Na web - Férias - 2ª Parte 9/10

Da série Na Web - Férias
Um conto erótico de MARCELO
Categoria: Homossexual
Contém 1825 palavras
Data: 18/02/2022 13:38:18

PARTE 9 – MARCELO

Claudio mais uma vez estava com Bocão, era o terceiro dia seguido que ele ia ao mercado e o pegava para ficar com ele.

Eu tentava não ficar no caminho e passava o dia pela rua, seja na academia ou revendo alguns velhos amigos. Depois da noite na casa do Dário, voltamos para a casa da minha mãe, cansados, mas satisfeito, esse foi o ultimo momento real que tive com o Claudio.

Era noite de quinta-feira e no dia seguinte seria véspera de natal. Hugo viria nos pegar logo de manhã e passaríamos alguns dias no sitio.

Eu falava todo dia com Malu, mas estava doido para ver minha filha. Não que ela esteja com saudade de mim, sendo mimava pelos tios e avós, Malu nem me dava atenção quando eu ligava.

Eu estava sozinho em casa, pego meu celular e envio uma mensagem para Gustavo, que logo me responde.

GUGA: Estou louco para vcs voltarem logo

GUGA: Tenho 9dades

GUGA: Para tds

EU: Me conta...

GUGA: Ñ, para tds e só conto aki quando voltarem.

EU: Vai me deixar curiosoo??

GUGA: Sim

EU: Por favor, só não me diga que foi pedido em casamento... e pior, que vc aceitou, eu não ia aguentar

GUGA: Ñ, seu bobo... hahahaha

GUGA: Ta fazendo o q?

EU: Nada... tô sozinho

GUGA: Serio? pq?

EU: Claudio saiu com o "irmãozinho" de novo

GUGA: E vc não foi junto?

EU: Não quis...

GUGA: aff

GUGA: Vai pra rua

EU: Aqui não tem nada

GUGA: Vai ver um amigo

GUGA: Faz alguma coisa

GUGA: mas não fica só em casa

GUGA: vc e o Claudio estão bem?

EU: Claro

EU: Eu vou fazer o que vc falou... Depois a gente se fala mais

GUGA: Ta ok

EU: Um bj na bunda

GUGA: Quero... hahahaha.

Fico olhando meu celular, "vc e o Claudio estão bem?", é claro que estamos, levando em conta que praticamente não nos vemos e nem nos falamos direito nos últimos dias.

Porra... Eu não estava com ciúmes do Bocão, certo?!...

Eu jogo meu celular na cama e resolvo ir ao banheiro, tomo um banho e volto para o quarto e para o celular. Uma ligação perdida... Numero desconhecido, não iria retornar. Olho as chamadas perdidas e vejo o nome da Clara ali.

Quando eu vi a primeira vez, dois dias atrás, fiquei sem entender como ela tinha meu contato, e mais importante, como eu fui ter o dela no meu celular.

Depois pensei melhor e imaginei que Pedro, o filho dela, quando pediu meu celular, colocou o nome da mãe dele e não o dele no contato, e antes de me devolver deve ter ligado para o numero dela, para deixar o meu salvo. Garoto esperto...

Eu não liguei de volta, mas me fez pensar que eu tinha prometido dar uns bonecos para ele.

Quando eu fui embora de casa, minha mãe embalou minhas coisas e colocou no deposito para o dia que eu voltasse. Procuro por essas coisas e encontro algumas caixas com meu nome.

Na caixa tinha alguns livros meus que eu não tinha levado pro Rio, tinha revistas, roupas entre outras coisas.

Encontro os bonecos, uma caixa cheia deles. Isso me faz lembrar do vicio que eu tinha em colecioná-los. Começo a separar alguns bonecos e paro. Porra, os pequenos hoje em dia nem ligam mais para essas coisas, mas o Pedro gosta, resolvo dar todos para ele.

Eu fecho a caixa e levo comigo para fora de casa. Antes de sair pego meu celular e olho, nenhuma mensagem do Claudio, três dias praticamente fora de casa e nenhuma mensagem para mim.

Um carro para em frente a minha casa e eu fico olhando Alex sair dele. De dentro, Vânia me cumprimenta e eu a respondo.

- Que bom que te encontrei aqui.

- Aconteceu alguma coisa? – pergunto colocando a caixa no chão.

- O resultado do exame ficou pronto. O Claudio esta ai?

- Serio? Isso foi mais rápido do que eu pensava. O Claudio não esta, afinal qual é o resultado.

- Não sei, mas aqui está – ele me entrega um envelope fechado.

- Acho melhor o Claudio abrir quando chegar.

- Também tem isso – ele tinha outro envelope na mão.

- O Que é?

- Uma pequena pesquisa que mandei fazer sobre o tio do Bocão, independente dele ser ou não irmão do Claudio, esse homem explora o rapaz e nós não vamos deixar.

Alex me entrega o segundo envelope.

- Agora eu tenho que ir, vou jantar na casa da sogra.

- Divirta-se – Alex vai em direção ao carro e eu fico olhando o envelope – Alex? – eu chamo – Qual é o nome do cara?

- Do tio? Porra, não lembro, mas ta ai, é alguma coisa começando com F.

Aceno para o carro que vai embora, depois eu entro e guardo os envelopes numa gaveta da sala, depois volto para fora de casa.

Fecho a porta de casa e escondo a chave no lugar que só a família conhece, depois vou em direção a praça com a caixa. A lanchonete da Clara estava aberta e eu vou para lá.

- Marcelo... - Clara diz ao me ver, pede licença para o cliente que estava conversando e da a volta no balcão e vem me abraçar - Que bom te ver por aqui.

- Oi Clarinha... Quer dizer, Clara. Eu só vim trazer isso para o Pedro, tinha prometido para ele.

Eu ameaço entregar a caixa para ela, mas Clara não pega.

- São os seus bonecos? Ele não fala em outra coisa. Você veio mostrar para ele?

- Vim dar

- Mas Celo, você era louco por eles, tem certeza?

- Isso ficou numa caixa durante todo esse tempo, ta na hora de alguém se divertir com eles. Eu acho que o Pedro vai cuidar bem deles.

- Nisso você pode ter certeza - ameaço mais uma vez entregar, mas Clara me impede - Você mesmo deveria entregar para ele. Ele esta na sala, vem comigo.

Clara vai para trás do balcão e eu a sigo, passando pela porta da lanchonete, a casa dela fica logo atrás.

- Pode entrar, eu tenho que voltar para lanchonete

Ela me deixa ali e volta para lanchonete, eu bato na porta e Pedro vem abrir.

- MARCELO... - num segundo ele estava abraçando minhas pernas - Você nem me atendeu quando eu te liguei.

- Desculpa rapaz, eu tenho andado muito ocupado - menti - Mas trouxe isso.

- O que?

- Abre para ver...

- ta ok, entra.

A casa da Clara era modesta, mas bem cuidada, não que isso fosse surpresa, ela sempre foi bem organizada.

- Minha mãe fala que eu não devo levar meus amiguinhos pro meu quarto, que a gente faz muita bagunça.

Ele me guia ate a sala.

- Você é meu amigo, né?

- Acho que sou.

- Então temos que ficar aqui na sala para ela não reclamar.

Acho engraçado o raciocínio dele, mas não digo nada. Ele senta no chão e eu coloco a caixa ao seu lado e sento também.

Pedro abre a caixa e solta um "NOOOOSSSA" quando vê o que tem dentro.

- Isso tudo é seu?

- Não mais.

- Como assim?

- Agora é seu.

- Serio? - Ele me pergunta e vai tirando os bonecos da caixa com cuidado - Não acredito...

Fico olhando a admiração no rosto do garoto, isso me faz lembrar a mãe dele, Clarinha fazia essa mesma cara muitas vezes quando me olhava. Quando foi que isso mudou?

Cacete.

Depois de tirar todos os bonecos da caixa, Pedro me olha e sorri.

- É tudo meu mesmo? - Eu confirmo com a cabeça. Ele levanta e me abraça - Muito obrigado tio, esse é o melhor presente que já ganhei na vida.

- Não foi nada - eu digo e percebo quando ele me solta que seus olhos estão ficando vermelhos. Porra, ele iria chorar - o que você acha da gente brincar um pouco?

- Oba...

Eu não vi a hora passar, mas de repente Clara entrar com um bandeja com lanche para gente.

- Vocês devem estar morrendo de fome.

Ela coloca a bandeja no chão e senta no sofá. Pedro logo pega um sanduíche e um copo de suco, eu faço o mesmo e agradeço.

Enquanto come, Pedro continua com a brincadeira, eu o respondo, sentindo que estou sendo observado por Clara. Mas o rapaz é tão divertido que logo esqueço a presença dela. Um pouco mais tarde, ele abre a boca e boceja.

- Acho que já passou da hora de ir para cama - Clara diz

- Ah... Mãe.

- Nada de mãe, da tchau para o Marcelo, depois e banho e cama.

- Mãe...

- Ela ta certa rapaz, já passou da hora de eu ir para cama também

- Você tem horário para ir para cama? Mas você é adulto.

- Meu amigo, quando a gente é adulto, ai que tem horário para ir para cama, aproveita agora que você é novo.

- Então ta bom.

- Pode deixar que eu arrumo as coisas aqui, vai pro banho.

- Ta mãe, tchau Marcelo. - Ele estende a mão e eu aperto - A gente se ver outro dia.

Fico assistindo ele sair da sala, Clara se ajoelha ao meu lado e começa a pegar os brinquedos. Toda essa cena me faz lembrar do passado e a pensar de como seria minha vida se ela não tivesse me traído.

Eu ajudo a pegar os bonecos e quando esta no ultimo, eu e Clara pegamos ao mesmo tempo. Ela segura minha mão e eu a olho.

- Muito obrigada pelo carinho com meu filho.

- Ele é um garoto muito especial.

- É sim...

Clara fica me olhando e eu a encaro de volta. Seu rosto esta cansado, pelo dia de trabalho, mas ainda assim é lindo.

Clara solta minha mão, eu olho para ver o boneco e as mãos dela tocam meu rosto. Eu a encaro. Seu rosto esta perto do meu, sua boca a centímetros da minha, então ela me beija... E eu a beijo de volta.

Minha mão passa pela cintura dela e seus peitos colam em mim, sua boca tem gosto de suco e minha língua logo encontra a dela.

Escuto o barulho do chuveiro parando e de repente percebo o que estou fazendo, droga, me afasto dela, arrumando minha ereção no short.

- Droga, isso não era pra ter acontecido.

Largo o boneco na caixa e vou em direção a porta, Clara vem atrás de mim.

- Marcelo...

- Não Clara. Nada de "Marcelo", não venha com essa voz meiga, eu não caio nisso.

- Nisso o que?

- nada, só esquece... - Eu começo a andar em direção a saída, mas paro e viro para ela – Mas me tira uma duvida... Afinal quantos anos têm o Pedro?

Clara suspira e me diz.

Eu saio da casa dela e vou para minha, pelo caminho vou fazendo contas e me lembrando de datas do passado.

CONTINUA...

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Obs.1: Esste conto é uma continuação direta dos contos "Na Web" e "Antes da Web" e seria bom se fosse lido da ordem.

Obs.2: O começo da proxima parte já esta disponivel no wattpad.

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Comentários

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Era só o que faltava o Pedro ser filho do Marcelo mdsssss

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