Na web - Férias - 2ª Parte 4/10

Da série Na Web - Férias
Um conto erótico de CLAUDIO
Categoria: Homossexual
Contém 1549 palavras
Data: 02/02/2022 12:55:04

PARTE 4 - CLAUDIO

Quando eu acordei, estava sozinho no colchão. Na cama, Marina e Malu dormiam tranquilamente. Levanto sem fazer barulho e saio do quarto.

- Bom dia - Dona Cida me recebe na cozinha com um beijo na testa - dormiu bem?

- Sim. - Marcelo estava sentado à mesa e eu vou para o seu lado - caiu do colchão?

- Não, só perdi o sono.

- Estranhei, você nunca acorda primeiro que eu.

Penso em dizer mais alguma coisa, talvez tentar saber no que ele tinha sonhado, seja o que for, o deixou inquieto ao ponto de me acordar e depois perder o sono.

- Liguei para o sitio, lembrando ao Hugo que ele tem que nos pegar.

Hoje iríamos todos para o sitio e ficariam lá ate depois do natal.

- Estava pensando em ver alguns amigos antes de ir, você vem comigo?

- Hum... Eu vou com minha mãe ao mercado, falta comprar algumas coisas para levar e como o Hugo só vem mais tarde, vamos adiantar as compras.

- Eu posso ir com vocês e ajudar, depois a gente sai.

- Não. Pode deixar comigo, vá se distrair. - ele me diz e sorrir.

Talvez eu esteja ficando paranóico, mas senti como se Marcelo estivesse me evitando.

- Bom dia - Maycon diz entrando na cozinha acompanhado da esposa.

- Bom dia, mano, bom dia Dani.

- A princesa ainda não acordou?

- Nem fala, é melhor aproveitar a paz, quando Malu acordar o silêncio já era.

- Para de reclamar.

- não estou reclamando, é apenas um fato. Mas quem liga para paz e silêncio, quando ela esta por perto?!

- Ah cara, não vejo a hora de ser a minha vez - Maycon diz e passa a mão na barriga da esposa.

- Dani, você esta...

- psiu! - Daniele faz sinal de silêncio e olha para trás - sim, eu estou. Esse bocudo não sabe guardar segredo - Ela ta uma tapa na mão de Maycon - Nós vamos contar para família na noite de natal.

- Ah cara, parabéns - Marcelo levanta e vai abraçar o irmão. Eu faço o mesmo, depois vamos para Dani.

- Desculpa amor, mas eu precisava dividir isso com meus irmãos.

- Espera, você contou para o Murilo?

- Desculpa - Maycon repete fingindo vergonha.

- Maycon, você só matando...

- Se for matar o meu filho, esperar passar o natal - Dona Cida diz entrando na cozinha - Mas qual é o motivo da morte? Só para eu saber.

- Nada sogra, apenas seu filho sendo o fofoqueiro de sempre.

E assim foi nossa manhã, Murilo logo aparece na cozinha e a bagunça dos "meninos da Dona Cida' estava formada.

Mas tarde, antes de sair, eu perguntei se Marcelo não queria ir mesmo comigo, mas ele usou a desculpa do mercado.

Assim, resolvo ir sozinho, visitar a academia que eu trabalhei antes de sair da cidade. O caminho conhecido tinha mudado pouco e logo estou parado na porta.

- Boa tarde, o senhor Lopes está? - pergunto ao recepcionista.

- Ta sim, quer falar com ele?

- Sim, por favor, diz que é o Claudio.

- Só um momento - ele pega o telefone e avisa ao senhor Lopes. - Ele esta esperando você na sala dele, ele disse que você sabe o caminho.

- Sei sim, obrigado.

Eu vou em direção ao escritório e bato na porta.

- Posso entrar senhor... - Vou abrindo a porta e entrando, quando paro e olho quem está sentado na cadeira do Senhor Lopes - Dário?

- Eu quase não acreditei quando o Samuel me avisou que você estava aqui. - Dário se levantou e eu vou ate ele e o abraço. - Nossa, que saudade de você.

- Sim, mas tira essa mão boba da minha bunda - eu digo me afastando do seu abraçado - o recepcionista disse que o senhor Lopes estava aqui.

- Agora eu sou o senhor Lopes

- Mas é seu pai?

- Ele meio que se aposentou, sou eu que tomo conta das academias.

- Academias? No plural?

- Isso mesmo, temos três.

- Nossa cara, parabéns. - Eu olho para ele e dou um sorriso - Todo executivo, nem parece...

- O que? O putinho que dava o cu no banheiro da escola.

- Desculpa, eu não...

- Não se preocupe, eu continuo o mesmo, mas agora eu tenho um banheiro exclusivo na academia, apesar de gostar de usar os dos alunos.

Solto uma gargalhada e ele me acompanha. Dario fala para eu sentar e liga para o recepcionista pedindo que ele trouxesse algo para a gente beber.

- E como esta sua vida no Rio?

- Esta tudo bem, agora eu sou pai né.

- Não acredito que você casou.

- Casei nada, eu e Marcelo temos uma filha com nossa amiga.

- Como assim?

Eu explico a ele sobre a paternidade de Malu e isso me faz lembrar algo. Na praça, quando a Clara elogiou minha filha, em momento algum Marcelo disse que ele também era o pai da Malu. Talvez ele só não viu necessidade de dar explicações, mas pensar nisso me incomodou.

- Que loucura, então você e seu gêmeo gostoso então aprontando no Rio.

- Você nem imagina - eu o respondo pensando nas coisas que já fizemos quando colocamos nossas mascaras e nos apresentamos na web.

- Mas é você, lembro que você era próximo do Alex.

- O Alex casou né, ele trabalha aqui na academia, mas não veio hoje.

- Serio? Eu achei que vocês...

- bem, ele casou, mas continua o mesmo puto, a gente se diverte às vezes.

- Não acredito, quer dizer, ate acredito, vocês sempre foram muitos safados.

- Só a gente né? Eu lembro como nós três nos divertíamos juntos, a propósito temos que marcar algo antes de você voltar pro Rio - Ele ri e pisca para mim.

- Safado - eu o respondo rindo

Mas pensando que ate que não seria uma má idéia, Dario tava ainda mais gostoso do que da uma ultima vez que eu o vi.

Continuamos conversando e colocando o assunto em dia, eu nem vejo à hora passar. Quando percebo, aviso que tenho que ir embora.

Dário se levanta e vem se despedir de mim, me fazendo prometer ver-lo antes de ir embora. Ele me abraça e dessa vez, antes de se afastar, beija minha boca.

Seu beijo é bom, apesar do tempo que passou, é um beijo conhecido e eu o beijo de volta.

- Tchau - eu digo quando me afasto dele.

Volto para casa, Dona Cida e Marcelo ainda não voltaram do mercado. Sento na sala e fico vendo TV com Murilo.

- A pequena tem muita energia - ele diz. - Marina sofreu para colocar ela para dormir.

- Sim, ela consegue esgotar todo mundo lá em casa, e olha que somos cinco se revezando para brincar com ela.

- Cinco? Você, meu irmão, Hugo e Marina - Ele vai nos nomeando e contando no dedo - são quatro. Ou tem mais alguém? Alguma mulher na jogada que vocês não nos disseram.

Droga, eu esqueço que a família do Marcelo não sabe como a gente vive no Rio de Janeiro.

- Que mulher, a nossa vida é tão corrida que não dá tempo para nada, tem a senhora que às vezes limpa nossa casa. - eu digo disfarçando, sem mencionar o Guga - Mas e você? Alguém no rodar.

- Eu tô saindo com uma mulher - ele diz e pega o celular, depois me mostra um foto - ta ficando serio.

- Cara, ela é linda, você deveria ter a chamado para passar o natal com a gente.

- Eu chamei, mas ela viajou para visitar os pais.

- Ah, mas...

- Não tem ninguém nessa casa para ajudar com as bolsas? - Escutamos Dona Cida gritar da porta.

Eu e Murilo logo vamos pegar as bolsas. Eu pego as bolsas dela enquanto Murilo passa para ajudar o irmão.

Deixo a bolsa em cima da mesa, Murilo vem atrás de mim, com Marcelo e mais um menino. Eles colocam as bolsas na mesa.

- Aqui meu filho - Diz Dona Cida para o menino, abrindo sua bolsa e pegando dinheiro.

Mas o menino não esta olhando para ele. O garoto não tirava os olhos de mim, eu dou um sorriso e me aproximo um pouco.

- E ele? - O garoto pisca e olha para o Marcelo.

- Ele quem? - Marcelo pergunta sem entender, o menino não responde, mas volta a olhar para mim - Ah, sim. Você quer saber se ele é o Claudio? É ele mesmo.

O garoto de repente abre um sorriso e se aproxima de mim e quando eu menos espero, ele me abraça.

Olho para os outros na cozinha, sem entender nada, não sou o único. O garoto mal chega a minha cintura, mas eu passo o braço por ele e o abraço de volta.

- Ta tudo bem, meu filho? - Dona Cida pergunta.

O garoto demora a me soltar, mas quando o faz, seus olhos estão cheios de lagrimas.

- Ta tudo bem, amigo? - Eu me agacho para ficar na sua altura

- Eu não sou seu amigo - Ele diz me corrigindo e passa a mão pelos olhos, tentando secar as lagrimas que não param de cair. - Eu sempre quis conhecer você.

Parado na sua frente, eu ainda não entendo o que esta acontecendo, mas o olhar do garoto me transmite algo.

- Me conhecer?

- Sim. - Ele diz e estende a mão - Eu sou o Bocão, sou seu irmão.

CONTINUA...

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Obs.1: Esste conto é uma continuação direta dos contos "Na Web" e "Antes da Web" e seria bom se fosse lido da ordem.

Obs.2: O começo da proxima parte já esta disponivel no wattpad.

wattpad - escritosc

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Comentários

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Estou tentando liberar a 5ª parte do conto, mas o site não esta autorizando... lembrando que essa parte já se encontra no wattpad.

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