São Paulo, 11h45 da noite.
Adentramos um prédio de 17 andares localizado na Zona Sul. Já dentro do apartamento, no 13º andar, notamos que tudo está escuro. Caminhamos um pouco e vemos o corredor que dá acesso aos quartos. Antes mesmo de chegar ao final, já é possível ouvir gemidos, barulhos característicos do sexo. Pela intensidade dos sons, fica claro que o que acontece ali é um sexo selvagem.
Entramos no quarto e a cena é espetacular. Luísa, mais conhecida pelos amigos e familiares como Lu, está quicando no pau do marido, Bernardo, chamado por ela de B. Ela desce e sobe com força, de olhos fechados, a cabeça levemente inclinada para trás, completamente entregue ao prazer.
Luísa é uma mulher linda: branquinha, olhos azuis, loira, rabuda. Lembra muito a atriz pornô Aj Applegate. Bernardo, por sua vez, é um homem esbelto, também loiro, de olhos verdes e cabelos até os ombros. Ele delira de tesão enquanto a esposa cavalga seu pau.
— Isso… isso, vagabunda… engole meu pau com essa buceta… isso, piranha safada do caralho. Vai, vai mais forte — ele diz, completamente excitado.
Luísa obedece. Continua quicando com intensidade, cada movimento mais molhado que o anterior. O desce e sobe é frenético, e fica evidente o quanto ela está excitada. A pressão é tanta que a maioria dos homens já teria gozado, mas Bernardo aguenta firme.
De repente, Luísa para. Bernardo a vira de quatro e começa a pincelar o pau na bucetinha dela, apenas a cabecinha entrando e saindo.
— Amor… vai, amor… mete essa pica dentro da buceta da sua puta — ela pede, ofegante.
Bernardo obedece. Enfia devagar, centímetro por centímetro, e aos poucos acelera o ritmo. As estocadas alternam entre rápidas e profundas, depois mais lentas, controladas. Ele mantém o equilíbrio até não aguentar mais e goza, enchendo a buceta da esposa com uma gozada farta.
Os dois se jogam na cama. A porra começa a escorrer da buceta de Luísa, tamanha a quantidade.
— Nossa, amor… que foda gostosa — ela diz, ainda ofegante.
Bernardo sorri.
— Caralho… eu adoro transar com você, Lu.
Eles ficam ali, relaxando por alguns minutos. Depois, vão juntos ao banheiro para se limpar, tomam banho e ainda namoram mais um pouco debaixo do chuveiro.
Luísa sai primeiro do banheiro. Já no quarto, o celular que está sobre a mesa de cabeceira vibra. É uma mensagem no WhatsApp. Ela pega o aparelho e vê que é do primo Henrique, mais conhecido como Rick. A mensagem é longa:
“Lu, me perdoa por mandar mensagem a essa hora, mas aconteceu uma coisa muito chata comigo. A Laura descobriu minha infidelidade. Quando ela me colocou contra a parede, eu neguei, mas ela disse que contratou um detetive particular. Esse cara me seguiu por um mês e eu não percebi nada. Tirou várias fotos, fez vídeos meus com a Laura, no shopping, entrando e saindo do motel… enfim, foi um problema do caralho.
Ela me xingou de tudo quanto é nome, me agrediu fisicamente e me expulsou do apartamento. O apartamento é dela, né, Lu? Tive que sair. Agora estou hospedado em um hotel, mas detesto hotéis.
Como nós somos muito próximos, queria saber se eu poderia ficar hospedado na sua casa por um tempo. O que você acha? Será que posso ser seu hóspede? Será que o B concordaria com isso?”
Luísa leu aquela mensagem e ficou pensativa. Um único pensamento martelava em sua cabeça: Rick aqui em casa… não sei se isso é uma boa ideia. Ela permaneceu alguns segundos imóvel, refletindo.
O susto veio quando Bernardo tocou em seu ombro. Luísa estava em pé, nua, com o celular na mão. Ela se virou rapidamente.
— O que foi, amor? — perguntou ele.
Ela saiu do transe.
— É o Rick… — respondeu. — Ele disse que está hospedado em um hotel porque a Laura descobriu a infidelidade dele.
Ao ouvir aquilo, Bernardo não demonstrou surpresa.
— Bom, Lu, isso até que demorou bastante para acontecer, né? Seu primo é bem galinha. Em algum momento, ele acabaria sendo descoberto.
Luísa respirou fundo.
— Essa foi a mensagem que ele me mandou. É bem extensa. Ele está perguntando se pode ficar hospedado aqui em casa. Mas eu não acho que isso seja uma boa ideia, amor.
Quando Luísa contou a Bernardo sobre o pedido de Rick, algo despertou nele. Por dentro, ele ficou animado.
Bernardo guarda um segredo. Um segredo que jamais revelou à esposa. Há muito tempo, ele alimenta o desejo de vê-la se relacionando com outros homens. Não sabe exatamente quando esse fetiche começou; só tem certeza de uma coisa: pensar nisso sempre lhe trouxe prazer.
Ele lê muitos contos eróticos sobre o tema, acompanha casais liberais que monetizam suas aventuras sexuais e já consumiu inúmeros relatos de pessoas que vivem esse estilo de vida, conhecido como Cuckold/Hotwife. Tudo isso, porém, sempre em segredo. Nunca contou nada a Luísa.
O medo da reação dela sempre o impediu. Ainda assim, a possibilidade de Henrique ficar hospedado na casa deles parecia, pela primeira vez, uma chance real de ver esse desejo se tornar realidade. Como isso poderia acontecer, ele ainda não sabia. Apenas sentia que algo estava prestes a mudar.
Depois de refletir, Bernardo respondeu à esposa:
— Amor, eu não vejo problema nenhum de o Rick ficar hospedado aqui.
Luísa olhou para ele, um pouco surpresa com a resposta.
— Como assim, amor? Você sabe que o Rick é um cara muito espaçoso. Imagina ele morando aqui com a gente… como ficaria a nossa privacidade? Eu acho que isso seria um problema. Não é uma boa ideia. Eu amo o Rick, ele é meu primo, a gente se dá super bem. Mas daí a morar aqui, eu não sei. E outra coisa… ah, não sei, amor. Acho melhor não.
Bernardo então falou:
— Olha só, Lu. Eu sei bem como o Rick é. Ele e eu nos tornamos grandes amigos, temos muitas coisas em comum. Sei que ele é um cara que pensa mais com a cabeça de baixo do que com a de cima. Mas, com você, ele sempre te respeitou. Eu te conheço, vejo o quanto vocês são próximos, sempre conversando, sempre sorrindo. Existe uma intimidade entre vocês… isso é visível.
Luísa corou levemente e baixou a cabeça, visivelmente incomodada com a conversa. Percebendo isso, Bernardo tratou de amenizar:
— Mesmo com essa intimidade, eu sei que ele nos respeita muito. Ele te respeita, me respeita. Então, acredito que não haverá problema algum em ele ficar aqui por um tempinho. O término com a Laura foi muito recente, ele está precisando colocar a cabeça no lugar. Vamos dar esse apoio a ele.
Luísa ainda não estava convencida e decidiu revelar algo ao marido. Não era exatamente um segredo, mas ela nunca achou que precisasse contar.
— Amor, senta aqui na cama um pouquinho… eu preciso te contar uma coisa sobre o Rick e eu.
Quando ela disse isso, a primeira coisa que passou pela cabeça de Bernardo foi: Porra… não é possível. Será que é o que eu estou pensando? Será que ela vai dizer que teve um caso com o Rick?
Luísa começou a falar:
— Amor, sobre essa intimidade que eu tenho com o Rick… é verdade. Nós somos muito próximos desde sempre, sempre fomos muito unidos. E o que eu vou te contar agora é algo que nunca falei antes, porque nunca vi necessidade. Você nunca perguntou sobre o meu passado, e eu também nunca perguntei sobre o seu. Como eu digo isso…? Bom, vou falar de uma vez. O Rick foi o meu primeiro homem. Foi ele quem tirou a minha virgindade. Com ele eu aprendi muita coisa sobre sexo.
Bernardo reagiu, tentando manter a naturalidade:
— Nossa… puta que pariu, amor. Eu nunca imaginei que ele tivesse sido o seu primeiro. Que coisa, hein? Alguém da família sabe?
— Não — respondeu Luísa. — Isso foi algo só entre nós dois. Nunca contamos para ninguém.
Por dentro, Bernardo ficou extremamente satisfeito ao saber disso, mas não demonstrou nada.
Luísa então continuou:
— Por isso, amor, eu não acho legal o Rick passar um tempo aqui. Não porque eu faria algo com ele. Eu jamais te trairia. Eu TE AMO DEMAIS. O que eu tive com o Rick ficou no passado e vai continuar no passado. Eu amo tudo o que nós construímos e não quero destruir isso. Quero que você tenha plena consciência disso. Eu nunca, jamais, em hipótese alguma, te trairia. Nunca faria nada pelas suas costas.
Bernardo ouvia atentamente e sentia que ela estava sendo sincera. Luísa sempre foi assim. O relacionamento deles sempre foi muito transparente.
Ainda assim, tomado por um desejo que guardava a sete chaves, Bernardo disse, sem revelar nada:
— Amor, eu entendo tudo o que você falou. Mas, mesmo assim, eu não vejo problema nenhum de o Rick ficar aqui em casa. Nós três nos damos muito bem. Por que não? Acho que ele pode ser uma COMPANHIA BASTANTE AGRADÁVEL.
Bernardo não percebeu, mas deu uma ênfase especial ao dizer “companhia bastante agradável”. Luísa percebeu, mas não comentou nada. Notou apenas que não estava conhecendo aquele lado do marido.
Por fim, ela suspirou e disse:
— Tudo bem, amor. Então, avisarei ao Rick que ele pode vir para cá.
Continua...
