Zóio - A Doidinha

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2108 palavras
Data: 29/12/2022 10:26:55
Última revisão: 31/10/2023 12:20:37

Minha irmã ia se formar em pedagogia!

Meu pai estava contente porque não pagaria mais faculdade, minha mãe estava feliz porque sua filha era alguém na vida e eu… Bem, eu estava achando legal porque ia ter festa e porque a pedagogia era um curso cheio de mulher, logo, o balaco prometia.

O fato é que eu nunca me dei bem com nenhuma amiga de minha irmã, primeiro porque ela é mais velha, segundo porque suas amigas eram chatas, ou estranhas, ou doidinhas, ou tudo isso junto, como uma que cheguei até a pegar nos peitões e dedilhar outra parte no carro, mas que me deu um fora dizendo: “Homem é tudo igual, só quer comer a gente e pronto.”

Juro, não entendi, pois até ali tudo indicava não ser somente eu quem desejava algo mais…

Mas a esperança é a última que morre, então fui lá na festa de paletó e gravata, montado na produção e caprichado no perfume, jogar meus anzóis pra ver se pegava alguém no baile. Depois de uma cerimônia interminável e repleta de discursos torturantes, peguei um desvio para fumar um baseado e cheguei na festa doidaço.

Peguei um scotch na entrada, fui sacando a geral, estava cheio de garotas com vestidos de baile e penteados com laquê. Quando achei a mesa reservada à família já estava no terceiro whisky e meus pais me olhavam com cara de “pô, vê se não estraga a festa.”

Fiquei esperando o tempo passar, total que só iria ficar bom mais tarde, mas em poucos instantes ocorreu um frisson geral e minha irmã ficou toda nervosa: era A HORA DA VALSA - Caramba, valsa? Jura? Quem é que sabe dançar essa coisa?

Enfim, eram duas danças, uma com o pai e outra com o namorado - Caramba, duas valsas? Que maneira de forçar os convidados, hein? Bem nem tanto…

Passou pela nossa mesa aquela amiga doidinha dela, a dos peitões, a mesma que me dispensou no carro há anos atrás. Apontou o dedo para mim, ela tinha uma cara esquisitona, meus pais me olharam meio chocados, imaginando que idiotice eu havia feito - isso mesmo, meus pais sempre achavam que eu fiz, estava fazendo ou ainda faria alguma besteira.

Mas então a garota aproximou-se toda sorrisos e me pediu que dançasse a valsa dos namorados com ela - já que, namorado mesmo, ela não tinha. Meus pais suspiraram aliviados e quase me empurraram para cima da garota.

Um prá lá, um pra cá, girando no salão, depois dos drinks e do baseado, eu não estava nem um pouco constrangido com a doidinha, ela até se via bonita em seu vestido longo e cabelo de cacatua, segurando-me bem firme para forçar que eu me mantivesse no ritmo e a uma distância de meio metro da sua perseguida.

Terminada a valsa, a orquestra emendou uma música lenta, eu vou me desvencilhar e finalmente começar a caçada por mulher, mas a cacatua doida me segurou mais firme ainda, puxou minha cintura contra sua pélvis e me lascou um beijo que mais parecia um desentupidor de pia.

Dançar a valsa dos namorados e depois dar um beijão numa das formandas era como assinar uma sentença de morte, mas eu nem desconfiava. Que outra mina ia pegar o namorado da garota doidinha na sua festa de formatura? Quem estava a fim de ter o vestido rasgado e o cabelo bagunçado por uma cacatua recém formada?

Eu me estrepei e nem sabia quem tinha passado por cima de mim.

Rodei, joguei charme, passei em revista até às meninas que ainda eram menores de idade - e nada, ninguém me dava bola, toda a mulherada desconversando. Depois de muito tentar, voltei à mesa dos meus pais e fiquei só tentando pensar em como melhorar a noite. Foi então que vi uma garçonete bem gostosinha e comecei a pensar…

Bem, quando eu era ainda mais jovem e muito mais selvagem, conheci uma garçonete numa festa e terminamos nos enroscando atrás de uma parada de ônibus. Seu gozo era tão espesso que nunca mais consegui tomar Piña Colada pelo resto da vida. Por outro lado, desenvolvi um tesão por garçonetes.

Um belo exemplo desta fixação foi quando meu amigo Florzinha se casou.

Sim, meu amigo esquisitão e meio afeminado foi o primeiro da turma a se casar, quando ainda estava no meio da faculdade. E não foi com sua tradicional “namorada advogada com cara de safada” não. Foi com sua professora de inglês, uma americana loira, alta, linda, magra, divorciada, rica e com uns quinze anos a mais que ele.

É, esse cara definitivamente tinha borogodó.

Estávamos a turma toda na festa do casamento, bem comportados como sempre: O Perigo fumando maconha escondido no jardim, o Atentado agarrando uma das madrinhas no banheiro e o Maluco arranjando briga com um dos padrinhos. Não, ainda não era o fim da festa, era só o início…

Para sorte do Florzinha, o Capeta estava por lá e me ajudou a controlar os rapazes, ficamos só sentados numa mesa bebendo e sem fazer mais besteira.

Obviamente, dei uns trocados pra garçonete pedindo para dar aquela “atenção especial” na nossa mesa e não deixar faltar birita. Isso era mais prático do que ter que ficar de tocaia na porta da cozinha - e ainda podia manter-me de olho nos amigos pouco confiáveis que eu tinha.

Só que a garçonete era BONITINHA, MAS RUIM DE SERVIÇO.

A loirinha de cachinhos encaracolados embolsou meus trocados e sumiu. A toda hora eu e o Capeta tínhamos que procurar um garçom para manter os rapazes sob controle alcoólico. Quando eu a via andando pra lá e pra cá, fazia sinais para ela vir na mesa, só que a garota gesticulava sinais positivos e piscava com cumplicidade, mas nunca vinha até nós.

Com festa rumando pro fim, liberamos os meninos pra fazer a cretinice que quisessem, pois já estava todo mundo bêbado e entrávamos na hora do “vale tudo”, com as madrinhas dançando funk e os padrinhos abraçados quase se beijando.

Eu cismei de ir atrás da garçonete e pedir meus trocados de volta. Não era nem pela grana, mas pela falta de atenção. Contudo, a esta hora o bufê já tinha recolhido e o modo “salve-se quem puder” já fora ativado, com uma série de garrafas numa mesa para quem quisesse servir a si mesmo.

Eu invadi a cozinha atrás da fulana loirinha e ainda a encontrei por ali, era uma das últimas a ir embora. Eu já ia começar a reclamar, quando ela abriu um sorriso e disse: “Até que enfim! Eu tô aqui só esperando você!”

Expliquei que eu dei a grana porque queria que não faltasse bebida na mesa, mas aí ela enrubesceu e disse que era nova nisso de garçonete, logo, não havia entendido direito a “atenção especial” que eu contratei: “Pensei que a grana era pra gente ficar junto depois da festa…”

Bem o lance já estava pago mesmo, então eu topei e parti pra cima.

Deitei a loirinha ali mesmo no chão da cozinha, afinal, como eu disse, já era hora do vale-tudo. Enfiei a cara no traseirinho dela e pedi para rebolar enquanto eu tocava umazinha, depois trouxe a garçonete para sentar no bichão e fiquei indo e vindo enquanto apertava seus peitinhos pequenos e bem formados.

Ela ficou encharcada rapidinho e gozou a primeira vez.

Ver uma mina gozar sempre ativa meu tesão, é como se eu passasse de fase no game. Pedi para ela apoiar no balcão e ficar implorando por mais, daí me encaixei na coisinha já inchada por trás e dei uns tapas estalados na bundinha branquela enquanto bombava da ponta até a região da páscoa.

A mina resfolegou, agarrou o balcão com força e gozou de novo.

Vendo que a garçonete era ruim de serviço até pra se enroscar e que não aguentava mais, pedi pra me chupar e terminei espalhando os nadadores pelo seu rostinho bonito. Lembrando-me dessa história, deu um tesão danado…

Definitivamente, eu não sairia da festa de formatura da minha irmã de mãos abanando, nem que tivesse que pagar a alguma garçonete, para mim havia se tornado uma questão de honra! Mal me inclinei para deixar a mesa e voltou à cena a cacatua doidinha, sentou ao meu lado, ficou pegando na minha perna e dizendo: “Ô, você sumiu, onde é que estava? Seguinte, hoje você é meu namorado! Bora pro motel?”

Eu não estava nada seguro se queria me enrolar com ela, essa mina não era exatamente centrada, nem autoconfiante, nem um primor intelectual. É mais, ela já havia roído a corda comigo uma vez e fez a mesma coisa com o namorado da minha irmã anos antes, ocasionando o fim da relação entre eles.

Sim, essa era a mesmíssima garota que agora, em sua festa de formatura, havia empatado minhas chances com outras minas me tirando para bailar a valsa dos namorados!

Eu devia mesmo ter levado à sério todas essas considerações, mas no hora só pensei: “Mas o que me importa, ela é gostosa e está longe de ser feia - e eu tampouco sou lá essas coisas todas, então estamos empatados.”

Decidi pagar para ver.

Está bem, era público e notório que a mina era meio psicótica, surtada nível internação em clínica psiquiátrica, mas ela estava ali, toda trabalhada no vestido de formatura e no cabelão com laquê no estilo cacatua dos anos 80, facinha e dizendo que desta vez queria coisa comigo. E eu estava ali também, sem nada melhor para fazer e nenhuma possibilidade de descolar algo melhor no fim da festa.

Então, como dizia antes, RESOLVI ENCARAR.

Rumamos para um motel como ela havia sugerido, afinal era sua formatura e eu não tinha a menor vontade de repetir a cena anterior do carro. Além do mais, calculei que num motel seria mais difícil ela desistir na última hora - e que poderia dar aquele esculacho gostoso sem as dificuldades óbvias de estar no minúsculo banco de trás de uma brasília 72.

Ainda vestidos, começamos a dar uns amassos, mas o óculos fundo de garrafa para corrigir os nove graus e meio de miopia dela me incomodavam um pouco. Pedi para tirar e me dei conta de que ademais de míope ela era vesga. Pedi então para colocar os óculos de novo e soltar o cabelo. Não melhorou, pois o laquê a deixou com uma juba de leão assustadora.

Mudei de idéia, disse para ela ficar como quisesse, pois decidi fechar os olhos e comer como desse. Funcionou, fui passando a mão por tudo quanto era lado e retirando o vestido, minhas mãos se deram conta de ela tinha um corpão delicioso enquanto nos beijávamos profundamente, ela só ficava suspirando e dizendo: “Ai, que gostoso, pera, deixa eu tirar isso aqui, aí, hoje vamos fazer de verdade, peraí, deixa eu tirar essa outra coisa aqui…”

Em quinze minutos eu abri os olhos todo satisfeito e me dei conta de que além dos óculos haviam desaparecido os brincos e o colar, os enchimentos do sutiã, os cílios postiços, o aplique do cabelo de cacatua e a cinta para comprimir a barriga. Quando vi aquilo tudo espalhado pelo chão, quem teve um surto e quase saiu correndo fui eu.

Ainda bem que eu fiquei, esta foi só a primeira vez que algo assim me ocorreu, houveram muitas outras ocasiões onde vi saírem coisas estranhas de um visual feminino - e já ter vivido isso me ajudou muito.

Quer saber? Foi ótimo, a mina era boa na cama, fiz o quiz e bem entendi, ficamos por horas naquela noite, nas posições mais esdrúxulas que fui capaz de inventar, afinal de contas ela havia dito: ”hoje você é meu namorado!”

Quando amanheceu, já lúcido e com uma ressaca imensa, vendo a mina com cara de dia seguinte, terminei o namoro ali mesmo, no motel. Achei que esse seria o momento do barraco, mas a mina me surpreendeu de novo, comentando: “Tudo bem, sem problema. Eu só queria mesmo era alguém para perder a virgindade no dia da minha formatura e você foi o único que estava ali, à mão!"

Bem, eu comi a garota-cacatua, mas foi só aquela noite. E comi a garçonete do casamento, mas também foi só uma vez.

Nossa, seria isso um padrão se formando? Estaria eu destinado a ser uma ficada de uma noite só? Um objeto que dá prazer às mulheres e depois é descartado? Seria eu um boneco Kent de plástico gigante?

Estaria eu enganado, achando que estava abafando com a mulherada, mas na verdade eu não passava de um coiso para ser usado e se jogar fora?

Nota: Confira os capìtulos ilustrados da série Zóio em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Kkkkkkkkk muito bom! Erótico e bem humorado. Uma das melhores sagas da casa

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Obrigado Jromao! Uma confissão: a cacatua doida realmente existiu, kkk

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