O Diário de Rafaela 3 - Capitulo 03 - Na cadeia

Um conto erótico de Rafaela Khalil
Categoria: Heterossexual
Contém 2788 palavras
Data: 15/08/2023 17:22:53

— Você foi para a missa de sétimo dia dela, não era hoje?

Rafaela estava distante, séria, entristecida

— Rafa? — Ouviu a voz de seu padrinho

— Eu! — falou parecendo despertar de um transe

— Como você está? — Matheus perguntou ao segurar a mão dela

Ela o olhou, vestia uma camiseta branca com um número, estava em uma mesa, no presídio, no pátio

Matheus havia esfaqueado o perseguidor de Rafaela, Patrick, a tentativa de homicídio não havia sofrido efeito imediato, Patrick estava no hospital em estado grave devido às diversas perfurações.

— Eu acho que não te agradeci né? — Rafaela disse olhando para o padrinho visivelmente mais magro

— Não precisa agradecer, eu sou seu padrinho, minha função é justamente ser um segundo pai para você, quando te batizei eu me coloquei como seu protetor. — Ele falou sorridente

Ela sorriu, estava entristecida então forçou o sorriso e apertou a mão dele que a tocava

— Eu sei, agradeço por isso tá, você é meu anjo — Falou agradecida — Mas agora a gente precisa resolver isso aqui, não tá certo.

— É, parece que eu vou ficar aqui mais umas duas ou três semanas — Ele falou constatando o óbvio

— E como você está com isso? — Rafaela perguntou preocupada olhando o lugar feio em volta — É, é uma cadeia né, a pergunta é idiota, desculpe

— Sim, é uma cadeia — Ele respondeu entristecido

— Eu não entendi, você não é réu primário? Não tem diploma universitário?

— Eu fiz algo errado quando era mais novo, fui preso por uma besteira de computador, então não sou mais primário e meu diploma eu nunca fui buscar, a faculdade faliu e sua tia não consegue encontrar ninguém, não aceitaram meus documentos

— Que merda! — Ela falou desanimada — O que eu posso fazer?

— Pronto! — A tia de Rafaela se aproximou e se inclinou para beijar Matheus, Rafaela gostava da cor branca dela e do contraste do rabo de cavalo negro sempre impecável que ia até a altura da cintura — Oi amor, como você está? — Deram um beijo e um abraço apertado

Rafaela gostava de ver o carinho e o respeito dos dois.

Trouxeram coisas para comer, algumas coisas para ele ler e trocar na cadeia por outras coisas.

A conversa durou até o período do fim da visita, ao ir embora Rafaela o abraçou com força

— A gente via tirar você daqui tá, o advogado tá vendo já, fica seguro, eu te amo — Beijou o pescoço dele

Ele sorriu e a apertou também,

Ao abraçar a esposa Rafaela notou que as as mãos dele tocaram-na na cintura apertando-a com desejo carnal, mas ela o empurrou e falou algo no ouvido dele, Rafaela não conseguiu entender.

Rafaela e a tia voltaram até o carro que estava estacionado próximo, numa calçada, guardado ou um homem estranho.

Assim que entraram no carro Rafaela colocou o cinto no banco do carona e viu sua tia colocar as mãos no rosto, começou a chorar e soluçar

Ela não sabia o que fazer, colocou a mão no ombro dela para consolá-la

— Tia, não fica assim — Rafaela falou com cuidado, sentia-se culpada, aquilo tudo estava acontecendo por causa dela

— Eu não posso Rafa, eu não posso mais vir aqui, eu não aguento esse lugar, me faz mal — Ela falou aos prantos — Ele quer que eu fique para ter relação com ele — Ela soluçava eu não posso nesse lugar sujo, é imundo!

Rafaela a abraçou no banco

— Tá bom tia, fica tranquila — Afagou a cabeça dela até ela se acalmar — Pronto, deixa eu dirigir tá — Rafaela saiu do carro e deu a volta assumindo o volante.

Mesmo sem saber o que havia dito a ele tudo fez sentido, ela não queria ter relações com ele na cadeia.

Foram em silêncio até em casa, Rafaela colocou o carro na garagem da casa da tia.

— Pode ir de carro pra sua casa, depois você trás de volta — Ela falou cansada por chorar tanto

— Não tia, pode ficar, vai dormir, a senhora está cansada, eu preciso dar uma volta, vou voltar andando

E assim fez, saiu da casa, os cabelos cumpridos com mechas azuis, mal cuidados, usava um jeans folgado, uma camiseta comportada, fazia calor e ameaçava chover.

Ela caminhou pela calçada, havia uma obra onde pedreiros trabalhavam e a olharem de longe, ela sabia o que viria, fechou a cara.

Quando passou perto ouviu comentários chamando ela de gostosa, bonita e falando algumas obscenidades, cruzou os braços em volta dos seios para se proteger e simplesmente continuou andando, sua casa era longe dali, mas andar era bom ajudava a se distrair.

Caminhou por quase trinta minutos direto, passou na frente da casa de Amanda, um carro parou na frente e uma mulher saiu, era a mãe de Amanda, os olhares se cruzaram instantâneamente, Rafaela não a evitou.

— Olá — Falou ao se aproximar

— Você não foi na missa de sétimo dela dela. — A Mãe de Amanda parecia magoada

— Eu prefiro não ter esse tipo de lembrança dela

A mãe parecia mais raivosa do que entristecida, Rafaela viu as aberturas do nariz aumentarem e depois diminuirem

— Você… — Pensou um pouco — Você quer dar uma olhada no quarto dela? Para ver se quer alguma coisa, vou dar umas roupas algo que não tem mais uso.

— Dar para quem? Por que? — Rafaela perguntou assustada

— Ela não vai mais usar, eu não vou ficar guardando isso e me lembrando com essa tristeza, eu nem sei se vamos continuar morando aqui

Rafaela notou o homem ao lado dela, era o pai de Amanda, eles nunca haviam conversado nada além de poucas palavras

— Eu quero sim — Rafaela falou

Ela abriu o portão e a chamou

— Pode entrar

— Agora? — Rafaela perguntou assustada — É que, eu, eu

— Eu vou entrar e vou colocar tudo numa caixa e vou dar para doação

— Não! — Rafaela disse sem saber o que fazer, não queria encarar aquilo, não queria reviver as memórias de Amanda, queria se enganar, queria pensar que ela estava a passeio em algum lugar e a qualquer momento iria voltar e abraçar Rafaela de forma carinhosa

Rafaela olhou para a mãe e para o pai de Amanda indecisa

— Não força a menina, eram namoradas, deixa no tempo dela — O homem falou entrando na casa

— Namorada de quem? Minha filha não namorava nenhuma mulher, ela era de Deus — A mãe de Amanda falou decidida

Rafaela abaixou a cabeça, aquilo a machucava intimamente, mas não queria entrar naquele embate

— Eu sou de Deus também — Rafaela disse — Sou de amor, o amor da pela sua filha

A mãe se aproximou de Rafaela, os olhos fumegando, Rafaela trincou os dentes se preparando para levar um soco no rosto, a mão dela a tocou suavemente no rosto

— Eu seu Rafaela, a Amanda era sua namorada, ela amava você mais do que qualquer outra pessoa nesse mundo, eu não vou jogar as coisas fora por enquanto, espero você.

Rafaela sorriu

— Obrigada.

Deu as costas e foi para casa, entrou e seus pais conversavam na sala, sentou-se com eles, a conversa era sobre contas e sobre reforma da casa, ela ficou ouvindo para se desvencilhar dos problemas

— Oi — A voz era conhecida, o irmão de Rafaela

— Oi! — Ela falou animada indo em direção dele e o abraçando agarrando seu pescoço — Vamos ver nosso filme?

— Vamos, assim que eu tomar um banho! — Ele falou beijando a irmã na bochecha

— Deu certo os documentos? — Rafaela perguntou atenciosa

— Olha, incrivelmente deu certo sim, tudo resolvido — Ele pensou um pouco — Achei que não ia funcionar e teria que voltar

— Ué, mais tempo pra ficar comigo então — Rafaela falou animada

— Sim, sou todo seu! — Ele disse recebendo outro abraço da irmã carinhosa — E cadê aquela sua amiga hein?

Ela soltou ele e deu um soco no peito

— Sem essa, ela é vagabunda e você é casado! — Rafaela disse enraivecida

— Calma, eu só não tinha reparado como ela ta parecida com você, só fiquei curioso, o cabelo dela não era assim, mas deixa pra lá

— Deixa pra lá mesmo! — Rafaela falou — Vai lá tomar seu banho!

— Posso bater um papo aqui antes? — Fábio perguntou sorridente

— Ah, que saco, quanto mais cedo vc se banhar mais rapido você vai ser meu! — Ela falou fazendo birra

— Você levou nove meses para nascer Rafaela, espera um pouco mais vai — Fábio foi até a sala conversar com os pais

Ele tinha um jeito de tratar Rafaela que era especial, quase um desdém que não a irritava pois ele sabia exatamente o ponto onde ela estava fazendo manha ou falando a verdade, funcionam como um reloginho parecendo que um estava dentro da cabeça do outro.

Rafaela ficou na sala escolhendo o filme que veriam enquanto Felipe foi ao quarto da irmã tomar banho.

— Rafa, leva toalha pro seu irmão, as roupas eu deixei na cama, mostra pra ele tá? — Rose a mãe de Rafaela falou

— Tá bom — Rafaela levantou animada, quando chegou na beira da escada ouviu a campainha, estava próxima à porta e abriu

Era sua tia

— Oi tia — Falou curiosa — A senhora tá melhor?

— Tô sim querida, obrigada por perguntar

o Rabo de cavalo dela estava na frente do corpo, com um laço amarelo bonito

— Gostei do laço — Rafaela apontou, contrastar

Ela sorriu

— Obrigada!

Rafaela esticou-se para a sala

— Mãe, é a tia! — Virou-se para a tia — Vou subir tá?

A tia apenas sorriu entrando e indo em direção à sala

Chegou no quarto

— Fabinho! — Chamou o irmão no banheiro, ele não respondeu, ou ela não ouviu a resposta — viu as roupas que a mãe falou, dobradas na escrivaninha

Pegou a toalha e se aproximou do banheiro, ouviu uma musica, abriu a porta devagar

— Fabinho? — Falou observando o vapor sair, colocou a cabeça dentro

Ouviu a musica que tocava alta, ele estava no chuveiro, nu, o corpo atlético com o pênis na mão estava duro e ele se tocava com fúria

Ela respirou fundo, ficou observando, não conseguia sair, sabia que era errado ver assim sem avisar, mas não conseguia, ficou escondida olhando, queria ver ele finalizar, ele era tão lindo, ela o amava, o admirava.

Pensou que de certa forma ver seu irmão se masturbar assim de forma tão vigorosa era um pouco estranho, mas encarava o sexo com normalidade, pensou na mãe, no pai e na irmã que transavam com mais naturalidade do que se bebia água.

Ele gemia e seu corpo se arrepiava, ela se pegou torcendo para ele, sussurrou baixinho “isso meninão”

Então ele olhou para ela

— Rafa? — Ele perguntou e se encolheu no banho

— Porra — Ela falou e tirou a cabeça da porta fechando a porta, um segundo depois abriu a porta e jogou a toalha na pia — A toalha vim trazer

Saiu no quarto e ficou envergonhada

— Ai caralho e agora, ele vai ficar puto comigo — Pensou um pouco — Que merda, ele não vai querer falar comigo mais, o que eu faço

Ela pensou em várias coisas, pensou em ir embora, pensou em entrar, pensou em ficar e se sentou na cama, resolveu aguardar.

Ele não saiu rapido, demorou mais do que precisava, assim que saiu viu ela, desviou o olhar.

— Desculpa — Ela falou assim que ele saiu

Ele estava enrolado na toalha

— Pode me dar minhas roupas? — Ele falou ignorando ela

— Ah não Fá, não — Ela se aproximou e abraçou ele — Não fica com vergonha de mim, não fica bravo comigo por favor, por favor

— Rafa, eu não to bravo com você, to com vergonha, não é pra você ficar olhando — Ele falou

— Desculpa, é que eu chamei e você não escutou, eu fui olhar para saber se tava tudo bem

— A musica tava alta, eu não te ouvi — Fabio se defendeu

— Eu sei, mas eu não ouço bem — Apontou para o ouvido

— Eu sei, não pensei nisso — Ele ficou pensativo — Não queria que você me visse

— Mas eu vi, tá com saudade né? — Ela falou se afastando

Ele não respondeu

— Fala comigo, eu não sou mais uma criança, eu já transo, você sabe — Rafaela tentou mudar o rumo da conversa — Eu já vi você pelado, já sei como é

— Tá Rafa, tá, não precisa ficar me lembrando dessas coisas

— Bater punheta é normal, é gostoso! — Ela falou compreensiva

Ele torceu o lábio

— A gente pode não falar disso? — Ele disse envergonhado

— Tá bom punheteiro! — Rafaela falou se virando de costas

Ele deu um tapa na bunda dela com força

— Eeeeiii — Ela reclamou — Por que todo mundo bate na minha bunda? — Falou indignada

— É que você tem um rabão! — Ele disse sorridente — Não olha hein

Ele começou a vestir a roupa e se enxugar direito

— Vamos assistir o filme aqui? — Rafaela perguntou, só nós dois

— Pode ser — Ele disse ainda se vestindo — A mãe e o pai não vão querer ver?

— Verdade, vou perguntar pra eles — Ela saiu do quarto e abriu a porta, viu a mãe entrar no próprio quarto

— Mãe? — Rafaela perguntou — Já vai dormir?

— Vamos deitar já, dia cansativo — Falou voltando para encarar Rafaela, tudo bem aí com seu irmão?

— Tá sim, vão querer ver o filme com a gente?

— Não, podem ver vocês mesmo — Rose disse

— E a tia? — Rafaela perguntou

— Ah, ela não tá bem, mas vai ficar, não se preocupe com ela

— Tá bom — Rafaela disse pensativa — Vou ver o filme com o Fabinho aqui no quarto então lá?

— Vocês dois juntinhos? Sei — Rose falou insinuando algo

— Ah mãe, ele é meu irmão — Rafaela disse

— Ah Rafa — Rose revirou os olhos — Tá bom, não vou ser hipocrita com você

— Como assim? — Rafaela perguntou

— O Sexo serve pra gente se unir meu amor, não para afastar, se a gente ama e as pessoas que a gente ama querem fazer sexo para fortificar o laço, faça, é gostoso, saudável.

Ela ficou olhando para a mãe

— Eu, eu — Rafaela falou pensativa — Melhor não

— Você quem sabe meu amor, tem que ser natural, não forçado e seu irmão é bem careta, só me promete uma coisa

— O que? — Rafaela disse

— Não fala de mim e do seu pai pra ele tá, ele meio que sabe mas ignora isso, então escolheu não saber.

Rafaela voltou para o quarto pensativa

— Tudo bem? — Fabio perguntou ao vê-la

— Tudo — Ela respondeu

— E ae, vai ser aqui ou lá embaixo? — Fabio perguntou curioso

— Aqui mesmo! — Ela falou ligando a TV e se sentando

— Oh caralho, to com fome, vamos pegar algo pra comer! — Fabio disse dando um puxão no cabelo dela

— Eeii — Ela reclamou — Faz assim, faz algo pra gente, faz pipoca pra mim, vou tomar um banho rapido

— Tá bom — Ele disse — Não vai demorar no banho hein, não vai tocar uma — Ele disse saindo pelo quarto

— Você que é punheteiro! — Falou sorridente e correu para o banheiro

Tomou um banho rápido e saiu enrolada na toalha, Fabio já estava sentado com bebidas, lanche e pipoca

— Nossa você fez esses lanches tão rápido? — Rafaela disse olhando tudo

— Não, a mãe deixou tudo pronto, só peguei! — Ele falou risonho

— Palhaço — Ela disse e abriu a porta do armário, entrou atrás — Não olha

— Não tem nada que eu queira ver aí — Ele falou sorridente

Ela colocou a mão para fora e mostrou o dedo do meio pra ele

Rafaela colocou uma roupa confortável um babydoll de seda, era curto, mas nenhum escândalo usava roupas parecidas com essa quando os dois ficavam juntos.

Ele jogou as almofadas no chão, no canto da parede e se sentou apoiando as costas na parede.

Ela parou e olhou para ele, não sabia onde sentar, ele puxou o cobertor e se descobriu abriu as pernas, ela sorriu e se ajoelhou sentou-se no meio das pernas dele, e ele a abraçou envolvendo-a com o cobertor

— Eu tava morrendo de saudade de você meu amor — Ela falou cheirando o pescoço dele e afagando o cabelo com a mão

— Se minha mulher ver você assim comigo ela vai ficar morrendo de ciúmes

— Pau no cu dela, eu cheguei primeiro, que se foda! — Falou mal criada

Ele riu

Começaram a assistir o filme, ele abraçado com ela.

Era um filme de fantasia que Rafaela ainda não tinha visto, durante o filme eles conversavam sobre os personagens, comiam e bebiam, o filme era longo e Rafaela adormeceu nos braços quentes do irmão.

Pela primeira vez em tempos ela sentiu seu corpo leve, o abraço era quente, forte, seguro, o cheiro do irmão era agradável a presença era uma das coisas mais tranquilizantes para ela.

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Foto de perfil de Rafaela KhalilRafaela KhalilContos: 93Seguidores: 233Seguindo: 1Mensagem Autora Brasileira, escritora de livros de romances eróticos para quem não tem frescura

Comentários

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Muito bom, desenvolvedo uma nova história. Muito bom, parabéns. Espero coisas boa pela frente.

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Espero ansioso por essa cena entre os dois. Fiquei na expectativa tbm dela ir aliviar o padrinho da cadeia. Fazer esse favor pra tia dela.

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