Capítulo 1 – Herança de Espelho
O sol se despede lentamente através da janela do quarto. Luísa, 17 anos, alisa o tecido da blusa diante do espelho. A maquiagem está impecável, o perfume sutil e envolvente, e a saia, ousada na medida exata. Nada ali é por acaso. Tudo é intenção.
A porta range suavemente. Vera, sua mãe, entra com olhar penetrante e fala envolvente. Ela observa a filha por um instante, em silêncio.
— Já decidiu quem você quer ser quando atravessa aquela porta vestida assim? — pergunta com um leve sorriso, cruzando os braços.
— Ainda sou virgem, se é isso que você veio perguntar — retruca Luísa, tentando parecer segura, embora seus olhos revelem incerteza.
— Não vim medir pureza, Luísa. Vim falar sobre presença. Sobre postura. Sobre território.
Luísa se vira, curiosa. Vera se senta à beira da cama como quem assume um trono antes de passar um legado.
— Estão te observando, minha filha. A questão é: vão te ver como peça do tabuleiro… ou como jogadora?
— É isso que você é? Uma jogadora? — provoca Luísa. — Você tem o pai, que te admira... e aquele seu “amigo” com olhos de lobo.
— Seu pai tem meu respeito, minha companhia e meu lar. Mas ele sabe: sou uma mulher inteira. E há partes de mim que só despertam diante de quem enxerga além da superfície.
Luísa fica em silêncio, absorvendo.
— Vista-se como quem sabe o que está fazendo — continua Vera. — Use roupas que expressem intenção, não apenas aparência. Você não veste o corpo. Veste uma ideia.
Capítulo 2 – Jogada Inicial
Mais tarde, ao anoitecer, Luísa está sentada perto do portão com Henrique, um colega da escola. Ele é tímido, respeitoso, do tipo que fala com o olhar antes de mover os lábios.
A conversa entre eles é suave, mas carregada de significados.
— Nunca pensei que você fosse aceitar sair comigo — diz ele, sorrindo com certo nervosismo.
— Você não me olha como os outros. Não tenta me rotular... tenta me compreender — responde Luísa, aproximando-se de forma natural, como quem testa uma atmosfera.
O primeiro beijo é tímido. Depois, mais profundo. Henrique parece surpreso com a própria coragem. Suas mãos tocam a cintura dela, sem ultrapassar limites. Quando ele se aproxima demais, Luísa segura a mão dele com delicadeza, mas firmeza.
— Algumas coisas exigem mais do que desejo — sussurra. — Exigem preparo.
— Eu... estou pronto — diz ele, em voz baixa.
— Está mesmo?
Ela sorri, e encosta os lábios no ouvido dele:
— Vai ter que respeitar meus caminhos. Vai ter que sonhar grande. Vai ter que saber que liberdade e compromisso caminham juntos.
— Se quiser caminhar ao meu lado, vai ter que aceitar algumas condições:
1) Vai ter que se casar comigo no maximo em 5 anos
2) Vai ter que aceitar você vai ser o meu manorado e depois meu marido mas eu preciso de ter meus peguetes.
3) Se quiser o meu traseiro vc vai deixar eu controlar sua caixa de ferramentas com 🔑 chave. Você vai ter que usar cinto de castidade desde o namoro...
Henrique a observa, confuso.
Ela se afasta lentamente, os olhos brilhando como se o desafio tivesse sido lançado.
— Pense bem — diz Luísa, antes de sair — porque esse jogo... não aceita amadores.