Diabos! - Fodendo Pela Doutrina Samurai

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2217 palavras
Data: 10/10/2023 18:40:47

Para morrer, basta estar vivo. Esse ditado é comum entre os mortais porque na verdade eles não sabem de porra nenhuma das mumunhas da vida após a morte.

Depois de ser condenado ao loop temporal para não atrapalhar os planos de domínio absoluto de dois seres sobrenaturais sobre a humanidade, Nathaniel o Anjo Fogoso e Aélis a Demônia da Luxúria, eu já quase morrera duas outras vezes, apesar de já estar morto e ser um capeta foragido dos infernos.

A responsável pelas tentativas de assassinato? Esse é o lado mais curioso, em ambas vezes foi uma diabinha tesuda com quem eu tinha um teretetê até legal e que também fora condenada ao loop temporal pela mesma razão que eu.

Na primeira oportunidade, enquanto eu fodia uma guerreira zulu noite afora transformado em deus leão, ela quase me apunhalou. Na segunda, eu comia Mata Hari, a espiã mais famosa do mundo, apoiada contra a parede de um navio durante a primeira guerra mundial - e por pouco a diaba não conseguiu me estrangular usando golpes baixos sexuais.

Nestas ocasiões, meu próprio castigo foi minha salvação: o loop temporal fez com que me esfumasse dos corpos que ocupava poucos segundos antes de eu morrer de novo, teletransportando-me aleatoriamente para outro ponto no tempo-espaço.

Desta vez eu vim dar num bosque bem ao amanhecer. Para dizer a verdade, aquilo estava mais para um bambuzal, mas, como tinha uma que outra árvore, eu chamei de bosque. Para variar, cheguei usando somente a minha aparência regular de capeta foragido do inferno, despertei naquela manhã com minha aparência azul translúcida, insubstancial e invisível aos olhos humanos, com a piroca grande e sempre tortinha para a direita.

Apesar de uma densa neblina matinal que tardava a levantar-se daquele bambuzal, pude ver próximo dali uns vultos se movimentando. Pelo visto estavam apenas acordando, já que se espreguiçavam e fizeram uma pequena fogueira para esquentar o chá. Agucei meus ouvidos para ver se entendia sua conversa e, para minha surpresa, descobri logo de cara onde eu estava: eles falavam o bonito japonês do final do século dezessete.

O melhor de um grupo falando japonês é que só são encontrados em dois lugares da terra: no próprio Japão e numa excursão turística. Bem, no final do século dezessete ainda não haviam agências de vendendo pacotes de viagem, logo, eu estava na terra do sol nascente!

Quando começaram a servir a sopa matinal, meu estômago roncou alto e só aí me dei conta de que fazia dias que eu não comia. Nem pensei muito, fui pulando em cima de um cara grandão que estava mais perto e tomei posse de seu corpo, só para tomar a sopa.

Quando o líquido quente entrou em minha boca eu entrei em ebulição, aquilo não estava quente, estava fervendo, era como beber lava fresquinha do vulcão! “Puta que os pariu!” - gritei atirando a cumbuca longe. Um sujeito que devia bater no meu ombro veio todo nervosinho me repreendendo.

- Ô grandão, tu tá maluco, mermão? Como é que tu dá um grito assim logo de manhã? Tu quer morrer é? Vai beijar o capeta?

- Ei tampinha, calma aí, véi. Qual é a tua?

- Tampinha é a venerável senhora sua ancestral! Nós estamos com as tropas do imperador em nosso encalço e tu fica gritando para quem quiser ouvir? Tu vai matar a todos nós!

- Eh… Foi mal aê… Dá pra me explicar o que está rolando?

- Mas tu é burro mesmo, hein grandão? Eu já te expliquei mil vezes. Sujou geral, a casa caiu, tá ligado? O imperador decretou o fim dos valorosos guerreiros samurais e estamos sendo caçados por não aceitarmos este ultraje!

- Porra, nós somos samurais? Que maneiro!

- Cara, tu tá estranho pra caralho hoje, parece que ficou mais estúpido que o normal. Olha, se liga na missão, se a gente vacilar vai virar sushi. Por via das dúvidas, é melhor colar comigo, assim eu evito que tu faça alguma merda.

Eu achei esse tampinha meio metidinho, mas confesso que foi um alívio ter alguém que sabia das paradas ao meu lado. Por sobre nossos kimonos bordados com cenas de guerra, vestimos as armaduras de couro e penduramos as duzentas armas que todo samurai carrega. O baixinho ficava implicando todo o tempo, dizendo que eu estava fazendo tudo errado e fora dos rituais pré-estabelecidos pelo mestre.

Só quando a neblina terminou de levantar e nos pusemos em marcha é que eu percebi: éramos muitos samurais nos esgueirando silenciosamente em meio ao bambuzal - quer dizer, eles iam silenciosamente, eu dava topada a cada cinco minutos e me espetava seguidamente nas farpas dos bambus, assim que o silêncio não era lá meu ponto forte naquela manhã.

Somente quando saímos dos bambus e atingimos um arrozal é que eu pude perceber a real dimensão das nossas tropas: éramos mais de cem samurais avançando no campo. Porra, pra aquele medinho todo? Tipo, cem samurais bem treinados e fortemente armados, quem era o maluco que ia se meter com a gente? O bonde tava na pilha e com sangue nos zói, véi, não tinha pra puliça ali não, os irmão ia passá tudo na bala, quer dizer, na espada!

Subimos sorrateiramente uma colina, como somente os samurais japoneses sabem ser sorrateiros - peraí, tem um erro aqui, os ninjas é que eram sorrateiros… Enfim, não importa, nós éramos japoneses, logo, sorrateiros por natureza! Além do mais, eu adoro essa palavra, “sorrateiro” - gosto do som, fico repetindo para mim mesmo várias vezes enquanto conto essa história, por puro prazer.

Desde o alto, podíamos ver na planície adiante as tais tropas do imperador, nosso inimigo. Mardita merda, os caras deviam ser mais de dois mil e carregavam espingardas e canhões. Nisso, um samurai ainda maior que eu e de armadura dourada, provavelmente nosso líder, começou a discursar:

“Companheiros! Há séculos os samurais combatem a tirania e a maldade - exceto quando servimos a senhores tiranos e malvados! O iníquo imperador sentado em seu palácio ordenou o nosso fim, mas nós somos o que somos e defendemos nosso direito de existir! Hoje, nesta planície, mandaremos uma mensagem clara de liberdade escrita com nosso sangue: Nós, os últimos samurais, viveremos para sempre!”

Mas que porra de discurso sem pé nem cabeça era esse? É certo que a turma se animou e começou a gritar e esbravejar, o objetivo era motivar e se via que havia funcionado. Mas se nossa causa era afirmar nosso direito de existir, porque caralho íamos nos meter numa batalha onde seríamos exterminados?

Sério, a vantagem deles era de vinte para um, os caras tinham armas de fogo e a gente só na base das faquinhas… Não existia hipótese em que unzinho dos samurais sobrevivesse, seria uma chacina! Olhei para o baixinho do meu lado e não pude evitar de manifestar minha preocupação.

- Mano, a gente vai se foder…

- Que nada! Vai ser molezinha! A gente vai acabar com a raça deles!

- Sei não… Ih, eu esqueci de enterrar as brasas daquela fogueira… Acho que vou voltar ao bambuzal para verificar, vai que pega fogo, né?

- Grandão, tu vai amarelar? Vai cagar no pau bem na hora da pancadaria?

- Eu? Não, que isso, imagina… Mas a gente bem que podia ir ver a fogueira, vai que pega fogo, né?

- Olha grandão, o que está em jogo aqui é a honra samurai! A única maneira de cair fora é fazendo Harakiri!

- Harakiri? Tipo enfiar uma espada na própria barriga e abrir de uma lado ao outro? Ô tampinha, aí tu me quebra. Não tem outra opção?

- Tu pode cometer um Kurukiri, também vale… É só enfiar uma espada no cú e rasgar de baixo pra cima!

- Porra mano, tem alguma escolha onde eu não enfie uma espada em mim mesmo? Tipo, dá pra sair vivo dessa enrascada? Porque olha só, se a gente se fuder lá embaixo, os samurais se acabam e não haverá ninguém para perpetuar nossa filosofia, sacou?

- Porra, é mesmo, eu não tinha pensado nisso… E o que você propõe?

- Então, eu tava pensando, quando a galera sair correndo morro abaixo, a gente dá meia volta e corre na outra direção!

- Mas grandão, isso não seria considerado covardia? Não afetaria a nossa honra?

- Que nada mano! Se a gente se dedicar a perpetuar a filosofia, nós seremos considerados para sempre os salvadores guardiões dourados máximos da arte samurai!

Funfou, não sei se o tampinha também estava se cagando feito eu, mas quando a porradaria ia começar saímos os dois em disparada rumo ao bambuzal. Uma vez lá, enquanto o pau comia depois da colina, eu propus de tirarmos as armaduras só para garantir de que ninguém nos confundisse com samurais e podermos escapar.

O baixinho ficou meio arretado, dizendo que ele era um samurai de fato e que eu era um bosta - tadinho, ele realmente havia acreditado naquilo de salvar nossa espécie! Eu achei meio fofo ele ficar reclamando enquanto tirava a armadura e, pior ainda, achei mais fofo quando tirou o capacete deixando seus longos cabelos negros como a noite cairem sobre suas costas até a altura daquela bundinha gostosa.

Quando retirou a calça da armadura, suas pernas torneadas pelos anos de exercícios e quase sem pêlos como costumam ser os japoneses me fizeram engasgar… Porra, a verdade é que o baixinho estava começando a me dar tesão, afinal, eu já não trepava desde o dia anterior.

Nós já estávamos os dois só de kimono e, se vocês já vestiram isso um dia, sabem que é praticamente impossível disfarçar uma ereção. O resultado é que minha barraca estava armada e o baixinho chegou a arregalar os olhos puxadinhos vendo o calibre do coiso debaixo do kimono curtinho.

Eu tentei ao máximo disfarçar, pois seria muita sacanagem enrrabar o cara depois de ter feito ele virar um covarde, mesmo eu sendo um capeta foragido do inferno - eu tinha lá meus limites e, além do mais, o baixinho era gente fina.

Daí, qual não foi minha surpresa quando ele retirou a faixa do kimono e o deixou aberto na parte da frente, descortinando uma bucetinha negra peludinha e uma gaze apertada que lhe espremia os peitos. Eu estava embasbacado vendo o tampinha deixar o kimono cair e retirar a tal gaze - e o resultado final era uma guerreira samurai baixinha e peituda, de cintura fina e bunda redonda, peladinha, ali na minha frente!

Caralho caralhudo, o cara não era um cara! O cara era uma mina! Quer dizer, eu me senti em “Grande Sertão: Veredas”, onde dois cangaceiros desenvolvem uma atração obviamente homosexual e depois um deles descobre que o outro é a Bruna Lombardi!

Pior ainda, obstinada em justificar nossa fuga da batalha com o pretexto de preservar a cultura samurai, a baixinha veio em minha direção com uma expressão séria, me deu um golpe de judô e nos derrubou no chão do bambuzal, ficando por cima de mim.

Eu estava atônito e um milhão de perguntas me vinham à mente, mas a baixinha era rápida e muito ágil, numa fração de segundo já tinha as coxas ao redor de meu ventre, segurava meu pau entre seus dedos, posicionando-o na entrada de sua peludinha enquanto rosnava entre dentes: "Quieto, grandão, não fala nada! Fica quietinho! Apenas me fode e faz um filho pra gente garantir que os samurais nunca deixarão de existir!”

Olha gente, eu podia me gabar aqui dizendo que comi a última dos samurais, que era uma japonesinha tesuda de peitos grandes e que rebolava numa piroca com uma disciplina marcial enquanto retinha meus pulsos presos por suas mãos pequenas e decididas, vendo seus olhos fechados de prazer ao sentir a rola do capeta pulsando em brasa na sua bucetinha úmida a tal ponto de me lambuzar o saco. Só que…

Na verdade, foi assim mesmo como descrevi, mas não entendam que eu a possui, não, nada disso, foi ela quem me possuiu. Acho que o tesão acumulado por anos passados junto aos samurais sem poder foder ninguém aflorou ali - e a guerreira praticamente me estuprou no chão do bambuzal.

Eu a vi gozar a primeira vez em poucos minutos, mas, ao contrário do que se esperava, ela não cessou seus movimentos e tornou a gozar uma segunda vez logo em seguida, ainda assim insistindo em continuar quicando cada vez mais impetuosamente na minha rola até gozar uma terceira vez.

A partir daí, a bichinha estava tão mole que já nem conseguia mais se esforçar, ficou só indo e vindo com a cintura e fazendo a bucetinha ensopada deslizar no cacete. Aquilo foi tão tesudo que eu não resisti e terminei enfim golfando em espasmos dentro da samuraizinha, que desabou logo em seguida sobre meu peito, acabada e esgotada de prazer.

Ao alvorecer, nossa guerreira despertou languidamente, mas quem estava ali já não era eu, mas sim o verdadeiro dono daquele corpo grandão que, confuso, não entendia como havia escapado da batalha, muito menos desconfiava quem seria aquela mulher gostosinha ao seu lado.

Depois eu li na história japonesa do século dezessete que os samurais foram exterminados numa sangrenta batalha que durou apenas cinco minutos, o tempo exato para as armas de fogo do imperador abaterem os cem últimos guerreiros daquela filosofia - mas nós sabemos que essa não era exatamente a verdade, não é?

Nota: Confira os capítulos ilustrados da “Saga Diabos!” em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Podia ter uma daquelas princesas virgens medievais, ou uma sumo sacerdotisa branca e pura que fossem defloradas na historia kkkk

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Curiosamente, acho que a única virgem desta história está no capítulo “Rei Leão e a Guerreira Zulu”. Já sobre a idade média, tem “Comi a Rainha e não era Xadrez”. Gostei da idéia da suma-sacerdotisa, isso pode dar uma série própria!

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Supostamente seu protagonista é um capeta, que parece ta evoluindo pra alguma outra coisa, enfim, na idade medieval ou na era das trevas abordada em Connan o Barbaro, existiam essas figuras que citei no comentário anterior, onde o destino delas sempre acabava por serem vitimas de um sexo bem violento com algum monstro ou guerreiro atros, ou vitima de algum sacrifício para alguma deidade maligna, bem pelo menos é isso que os filmes nos mostram quando essas não são salvas por algum "heroi" como sua historia não segue uma linha digamos convencional, acredito que o uso de tais figuras com tais artifícios seriam interessante, gosto também daquelas historias onde um senhor da guerra ork invade e domina um reino elfico e as elfas passa ser escravas sexuais dos mesmos e sofrem com toda selvageria, eu acredito que ai ja entra no bicho de fábula, mas são só idéias para sua versão um tanto quanto conturbada de "As Aventuras de Tex Avery" ^^

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Esse universo mais “violento” do erotismo seria melhor escrito por outro autor que conheço. São boas ideias para isso. Eu estou mais para o Tex Avery, como você brilhantemente percebeu.

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