Sherlock Holmes e o Mistério da Pemba Dourada

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 4361 palavras
Data: 02/02/2023 11:20:38
Última revisão: 04/02/2023 22:38:53

Numa tarde cinza e chuvosa tradicional de Londres, Sherlock Holmes, o detetive mais tradicional de toda a Inglaterra estava com seu tradicional companheiro Dr. Watson investigando um assassinato bem pouco tradicional.

Sir James Pindleton, um obscuro membro do terceiro escalão da tradicional família real britânica fora encontrado na sua residência em Withfordshire amarrado e amordaçado, comletamente nú e com uma pemba de ouro enfiada em seu seu tradicional traseiro.

O homem era viúvo, dono de uma vastra frota de transporte público e deixava toda sua fortuna à sua jovem filha. Parecia tratar-se de um assassinato pouco comum e, devido às possíveis manchetes escandalosas que o poderia gerar na nada tradicional imprensa inglesa, o inspetor Lestrade pediu ao tradicional Sherlock que assumisse a investigação e o fizesse da maneira mais tradicionalmente discreta possível de forma a não respingar na nobreza tradicional.

Todas as evidências apontavam para uma nada tradicional senhorita que prestava serviços nada tradicionais à tradicional realeza, logo, naquela tarde, numa salinha destinada aos empregados aos fundos do tradicional palácio de Buckingham, Sherlock e Watson buscavam avançar nas investigações realizando um tradicional interrogatório junto à essa principal suspeita.

- Watson, ponha aí a data e a hora. Anote que a Srta Marciclaudiana Stratfordbeagles…

- Ô Sherlock, desculpe, mas ponha só Anna, com dois enes. Esse nome feio eu não uso faz tempo. Meu pai tava de cachaça quando me registrou. Além do mais, é muito ruim para os negócios!

- Mas senhorita Stratfordbeagles, esse não é o seu nome!

- E eu não sei? Mas já pensou os clientes tudo me chamando: Você é a Marciana dos bagos? Vamos combinar que não dá, né? Emputeço logo com isso, sabe?

- Santa paciência, é hoje. Watson, põe aí: vulga Anna, solteira, 25 anos, residente à.... Onde a senhorita mora mesmo?

- Eu moro é na casa do cacete, Sir Holmes. Tive que tomar uns três ônibus para chegar aqui, um inferno. Normalmente seriam dois ônibus só, mas tinha um negão me encoxando. O Sir tem a bunda grande?

- Eh… Melhor deixemos a minha bunda fora disso.

- Pois saiba que é um inferno ter bundão, fica tudo quanto é macho querendo dar encoxada no ônibus! Mas hoje eu emputeci, fiz o maior barraco no lotação, terminei expulsa. Onde já se viu, a gente leva sarro e o filha da puta do motorista ainda põe pra fora?

- Deixa pra lá. Watson, põe aí: endereço desconhecido. Prosseguindo, 25 anos, loira... Espere, não sei não... Esse seu cabelo está meio indefinido... Que cor é essa?

- No cabelo? São luzes. É uma coisa meio lá, meio cá. Está na moda, os lorde hoje pira com coisas assim, que não são nem lá nem cá.

- Não me importa. Luzes é cor de cabelo, por acaso?

- Se é eu não sei, mas custa uma grana preta fazer. Sorte que minha vizinha, lá no tal endereço desconhecido, faz cabelo nas horas vagas - daí sai mais em conta. Tô falando de cabelo da cabeça, né? Porque a pepeca eu depilo há tanto tempo que nem sei mais a cor.

-Senhorita, por favor, isso não vem ao caso!

- Como não? Pois saiba o Sherlock que isso é importantíssimo! Cruz credo ficar de pepeca peluda! Além de ser ruim para os negócios, é claro. O Sherlock por acaso gosta de chupar pepeca peluda?

-Senhorita, isso não tem nada a ver com a pergunta.

- Sim, porque tem quem goste de uma peludinha, mas é a minoria. Comigo, é que não! Pra mim, quem gosta de pentelho é saco - e isso eu nunca tive. Se o Sir Holmes quiser ver lá embaixo, tá tudo lisinho-lisinho, que nem bebê. Os lorde pira…

- Por favor, senhorita, não quero ver nada lá embaixo, acredite. Watson, põe “cabelos indefinidos” e pronto. Continuando, qual a profissão?

- Dominatrix, Sherlock.

- Domina o quê? Que porra é essa?

- Não é porra não. Se bem que tem a ver, né? Aliás, pensando bem, tem tudo a ver. Eu saio lá da porra do endereço desconhecido com a porra dos meus cabelos indefinidos, pego a porra do ônibus onde a porra do negão fica me encoxando, visto uma porra de roupa engraçada para a porra dos clientes e, quando termino, as coisas acabam em porra pra tudo quanto é lado.

- Mas é cada uma que me aparece... Watson, anote que ela é profissional liberal.

- Isso. O Sir Holmes é esperto pra porra também, não é? Ô Watson, põe aí neste papel que sou bem liberal, tá? Libero mesmo, isto é, se a grana é boa, tá tudo liberado. Mesmo porque, se a pessoa for conservadora, não dá pra ser dominatrix.

- Senhorita, por favor, eu é quem digo o que o Watson põe no papel.

- Tá, bem, tá bem... Mas olha só, também tem isso de não ir liberando tudo logo de cara. Tem que ser aos poucos, esse é o segredo do negócio, sabe? Tem que fazer os clientes sofrerem um tempinho antes de liberar, tipo ficar regulando a liberação, mas depois terminar liberando tudo mesmo, sacou?

- Deixa pra lá Watson, depois damos um jeito na introdução, vamos direto ao depoimento. Onde a senhorita estava na tarde de no dia 15?

- Dia 15? Deixa eu ver, é quando vence a conta de luz... Então eu fui mais a vizinha, aquela do cabelo, a que cobra baratinho, sabe? Fui mais ela na lotérica pagar a luz.... Mas isso foi lá pelo meio dia, que eu não gosto de acordar cedo, não.

- Pagou a luz e o que mais fez?

- Pera que eu chego lá. Uma vez li sobre isso, quem gosta de acordar cedo é inteligente, quem não gosta é criativo. Daí eu pensei, se eu fosse inteligente tinha outro emprego, tipo o Sherlock, que deve acordar bem cedo até nos fins de semana.

- Isso não vem ao caso!

- Mas, por outro lado, sendo dominatrix eu tenho que ser bem criativa, é disso que os lorde gosta, de invencionice, de novidade… Meu trabalho é cheio de inovação, tá ligado?

- Tá bem. Mas onde a senhorita estava na tarde do dia 15?

- Pera que eu tô pensando... Mas não é complicado isso? Se fui capaz de pensar que sou criativa, e que por isso me dou bem sendo dominatrix, um trabalho onde eu não tenho que acordar cedo e que me permite ser criativa, então eu fui inteligente!

- Mas essa agora…

- Peraí, para tudo! Se eu fui inteligente, então quer dizer que vou ter que passar a acordar cedo? Ah não, puta merda! Eu odeio acordar cedo!

- A senhorita acorda a hora que quiser, está bem? O que eu quero saber é onde estava e o que fez na tarde do dia 15!

- Pois eu ia chegar lá, oras! Me desculpe se eu não sou tão rápida e inteligente, e nem acordo tão cedo quanto o Sherlock…

- Pela santa Rainha Vitória! Esquece isso de acordar cedo! Desembucha mulher!

- Então, como dizia, dia 15 teve a conta, a lotérica mais a vizinha, aquela que faz luzes, e depois do almoço já era tarde... Viu como cheguei lá, Sir Holmes? Então, na tarde do dia da conta de luz eu fui trabalhar, como sempre. Pera aí...

- Mas o que foi agora?

- Dia 15 era uma terça-feira? Sim, porque eu nunca trabalho às terças. Fim de semana sempre tem mais clientes, então eu trabalho sábado e domingo, mas na terça eu descanso, porque minha pepeca não é de ferro, né?

- Como é que é?

- Sim, eu tô dizendo, terça sempre tem pouco cliente. Acho que até os lorde descansa às terças. O Sir, por exemplo, dá umazinha às terças?

- Ai meu cacete…

- Viu só? É disso que estou falando! Se trepar todo dia, começa a doer tudo! Se pro Sherlock, que fica aí sentadão só fumando esse cachimbo fedorento já é duro, imagina só pra mim, que fico levando um montão de trolha na pepeca até de madrugada?

- Por favor, não me interessa o quanto a senhorita leva de rola na pepeca. Podemos voltar ao dia 15?

- Pera, que eu ainda tô pensando… O que me intriga é o seguinte: Por que tem que ser nas terças? Porque os homens afogam o palhacinho no fim de semana e descansam nas benditas terças? O Sherlock sabe?

- Senhorita, quem pergunta aqui sou eu…

- Sim, porque eu bem queria passar um domingo em casa, mas daí eu perco dinheiro, porque vai chegar na terça e não tem cliente, porque os lorde já trepou com a concorrência no fim de semana…

- Dia 15 era uma sexta, tá legal? Uma sexta, porra!

- Mas o Sherlock vai voltar ao assunto da porra? Se bem que, se era uma sexta, era dia de muita porra. Os lorde fica excitado às sextas, este é o dia de maior movimento.

- Dia 15, uma sexta-feira, caralho! O que a senhorita fez esse dia?

- Então, como eu dizia, é batata, chega às sextas e logo aparece macho querendo chicotinho, macho pedindo pra eu cuspir na cara, macho vestido de bebê querendo castigo, macho querendo mijada na cara, outros pedindo pra ser amarrado... Definitivamente, sexta é muito foda, logo, tem muita porra!

- Sim, mais especificamente na sexta do dia 15, houve alguma coisa?

- Pera que eu tô pensando... Sexta tem até uns clientes que gostam de levar pisada no pinto, sabe? E não pense o Sir Holmes que é de sapato comum não! Eles querem é destes sapatos de salto agulha, dos que machucam mesmo!

- Inferno, não me importa o sapato!

- Como não? O sapato é essencial no meu ramo. Tem que ser tipo esse que eu estou usando. Custa a maior grana nas sequissixope, mas depois que eu investi neste par, a clientela aumentou bem. Se quiser ser dominatrix, salto fino é uma coisa bem importante, eu super recomendo!

- Mas é hoje que perco a paciência... Vou mudar a pergunta: A senhorita Claudimarciana…

- Porra seu delegado, eu já disse que não atendo por este nome! Assim, quem vai perder a paciência sou eu! É Anna! A-ene-ene-á! Anna com dois enes!

- Ave... Pois bem, na sexta feira, dia 15, à tarde, Sir James Pindleton foi assassinado... A senhorita Anna, com dois enes, conhece algum Sir Pindleton?

- Pindleton? Ah Sherlock, isso eu não posso falar. É segredo profissional. Sabia que o segredo é alma do negócio? Então, no meu ramo, se ficar falando muito termina sem cliente. Além do mais, tá lá na propaganda do meu panfleto: sigilo absoluto!

- Não enrola, senhorita Claudimar… Quer dizer, senhorita Anna! No livro contábil dele tem várias ordens de pagamento feitas à senhorita!

- Ordens de pagamento? Mas homem do céu, porque você não disse logo! Só o véi da van faz ordem de pagamento, porque é cliente VIPE: Véi Impotente Privilegiado Economicamente! O resto tudo tem que pagar em dinheiro vivo.

- Véi da van? Pelos céus quem é esse?

- O véi da van é o Sir Pindleton. Ele é conhecido assim por ser dono de uma forta de transporte público.

- Ok, o véi da van, que seja. Ele fez ordens de pagamento em seu nome, já disse, tenho o livro contábil dele…

- Eu tomei muito calote de uns fodidos até aprender. Então, comigo é assim: se quiser depositar a porra em mim, nada de depositar em porra de banco, eu só trabalho com a porra do dinheiro na mão! Se bem que… Olha Sherlock, tem uns caras estranhos, querem bufunfa na buzanfa, saca?

- Querem o quê!?

- Bufunfa na buzanfa.

- Que porra é essa?

- Ah não, seu Holmes. Vamos voltar à história da porra de novo? Afe! Supõe-se que o Sir Holmes, que acorda cedo e tal, é que é o inteligente aqui!

- Não enrola, o que é bufunfa na buzanfa?

- É meter a grana no furico da gente, oras! Já disse, isso de dominatrix é foda, envolve muita porra - e se tiver bufunfa na buzanfa os lorde pira!

- Olha, esquece isso de bufunfa e buzanfa. Fala do tal véi da van!

- Sherlock, não complica. Já disse, é sigilo profissional. Não posso sair por aí espalhando que o véi da van gostava mesmo é ficar de bizôio.

- Bizôio? Que porra é bizôio?

- Bizôio não tem nada a ver com porra. Mas o Sherlock é bem burrinho mesmo não é? Como é que faz para ser detetive? Ganha bem? Sim, porque se o Sherlock, que nem sabe nada, consegue, eu bem que podia tentar…

- Desembucha! Que é esse tal bizôio que o tal véi da van gostava?

- Bizôio, ora bolas. Tipo o véi da van pagava só pra ver eu metendo uma pemba dourada na mulher dele, uma novinha de dezoito anos toda gostosinha. Daí eu colocava a trolha falsa na cintura e mandava ver.

- Ela pagava só pra ficar olhando?

- Quase isso, porque eu tinha que caprichar. Quanto mais estrago eu fazia, melhor pra ele. Enquanto eu metia ferro no furico da esposa, ele ficava lá, tocando umazinha, só no bizôio. E como meu caralho é de madeira, não tinha porra nenuma envolvida, entendeu?

- Puta que pariu, não começa com isso da porra de novo…

- Se bem que, às vezes o véi da van vinha correndo e espirrava tudo na cara da esposa… Nossa, mas o Sherlock é mesmo inteligente! E não é que tem mesmo porra no bizôio? Nunca tinha me dado conta!

- Para mim chega! Não quero mais saber de pepeca depilada, porra, buzanfa ou bizôio! Acho melhor você começar a cooperar, que eu cheguei no meu limite!

- Ui, ficou nervosinho? E eu lá sou obrigada a saber que você gosta de pepeca peluda? É culpa minha se você se incomoda com a porra no bizôio dos outros?

- Ai meu cacete, eu mereço essa torura…

- Aí você me quebra, seu Holmes. Os apetrechos de tortura tão tudo lá no tal endereço desconhecido. Se bem que, se o Sir Holmes quer dor no cacete, eu vim com os saltos altos hoje, aqueles da sequissixope.

- Pera lá, eu não quero nada além do seu depoimento!

- Mas nem é tão caro… Olha, o Sir é boa gente, faço o primeiro atendimento na faixa, que é para criar clientela fixa. Isso é marketingue. Então, Sherlock, topa uma esmagadinha nas bolas?

- Ei, sai pra lá, eu não topo porra nenhuma!

- Olha que podemos fazer um combinado, hein?

- Combinado?

- Então, fiquei muito louca! É Bléquifraidei de pepeca: Pisada na pemba, com direito a bufunfa na buzanfinha, tudo pela metade do preço! E o Watson aí pode ficar só no bizôio! Hein? Hein? Hein?

- Você não me falte com o respeito! Olhe que eu mando o inspetor Lestrade prendê-la!

- Me prender? Sherlock safadinho, já está pegando o jeito da coisa, não é? Só que geralmente quem prende a clientela sou eu!

- Me prender, a senhorita? Isso é inaceitável!

- Pera, deixa eu pensar…Tudo bem, como é na promoção, eu topo! Só que já vou avisando: com algemas eu cobro o dobro!!!

Após uma nada tradicional sessão de interrogatório investigativo, onde a senhorita Anna realizou uma reconstituição dos atendimentos que costumava fazer para Sir Pindleton, Sherlock Holmes dava baforadas profundas no seu cachimbo e meditava sobre aquele caso tão complexo e tradicionalmente delicado.

As lembranças da senhorita Anna seminua, com os seios fartos à mostra e uma pouco tradicional pemba dourada de trinta centímetros amarrada à cintura o atormentava. Sobre a cama, Holmes ainda podia ver o pobre Dr. Watson, quem fizera o papel de dominado naquela encenação.

O saco de Sherlock ainda doía pelas pisadas que a tal dominatrix lhe aplicara com os saltos altos da tal sequissixope, mas, convenhamos, foi pior para o fiel e tradicional acompanhante de Holmes: o homem ainda estava algemado pelas costas com algumas notas de cinquenta libras enfiadas no traseiro.

- Porra, Sherlock, para mim já deu. Esse caso é difícil demais e eu já me fodi todo! Tô fora!

- Meu caro Watson, se acalme. Estamos muito próximos a solucionar esta trama. O depoimento da senhorita Anna e esta reconstituição foram peças essenciais!

- Essenciais? Caralho Holmes! Essa dona me enrabou e depois enfiou a grana no meu cú! E você ficou aí, só olhando! Para piorar, ainda veio no final com o seu tradicional pau vitoriano e esporrou na minha cara! Na minha cara! Puta que pariu Holmes, eu desisto!

- Mas Watson, eu tinha de fazê-lo para compreender toda a complexidade dos atendimentos da senhorita Anna! Vamos homem, coragem! Limpe esse pó dourado do cú e vista-se logo, que temos uma diligência!

- Diligência? Como assim, Holmes? Este caso já está solucionado! Aposto que foi a tal Anna, aquela arrombadora de cús! Afinal, ela tinha uma pemba dourada igual à que encontraram no traseiro de Sir Pindleton!

- Nada disso, Watson, não nos apressemos. Esse universo do sadomasoquismo é muito mais complexo do que aparenta. Nós vamos à tal sequissixope mencionada pela senhorita Anna em busca de mais informações.

Uma vez na loja de artefatos eróticos, Sherlock questionava à dona do estabelecimento sobre a variedade de itens em exposição. Eram tantas coisas que se usavam que a curiosidade do famoso detetive se via aguçada ao extremo. Especificamente, Sherlock se deteve ante um mostruário apresentando uma coleção de pembas falsas de diferentes tipos, tamanhos e materiais.

- A senhora possui na loja alguma pemba de ouro?

- Uma pemba de ouro? Meu caro Sir, isso é algo um tanto incomum, uma pemba dessas custa uma pequena fortuna! É um artigo produzido somente por encomenda!

- Ë mesmo, milady? Quanto custam? Precisa ser muito abastado para adquirir uma?

- Definitivamente sim! Estamos falando de mil libras por centímetro. Como ninguém compraria um micro-pênis artificial, o tamanho mínimo deveria estar aí por uns vinte centímetros… Logo, uma pemba destas feita de ouro custaria umas vinte mil libras!

- Entendo… Então, trata-se de um artefato diferenciado, para poucas pessoas de alto poder aquisitivo! Por acaso a senhora já vendeu alguma destas?

- Sim, por casualidade sim. Uma senhora da alta sociedade fez tal encomenda. Foi tudo muito discreto, coisas da nobreza. Ela nunca veio à loja, fez tudo por correio. Tive de pagar uma entrega em Withfordshire, imagine!

- Withfordshire? Interessante… Mas e aquela pemba dourada ali no canto direito do mostruário? Acaso não é feita de ouro?

- Não senhor, seria muito arriscado manter algo assim na loja. Aquilo é simplesmente uma pemba de madeira pintada de dourado, um artigo comum, mas com muita saída entre as classes menos abastadas. Geralmente, é a opção de nove entre dez dominatrizes.

- Entendo… E quanto à qualidade? São artefatos duradouros? Sim, porque devido ao uso que lhes dão, imagino que a pintura se desgaste facilmente.

- Ora meu caro Sherlock, percebo que seu interesse neste tipo de pemba vai além do profissional, estou equivocada? Deseja uma pemba dourada? Eu recomendo muito! Caso deseje, podemos ir ao subsolo para que uma das minhas assistentes faça uma demonstração usando uma destas mais convencionais para que se convença!

Já no porão da loja, a senhora concedeu uns momentos a Sherlock e Watson a sós com uma jovem loira de longos cachos no cabelo e estatura mediana, que exibia um corpo semi nú mignon apenas coberto nas partes menos pudendas por finas tiras de couro negro. A jovem, muito simpática e atenciosa, se dispunha a deixar que os dois homens experimentassem uma pemba convencional de madeira dourada em seu ânus por apenas um par de dezenas de libras.

Enquanto Watson sequer conseguia observar o ato devido às lembranças dos momentos terríveis passados junto à senhorita Anna com dois enes, Sherlock roçava a cabeça da pemba artificial na entradinha do brioco da jovem amarrada de quatro por cordas grossas pelos punhos e tornozelos sobre uma mesa rústica de madeira nobre. Quando logrou enfiar a glande do artefato no furico da loirinha, Sherlock retomou sua investigação sobre o caso.

- É assim que se faz, minha jovem? Acaso não dói excessivamente ter essa coisa enfiada na raba?

- Ai, senhor Holmes, fazendo com jeitinho nem dói tanto… Pode meter mais um pouco, está gostosinho…

- Estou vendo que a senhorita tem deleite, mas custo a acreditar. Digo, essa trolha deve ter umas quatro polegadas de diâmetro e seu cuzinho parece repuxar enquanto eu movimento para dentro e para fora.

- Mau caro Sherlock, dar o cú é assim mesmo, dói, mas me dá tesão sentir essa agonia, essa dorzinha das preguinhas sendo forçadas. Se acaso não se incomodar de tocar uma siririca na minha bucetinha enquanto o faz, ficará melhor ainda!

- Entendo, minha jovem. Provavelmente, o estímulo no seu grelo desvia a atenção da dor no furico, daí a sensação de prazer é maior. Muito interessante. Posso enterrar mais um pouquinho?

- Ainn, Sherlock… O senhor pode enterrar sim! Essa sua mãozona esfregando minha bucetinha, ainnn… Está me provocando arrepios! Ainn, enfia mais, Sherlock, por favor! Ainn, enfia tudo!

- Sim, minha cara, posso sentir sua bucetinha se encharcando de prazer e escorrendo pelos meus dedos! Vejo que realmente sente extremo prazer com esse tipo de prática, não é? Mas como uma bela jovem feito você começou neste mundo do sadomasoquismo? Digo, o que faz uma pessoa decidir que vai meter uma pemba artificial no cú, se me permite indagar?

- Eu… Puta que pariu, vou gozar! Eu… Não sei… Puta merda! Minha mãe.. Puta caralho gostoso! A minha mãe comprou uma pemba artificial! Eu vou gozar, eu vou gozar, puta merda! A minha mãe curtia uma pemba dessas no cú! Ai, caralho!

Terminada a demonstração, Sherlock já tinha todas as respostas que necessitava. Ainda teve o cuidado de limpar suas digitais da bunda daquela jovem e ficou muito satisfeito ao retirar o pó da tinta dourada acumulado ao redor do cuzinho da loira devassa. Saindo do estabelecimento, Sherlock pediu a Watson que chamasse uma carruagem.

- Rápido Watson, nós vamos até Withfordshire, precisamos deter Lady Pindleton!

- Lady Pindleton? Holmes, que porra é essa? Vamos prender uma defunta? Isso aqui agora é The Walking Dead? Você ficou doido depois de ter os bagos esmigalhados por aquele scarpin de salto agulha vermelho?

- Meu caro Watson, raciocine comigo: Um viúvo aparece todas a sextas no ateliê de uma dominatrix, acompanhado de sua suposta esposa, obrigando a mulher a ser dominada por uma plebéia, comida por uma pemba artificial e tendo cédulas com a cara da Rainha Vitória enfiadas no brioco. Diga-me, Watson, você gostou de ser enrabado e de levar a bufunfa na buzanfa?

- Holmes, quando a tal Anna com dois enes enfiou aquilo em mim, eu queria matá-la, queria matar você e queria matar o Lestrade! Puta que pariu, eu seria capaz de matar até a Rainha Vitória! Por isso eu estou dizendo que foi a tal dominatrix quem deixou Sir Pindleton morto e enrabado!

- Negativo, meu caro Watson! A pemba dourada da senhorita Anna deixou tinta dourada no seu cú, assim como a pemba que recém utilizei na loirinha da sequissixope. Essas pembas são artefatos baratos e a que estava no cú de Sir Pindleton era de ouro maciço! Diga-me, Watson, quem é possui uma pemba cara dessas?

- E eu vou saber, homem de deus? Você acha que por acaso eu ando por aí investigando a pemba dos outros?

- É elementar, meu caro Watson. A dona da loja nos contou que entregou encomenda similar em Withfordshire, justamente onde Sir Pindleton foi encontrado morto!

- Peraí… Pela espada do Rei Arthur, Holmes! Era uma esposa falsa! O velho fazia alguém se passar pela defunta nas sessões de sadomasoquismo das sextas no ateliê da dominatrix! Foi essa mulher quem assassinou Sir Pindleton!

- Elementar, meu caro Watson, elementar!

- Mas Holmes, quem seria então essa que se passava por Lady Pindleton? Afinal, quem é assassina?

- Watson, você não prestou atenção no depoimento? Veja aqui as suas próprias anotações! Segundo a senhorita Anna, “o véi da van pagava só pra ver eu metendo a pemba artificial na mulher dele, uma novinha de dezoito anos toda gostosinha.”

- Desculpe aí Holmes, mas não estou entendendo. Seu raciocínio lógico-dedutivo é foda demais para mim…

- Ora meu caro Watson. Quando eu indaguei à loirinha sodomizada da sequissixope porque sentia prazer em tomar pemba falsa no toba, o que ela respondeu?

- Holmes, eu não sei, eu nem conseguia prestar atenção em você metendo aquilo na garota, era demais para o meu puritanismo vitoriano!

- Ela nos contou, entre uma jatada e gozo e outra, que se interessou nessa prática obscura porque sua mãe tinha o mesmo gosto, Watson. Foi tudo culpa da mãe!

- Porra Holmes, agora é que eu não estou entendendo nada mesmo. Essa história é muito confusa. Sir Pindleton morre com uma piroca de ouro entalada no cú. Ele frequentava uma ateliê de sadomasoquismo, mas não foi a dominatrix com dois enes a criminosa, porque parece que ela não teria grana para comprar um trem desses…

- É claro que não tinha Watson, senão não viveria na casa do cacete a pagaria conta de luz na lotérica! Quem sim tinha recursos suficientes para tal aquisição seria Lady Pindleton…

- Lady Pindleton que já estava morta e que, portanto, não tinha condições de acompanhar o marido às sessões de sadomasoquismo no ateliê da Anna filha da puta com dois enes, muito menos de assassiná-lo enfiando uma pemba dourada no seu rabo. Vê? Holmes, essa história não fecha!

- Meu caro Watson, há um pequeno detalhe que lhe escapa. Se ele era viúvo e aparecia ateliê sado-maso com uma novinha de dezoito aninhos dizendo que era sua mulher, essa garota então só poderia ser…

- Desisto Holmes, eu não faço a menor ideia.

- Lady Pindleton, a filha única e herdeira do véi da van, vítima de uma relação incestuosa onde se via obrigada a realizar todas as fantasias perversas de seu pai viúvo e que aceitava tudo devido à influência da sua falecida mãe, a verdadeira dona da tal pemba de ouro!

- Caralho Holmes! Mas é claro, como eu não me dei conta antes? Esse é um tradicional caso de incesto, o crime mais tradicional da nobreza muito tradicional!

- Viu só, Watson? Vamos logo, não há tempo a perder! Mas quando regressarmos vamos dar uma paradinha tal sequissixope, falou?

- Na sequissixope, Holmes? Mas… Porquê?

- Eu quero comprar um sapato daqueles de salto agulha vermelho pouco tradicionais pra gente. Aliás, quanto você calça, meu caro Watson?

NOTA DO AUTOR: este conto foi escrito como participação num desafio da Casa dos Contos sobre Sherlock Holmes e não faz parte da Saga Zóio, que retomará suas publicações regulares em breve com uma nova temporada de fazer a gente cair com a bunda no chão.

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Comentários

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Gostei de seu texto, deu pra rir, aliás, depois que li seu texto, resolvi modificar o meu,,, deixei um pouco a seriedade e partir pro fetiches... três estrelas merecidas pra você

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Obrigado Ibida! Estava com saudade de receber sua visita e me deixa feliz que tenha achado engraçado, essa era a ideia.

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Pelo jeito a tal ideia matadora veio mais rápido do que o esperado né?...rsrsrs... Tinha certeza que você ia fazer bonito neste desafio. Beleza de texto rapaz! Divertido e criativo. A dominatrix Anna é um personagem interessantíssimo...rsrsrs..Parabéns mais uma vez meu caro! Você foi do Car... Lacrou no texto! Abraços!

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Oi Tito! Então, a dominatrix foi a ideia chave, roubou o texto e fudeu com o Sherlock - e com o Watson, de quebra, haha.

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