Zóio - O Inverno

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2170 palavras
Data: 10/12/2022 10:03:41
Última revisão: 16/10/2023 13:41:36

O inverno tem lá seus encantos. Friozinho, roupas mais transadas, ficar embaixo do cobertor, tudo isso é gostoso.

Por isso, eu amava quando chegava o meio do ano. Sem falar que na escola era época da festa junina, um dos melhores eventos para garotada se divertir e tentar pegar alguém para se esquentar - e eu ainda buscava me recuperar do término abrupto do meu primeiro namoro.

Além do mais, eu já ia terminando o ensino médio e a regra era clara: quem estava no último ano se encarregava do quentão. Isso era um ingrediente a mais, pois trabalhar nesta barraca significava beber escondido à vontade.

Está bem, sempre tinha um professor supervisionando, mas depois do quinto copo geralmente o cara não estava nem aí e a birita rolava solta entre os alunos - e essa é a verdadeira explicação de porque o quentão sempre acaba nas festas juninas.

Se a coisa já prometia, ficou melhor ainda. Naquele mês de junho, entrou na nossa sala uma aluna nova, negra de cabelos compridos e um corpinho em formação suculento. Peitinhos medianos, cintura fina, bundinha durinha, pernas proporcionais, vários indicativos de que ela se tornaria uma mulher fantástica num futuro bem próximo.

Confesso que depois de chupar minha primeira - e única - namorada, eu me achava capaz de conquistar a novata gostosa.

Procurando se enturmar, a garota se alistou para trabalhar na equipe do quentão. Ela não era de muitas palavras, mas durante o primeiro dia de armar a barraca foi das mais ativas, martelando, pendurando e ajudando a decidir coisas nas quais não havíamos pensado. Eu ficava só de butuca, olhando pro corpinho da novata.

No segundo dia, enfiei uma farpa no dedo e aquilo não saia nem por um decreto presidencial. Atenciosa, a mina veio dizendo que um jeito: Enfiou meu dedo na boca e ficou chupando. Não sei se farpa saiu, mas o jeito dela me olhar enquanto sugava meu dedo me deixou DE BARRACA ARMADA rapidinho.

Estava decidido, aquela seria a segunda mulher da minha vida! À noite, na inauguração da festa, eu já nem estava mais aí pra ficar goró de quentão e só pensava na garota chupando meu dedo. Bem, sempre existe algum percalço, não é?

Eu havia levado só uma camisa xadrez de flanela e estava quase me transformando num iceberg: Devia ser a noite mais fria do ano, no pior inverno da década. Havia um vento gelado e não existia quentão suficiente na face da terra para me aquecer.

Para piorar, eu era um idiota e toda aquela autoconfiança desaparecera, eu olhava a garota enquanto batia os dentes de frio e não tomava nenhuma atitude. Comigo à beira da hipotermia e o movimento já baixando nas barracas - na de quentão e na minha - a garota comentou que eu parecia um picolé. “E você gosta de picolé?” - perguntei tremendo.

Funfou. Ela riu e disse para abraçá-la para a gente se esquentar.

Minha temperatura subiu rápido comigo coladinho atrás da morena. Eu a abraçava pelas costas, tinha as mãos envoltas pelas dela no bolso de seu casaco e sentia um perfume à chocolate em seu pescoço. Depois de chupar coisinha, aquela deveria ser a segunda experiência mais gostosa do mundo!

O bichão ficou alerta, ela ia sentir minha ereção, achei ser inapropriado e afastei minha cintura, mas ela puxou meus braços e colou a bundinha em mim mais ainda, dizendo: “Ei, não afasta não, está gostoso assim juntinho!”

Discretamente, comecei a beijar sua nuca e enfiei as mãos por baixo do casaco, subi até os volumes de cima e comecei a massagear. O frio passou rapidinho, mas eu ainda tremia, agora devido ao medo de levar um tabefe na cara, mas ela deu um risinho, me chamou de safado e passou a se esfregar em mim.

Eu desci uma das mãos, coloquei pra dentro de sua calça, ela estava molhada e morninha. Fiquei dedilhando ali algum tempo, ela se contorcia e dava uns gemidos baixinhos, gozando.

Sem muito aviso, se desvencilhou, girou e me abraçou pelo pescoço. Enquanto me beijava, colou seu quadril ao meu, desceu uma mão entre nossos corpos, colocou-a sobre a minha calça e ficou massageando o bichão prestes a explodir, até eu não aguentar mais e gozar.

Essa menina sabia esquentar as coisas, passei um tempão tentando avançar o sinal com ela. Para mim, esse nível de intimidade com uma garota desconhecida era totalmente incomum, me deixava todo nervoso e sem saber o que fazer, diferente da maioria dos carinhas lá do bairro.

Por exemplo, meu amigo Perigo também era conhecido na turma como TED: O Terror das Empregadas Domésticas. O cara era grandão. o mais bem apanhado da gangue, não raro descolava alguma mina inocente (mas nem tanto) no baile do Clube de Bombeiros para se enroscar por aí.

E quando digo que era por aí, me refiro a qualquer lugar mesmo: a gente morava com os pais, ninguém tinha carro e muito menos grana pra pagar motel. As moças, à sua vez, dormiam na casa dos patrões e nem pensavam em levar alguém pro quartinho dos fundos. Assim, o assunto se desembolava geralmente em algum bequinho do bairro.

O Perigo não estava nem preocupado, quando se ativa o modo “eu quero agora do jeito que for”, adolescente é tudo bicho solto mesmo. Mas eu, Florzinha, Atentado e o Maluco éramos solidários e ficávamos pelas redondezas de vigia, prontos para dar o alerta se alguém inesperado aparecesse.

E assim, num sábado qualquer, o Perigo estava com uma mina do interior NO BECO - e a gente de guarda na entrada da viela, só ouvindo os gemidos.

Uns quinze minutos depois, o Perigo vem de lá ainda fechando as calças e diz: “Aí rapaziada, essa mina é das safadas. Vai rolar um pouquinho pra todo mundo. Agora olha só, sem zoação porque ela é gente boa. Quem ficar de arengação eu vou encher de bifa.” Esse recadinho final era pro Maluco e pro Atentado, pois eles tinham forte propensão a fazer besteira desde pequenos.

O Florzinha era virgem e disse que não iria, mas isso a gente já imaginava, este tipo de programa não fazia o estilo dele de menino certinho criado pela avó. Já eu era o caçula e, muito embora todos achassem o contrário, ainda era virgem - confesso, comecei a tremer feito vara verde com a ideia de comer uma estranha.

Lá no fundo, não estava muito atraído por perder a virgindade num beco com uma desconhecida depois do Perigo ter ido com ela - e nessa época tinha a mina da festa junina no colégio, com quem eu fazia altos planos.

Nesse ponto, faço uma explicação: entre a turma, dispensar uma oportunidade daquelas era cometer um sacrilégio contra todos os adolescentes do mundo, se você negasse fogo pegava má fama feito o Florzinha e ponto final. Assim, se bem eu não estivesse interessado como os demais, não sentia confiança o suficiente para refugar a oferta da estranha.

Para minha sorte, o Atentado sequer esperou, deu um salto e foi pro beco dizendo ser a vez dele. Imaginem só, pra quem só comia tia, aquilo lá era filé com fritas!

Por outro lado, se eu tinha dúvidas sobre ir com aquela garota, agora elas se dissipavam. O Atentado tinha um trem enorme - e ir com uma mulher depois dele era definitivamente pior do que chegar lá após o Perigo passear pela região. Enquanto eu pensava sobre isso, lá se foram vinte minutos ouvindo a mina reclamar do estrago antes do Atentado sair do beco.

Droga, minha vez estava chegando e eu não sabia como negar fogo, mas daí o Maluco se apresentou todo apressadinho, dizendo: “Ô CDF, tu é o caçula, então fica por último”.

Momentâneamente salvo de novo, eu ainda suava frio e estava com o cujo na mão: ou eu comia a garota, ou ficava com a mesma fama do Florzinha - e eu nem tinha a personalidade dele para bancar tanta zoação. Contudo, na vez do Maluco foi quando o pau realmente comeu no beco - e não me refiro ao coiso do Maluco, estou falando de briga mesmo.

Não deu nem um minuto e começou a maior gritaria.

O Perigo deu um salto e foi ver o que estava acontecendo, nós fomos os outros três logo atrás. E lá estava a garota pelada de quatro com o Maluco agarrando ela como dava, tentando ir por trás dela à força, e a mina desesperada, dizendo que ali não podia. Perigo nem perguntou, saiu logo descendo o cacete - e não me refiro ao coiso do Perigo, ainda ainda estou falando de briga mesmo.

Bem, o acontecido me salvou da situação embaraçosa, mas ficou um climão na turma: o Perigo e o Maluco brigaram, o Florzinha disse que não dava mais para andar com esses caras e o Atentado espalhou a história para todo mundo. As coisas nunca mais seriam iguais depois daquilo, mas, sinceramente, eu estava aliviado por escapar de uma quase segunda-primeira-vez tão desastrosa quanto a quase primeira-primeira-vez havia sido.

Apesar de estar feliz por ter escapado das roubadas com a turma lá do bairro, na verdade as coisas não iam tão bem para o meu lado e eu talvez passasse o resto da vida só no prazer solitário, sem conseguir comer ninguém. Mas aí, depois de ser ameaçado de morte pelo pai da minha primeira namorada, passei breves meses metido num triângulo amoroso típico, entre a negra suculenta da festa junina com quem tirei uns sarrinhos e outra mina que em breve viria a ser minha segunda namorada.

Após a noite de quentão, mão na coisa e coiso na mão, eu só tinha olhos para a moreninha deliciosa: negra de cabelos compridos, peitinhos medianos, cintura fina, bundinha durinha, pernas proporcionais e vários outros indicativos que a tornavam a vítima preferencial para livrar-me do cabaço - e não havia quem tirasse isso da minha cabeça.

Na minha OBSESSÃO, puxava assunto com ela durante as aulas, no recreio, na aula de educação física, na cantina e em qualquer oportunidade. Contudo, agora ela não era mais uma novata na escola - e estava cheio de aluno, professor, bedéu e até faxineiro rondando aquela mulher possivelmente deliciosa, todos querendo um pedacinho de sonho.

Eu nunca temi a concorrência, acho isso natural, leva os homens a se superarem. O problema? Quando o objeto desta competição é uma garota de dezessete anos, a coisa geralmente lhe sobe à cabeça à medida que as oportunidades de se aproveitar surgem aos montes.

Assim, a moreninha não pagava lanche, não carregava mochila, não fazia dever de casa nem tarefas extra-escolares. Ela não precisava, pois sempre tinha algum carinha ansioso para resolver este tipo de questão para ela.

Está bem, eu queria perder o cabaço com ela, mas a que preço?

Comecei a achar esta disputa uma coisa meio idiota, mas ainda assim seguia babando na menina. Mal percebi uma outra aluna, uma conhecida de quando eu entrei na escola: da minha altura, branca, cabelos negros, magra e gostosa, com seios bem volumosos e empinadinhos. Era uma garota centrada, legal, gostava de ler e, como eu, estava na cara que era virgem também.

Um dia me dei conta de que, quando eu não estava correndo atrás da moreninha e tentando realizar seus desejos, essa outra mina ficava buscando assunto, dividindo o lanche, querendo marcar de estudar e, não raro, entrando em assuntos mais íntimos, tal como a perda da virgindade ou minhas intenções sexuais para com as mulheres da escola.

Quando a gente é jovem as coisas estão na cara e nós sequer enxergamos!

Daí veio uma tarde no gramado em frente a escola, matando aula, onde eu estava perdido em pensamentos, fumando um baseado e calculando que o esforço em prol da moreninha não estava se pagando: basicamente, apesar de todas as minha iniciativas, eu estava longe de comê-la, tanto quanto qualquer um outro da longa fila de caras correndo atrás dela.

E aí vem de lá a outra mina, se senta ao meu lado, dá uns tapas na bagana, fica meio doida, viajando, se estira na grama e põe a cabeça no meu colo.

Reparei na sua boca carnuda, nos seios esparramados sobre o peito, no umbiguinho à mostra acima da saia plissada e na calcinha branca de algodão, também à mostra, abaixo da mesma saia - nossa, eu estou pensando aqui e me dou conta, a tal saia era mesmo pequenininha.

De repente, sou retirado deste transe alucinógeno com a garota rindo e dizendo: “Cara, você está duro? Negoção esse seu, hein? Porque você não vem cá e me dá um beijo?”

Depois daquela tarde e daquele beijo, esta foi minha segunda namorada, com quem eu queria muito perder o cabaço.

Conseguiria eu por fim deixar de ser virgem? Seria com essa mina da saia minúscula, ou a novata negra ainda estava na jogada? Se não conseguisse comer nenhuma delas, estaria eu condenado a ser descabaçado num beco durante algum sábado à noite por alguma doméstica frequentadora do Clube dos Bombeiros?

Nota: Confira os capìtulos ilustrados da série Zóio em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Bayoux, Adorei a segunda parte, tanto quanto a primeira. E encontrar um autor na CDC que escreve tão bem, que conta tão bem, de forma leve e fluida, e em um português praticamente impecável é uma raridade. Juro, a maioria dos bons contadores de histórias no site escreve sofridamente, e nem se preocupa em passar um corretor. Neste ponto você se destaca. Parabéns, Excelente conto. A série promete muito. Adorei.

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Oi Andrezão, bem vindo à Saga do Zóio. Obrigado por comentar!

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E mano este seu conto e da hora meu parabéns

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