Meu anjo (4/5)

Da série Meu anjo
Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Gay
Contém 982 palavras
Data: 01/08/2025 09:39:23

Oi, Anjo.

Eu sei que já escrevi muita coisa que te faria queimar se tivesse asas de verdade, mas preciso continuar.

Se eu não colocar tudo aqui, parece que o peso vai estourar dentro de mim.

Essa semana começou com o Victor batendo na minha porta no meio da noite. Ele entrou sem nem esperar eu abrir direito, jogou o boné na mesa e desabou no sofá.

— Mano, briguei com o Vinni.

Meu coração acelerou de um jeito que até doeu.

— Como assim? O que rolou?

— Sei lá… ele tá distante. Frio. Parece que tá com a cabeça em outro lugar. — Ele passou a mão no cabelo e bufou. — A gente discutiu por nada.

A “cabeça em outro lugar” era minha cama.

E o “nada” era eu.

Tentei parecer neutro.

— Vocês se gostam, isso vai passar.

Ele me olhou com aquele olhar de confiança cega que sempre me desmonta.

— Eu sei… mas às vezes eu tenho medo de perder ele, sabe?

Doía ouvir aquilo.

E, ao mesmo tempo, uma parte suja de mim se excitava.

Porque eu sabia que Vinni é dele, mas também era meio meu também.

Dois dias depois, Victor aparece com uma ideia animada:

— Bora pra praia no fim de semana? Eu, você e o Vinni. Preciso relaxar.

Eu aceitei na hora, fingindo normalidade. Na minha cabeça, só um pensamento girava: vai dar merda.

Mas a parte do meu corpo que fala mais alto queria mesmo que desse merda.

Chegou sexta-feira.

Pegamos o carro do Victor, cheio de tralhas: cooler, toalhas, caixinha de som.

A estrada era curta, mas suficiente pra me deixar nervoso.

Victor cantava desafinado, eu ria, e Vinni me olhava pelo retrovisor de vez em quando, com aquele sorriso que queimava por dentro.

A casa na praia era simples, cheirinho de madeira e maresia.

Sol forte, céu limpo.

Deixamos as coisas, abrimos cerveja e fomos direto pra areia.

Victor se jogou na cadeira, fechou os olhos pro sol.

Eu e Vinni molhamos os pés na água.

Quando a espuma tocou meus tornozelos, senti o dele roçar de leve.

Olhei pro lado.

Ele sorriu, cúmplice.

No sábado de manhã, o telefone do Victor não parava de tocar.

Ele saiu da cozinha reclamando, atendeu no quintal e voltou com a cara fechada.

— Merda.

— O que foi? — perguntei, tentando soar inocente.

— Deu problema no escritório. Tô sendo chamado pra resolver agora.

— Vai ter que ir embora? — perguntei, fingindo surpresa.

— Vou. Mas vocês ficam, né? Amanhã cedo volto pra aproveitar o dia e buscar vocês.

- Tem certeza que não quer que a gente volte contigo?

- Serio, não precisa, amanhã eu to de volta.

Olhei pra Vinni.

Ele mordeu o lábio, disfarçando um sorriso.

Eu senti o estômago gelar e o pau dar sinal de vida ao mesmo tempo.

Assim que o carro do Victor sumiu na esquina de areia, o silêncio caiu sobre a casa.

Silêncio pesado, carregado.

Eu e Vinni nos encaramos por uns segundos.

— Então… só nós dois agora — ele disse, andando devagar até mim.

Não teve conversa racional.

Ele me puxou e me beijou ali mesmo, na varanda, com o vento quente da praia passando por nós.

A língua dele entrou na minha boca e eu gemi baixinho.

As roupas caíram pelo caminho.

Entramos no quarto rindo, tropeçando, mas o riso logo virou gemido.

Eu chupei ele primeiro, deitado na cama com a luz do sol batendo na pele morena.

Passei a língua devagar, senti ele enrijecer mais e mais na minha boca.

Ele segurava meu cabelo e gemia baixo, como se alguém pudesse ouvir, mesmo longe de tudo.

Depois ele me virou de costas e lambeu meu corpo inteiro.

A barba raspando na minha lombar me fez arrepiar. Quando ele me abriu com a língua, eu perdi o fôlego.

— Porra, Vinni… — gemi, mordendo o travesseiro.

Ele colocou camisinha, passou lubrificante, e entrou devagar dentro de mim.

O calor, o aperto, a sensação de ser completamente tomado…

Eu gemi alto, sem me importar com nada.

Ele começou devagar, depois acelerou.

Cada estocada fazia a cama bater na parede. O som do mar lá fora misturado com o barulho do sexo era surreal.

Gozei primeiro, espirrando na cama e na minha barriga.

Ele gemeu meu nome e gozou dentro da camisinha logo depois, caindo por cima de mim.

E não parou por aí, Anjo.

A gente transou de novo depois do banho. E depois na cozinha.

Também fizemos no sofá, com a porta aberta e o vento da praia batendo no nosso corpo nu.

Eu já não sentia culpa.

Só tesão, só vontade de mais.

A praia virou nosso esconderijo, e cada canto da casa virou cenário.

No domingo, acordei com ele me chupando.

Gozei na boca dele enquanto o sol entrava pela janela.

Ele subiu pra me beijar, o gosto do meu gozo misturado com o dele.

Mas aí o perigo chegou.

Um barulho de carro na entrada.

Victor.

Corremos pra vestir qualquer coisa.

O quarto ainda cheirava a sexo.

O lençol úmido, a camisinha no chão, o corpo ainda suado.

Victor entrou sorrindo, trazendo pão e café.

— Dormiram bem? — perguntou, inocente.

— Bem demais — respondi, sentindo o rosto esquentar.

Ele subiu pra pegar uma toalha e entrou no quarto errado.

O quarto que ainda tinha a prova do nosso fim de semana inteiro.

Ouvi ele parar, silêncio por dois segundos… e depois fechar a porta.

Desceu como se nada tivesse acontecido.

Falou do trânsito, do pão quente, de como o dia está bonito.

Eu sei que, naquele momento, a culpa já não existia.

Só a lembrança de Vinni dentro de mim, e a vontade de ter de novo.

Esse foi o fim de semana em que eu matei o resto do meu anjo da guarda.

O fim de semana em que eu decidi que prazer vale mais que arrependimento.

E foi isso, Anjo.

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Comentários

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Lendo estas tesudas postagens com intenso tesão . . . Aguardando ansioso p continuação, quem sabe um *momento trisal* !

Valeu as três merecidas estrelas e um dez.

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