Luisa 10

Da série Luisa
Um conto erótico de Fiapo
Categoria: Heterossexual
Contém 892 palavras
Data: 19/06/2025 17:36:47

Capítulo 10 – Infiltrações

Enquanto um mundo se estrutura em torno de acordos e rituais, desejos externos tentam encontrar brechas.

1. O Primeiro Dia

Henrique começou seu estágio na segunda-feira. A empresa era organizada, os corredores limpos, e o ambiente parecia carregado de promessas. Ele vestia uma camisa engomada e sapatos que ainda machucavam um pouco os calcanhares — não estava acostumado com gravidade social.

Foi recebido pela gerente de RH e direcionado a um setor técnico. Lá, conheceu Daniela, a secretária do chefe direto. Ela devia ter pouco mais de vinte e oito anos, cabelo preso de forma displicente, óculos pendurados no decote da blusa justa.

— Henrique, né? Te colocaram perto da minha mesa. Se precisar de qualquer coisa... ou companhia pro café — disse, sorrindo enquanto arrumava papéis. O tom era amistoso, mas os olhos o analisavam com cuidado.

Henrique, ainda preso a um nó interno, apenas assentiu. Mas percebeu que, a cada vez que passava perto dela, Daniela deixava um rastro de perfume — e uma pergunta suspensa.

Ele desviava o olhar. Como se a lembrança do cinto sob as roupas fosse uma armadura. Um lembrete constante.

2. O Ritual Silencioso de Luísa

Enquanto isso, Luísa estava em seu quarto, em frente ao espelho. Acabara de tomar banho, a pele ainda úmida, e sobre a cadeira repousava uma calcinha de tecido claro. Ela a pegou com cuidado, observando o toque discreto das fibras.

Aquela era a mesma peça que, na noite anterior, ela usara para limpar as marcas sutis que Gabriel deixara em sua pele. Nada explícito. Apenas o vestígio de um encontro intenso — que ela decidira guardar, como quem arquiva um segredo íntimo.

Vestiu a calcinha devagar. Não por necessidade, mas por domínio. Queria sentir em si não apenas o tecido, mas o que ele representava.

“Ele se esforça lá fora…”, pensou, referindo-se a Henrique. “…e eu marco território aqui dentro.”

Com o celular na mão, ela abriu o chat com Henrique e escreveu:

Luísa – 09:47

“Sentei aqui no meu altar. Você saberia reconhecer o cheiro do altar, Henrique?”

Ele visualizou. Não respondeu. Mas ela sabia que ele entenderia.

3. Riscos Laterais

Mais tarde, Henrique notou Daniela observando-o enquanto ele dobrava a manga da camisa. Ela mordeu a ponta do lápis, sem dizer uma palavra. Quando ele se virou, ela fingiu buscar algo no teclado.

A linha tênue entre respeito e provocação estava se formando — e Henrique sentia que seu autocontrole era constantemente testado. Mas havia algo diferente nele agora. Algo que nem mesmo Daniela poderia acessar facilmente.

Luísa havia moldado o espaço ao redor dele como quem desenha um território com sal. E Daniela, sem saber, estava pisando do lado de fora.

Luísa e Henrique se encontraram no fim da tarde, perto do ponto onde costumavam esperar o ônibus nos tempos de escola. O encontro foi breve, mas carregado de um silêncio denso, daqueles que dizem mais que qualquer palavra.

Henrique parecia desconcentrado, inquieto. Luísa, ao contrário, caminhava como se tivesse ensaiado cada passo. Usava um vestido leve, os cabelos presos de forma despretensiosa e um olhar que misturava ternura com comando.

Conversaram por alguns minutos sobre o estágio, sobre a pressão no escritório, sobre a secretária que falava demais — e olhava demais. Luísa escutava tudo com expressão neutra.

Então, com um movimento calmo, ela olhou ao redor e disse:

— Espera um pouco. Preciso ir ao banheiro.

Entrou em um pequeno café próximo. No banheiro, retirou discretamente a calcinha e a dobrou com cuidado, como quem embala algo frágil. Guardou na bolsa com um pequeno sorriso.

Ao voltar, aproximou-se de Henrique com leveza e disse, em voz baixa, perto do ouvido:

— Quando chegar em casa... quero que me envie um vídeo.

Mas não qualquer vídeo.

Você vai saber o que fazer com o presente que deixei guardado na minha bolsa.

Henrique arregalou os olhos, surpreso. Mas não respondeu. Apenas assentiu com um leve rubor nas bochechas, como quem entende que certos rituais não precisam de explicações — apenas de entrega.

Luísa então se afastou com um último olhar demorado, e partiu sem olhar para trás.

Henrique ficou ali, parado, sentindo o peso da expectativa. Ou talvez... da sorte.

Naquela noite, já deitado no quarto, Henrique sentiu o coração bater mais rápido ao pegar o celular. A bolsa com o “presente” que Luísa havia deixado estava ali, no canto da cama, como um lembrete silencioso do que ela representava.

Com mãos trêmulas, ele seguiu as instruções.

Gravou em silêncio. Com vulgaridade, sem pressa. Apenas a imagem do gesto. Ele limpiu a calcinha com a lingua— concentrado, quase devocional. Uma oferenda simbólica, íntima e obediente.

Ele respirou fundo antes de enviar. E então, tocou em “enviar para Luísa”.

Silêncio.

Poucos minutos depois, o celular vibrou com uma nova notificação.

Luísa – 23:17

“Amanhã. Entre 19h. Na minha casa. Estaremos sozinhos.”

Mais uma notificação veio em seguida, quase como um sussurro entre linhas:

“E quero brincar um pouco… com meu brinquedinho novo.”

Henrique olhou a mensagem e sentiu o mundo girar devagar. Não era apenas desejo. Era ritual. Era jogo de presença, de entrega e de controle — cada palavra dela era uma etapa, cada gesto dele, um degrau.

Deitou-se olhando para o teto, sentindo que a visita no dia seguinte seria mais que um encontro. Seria um teste. Um capítulo novo na história que ele já não comandava — mas da qual não queria sair....

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Comentários

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