O Silencio XI

Da série O silêncio
Um conto erótico de Fiapo
Categoria: Heterossexual
Contém 658 palavras
Data: 23/06/2025 05:34:17

Capítulo XI – O Espelho de Si

Na sessão de terapia sexual, Marcos chegou cabisbaixo. Sentou-se diante de Helena, com os olhos baixos e as mãos trêmulas sobre os joelhos. Quando ela lhe perguntou como estava, ele não conseguiu responder de imediato. Apenas respirou fundo e deixou que as palavras caíssem, como se escapassem de um dique prestes a romper.

— Eu… eu não sei mais quem sou. Tento agradar, tento me encaixar... mas estou me desfazendo por dentro. Até Lourdes, a babá, não me respeita mais. Ela ri, me chama de mocinha, e eu... não consigo revidar. Parte de mim acha que mereço.

Helena manteve o olhar atento, a voz serena:

— Marcos, o que você sente não é fraqueza. É um chamado para se reconhecer. E eu vou repetir o que disse: você não precisa tentar ser aquilo que esperam. Você é uma sissy. E tudo bem ser isso. Sua feminilidade não é vergonha — é identidade.

As palavras caíram como água morna sobre feridas abertas. Marcos chorou, e naquele pranto havia cansaço, mas também alívio.

Mais tarde, naquela mesma tarde, ele e Ana compareceram à sessão de terapia de casal. Sentaram-se frente a frente: Ana com o semblante calmo; Marcos, ainda abalado.

— Eu não aguento mais fingir — disse ele, com a voz embargada. — Nem a babá me respeita mais. Eu não sou mais um homem... mas também não sei o que sou.

Ana se inclinou, pegou a mão dele com firmeza:

— Você é meu. E agora chegou a hora de cuidar do seu corpo. Semana que vem, você começa a depilação a laser — corpo inteiro.

Marcos hesitou por um segundo, mas assentiu.

Em casa, Ana entregou a ele um novo conjunto de calcinhas masculinas, delicadas, com rendas discretas e tons suaves.

— Quero que se sinta bem com quem está se tornando — disse, com um beijo na testa.

Enquanto isso, Lourdes cortava as mini blusas com uma tesoura afiada. Transformava-as em bustiês improvisados, que realçavam seus seios — agora sempre livres de sutiã. Quando passava por Marcos, o fazia com um olhar travesso e uma leve provocação nos quadris.

Veio, então, o dia marcado para a tentativa de relação tradicional entre Ana e Marcos. Ana preparou o quarto, retirou o cinto de castidade com gestos lentos e respeitosos. Olhou nos olhos de Marcos, esperando alguma reação. Mas o corpo dele permaneceu em silêncio.

Ela suspirou e chamou por Lourdes, que entrou com um leve sorriso.

— Ele precisa de ajuda — disse Ana, firme.

Lourdes caminhou até a gaveta, pegou o brinquedo e o instalou em sua própria cintura. Ajustou as presilhas com naturalidade e posicionou-se atrás de Marcos, apoiando com firmeza as mãos nos quadris dele.

Ana, com um leve sorriso nos lábios, completou:

— Coloque bastante lubrificante. Ele precisa sentir conforto, não resistência.

Lourdes assentiu e, com cuidado, seguiu a orientação — sem pressa.

O brinquedo, bem lubrificado, deslizou em Marcos.

Marcos deu um leve pulo para frente.

Foi contido pelas mãos de Lourdes, que estavam em sua cintura.

Teve um começo de ereção.

Lourdes abraçou Marcos por trás, e seu traseiro começou um leve balançar — o que fez com que Marcos tivesse uma ereção poderosa.

Marcos penetrou em Ana, tendo Lourdes atrás dele, o penetrando — movimentando levemente o quadril e o fazendo também mexer o quadril.

Essa cadência continuou até Ana dizer que...

...quase estava gozando.

Ao ouvir essa frase, foi um gatilho para Marcos, que despejou uma carga generosa em Ana.

Ana olhou para os dois, com uma tranquilidade ritualística, e disse:

— Lourdes, pegue Marcos pelos cabelos e traga-o até minha borboleta. Pois, como ele falhou, precisa limpar a bagunça que fez.

Após limpar Ana com a boca, Ana instalou o brinquedo em Marcos, e Marcos a penetrou.

E a brincadeira continuou até Ana gozar.

O silêncio naquele quarto era denso — carregado de aceitação, entrega e transformação. E, entre os gestos suaves, os toques respeitosos e os olhares cúmplices, um novo tipo de amor, mais fluido e honesto, continuava a nascer.

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