Zóio - O Maluco

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2336 palavras
Data: 25/12/2022 11:50:51
Última revisão: 25/10/2023 15:04:34

Esse é um relato raro: a única vez que saí sozinho com o Maluco pra comer mulher. Quando jovens, era comum irmos de turma pra aprontar, mas algumas vezes saíamos em dupla, o que geralmente dava melhores resultados.

Só que com o Maluco eu não costumava ir, sei lá, simplesmente não me apetecia.

Não entendam mal, eu gostava de todos os amigos do bairro, mas a gente sempre tem mais afinidade com uns. Minhas primeiras opções eram o Perigo, o Atentado e o Florzinha. O Maluco, sei lá, ele não tinha esse apelido à toa. Quando ele estava na jogada, sempre fazia besteira - e sempre sobrava pra todo mundo.

O cara não batia bem da cabeça.

Naquela tarde de sábado, eu estava completamente liso, então eu me resignei a sair de casa e novamente ficar sentado no “bueiro”, uma manilha de água na entrada da rua, nosso ponto de encontro habitual. Tô lá de bobeira, aperto um baseado, dou uns tapas e fico viajando, até que o Maluco aparece gritando: “Ô CDF, me dá uns tapas nessa morra aí cara!”

Sim, o bueiro era o lugar ideal se você quisesse encontrar alguém para conversar, mesmo que fosse o Maluco.

Passei a bagana pra ele e disse que eu já ia vazar. “Vazar porra nenhuma! Vamos sair e caçar umas mulheres!” Esse maluco era sem noção mesmo, num sábado à tarde durante as férias, com a cidade vazia, o cara achava que encontraria bucetas dando sopa por aí. Respondi que estava duro e que naquela hora não tinha mulher disponível.

O Maluco insistiu, dizendo que sabia de um mocó aberto ali no bairro e que ele pagava um programa pra mim. Bem, sábado à tarde, sem nada pra fazer, alguém se oferece pra te pagar uma tiazinha perto de casa…

Você aceita, é claro, mesmo que esse alguém seja o Maluco.

Caminhamos duas ruas, entramos numa portinha de um edifício comercial, subimos uma escadaria comprida e estreita, lugar soturno, já num forte indicativo de que boa coisa não deveria ser.

Porque eu sou assim? Porque sempre me meto em roubada? Porque tive que aceitar justo o convite do Maluco?

Enfim, chegamos numa salinha bem pobre e lá só tinha uma garota, com cara de sono e sem nenhum atrativo digno de menção. O Maluco põe-se a negociar e, no final das contas, se a gente quisesse a pobre da tiazinha dava pros dois, mas cobrava mais caro.

Droga, eu já havia participado de um trio com a vizinha galinha e o Perigo, havia sido ótimo, mas, ir para a cama com o Maluco e uma tiazinha sem-graça não era lá a coisa mais excitante do mundo, principalmente porque eu já havia sacado: o Maluco não tinha grana e estava de onda, mas a esta altura havia metido na cabeça que iríamos comer a mina juntos.

Sinceramente, eu já estava aflito para ir embora, mas o cara tirou um cordão do pescoço, dizendo que era de ouro - eu tenho lá minhas dúvidas se era mesmo. A garota examinou o cordão e topou, mas estabeleceu que tinha que ser rapidinho e que só ia rolar coisinha, nada de chegar NEM PERTO DO COISINHO dela.

Não teve jeito, fomos os três para a cama, mas descobri que a mina até que era gostosa e já nem parecia com tanto sono. Foi como se ligassem uma chavinha nela, tipo “modo sexo ativado”: batia umazinha pra um e engolia o trem do outro, cavalgava um dos dois, gemendo e chupando o outro, logo se colocava de frango assado, com um entrando na coisinha e outro na boquinha.

Eu estava até surpreso, pois a coisa estava boa e o Maluco, comportado. Era bom demais para ser verdade…

A diversão durou somente até eu estar deitado, com a mina por cima de mim, eu chupando os peitinhos e me divertindo lá embaixo, ela sorrindo e me chamando de gostoso, quando o Maluco veio por trás e… Crau!

Enterrou de uma vez e sem aviso no rabinho da garota. A mina estrebuchou gritando mil palavrões em cima de mim, ela queria sair mas o Maluco a segurou pela cintura e seguia bombando com força, dizendo: “Esse cordão de ouro foi presente da minha vózinha, cê tá achando que eu vou dar ele a troco de nada? Cala a boca que eu vou te rechear de baba!”

Foi um furdunço só e obviamente fomos expulsos do estabelecimento. Depois dessa, nenhum dos dois estava habilitado a voltar naquele abatedouro, nem eu voltei a sair sozinho com o Maluco.

Contudo, o bairro não era lá um lugar muito grande, então um dia reencontrei com essa tiazinha. Ora, é público e notório, todo homem casado sabe que não deve pegar mulher no bar da esquina de sua casa, assim como todo rapaz deveria saber que não convém zoar com as minas da zona do bairro: você vai encontrar de novo com estas mulheres e a probabilidade de dar confusão é de 99%.

Fui na padoca da rua de baixo como fazia todos os dias, buscar leite e pão para o lanche lá de casa, minha função doméstica diária. Tô na fila do caixa e escuto uma vozinha atrás de mim: “Olha só Cleidinha, esse foi um dos babacas que me enrabou no sábado de tarde!”

Foi quase um vexame na fila da padaria onde eu ia todo dia, a mina do caixa se deu conta e ficou me olhando, com cara de reprovação. Como explicar que eu não intervim, primeiro porque ela estava em cima de mim e segundo porque o Maluco era maluco - e provavelmente ia terminar dando porrada em mim e na mina, se fosse contrariado?

Bem, o passado é como um oficial de justiça: sempre volta pra entregar uma intimação! No meu caso, estava justo ali, atrás de mim, NA FILA DA PADARIA!

Apesar de não ter enrabado a amiga da Cleidinha, não se pode dizer que eu não tinha culpa no cartório, pois afinal eu fui lá com o Maluco mesmo sabendo que alguma confusão iria acontecer.

“Ô mina, deixa disso, não fui eu quem te enrabou, foi o outro cara. Cês tão comprando lanche? Eu pago pra vocês, pode ser?” - ofereci mesmo sabendo que o enrabado agora seria eu, pois minha mãe não ia gostar nada quando eu voltasse sem o troco.

Paguei a conta e sentamos na mesa da padaria. Elas tomavam nescau e devoravam um pacote de rosquinhas açucaradas, e eu não pude deixar de fazer a observação infeliz de que, no final das contas, todo mundo gostava de comer “rosquinha”, ainda mais se fosse doce.

A tiazinha do sábado fez cara de fiofó azedo, mas a tal da Cleidinha caiu na gargalhada. A tiazinha repreendeu a amiga, dizendo que ela estava rindo porque não foi no brioco dela onde o Maluco meteu seu “coiso grandão", mas a Cleidinha respondeu sem nem pensar: “Ôxe menina, e tu já viu puta reclamar de tomar lá atrás? É melhor se acostumar, porque com uma bundinha como a sua, todo cliente vai querer comer sua rosquinha!”

“Cleidinha, Tú sabe das coisas… Quanto é que sai pra liberar a rosquinha?” - perguntei mais por curiosidade, porque dinheiro mesmo eu não tinha.

Cleidinha riu e fez cara de sacana, dizendo que isso dependia de dois números: o tamanho do meu “coiso” e o tamanho da minha carteira. Respondi que eu estava sem nenhuma grana, só tinha um saco de leite e dez pães, mas que meu apelido de “minhoquinha” já indicava: minha ferramenta não era uma das maiores do bairro.

Contrariando a teoria que desenvolvi com meu amigo Atentado, também conhecido como “Jumento” por razões anatômicas, para a Cleidinha, tamanho sim era documento: ela terminou aceitando o leite e os pães como pagamento, com a condição de que não passasse de dez minutos de diversão e que fosse só na rosquinha.

Nossa, isso de comer rosquinha é mesmo complicado, uma quer um cordão de ouro mas não pode chegar nem perto da rosquinha, daí você paga uma rosquinha para a amiga dela e a garota termina acertando dar em troca de um saco de pão e um litro de leite, mas só pode comer a rosquinha. Dá para entender?

Eu sei, é meio confuso, mas foi assim que eu cheguei em casa já de noite, sem lanche nem dinheiro, dizendo pra minha mãe que perdi a grana, depois de ter comido a Cleidinha por meia hora na zona do bairro - reparem que não foram só dez minutos, mas ela nem reclamou enquanto eu estava lá com ela de quatro sobre a cama metendo meu “coiso” no “coiso” dela, alargando as preguinhas restantes e tentando terminar em tempo recorde.

Bem, essa história da tiazinha e da Cleidinha bem poderia terminar aqui, mas o fato é que eu ainda voltei lá mais uma vez. Estou no bueiro do bairro, novamente com tesão e outra vez quase sem grana: na minha juventude era assim, cheio de disposição, mas sem dinheiro - depois a gente cresce e passa a ter dinheiro, mas aí já falta disposição, são as idiossincrasias de vida.

Já era quase hora do lanche, quando meu amigo Capeta apareceu, querendo filar bóia. Juntamos os trocados e dava para um lanche na padoca, então decidimos ir até lá matar o tempo. No caminho, lembrei-me da história da Cleidinha.

Nessa época, a história de quando o Maluco descolou uma zona ali perto e estragou o coisinho de uma tia a contragosto já era conhecida de todo mundo, pois o cara não sabia fazer nada no mocó. O que ninguém sabia (e eu aproveitei para contar ao Capeta), foi do desenrolar dos fatos, quando encontrei a mesma tiazinha na fila da padoca, junto com uma amiga sua chamada CLEIDINHA e terminei comendo ela por trás pelo módico valor de um saco de leite e dez pães.

Como todo rapazinho, ao ouvir uma história que juntava tiazinha, coisinho, leite e pão, o Capeta ficou atiçado. Quando chegamos na padoca, ele já havia me convencido a desviar o caminho e ir na zona pra ver se a Cleidinha estava por lá.

Eu nem era tão assim de comer tiazinha, mas a falta do que fazer é a oficina do diabo e, já que eu estava acompanhado do Capeta mesmo, acabei topando.

Chegamos lá na portinha lúgubre, subimos os dois lances da escadinha estreita, batemos na porta e, ao entrar, só estava a tiazinha que o Maluco havia arrombado. Ela ficou olhando para mim com cara de fiofó azedo ao lembrar daquela confusão.

Conversa vai, conversa vem, ela diz que agora dava o rabinho sim - ora, ora, ora, toda aquela lenga-lenga de não dar o furico e agora ela havia agregado mais um prato ao menu? Pelo visto, o episódio com o Maluco nem foi tão trágico assim.

Eu até me animei, seria uma espécie de vingança dar uma enrabada na tiazinha que espalhou injustamente na padaria que eu havia comido o seu coisinho, sem que eu houvesse feito isso. Se eu já levara a fama mesmo, então agora iria deitar na cama.

Contudo, a tal tiazinha deve ter lido meu pensamento, pois acrescentou ao final que comigo não tinha conversa, ficou fazendo fiofó doce e dizendo que só ia com o Capeta. Coitada, ela não conhecia o Capeta e nem tinha ideia do tamanho do troço dele.

Como a gente faz tudo pelos amigos, dei meus trocados para inteirar a diversão do Capeta e eles foram lá para o quartinho. Eu fiquei na sala, esperando e ouvindo a mina sofrer com o Capeta entalado na rosquinha - sério, pelo que eu podia ouvir, entalou mesmo, a tiazinha pedia para o Capeta tirar, mas ele não conseguia, então ela contraia mais ainda o seu “coiso” e daí o “coiso” dele não saia de jeito nenhum.

De certa maneira, eu começava a sentir-me vingado, mesmo sem ser eu o enrabador diabólico.

Eu estou quase me mijando de rir na ante-sala quando alguém abriu a porta. Era a Cleidinha, chegando para trabalhar! Ela olhou para mim, riu e perguntou: “E aí moleque, veio trazer leite e pão, ou veio só fazer o lanchinho da tarde?”

Expliquei para Cleidinha a situação: como a tiazinha com cara de fiofó-azedo não iria dar para mim, eu estava só esperando o Capeta terminar.

A Cleidinha era do babado, tia experiente apesar de seus poucos anos, ficou pensando e logo me respondeu: “Tem erro não moleque, vamos lá no quartinho que tu vai me comer, vai comer a outra mina e eu ainda vou fazer ela dividir a grana comigo!”

Justo no momento em que o capeta conseguiu desentalar de dentro da tiazinha, a Cleidinha já foi abrindo a porta e fazendo barraco, dizendo que quem mandava naquela porra era ela, que tiazinha de verdade não rejeita cliente e que a gente ia entrar naquela bagunça.

“Se tu não quiser, pode sair e eu fico com a grana toda” - acrescentou para a outra mina.

Ora, a garota já havia levado o Capeta dentro do rabo, o que mais podia fazer? Ficar no prejuízo ou dar para mim também? Pois eu comi a rosquinha Cleidinha com gosto e, depois que o Capeta gozou, ainda enrabei a tiazinha com cara de fiofó-azedo, mas eu fiz com todo jeitinho, colocando ela de ladinho e entrelaçando nossas pernas para não doer muito.

Na saída, a tiazinha com cara de fiofó-azedo veio toda montada nas sandálias da humildade, dizendo: “Foi mal, você até que sabe como fazer analzinho sem machucar… Quando quiser um lanchinho, volta aí que eu sirvo!”

Eu sei, isso é tesudo, mas comer tia é estranho. Sinceramente, eu não repetiria. Mas, e se eu me visse desesperado por falta de mulher?

Comeria uma tiazinha outra vez, ou meus valores morais pensariam mais fundo? E o sexo anal? Acharia novamente alguma mina que curtisse isso, ou haveriam só as tiazinhas para praticar mais?

Como é duro ser inexperiente, há tanto por fazer e por descobrir…

Nota: Confira os capìtulos ilustrados da série Zóio em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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"Mais já que estava acompanhado do Capeta mesmo..." Kkkkkk eu racho cm esse mlk🤣🤣🤣🤣🤣🤣

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Muito bom! Quero ver a continuação.

Eu fiz outros contos, quando puder dá uma olhadinha e diz o que achou :)

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A continuação não demora, obrigado!

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Sensacional! Ansioso pela continuação

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Já está quase finalizada, vale esperar!

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