Longe do Zóio mas Perto do Cuzín (10)

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 1980 palavras
Data: 26/02/2023 11:13:14

Este poderia ser um sábado qualquer lá no exterior, onde iria com minha amiga venezuelana a mais um almoço qualquer, na casa de um casal qualquer, fumar um baseado qualquer, tomar cerveja e ficar desembolando um assunto qualquer, mas não foi nada disso.

Íamos na casa de outra brasileira, uma que só havia visto uma vez, quando fomos ao cinema e terminamos nos punhetando. Havia sido uma coisa de momento, dessas que não dá para explicar, ficamos tão sem graça depois do ocorrido que nunca mais nos reencontramos. Melhor assim, pois a mina era casada e eu não estava a fim de rolo para o meu lado.

Estamos no metrô nos dirigindo a um bairro chique e a venezuelana vai me situando. O marido da brasileira era um porre, obrigava a mulher a cozinhar, limpar, lavar e passar, não gostava de nenhum amigo dela e não admitia bebida alcoólica em sua casa.

Ótimo, era A ÚLTIMA COISA QUE EU PRECISAVA: passar o sábado comportadinho, olhando para uma mulher que eu nem conhecia direito mas que me chupou no cinema, tentando ser agradável com o marido dela. Chegamos lá e o apartamento era apertadinho, havia umas vinte pessoas espremidas, a comida era pouca, o refrigerante estava quente e alguém sacou vários baseados, contrariando as orientações do dono da casa. Para piorar, subiram a música e foram surgindo garrafas de tequila por todos os lados.

O marido, um sujeito de dois metros de altura, sobrepeso e bigodão, parecendo o Sancho Pança, tinha cara de que sacaria duas pistolas e fuzilaria todo mundo. Vendo a merda voando em direção ao ventilador eu já pensava em alguma desculpa para ir embora, mas nessa hora a brasileira chupadora de rola do cinema, meio que desesperada, senta-se ao meu lado e comenta: “Porra, fudeu, eu pedi tanto pro pessoal se comportar… Meu marido vai me matar!”

Tinha jeito não, fui ajudar a conterrânea. Cheguei junto do Sancho Pança reclamando da bagunça e falando mal do povo - sim, eu também sei ser cara de pau quando precisa. Ganhei sua confiança em cinco minutos. Procurando retirar o futuro assassino da cena do crime, chamei o cara pra gente dar uma volta, ir numa cantina, “porque lá sim é que é lugar de homem encher a cara”. Funfou. Descemos do apê e ficamos o resto da tarde bebendo os dois e falando merda, como dois típicos machos latinos.

Ao final do dia, quando Sancho Pança começou a dar umas piscadelas para mim e querer me abraçar dizendo que me amava, decidi que já era hora ir. O cara estava tão bêbado que fui escorando ele até sua casa. O almoço já tinha terminado, deixei ele no sofá apagadão e fui saindo de fininho, quando a esposa aparece bêbada com o tequila embaixo do braço e diz: ”Cara, valeu aí por ter tirado meu marido daqui, a festa foi ótima sem ele!”

Eu dei um sorrisinho amarelo - até que havia sido legal conhecer o Sanchito. “Olha amiga, se eu fosse você, eu largaria essa garrafa, dava uma bela limpada nessa zona, assim teu homem acorda e fica de boa amanhã. Ah, e vê se faz uma comidinha pro cara também, tá?”

Ela gargalhou na minha cara, dizendo: “Comidinha é o caralho, tô cheia dessa pôrra! Senta aí no sofá que eu quero foder alguém ao lado desse monte de merda!”

Fazer o quê, não é? Eu tenho por regra não me meter com mulher casada, mas o problema é que não consigo seguir nem as regras que eu mesmo crio. Além do mais, a bicha estava virada na giraia, como se houvessse baixado a pomba gira - e o baseado pendurado na boca com a garrafa de tequila no sovaco só reforçavam essa impressão.

A mulher terminou me comendo ali mesmo, eu sentado no sofá, ela montada rebolando uma bundinha macia e deliciosa sobre o bichão comigo chupando seu par de tetas com a boca cheia de saliva, enquanto Sanchito roncava alto ao nosso lado.

Sério mesmo, eu nem queria comer essa dona, pois nessa época eu estava apaixonado por uma mexicana, aquela que parecia ser minha alma gêmea. Depois de uma trepada de muita classe, eu queria casar com ela, ter filhos, fazer planos de longo prazo e essas coisas de gente normal. Como eu já contei, eu acordei todo feliz no dia seguinte, com aquela sensação de que os pássaros cantam e faz sol numa manhã de inverno, mas só encontrei um bilhetinho da garota, agradecendo pela noite dizendo que tinha de sair pra encontrar com seu… Noivo!!!

Puta que pariu, era a segunda vez que eu me apaixonava em menos de dois anos, sendo que na primeira a garota queria dar um tempo de relacionamentos e ficar sozinha. E agora isso… Os pássaros pararam de cantar, o tempo fechou e os urubus sobrevoavam. Fiquei no maior bode. Minha amiga gay e recém-separada com quem dividia o apê até tentou me animar, fez um café da manhã especial à base de ovos e tequila, mas nem assim melhorei.

Deixei os ovos de lado e fiquei só na tequila, às duas da tarde já estávamos bêbados, às três ela começou a cheirar pó, às três e vinte, contrariando meus hábitos saudáveis, caí de nariz naquela porra também, às quatro já estava chupando a buceta da minha amiga e às cinco já estavamos pelados na cama fumando o baseado pós-coito.

Crianças, NÃO REPITAM ISSO EM CASA, o alcolismo, as drogas e o sexo casual são ótimos e podem gerar dependência, tanto que repetimos a dose no dia seguinte. E no outro. E depois também. Após uma semana matando aula no mestrado por ter ficado só em casa, fumando, bebendo, cheirando e trepando, eu finalmente havia superado o baque.

Acordei no sábado me sentindo diferente, renovado, um novo homem, aberto ao futuro e a tudo de bom que ele tinha a oferecer. Estava pelado só de avental, preparando um café da manhã especial à base de ovos e sem tequila para minha amiga, que ficou me olhando da sala vestida só de camiseta com cara de “Ué, já acabou a bandalheira?”

Batem à porta, minha amiga vai abrir, era a mexicana que tinha passado para me chamar para um café da manhã. Ela achou meio estranho eu estar só de avental cozinhando, mas não comentou nada. Enquanto comia conosco sentada à mesa, ela foi contando que nossa noite tinha sido tão legal que tinha repensado sua vida, passou a semana se questionando, até que terminou acabando tudo com o tal noivo.

Aquelas eram ótimas notícias! Abrimos um tequila pra comemorar, às duas da tarde já estávamos bêbados, às três começamos a cheirar pó, às quatro já estávamos os três na cama, eu comendo minha amiga gay de quatro e ela chupando a bucetinha da mexicana, depois eu comendo e mexicana com minha amiga gay sentada na cara dela, depois eu comendo de novo a amiga gay com a mexicana chupando meu saco, depois eu comendo o furico da mexicana com minha amiga gay rindo da cara de dor dela, depois eu comendo o furiquinho da amiga gay com a mexicana já preparando o baseado pós coito…

Naquela semana ninguém foi assistir aulas nem trabalhar, passamos os três o tempo todo em casa, fumando, bebendo, cheirando e fodendo, foi uma química perfeita, nos apaixonamos mutuamente e terminamos aceitando a mexicana para morar no apê conosco. Esse foi meu primeiro - e único - casamento a três. Era uma fórmula ótima para dar merda, eu não conseguia ser fiel a uma mulher, muito menos a duas.

Já na primeira semana de poliamor, meu mais novo melhor amigo, o Sanchito, me telefonou querendo marcar um programinha. Só que para ele nós já éramos os melhores amigos, mas para mim não. Para piorar, o tal “programinha” que desejava fazer implicava em encher a cara numa cantina onde só entrava homem e terminar depois comendo a esposa dele. Isso mesmo, o cara fez várias insinuações de que amigos de verdade dividiram tudo, até as bucetas.

Ok, esta parte de comer a esposa dele não era tão ruim, eu já tinha provado e aprovado, mas sem ele do lado - ou melhor, foi com ele do lado sim, mas o Sanchito estava apagado de birita, então não contava. Contudo, eu estava desconfiado de que isso era só uma isca para o cara de quase dois metros de altura, sobrepeso e bigodão, se aproveitar do meu corpinho atlético e juvenil. Isso mesmo (de novo), pois da primeira vez que tomamos um porre juntos Sancho Pança terminou piscando para mim e dizendo que me amava.

Fiquei dando voltas, o cara ligava todo dia e eu dando desculpas. Ele parecia meio obcecado, tanto insistiu que acabei combinando de ir à cantina tomar umas, mas só isso, sem a parte do “PROGRAMINHA”. Ele ficou meio decepcionado, mas terminou aceitando. Lá pela vigésima cerveja com shot de tequila, Sanchito começou a querer me abraçar e voltou com o assunto de dar uma esticadinha na casa dele.

Eu neguei, neguei e neguei até não poder mais, então o cara se pôs emocional e começou a chorar. Que situação, aquele homem imenso chorando feito criança era de partir o coração. Só que eu sou um cara legal, gosto de ajudar, mas nem à pau eu ia chupar o pau dele!

Daí a conversa tomou um rumo estranho. Entre soluços, ele confessou que o casamento estava uma merda, que a esposa já não queria trepar com ele e que apenas desejava que eu fosse lá para ficar dando uns toques e ajudá-lo a melhorar na cama.

Eu duvidei, sabia que a esposa era meio tímida e comentei que ela nunca ia topar essa ideia absurda. “Ela pode ser uma vaca mas é minha mulher, é obediente, vai fazer o que eu mandar que faça!”

Bem, com essa afirmação nem precisa ser Freud para sacar que a possessividade não é lá uma boa estratégia matrimonial. Além disso, ainda tinha sérias desconfianças de que o cara queria mesmo era dar um jeito de me comer. Não senhores, eu não ia cair nessa, não eu… Ok, várias cervejas mais e entramos no apartamento do casal…

Estamos os três na cama, eu vendo os cento e sessenta quilos do Sanchito esparramados por cima da esposa brasileira, a pobrezinha era magrinha e quase desaparecia debaixo dele - até hoje tenho pesadelos com isso.

Obviamente que aquilo não ia funcionar. “Fica deitado você e deixa ela vir por cima” - opinei, tentando ajudar a mulher. Sanchito obedeceu, o pau dele estava meia bomba de tanta cerveja, a mulher ficava punhetando para ver se endurecia para ela conseguir se encaixar ali, mas estava difícil.

Sugeri que ela devia cair de boca no Sanchito, isso geralmente funcionava melhor. Ela ficou de quatro e começou a chupar o marido, e foi aí que eu me dei conta de que ela tinha um furico apertadinho. Eu me animei, tirei o bichão para fora e fui me colocando atrás dela para tentar foder a rosquinha, mas ela negou dizendo que não queimava o toba nem por um decreto presidencial. Eu obedeci, mas Sanchito engrossou a voz, ordenando: “Vaca, se meu amigo quer comer seu cuzinho, ele vai foder sim! Dá o rabo para ele agora, merda!”

Olha, ainda bem que há anos atrás eu havia desistido do curso de psicologia, porque eu ia ser um péssimo profissional.

Foi só eu começar a meter no furiquinho da brasileira, ela deu uns suspiros rebolando e dizendo que tomar no cuzinho era gostoso. Daí o bicho do Sanchito ficou durão e ele chamou a esposa para cima, comigo ainda engatado no traseiro. Enfim, eles estão casados até hoje - mas eu tive que me separar das minhas duas esposas, porque nenhuma delas topou fazer um ménage com o Sanchito, meu mais novo melhor amigo.

Nota: Confira os capìtulos ilustrados da saga Zóio em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Kkkkkk ele se dá bem com a brasileira e deixa escapar as outras gostosas

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Grb , lanchinho fora de casa sempre é mais gostoso, rs

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