top amarrado na frente, parecendo mais a diaba assanhada do Natal.

Rodrigo e Rodolfo, a contragosto, vestiram-se idênticos com as roupas escolhidas pela mãe: calça de brim cáqui e suéteres bordados com renas e outras bobagens natalinas. Ficaram exatamente idênticos e nem Irene podia dizer quem era quem ali.

Foi uma ceia linda e requintada, tudo correu numa aparente harmonia sem igual. Irene estava radiante com aquela transformação, mas, ao mesmo tempo, já lamentava pela partida da sobrinha. Tudo voltaria a ser como antes entre seus filhos em poucos dias.

Não tendo nada mais a fazer e sentindo uns calores que atribuiu à menopausa, já com todos meio zonzos de ponche, a mãe encerrou a festa cedo e mandou todos irem dormir.

O clima no quarto dos rapazes cheirava a derrota. Eles se esforçaram, fizeram de tudo e mais um pouco, mas nenhum conseguiu ter Melissa em seus braços. A prima, pelo visto, jogara o tempo todo com a rivalidade entre os dois. Saiu todos os dias, fez de tudo um pouco nas férias, se divertiu como ninguém - e já ia embora amanhã, deixando no ar aquele sabor de zero a zero.

Cabisbaixos, os dois estavam sentados em suas camas e sentiam um calor subindo por seus corpos, quando a maçaneta girou e a porta se abriu. Era Melissa, com suas roupinhas assanhadas de mamãe Noel. Entrou fazendo o sinal de silêncio e sussurrando: “Então, meninos, como é? Toda essa agitação durante a semana pra nada? Ah, não! Eu quero meus presentinhos de Natal!”

Parecendo desinibida demais para uma jovenzinha do interior e meio grogue de ponche, Melissa andou até entre as camas com passos requebrados e ali começou uma dancinha sensual, descendo até o chão e subindo de novo, chupando dois dedos em sua boca pintada de vermelho.

Ficou evidente para os gêmeos suas intenções quando ela retirou a calcinha ainda dançando entre eles. Agora, suas nádegas redondas apareciam por baixo da minissaia, bem como se podia entrever os pêlos aparados de seu sexo moreno em breves relances que os fizeram suspirar atônitos com a prima.

Quando desamarrou o topzinho de mamãe Noel e deixou os seios livres balançando com a cadência de sua bundinha balançando até o chão, os gêmeos sentiram explodir em suas veias toda aquela testosterona acumulada e não puderam mais se conter.

As mãos dos rapazes apalpavam, apertavam e exploravam o corpo sedutor da moreninha, que ria baixinho. Suas bocas a beijavam e lambiam em várias partes, no rosto de bochechas salientes, na nuca arrepiada, nos ombros torneados, nos biquinhos escuros dos seios e na barriguinha esculpida pelo trabalho no campo, enquanto ela gemia de desejo.

Sentindo a ereção dos gêmeos contra seu corpo nu, com um deles à sua frente e outro atrás de si, Melissa abriu suas calças e foi se abaixando até ficar de joelhos entre os dois. Agora possuía em suas mãozinhas um belo par de membros tesos apontando para seu rostinho e começou a alternar entre eles, mamando com devoção seus primos.

Quando colocou ambos na boca fazendo carinha de pidona, Rodolfo e Rodrigo sentiram seus membros se tocarem sobre a linguinha de Melissa e quase foram ao delírio.

Ao colocar-se de pé, Melissa sentia o membro de um roçando seu grelinho excitado pela frente e o membro do outro deslizando no reguinho entre suas nádegas por trás.

Não sabia bem o que acontecia, mas sua bucetinha se contraia como nunca e sentia seu sexo pulsando ondas de calor. Aquilo que era uma loucura, uma loucura desmedida, então ela decidiu que enlouqueceria de vez.

De um salto, pendurou-se no pescoço dos irmãos e enganchou suas perninhas grossas no da frente, sussurrando: “Rapazes hoje é Natal. Aproveitem que estou generosa e sinto algo queimando aqui dentro. Como não consigo escolher, eu quero os dois. Vou me entregar todinha a vocês. Façam o que quiserem comigo!”

O gêmeo de frente nem esperou, já foi se encaixando na bucetinha de Melissa, penetrando-a com vigor. Apesar de muito apertada, a prima escorria entre as pernas o que lhe facilitou receber aquelas estocadas com prazer.

Já o gêmeo de trás custou um pouco, resistindo a penetrar sua prima junto com o irmão. Contudo, sentindo o calor tomar conta de si, exasperado, cuspiu na cabeça do próprio membro e foi abrindo caminho entre as nádegas de Melissa até lograr introduzir-se ali.

Melissa arregalou os olhos e teve que conter seus gritos. Sentir os gêmeos preenchendo-a ao mesmo tempo foi inédito para ela e parecia impensável, mas o fogo que a consumia era tão abrasador que ela relaxou e entregou-se às ondas de prazer que emanavam de sua bucetinha e seu traseirinho.

Em meio ao delírio, Melissa foi girando a cabeça e começou a beijar a boca do gêmeo de trás, para então girar o tronco e enlaçá-lo com as pernas, fazendo-os trocar o destino de suas estocadas. Era como se ela estivesse derretendo-se entre os dois, hora sentindo a pegada de um, hora sendo puxada pelo outro.

Na cama, Melissa cavalgava um e era cavalgada pelo outro, gemendo e jorrando gozo de suas intimidades enquanto eles espantosamente não se cansavam, consumindo a prima, usando-a e abusando de suas partes sem descanso, por toda a noite.

Quando amanheceu, Melissa despertou e tinha memórias um tanto confusas da noite anterior. Envergonhada, saiu da cama entre os braços dos gêmeos silenciosa, recolheu suas roupinhas do chão e retirou-se do quarto sem despertá-los.

Quase às duas da tarde, quando Rodolfo e Rodrigo acordaram, mal podiam olhar-se na cara de vergonha. Embora tudo fosse meio confuso, eles sabiam que romperam barreiras juntos, lado-a-lado, mais de uma vez compartilhando o mesmo ponto do corpo de Melissa - e não estou falando somente da boquinha da morena: onde dava para meter na prima, eles meteram ao mesmo tempo.

A casa estava vazia, não encontraram Irenita nem Melissa. Concluíram que a mãe já havia ido deixar a prima na rodoviária. Melhor assim, depois da maneira como abusaram da prima juntos, seria muito constrangedor fingirem que nada acontecera. Por outro lado, ambos sentiam um vazio dentro de si, uma ausência, uma saudade que tinha nome: Melissa.

Durante os meses seguintes, Irenita nem podia acreditar, mas os gêmeos pararam de brigar e até começaram a combinar umas saidinhas juntos. Nem pareciam os mesmos, Rodrigo e Rodolfo agora pareciam… Irmãos?

Mas isso era apenas temporário, Irenita sabia, mero fruto daquela noite de Natal extraordinária que ela organizou com tanto esmero. Por isso Irenita sentiu-se tão feliz quando Melissa bateu à sua porta novamente numa tarde chuvosa de março, com a barriguinha já saliente em suas roupinhas justas.

Agora era pra valer, Melissa fora expulsa de casa e vinha pra ficar! Tudo fruto daquele afrodisíaco potente que Irenita propositalmente adicionou à tradicional receita do ponche natalino!

Quando os netos Rolando e Ronaldo nasceram, ante a impossibilidade de definir quem era o pai porque o DNA de Rodrigo e Rodolfo era idêntico, Irenita fez com que cada um registrasse um deles como seu filho legítimo.

E assim, criando os meninos conjuntamente e dividindo Melissa na cama, por fim, terminou a rivalidade entre os gêmeos.

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