Zóio - O Universitário

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2375 palavras
Data: 01/01/2023 12:16:23
Última revisão: 01/11/2023 12:56:23

Finalmente eu entrei na faculdade, mas não era bem isso que eu queria.

Quer dizer, eu queria entrar sim, mas passei para geologia, um curso que não tinha lá muito a ver comigo: havia muito homem e só duas garotas na minha turma - sendo que nenhuma delas chegava sequer aos pés do meu eterno objeto de desejo, a irmã do Atentado.

Logo no primeiro semestre, cismei que aprenderia violão. Não que eu quisesse montar uma banda, mas eu achava que quem tocava violão pegava as garotas. Entendam: essa história de só ter homem na geologia era realmente verdade, tanto que as festas tinham que ser combinadas com a psicologia, porque lá só tinha mulher. Então, saber violão poderia melhorar minhas chances de pegar ao menos uma das duas garotas existentes!

Contudo, eu sou arrítmico por natureza e arrumei emprestado um violão velho e todo quebrado: Por mais que eu tentasse, não lograva afinar aquela joça - e sem isso sequer conseguia começar a tocar dó-ré-mi. Para minha salvação, conheci uma PROFESSORA DE PIANO que era aluna da música e ensinava para crianças - considerando meu nível musical, essa seria a opção ideal para mim.

Joguei charme até convencê-la a me ajudar, dando uma aula sobre notas musicais e afinação básica, tudo na faixa. Ela tinha cabelos pintados de muitas cores e muitas tatuagens, além de ser do tipo gostosinha de piercing que só usa preto, logo, eu curti. Daí, a profe quis usar um piano pra me ensinar o básico, então combinamos uma tarde na casa de seus pais.

Depois de muito tentar, concluímos que eu era um caso perdido pra música e ficamos só batendo papo, até que eu descubro: o namorado dela era guitarrista e cantor de uma banda em ascensão conhecida, o que me deixava a anos luz de conseguir alguma coisa com ela.

Mas a afinidade foi tanta e a tarde foi tão legal que a gente combinou vários cinemas, pois seu namorado vivia viajando para tocar e ela tinha tempo de sobra pra sair. Como a profe só ia no Cine-Cultura, terminei desenvolvendo um gosto cinematográfico refinado por causa disso - lembrem-se de que, até então, cinema para mim era filme pornô no videocassete.

Como eu já levava umas semanas sem comer ninguém, não demorou muito pra ter comichão e ficar imaginando que tal seria ir com a profe. E lá vou eu fazer besteira e ficar tentando pegar na coxa dela, ou no peito, ou na bunda, deixando bem claro minhas intenções.

E lá vai ela, rindo e tirando minha mão, sempre me lembrando do namorado pop-star que estava viajando. Eu tanto insisti e o namorado dela tanto viajou que, uma noite após o cinema, quando fui deixar a profe em casa, estávamos no carro e finalmente rolaram uns amassos.

Começou com um beijo demorado e suculento, minhas mãos já escorregaram até seus peitinhos, logo estavam sobre a calcinha, logo estavam dentro da calcinha - e logo ela suspirava e gemia no banco embaixo de mim.

Suas mãos desceram, abriram a minha calça, puxaram o bichão pra dar um alô e a profe começou a tocar umazinha bem gostosinho. Abaixamos o banco, eu lambi a entre as pernas da garota com gosto, ela estava molhadinha e era macia, comecei a chupar o montinho e meter os dedos, ela se contorceu toda e gozou resfolegando.

Em retribuição, colocou-me sentado, se agachou no chão do carro e abocanhou o bichão, deixando ele babado, pulsando, em ponto de bala. Eu puxei a profe pra cima e percebi que ela parecia meio em transe. Sentei a mina no meu colo e fui posicionando o bichão na portinha, quando ela voltou a si, deu um pulo para o lado e disse zangada: “Ei! Não pode meter não! Eu tenho namorado!”

Em resumo: eu nunca comi a profe de piano, nem aprendi violão. Então, no fim daquele semestre eu mudei pra psicologia, onde tinha muita mulher e eu não necessitava desenvolver outros talentos além dos que já possuía, ou seja, fazer besteira.

Logo no primeiro semestre de psicologia, dei-me conta de que tinha tudo pra ser legal: além da mulherada as matérias eram ótimas e você precisava gostar de ler bastante, ou seja, um curso feito para mim!

Contudo, foi mais desafiador do que parecia - e grande parte disto se deve à Introdução à Sociologia. Nem tanto pela matéria em si, mas pelo contexto em que se deu: O professor era um ex-torturado da ditadura militar, um cara cheio de traumas graves, surtou logo na quarta semana e aposentaram ele, felizmente - para nós e para ele.

Daí, assumiu o curso a monitora, uma MESTRANDA COM CARA DE VIRGEM, com um pequeno detalhe: Era gaga. Você já ficou quarenta minutos escutando alguém gaguejar sobre o Marx Weber? Não? Era pior que o professor aposentado, a aula era uma tortura!

A coisa não fluía e a gente passava o tempo todo se segurando para não completar as palavras, enquanto a mestranda tartamudeava estancada em alguma sílaba. Ao final do terceiro mês, eu não entendia nada e era evidente que eu ia bombar.

Numa última tentativa, procurei a monitora na salinha do mestrado.

Ela até que era bonitinha, então o plano era jogar charme e tentar me safar. Abri o jogo, confessei que meu trabalho estava um desastre, mas que eu adorava sua aula - e que estava apaixonado!

No auge da atuação, fiz cara de choro e disse que ia largar tudo, que eu não podia seguir assim, que passar o tempo todo pensando nela estava me deixando louco.

Daí a mestranda ficou me olhando com cara de pena - e aquilo me deu tesão de verdade. Fingindo desespero, eu soluçava no ombro da garota - nossa, eu devia estar cursando teatro, não psicologia!

Sem saber o que fazer, ela tentava me acalmar, passando a mão na minha cabeça. Arrisquei um pouco mais, comecei a beijar o pescoço dela - bem, ela não correspondeu, mas tampouco se afastou me dando uns tapas.

Comecei a beijá-la, ela não me beijou, mas deixou que eu passasse a língua por toda a sua boquinha. Acho que, na verdade, era tudo tão inusitado que a deixei sem reação, ou então ela receava criar algum trauma profundo em mim, sei lá.

Quando agarrei sua bundinha, ela fez que ia se afastar, mas eu cheguei pra frente e colei seu quadril no bichão, já duro feito pedra.

Ela foi indo pra trás, e eu fui indo pra frente, sempre beijando, segurando a bundinha e esfregando o bichão nela, até encostá-la na parede. Fiquei ali algum tempo, mas ela nem se mexia.

Vendo que eu tinha de me esforçar mais, fui subindo a sua saia e coloquei a mão na calcinha e… Surpresa! Ela agarrou meu pescoço e começou a mexer o quadril!

Tudo ia bem, então passei para a próxima etapa: afastando a calcinha para meter um dedo. Neste momento, ela mordeu minha orelha e gaguejou - aposto que vocês nem lembram que ela era gaga: ”Nã-nã-não me-me-mete nã-nã-não, que e-e-eu so-so-sou vi-vi-virgem! Só- po-po-pode fi-fi-car de sa-sa-sa-sa-sa-sa-sa-ra… Sarinho!”

Bem, mesmo depois disso ela me deu pau em sociologia ao final do semestre.

Mas tudo bem, eu havia passado nas outras matérias e estava determinado a continuar - com o curso, não com as investidas na mestranda. Diferentemente do semestre anterior, desta vez me matriculei no noturno, porque precisava trabalhar, era mais barato e teoricamente mais fácil de passar em Introdução à Sociologia.

Conforme minhas expectativas, o curso tinha muita mulher. Em vinte alunos na sala, só havia eu e um outro carinha - e ele era gay, podia até não saber, mas era.

Ao contrário do que havia imaginado, entre o trabalho, a carga de leitura e o sofrimento em Introdução à Sociologia, não restou muito tempo pra galinhar. Ademais, as garotas do curso noturno pareciam mais interessadas em aprovar nas matérias e levar suas vidas que no rala e rola universitário.

Ainda assim, A LEI DA OFERTA E DEMANDA estava novamente a meu favor e fatalmente eu terminaria descolando uma garota, mesmo que não quisesse - não sei se o colega gay sabia disso, mas ele estava na mesma situação.

Só para dar uma mãozinha ao acaso, eu era um dos poucos que morava sozinho e quase todo mundo ainda estava na casa dos pais. Assim, geralmente os grupos de trabalho em que estava se reuniam lá no apê mesmo, um lugar todo derrubado mas com um aluguel quase de graça.

Numa dessas, uma garota sem muitos atrativos extraordinários, branquinha, dos cabelos loiros e corpo mignon ficou por lá. Eu já tinha sacado que ela havia tido algum tererê com o colega gay do armário, que rapidamente fugiu após terminarmos a reunião.

A garota então ficou pedindo conselhos masculinos, fazendo mil perguntas e tentando entender porque o colega não queria mais nada com ela.

“Amiga, ele é super gente boa, entendo porque você gosta do cara… Só que daquele mato não sai coelho nem que você fique pelada com a perequeta pintada de ouro na frente dele”, alertei.

Só que a mina parecia não entender meu ponto e continuou no assunto, perguntando se ela não era bonita, ou se não era inteligente, ou ainda se não estava deixando bem claras suas intenções para com ele.

“Mina, olha só, acho que isso não tem futuro, mas, se você realmente quer ficar com ele, tem que mudar a estratégia…” Eu estava um pouco de zoação, sem saber que ela realmente levaria a sério.

Aconselhei usar umas roupas de couro e calças compridas em lugar dos vestidinhos, sapatos de salto em vez das sandalinhas, um visual mais agressivo e dominador. Acrescentei um detalhe importante: “Compra um coisos de plástico. Se vocês forem pro fight, bota na brincadeira e mete com jeitinho nele. Aposto que funfa.”

Ora, pode até não parecer, mas eu não estava fazendo psicologia à toa.

Em duas semanas eles estavam namorando de mãozinhas dadas, ele com cara de feliz e ela com cara de safada. Toda vez que nos cruzávamos, ela me dava uma piscadinha discreta.

Pra falar a verdade, ela ficou um tesão com o novo visual e começou a ser meio inquietante continuar com o casalzinho no meu grupo de trabalho, onde a discussão do momento era: “Quando se está sozinho no escuro de uma floresta negra, repleto de medo e fome e escutando ruídos sinistros à sua volta, com uma arma carregada, e daí vê uma sombra mover-se no escuro… Você dispara mesmo sem saber no quê, ou para para conversar antes?”

Uma garota pode-crer, com sua bata de gaze, sem sutiã e suvaco cabeludo se juntou com o colega gay do armário e defendiam acirradamente a via do diálogo antes da ação. A garota ex-comportadinha e agora transformada em dominatrix colou com uma mina fantasiada de gótica, defendendo atirar antes e ver no que tinha acertado depois.

Ante o famoso DILEMA DO CAÇADOR, eu considerava que não haveria uma resposta correta: se você para e averigua antes, pode ser um bicho escroto, também com fome e morto de medo, que termina te comendo; se você dispara antes, pode ser a sua filhinha de cinco anos que estava procurando o papai, e você terminou exterminando sua prole.

Enfim, o que importa menos aqui é a sua resposta, esse teste é feito para saber como os outros pensam em situações extremas.

A pseudo dominatrix comia o gay de armário, assim que não me interessavam. Contudo, a mina pode-crer dava um belo caldo, era dessas com peitinhos pequenos e cintura larga, boa de segurar de quatro e dar umas bombadas.

Já a garota fantasiada de gótica era gordinha e muito jovem, o que não deixava de ser um atrativo se pensasse nela deitada, com as pernas nos meus ombros e toda arreganhadinha, convidando à sacanagem.

Como era de costume, o casalzinho estranho foi para um dos quartos se pegar, isso ocorria direto, eu era meio que o padrinho deles e dava guarida sempre. Fiquei jogando conversa com a pode-crer, afinal ela era das que averiguam antes, e fingi não dar muita bola para a darkzinha. A hippie pode-crer lá, falando sobre o dilema da floresta e justificando seu ponto de vista - e eu fazendo de conta que estava interessado.

Depois de vinte minutos escutando seu monólogo em prol da paz e do amor, eu viro para a darkzinha e, sem aviso, tasco o maior beijo em sua boca, afinal, ela sempre atiraria antes de averiguar melhor.

As duas ficaram assustadas, mais que indignadas, o que era bom. Daí lhes expliquei que aquilo também era um teste, pois eu estava vendo como elas reagiam se lhes fosse aplicada a mesma resposta que propunham ao dilema do caçador: averiguando uma e atacando a outra.

Em minutos a gordinha estava de quatro na cama gemendo com o bichão enfiado entre suas pernas e rebolando uma bundinha firme, mas de tamanho razoável, com uma cadencia gostosa de quem curte fazer com força, enquanto a pode-crer estava ao lado, também de quatro, aguentando firme eu dedilhar sua coisinha extra-cabeluda toda ensopada e falar muita sacanagem para ela escutar.

Resolvi inverter o teste para ver o resultado, passei a acariciar as nádegas da gótica e dizer elogios amáveis a ela, enquanto meti dois dedos sem nenhuma preparação prévia lá atrás da pode-crer.

A gordinha ficou sorrindo para mim com cara de apaixonada e a podecrer crispou os dedos no travesseiro e gritou alto, arqueou as costas me xingando e mandando meter mais um dedo nela. Essa foi minha primeira vez com duas minas!

Resultado final do teste: inconclusivo. Só deu mesmo pra saber que com a mulherada da psicologia era tudo imprevisível. Ainda bem que tomei pau de novo em Introdução à Sociologia, daí mudei de curso e fui para arquitetura, onde deixei de ser um selvagem para me tornar só mais um calouro qualquer…

Ou não?

Conseguiria eu me adaptar à vida adulta? Deixaria de ser tarado? Comeria alguém? Namoraria alguma garota outra vez na vida, ou ficaria só de galinhagem mesmo?

Mas, e a irmã do Atentado, que fim levou? Eu já estava comendo um monte de mulheres, mas será que nunca alcançaria o meu mais profundo objeto de desejo?

Eram tantas as expectativas!

Nota: Confira os capìtulos ilustrados da série Zóio em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Meu mano seu conto e top de mais meu parabéns teve uns capítulos que estava ler mim lembrou o tempo de moleque no meu bairro era fogo mesmo acha um menina para perder a virgindade

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Obrigado Andrezão! A juventude é assim, não é? A gente passa aperto mas depois sente saudade, rs

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Gosto muito dos seus contos, putaria com humor, uma combinação perfeita.

Ótimo de ser ler.

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Obrigado Nircaxyo! Fica ligado, essa semana começa a segunda temporada da saga: os tempos da faculdade!

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