Clube dos Otarios: Professor bom é aquele que te fode sem dó

Um conto erótico de Duque Chaves
Categoria: Homossexual
Contém 2298 palavras
Data: 06/05/2020 00:49:35

Os cinco estavam indo para o local que estariam marcados. Romeu chegou primeiro, e ficou sentado em uma das cadeiras que estava à frente de um telão, a sala era mais um depósito de cadeiras e armários que não lembrava nada do que uma própria sala de música, o que era antes.

Romeu tentava ligar o celular, mais o sinal ali não tinha. Ele ficou calado e pensando em como tomaria as suas precações sobre o assunto delicado em suas mãos.

Se seu pai soubesse disso, ele estava mais que ferrado. Seu pai, sua mente revirou bem ao longe, sobre as acusações do seu pai, mais um escândalo desse e seria o fim da vida de Romeu.

- Não, eu vou descobri quem é.

- Eu pensando que seria apenas eu nesse recinto. – Disse Richard ao chegar no local e dar de cara com Romeu.

- O que? O que está fazendo aqui? – A pergunta de Romeu tentou sair confiante. O que foi falha na tentativa.

- A mesma coisa que vocês dois. Provavelmente. – Respondeu Dominik ao chegar e ver os dois.

- Pronto, quem mais vai aparecer para essa convocação estranha, as três da manhã. – Resmungou Romeu.

- Acho que eu. – Alison apareceu acanhado. Vendo seu celular que não tinha sinal.

- O negócio vai ser bom. Até o catador de lixo veio. – Disse Richard encarando Alison, que deu dois passos à frente, mas se controlou.

- Estou mais interessado em quem colocou todos nós aqui, do que esse seu comentário imbecil e preconceituoso. Cheirador de pó.

Richard nem ao menos rebateu, todos no campus sabiam que ele curtia um pó e sempre comprava mais, quando estava em abstinência.O moreno deu de ombros e se sentou numa das cadeiras de madeira.

- Então o circo chegou e não me convidaram. – a voz de Benjamin fez os ossos de Alison tremerem de raiva. Mais ele dizia a si mesmo que teria volta.

- Até você viadinho. – Disse brincando ao ver Richard.

- Somos parceiro até nisso. – Os dois comprimentaram..

- Tá, então temos um grupo bem específico aqui. – Romeu começou a falar logo que sentou e virou a cadeira para eles. – Um cheirador de pó, o catador de lixo, desculpas, o estranho, eu e o dono do campus. Nada em comum em nós cinco.

A tv ligou sozinha e os cinco meninos pularam de medo.

- Vai começar agora os jogos mortais? – Perguntou Dominik rindo nervosamente.

Benjamin e Alison reviraram os olhos. É uma voz saiu da Tv. A Web Cam em cima da mesma, ligou e seu ponto vermelho apareceu.

“Sente-se Otarios. Que vou explicar o jogo”

- Jogo? Que jogo? – Perguntou Romeu chegando próximo a Tv.

“Sente-se Otarios. Que vou explicar o jogo”

- Senta ai puto. – Richard disse para o amigo Benjamin.

Todos sentaram. Richard na ponta esquerda, logo em seguida vindo Romeu, no meio Alison, logo Benjamin e depois Dominik.

- Todos os cincos foram convocados, porque todos tem um segredo a esconder, um segredo que eu tenho a posse. E todos querem uma válvula de escape. Sendo ela uma vingança, um recomeço, manter seu stattus.

A voz do outro lado era fria, não era mecânica, parecia realmente alguém estava do outro lado, um ser humano que queria brincar.

- Eu não vim aqui para um jogo, vim para resolver um assunto muito...

- Importante. Sabemos disso, filho do governador. – Respondeu num tom brincalhão a voz. – Eu sei porque está aqui. Sei muito bem que o senhor está desesperado, porque não pode perder seu valioso brinquedo.

Romeu ficou calado e acoado. Sua mente o deixou em branco e ele ficou estatelado.

- Vamos a esse jogo. – comentou Benjamin, ele não iria ser controlado por um idiota que o chamava de Otario. – O que fazemos para ter nossos segredos guardados e ganhar esse jogo?

Do outro lado a voz riu, e um frio subiu na espinha de todos os cinco garotos.

- Você acha que vai ser fácil? É um jogo, um experimento. Primeiro eu quero saber o medo de cada um, e logo farão a primeira tarefa.

- E se a gente não quiser? E se recusarmos isso? Não tem como você...

A voz sorriu novamente de um jeito frio.

- Isso Alison, me mostre esse lado sombrio. Me mostre esse lado que você esconde. – A voz aumentou a entonação de emoção. – Vai ser divertido jogar com vocês. Meus bonecos Otarios. Se não fizerem isso, eu comando e tenho acesso a todos o Vargas Segurança. Eu sei de tudo, eu vejo tudo. E posso abri a caixa de Pandora e revelar seus maiores segredos. É bom... adeus vida perfeita. Se um não cumprir minhas tarefas, todos vão pagar.

Benjamin encarou Richard e os dois se levantaram.

- Porque a pressa? Imperador e Rei? Não agrada meu jogo? – a pergunta veio sarcástica.

- Não vamos ficar aqui vendo um palhaço querer brincar com a gente. Se tivesse mesmo nossos segredos, não estaria ameaçando o querendo jogar. Queria dinheiro ou algo a mais. – Benjamin rebateu friamente.

- Como diz um dos meus filmes favoritos, Alguns homens não procuram nada lógico como o dinheiro.

Eles não são compráveis, ameaçavéis, razoáveis ou negociáveis.

Alguns homens só querem ver o circo pegar fogo. – Ele respirou bem fundo – Eu quero ver esse circo pegar fogo.

- Vamos embora daqui. – disse Richard ao outros três.

Romeu e Dominik se levantaram, mais Alison ficou olhando a Tv desligada.

- Já que querem... assim será.

Começou a aparecer Benjamin se beijando com um rapaz, num vídeo quente que foi gravado no carro do garoto. E mostrava bem a imagem dele com o do rapaz. No carro deles.

A tela se dividiu em dois e o contato de Bruna apareceu em vídeo chamada...

- Não... não.. você não faria isso.

- Vocês todos estão em minhas mãos.

- Desliga essa porra. Desliga. – Gritava Benjamin para seu amigo.

- Professor desligando.

O vídeo parou bem na hora em que Bruna atendeu a ligação via chamada de vídeo.

Alison e os meninos encaravam a Tv desligada. E vendo que não seria nada fácil.

- Estamos muito ferrados. Muito ferrados. – Dizia Romeu andando de um lado para o outro na casa de Benjamin.

O garoto não tinha escolhas, já que todos ficaram abalados. Ele resolveu conversa sobre o que aconteceu em sua casa. Onde era seguro, ou quase.

- Da para alguém falar a boca dele. – Richard esfregava as têmporas, devido a sua pressão ter subido.

- Você viu o que ele iria fazer com o Benjamin? Ele tem todos nossos segredos. – Romeu gritou para todos os quatros ouvirem bem. – Se ele iria ferrar ele, quem seria o proximo? Eu não posso ter meus segredos revelados. Não agora...

- E acha que a gente teria chances? – Dominik encarou Romeu. – Estamos todos nesse barco furado, se não trabalharmos juntos para sair dele, podemos marcar nossos funerárias.

- E vamos concordar que segredo chulo foi esse Benjamin? – A voz debochado de Alison percorreu os ouvidos do loiro que encarou o maior. – Poderia envolver sua namora nessa brincadeira, já vi relacionamento a três derem certos.

- Cala a boca seu porco. Se isso vaza, eu to dando adeus a minha vida. – Rebateu o loiro.

- Nossa, o mundo perfeito do milionário, preste a assumir a faculdade mais bem vista da América Latina está quase para afundar porque ele é bixessual. Nossa, que problema você tem nas mãos em. – Alison estava provocando o loiro, ele estava se deliciando a cada momento que via o loiro sem saber o que fazer.

Benjamin jogou uma cadeira para longe.

- Ei.. vamos manter a calma. – Richard se levantou e ficou entre Alison e Benjamin. – Se esse tal de Professor tiver mesmo nossos segredos, temos que jogar esse jogo. Não nós gostamos e muito menos queremos ser amigos.

- Falou algo sensato em toda sua vida até agora. – Rebateu Romeu ironico.

Richard novamente deu de ombros.

- Então vamos jogar juntos. Ninguém aqui vai ser amigo de ninguém. Mais temos um inimigo em comum, que pode ouvir e controla tudo nesse campus. – Ele apontou para o Vargas Segurança. – Então, vamos esperar, ver o que vai ser essa porra de primeira tarefa e pronto.

Silenciosamente os 4 concordaram. Já que não teria outra chance, ou ainda não veriam outra saída.

Romeu, Dominik e Alison saíram da casa de Benjamin.

- Porque não disse isso para mim? – A pergunta de Richard, fez Benjamin encarar o amigo.

- O que, o que eu tinha que falar para você? Que sou bixessual, que se não tiver um namoro e casamento perfeito com Bruna, eu vou parar num manicômio ou num porão. A mando de minha mãe?

- Eu sou seu amigo. Seu melhor amigo, eu acho. – Richard nem tentou abraçar Benjamin. Ele se levantou e andou. – Deveria ter me contato, teríamos dado um jeito. Benjamin. Mais sei que está estressado e não vai me ouvir ou pensar direito. Volto amanhã.

Benjamin não ligou e voltou a sentar no sofá. Sendo deixado por um Richard saindo em sua moto.

Benjamin pegou seu cigarro e começou a fumar e tomar suas cerveja. Alguém sabia dos seus segredos e viria ele se destruir. A sua mente imaginou esse tal de professor rindo de sua cara naquele momento e o litrão em sua mão voou até a parede mais próxima e espatifou.

Dominik era um cara bastante sensível. Só depois de pelo menos 4 horas, a sua fica caiu. Que ele estava muito fudido, que ele estava mais ferrado do que antes.

Dominik passou pelos 4 estágios.

O primeiro era a negação, o segundo foi acreditar, o terceiro foi a raiva e o quarto foi aceitar.

Ele gritou, chorou, berrou e quebrou seu abajur de tanta raiva. Choro as músicas de Lana De Rey e Amy Whinehouse, colocando as mais tristes que ele achou.

Ele tinha acabado de vencer na vida, o sol estava brilhando para ele, mais tudo tinha mudo, agora sua vida foi começado a jogar no fundo do poço, só que em câmara lenta e sem poder se agarrar em nada, para se desacelerar.

- O que vou fazer agora? O que realmente eu to fazendo?

Ele olhava para a janela de seu quarto para fora, já era quatro e quarenta da manhã e nada do sono. Ele o abandonará, como seus pais o tinha abandonado.

Ele colocou sua camisa, ele tinha vergonha de suas marcas, ele tinha vergonha até de si mesmo. Sua auto estima não era tão alta. Já que sempre investiu em pessoas que não era tão boas para si.

É isso prejudicou muito a saúde mental e física de Dominik, que não conseguia mais dormi de luz apagada, a não ser com seu abajur, que agora estava quebrado e jogado no quanto escuro do seu quarto.

E para completar Pedro estava de volta. Ele teve tanto ódio do garoto, que poderia matar ele ali em sua frente. Mais não conseguiu quando seus lábios encostaram os seus. Era difícil acreditar que ele o beijou. Mais ele estava ali na sua frente, num beijo que o fez sentir mais confuso e enjoado de ter encostado em Pedro.

Ele resolveu pegar seus fones de ouvido e andar naquela madrugada, para seu cérebro se cansar e enfim dormi.

Alison não pregou os olhos e por causa disso, ele não conseguiu ir para sua aula e inventou algo para seu gerente, para não poder ir trabalhar. Ele tinha vomitado depois que saiu dali. Seu corpo tremia e seu coração disparava.

Se fosse para ferrar com Benjamin era o motivo de estar ali, agora seria sua prisão não desejada. O garoto estava fudido. Disso ele sabia e bem, todos os cincos estavam num ninho de rato, e ele não sabia se poderia confiar nos outros dois. Mais sabia que Richard e Benjamin fariam de tudo para ter seus segredos guardados a sete chaves.

Ele andava de um lado para o outro em seu quarto, e volta e meia estava olhando para o quadro de sua mãe o carregando quando criança.

Richard estava impaciente e naquela madrugada, resolveu sair e andar pelas ruas do campus, naquele horário, não tinha ninguém. Não teria ninguém para o atrapalhar ou vigiar. Ele poderia pensar.

Ele estava escutando a mais alta música. Em seus fones de ouvidos e corria o mais rápido possível, até ele chegar perto da torre do grande relógio, quase perto da pequena floresta do campus. Ele gostava daquela torre, as badalas a meia noite. Meio dia, poderiam ser ouvidas por todo o campus. Ele parou e encarou o relógio. Mais só depois de três longos segundos, que ele percebeu que tinha alguém na janela, sentada e encarando o chão.

- Ele vai pular? Não. Ele não pode...

Richard não sabia quem era, mais não deixaria isso acontece. Ele gritava e berra para a pessoa não pular dali. Rapidamente Richard correu para a entrada da torre do relógio. Os portões de madeira estavam encostado. Ele disparou para aonde estava a pessoa.

Corria as escadas de madeiras e subia aos tropeços para salvar a vida da pessoa, ele estava seguindo a adrenalina em seu corpo. Seguindo o que seu extinto estava pedindo.

Ele chegou de mansinho aonde a pessoa estava. O rapaz estava de costa. E ele tinha a impressão de ter visto esse garoto antes, ele chegou perto, sem ser notado, até agarrar no último momento o garoto que queria se jogar.

- Não era para você ter me salvado. – Respondeu o garoto que era familiar, gritando e quase socando seu salvador

- Eu não iria deixar alguém morrer enquanto eu passeava.

A luz da lua Richard viu o garoto, ele era gordinho, seus cabelos ondulados negros e o aparelho na boca fazia os lábios ficarem maiores, pele morena e olhos castanhos escuro. O garoto estava vestido uma camisa preta sem estampas e shorts marrom. O gordinho rapidamente saiu dos braços de Richard e desceu correndo as escadas. Sem nem ao menos agradecer e Richard ficou ali parado olhando o garoto correndo dele.

Sua mente martelava que aquilo não era coincidência.

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