O Chefe da minha esposa destruiu minha vida - 9

Um conto erótico de Mais Um Autor
Categoria: Heterossexual
Contém 715 palavras
Data: 07/06/2025 22:54:23

A falência da empresa cobrou um preço altíssimo. Senti como se tivesse envelhecido vinte anos em apenas um.

Minha rotina tornou-se uma sequência exaustiva de cobranças, reuniões difíceis e audiências judiciais intermináveis. Ex-funcionários, credores e investidores batiam constantemente à minha porta, todos desesperados por um dinheiro que eu simplesmente não tinha mais.

Uma profunda apatia se instalou em meu corpo e mente, sugando toda minha energia e eliminando qualquer resquício de motivação. Eu não tinha forças para me reerguer, procurar outro emprego ou tentar reconstruir minha vida.

A única coisa que ainda me mantinha à tona em meio ao caos era o meu relacionamento com Carla. Ela esteve ao meu lado em cada momento, das tarefas mais simples do cotidiano aos episódios mais dolorosos desse processo infernal.

Acima de tudo, Carla ainda acreditava profundamente na minha capacidade de me recuperar, mesmo quando eu já havia perdido totalmente essa crença.

Mas, em noites insones, eu era confrontado pela dúvida cruel: até onde Carla estaria disposta a suportar as dificuldades que viriam pela frente? Será que nosso casamento era forte o suficiente para sobreviver a tantos golpes?

Ela nunca reclamava diretamente, mas eu percebia claramente em seus olhos e pequenos gestos o esforço silencioso que fazia para continuar ao meu lado.

Não posso culpá-la. Nossa vida mudou radicalmente. De um casal que viajava para o exterior, frequentava restaurantes luxuosos e nunca se preocupava com o preço das coisas, passamos a duas pessoas que discutiam quais bens ainda poderiam vender para conseguir pagar as contas do mês.

E diferente de mim, Carla não desistiu. Mesmo após a falência da empresa, continuou procurando emprego. O salário dela não resolveria nossos problemas financeiros, mas ela dizia sentir a necessidade de contribuir de alguma forma, por menor que fosse, mesmo que fosse apenas jogar um copo d’água em uma floresta em chamas.

Só não imaginava que o emprego que ela conseguiria seria, na verdade, a gasolina que faria tudo explodir de vez.

Ela soltou a bomba para mim em um dia qualquer, logo depois de transarmos.

Carla me encarou com uma expressão que eu já conhecia muito bem — uma mistura sutil entre preocupação e hesitação, indicando que ela iria puxar algum assunto polêmico.

Eu nunca entendi por que ela sempre escolhia esses momentos para me dar má notícias, como se acreditasse que, naquele estado, eu estaria menos propenso a resistir ou reagir.

Renato a havia contatado com uma proposta de emprego tentadora—um salário excelente, um cargo de prestígio, exatamente o tipo de oportunidade que não surgia há tempos.

Minha esposa até sabia das falcatruas cometidas por Renato para destruir a minha empresa, mas não fazia ideia do real motivo. Eu nunca havia contado da obsessão dele por ela, e que ele havia se sentido traído quando a gente começou a namorar.

Brigamos naquela noite. Pela primeira vez, subi o tom de voz com ela, e acabei dormindo no sofá, incapaz de conter a raiva e a frustração.

Era humilhante demais aceitar que minha esposa iria trabalhar para meu pior inimigo, especialmente alguém que eu sabia que faria qualquer coisa para transar com minha mulher.

Foi uma semana extremamente difícil, permeada por discussões que pareciam não ter fim. Cada conversa rapidamente se transformava em uma briga amarga, desgastando ainda mais a pouca energia que me restava.

Carla chegou ao ponto de ameaçar o divórcio, insistindo que não aceitava ser controlada em suas decisões profissionais. Argumentava que precisava dessa autonomia para reconstruir sua identidade e independência financeira.

No fim, exausto emocionalmente e sem forças para continuar resistindo, acabei cedendo, embora sentisse que isso representava não apenas uma derrota pessoal, mas também o começo de algo terrível.

Ao vê-la sair para seu primeiro dia naquele novo trabalho, senti uma pontada no peito — como se um prego tivesse sido cravado ali, frio e fundo.

Carla escolheu cuidadosamente suas roupas: uma camisa branca justa, uma minissaia elegante e saltos pretos agulha. Estava deslumbrante. A imagem perfeita.

Em outros tempos, eu a teria desejado como nunca. Mas tudo que consegui sentir foi medo.

Medo de estar perdendo não só minha esposa, mas o pouco que ainda restava de mim.

<Continua>

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