Diabos! - Como Fugir do Loop Temporal

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 1572 palavras
Data: 16/10/2023 18:00:51

O fim está próximo - e parece que não vai ser legal…

Esse era meu pensamento quando fui resgatado de uma caverna onde teria que comer uma infinidade de anãzinhas verdes, as terríveis guerreiras da misteriosa tribo perdida das Amazonas. Minhas reticências quanto a se iria terminar bem aquele dia tumultuado deviam-se especificamente à responsável pelo meu resgate: a capetinha tesuda da pré-história por quem eu me apaixonara!

E essa agora? O que será que ela queria? Desejaria me matar como das duas outras vezes que nos encontramos no loop temporal? Queria somente me livrar da roubada de ter que comer mais de mil mulherzinhas feias e verdes? Ou desejava ela mesma me foder até o amanhecer?

Enquanto fugíamos com ela me puxando pela floresta adentro, falávamos os dois quase ao mesmo tempo, apressadamente, antes que o loop temporal nos arrancasse dali e jogasse em pontos diferentes do tempo-espaço.

- Diaba, minha vida pós-morte mudou completamente desde aquela missão onde fui à pré-história e tentei mudar o futuro da humanidade para torná-la um pouco menos assanhada e pecadora, quando terminei conhecendo você…

- Uai capetinha, se você queria a humanidade menos assanhada, não precisa fazer nada! Aélis e Nathaniel, a demônia e o anjo que controlam a luxúria na terra, já estão cuidando disso…

- Eu sei, diaba, já descobri tudo. Eles nunca foram inimigos de verdade e a falsa guerra entre o céu e o inferno havia sido simulada pelos dois com o único objetivo de darem um golpe de estado.

- Perfeito capetinha, vejo que estamos na mesma página. Mas o que podemos fazer? Se depender daqueles dois, o Cara lá de cima e o Cara lá de baixo estão com os dias contados!

- Isso é o de menos, diaba. O pior de tudo é que, entre os planos malignos que Aélis e Nathaniel tramam para a humanidade, os dois desejam reduzir o nível de sacanagem na terra a zero… Ok, fazer a humanidade ser menos libidinosa é uma coisa, mas aí também já é um exagero!

- Reduzir a sacanagem a zero? Isso é impossível, capetinha! Como é que eles pretendem fazer isso?

- Diaba, os dois planejam assumir o controle total e obrigar os mortais a só fazer sexo na posição papai-mamãe até o final dos tempos! É o fim do livre arbítrio sexual! A vida na terra se tornará uma chatice sem fim!

- Caralho caralhudo, capetinha, passar a vida só fazendo papai-mamãe seria como unir a pasmaceira do céu e o castigo do inferno num só lugar, algo insuportável!

Como eu e minha amada diabinha havíamos descoberto tudo, fomos atirados pelos vilões dessa história numa porra chamada loop temporal, onde ficamos viajando no tempo e no espaço diariamente para lá e pra cá sem nenhum controle, vivendo as histórias mais absurdas que se possa imaginar, esperando pelo dia em que os seres supremos fossem depostos e a humanidade fosse condenada à monotonia sexual extrema.

Para piorar, nós dois nos encontramos umas duas vezes, mas a diaba sempre vinha disfarçada e, quando eu percebia que era ela, a demonia em vez de me amar ficava tentando me matar, com um papo brabo de sair do loop temporal e salvar a humanidade, como se isso fosse possível.

Daí minhas dúvidas sem fim sobre suas reais intenções após resgatar-me da caverna e das terríveis guerreiras verdes miniatura da misteriosa tribo perdida das Amazonas! Ufa, até que enfim consegui terminar o resumo da saga até aqui, isso era importante porque já estamos no penúltimo capítulo e era necessário fazer esse flash-back disfarçado de diálogo para vocês entenderem o que estava acontecendo e o que veio depois.

- Diaba, eu tô bolado com uma coisa… Você já tentou me matar duas vezes no loop temporal! Afinal de contas, o que está rolando?

- Capeta, você já morreu, logo, não pode morrer de novo. Minha teoria era que, se eu conseguisse te matar no loop temporal, você voltaria para o purgatório e ao menos um de nós teria a chance de mudar o rumo das coisas, tipo evitar o golpe de estado, entende?

- Ok, entendo, diaba. Mas de onde você tirou essa ideia?

- Sei lá, foi só algo que me ocorreu. Não existe nenhuma literatura sobre o loop temporal, isso foi algo inventado pelo autor desta saga e, na verdade, acho que qualquer coisa que a gente fizesse poderia funcionar. Afinal, nós terminamos sendo os mocinhos da história, não é?

- Porra diaba e tu não podia inventar outra coisa não? Tinha que ficar tentando me matar de novo?

- Acho que você está me superestimando, capeta. Eu sou só uma diaba, minha visão das coisas é assim, distorcida. O que você propõe para escaparmos do loop temporal?

- Sei lá, qualquer outra coisa que não envolvesse um de nós terminar com uma adaga no peito, ou sufocando sem ar. Mardita merda, acho que eu seria menos trágico que você!

- Ok, capeta, mas temos que pensar rápido. Daqui a pouco vai amanhecer e o loop temporal vai arrastar cada um de nós para uma época diferente!

Mais uma vez era como eu sempre digo: problemas complexos necessitam de medidas extremas. O tempo estava contra nós e eu precisava ter alguma idéia se quisesse voltar à realidade da minha vida pós-morte e me vingar dos seres supremos melando a tentativa deles de golpe de estado que queriam aplicar no céu e no inferno.

Deixa eu ver… Esta é uma saga humorística-erótica. Eu trepei em todos os capítulos, menos no último dessa temporada, quando eu passei todo o tempo quase comendo alguém mas sem conseguir.

Bem, parecia que trepar ou não trepar não era a questão (perdão ai pela paráfrase sacana, Shakespeare). Talvez a solução para aquele imbróglio estivesse mais relacionada a com quem eu trepava… Quando plantei está hipòse à diaba, ela foi rapidamente buscando variáveis que talvez funcionassem.

- Se você quiser, a gente volta para a caverna das anãs verdes, ou para o castelo das dominatrizes, ou ainda para a aldeia das sapatões pintadas de vermelho. Dai tu come quem quiser!

- Ô, sai pra lá, nem pensar! Temos que fazer alguma coisa diferente!

- Diferente? Que tal uma suruba?

- Não, já fiz isso num desfile do Crhistian Dioro e não funcionou.

- Desvirginar um cuzinho?

- Negativo, torei o toba da Mary Stuart, rainha da Escócia - e também não funcionou.

- Fuder alguém numa posição esdrúxula?

- Cleópatra, comi a egípcia com ela pendurada no meu pescoço, quase tive um torcicolo.

- Sexo transmorfo?

- Comi uma zulu sendo metade homem e metade leão, não deu em nada.

- Pornografia?

- Marilyn Môrro, década dourada de Hollywood, nada.

- Eh… Novinhas então?

- Comi as filhas do Czar da Rússia e até salvei a princesa Anastácia do fuzilamento pelos bolcheviques.

- Que tal engravidar alguém e mudar o fluxo da história?

- Já embarriguei a última samurai japonesa no século dezessete e não deu em nada.

- Porra, assim tá difícil, capeta, tu é o cão mesmo hein? Você já aprontou tanto nessa merda de loop temporal que acho que não sobrou muita opção além de assassinato para tentarmos escapar daqui!

Confesso que me deu uma certa vergonha. Eu passei o tempo todo fodendo alguém enquanto a diabinha tesuda estava realmente preocupada com o futuro da humanidade. Pior que isso, eu a desejava muito e estava com o pau duro naquele exato momento .

Para quem não sabe, minha aparência azul translúcida de capeta tinha um pau, ele era grandinho e tortinho para a direita, não perguntem porquê, só sei que era assim - o inferno não devia satisfações a ninguém e fazia o que queria, tá legal?

- Peraí… E se a gente trespasse sem estarmos ocupando os corpos alheios? Tipo, vamos foder um ao outro com nossas aparências normais azuis translúcidas de seres infernais…

- E tu acha que vai adiantar alguma coisa?

- Diaba, para falar a verdade, eu não tenho a menor idéia. Mas se for para tentar qualquer coisa, eu prefiro comer você do que enfrentar outra tentativa de assassinato, sacou?

- Tá bom então. Tô vendo que tu já está de pau duro mesmo, não custa nada tentar, não é?

Com a diaba encostada numa árvore, e com as pernas entreabertas, eu fui me aproximando e posicionei o cacete tortinho na entradinha de sua buceta.

A bichinha foi automaticamente se acomodando na cabecinha e colocando o negócio para dentro, enquanto me abraçava. Sua bucetinha era apertadinha e sua forma translúcida permitia que ambos apreciássemos a piroca entrando e saindo de seu corpo, algo um tanto inédito para nós dois.

Quando ela ficou toda ensopadinha e com os biquinhos azul escuro dos peitões durinhos, começamos a nos apertar, com nossas línguas se entrelaçando num beijo longo e demorado.

Foi só então que eu notei algo raro: eu estava cada vez entrando mais e mais naquela buceta, como se ela estivesse engolindo meu corpo, ao passo que a diaba estava se metendo mais e mais na minha boca, como se eu estivesse engolindo sua cabeça.

A cada estocada da piroca na bucetinha da diaba, nos consumíamos um pouquinho mais um ao outro, uma coisa estranha e tesuda, uma espécie de canibalismo tesudo mútuo que dava um prazer extraordinário aos dois.

Quando os primeiros raios do sol saíram, nós dois já éramos um único ser, estavamos misturados um no outro e não dava para saber onde um começava e o outro terminava. Daí veio o loop temporal e nos levou a ambos, juntos e ao mesmo tempo.

Mas… Para onde?

Nota: Confira os capítulos ilustrados da “Saga Diabos!” em mrbayoux.wordpress.com

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