Eu sei que as outras mulheres da igreja se derretem pelo meu marido.
Não sou cega. Vejo quando elas seguram o olhar do Marcos um segundo a mais do que o necessário, quando encontram desculpas esfarrapadas pra tocar no braço dele durante a conversa, quando soltam aquelas risadinhas exageradas pra piada que nem teve graça. Não me incomoda. Eu casei com ele. Sou eu quem leva ele pra casa toda noite.
Mas a Márcia é um caso diferente.
A Márcia praticamente escorre do banco da igreja quando vê ele. O cheiro adocicado do perfume importado dela misturado com excitação fica no ar sempre que o Marcos passa perto.
Ela nunca usa sutiã. Deve achar que não precisa—aqueles peitinhos mal fazem volume sob as blusas de tecido fino. Mas os mamilos dela são impossíveis de ignorar. Dois pontinhos rígidos marcando através do algodão, do linho, de qualquer coisa que vista. E sempre que o Marcos entra no salão paroquial, ela simplesmente congela. Às vezes no meio de uma frase. Os olhos castanhos-escuros se estreitam, focam nele com uma intensidade quase predatória. Um setter irlandês rastreando uma perdiz.
Ela ri demais das piadas dele. Sempre acha um motivo pra encostar a mão no antebraço dele, deixar os dedos deslizarem. O marido dela, Darlan—aquele cara sem graça de camisa polo sempre metida pra dentro da calça—não parece perceber. Ou fingiu que não viu tantas vezes que virou automático.
Eu acho meio fofo, pra ser sincera. Confio no Marcos completamente. E a Márcia é gostosa pra caralho. Tem aquele ar de Laura Dern mas versão brasileira: baixinha, morena, nervosa, com uma bunda redonda e empinada que não combina com o corpo miúdo. Toda calça que ela veste fica esticada naquelas nádegas fartas.
Foi num jantar de confraternização semanas atrás. Aquela coisa tradicional da igreja—mesas dobráveis forradas com toalhas de plástico xadrez, travessas de lasanha morna, farofa, salpicão, refrigerante quente. O cheiro de café requentado no ar-condicionado fraquinho do salão. Marcos e Darlan conversavam sobre futebol ou mercado de trabalho na outra ponta da mesa. Eu e a Márcia cutucávamos um pedaço de pavê de chocolate que alguém tinha feito.
Do nada ela vira pra mim. As bochechas coradas, manchas vermelhas descendo pelo pescoço. A voz desce pra um sussurro rouco.
"Preciso te falar uma coisa. Eu... eu tô completamente apaixonada pelo seu marido."
Os olhos dela estavam arregalados, quase em pânico. Como se tivesse acabado de confessar homicídio.
"Ah, eu sei." Mantive a voz leve, quase entediada. Peguei meu copo d'água. "Todas as irmãs da igreja babam no Marcos."
"Não, você não entende." Ela se inclinou, os ombros curvando pra frente. "Eu sou diferente. Eu realmente, visceralmente amo ele. Penso nele o tempo todo. De manhã quando acordo, de noite antes de dormir. Não consigo parar."
A voz dela tremia. Os olhos brilhavam molhados, à beira de lágrimas.
Eu deveria ficar puta. Uma esposa normal ficaria. Deveria levantar da cadeira, fazer um escândalo, chamar ela de vagabunda na frente de todo mundo.
Mas eu não fiquei puta.
Senti meus mamilos enrijecerem sob o vestido. Uma quentura se espalhando entre as coxas, latejando devagar.
Me inclinei mais perto. Nossos ombros se tocaram. O perfume dela—algo cítrico misturado com almíscar—invadiu minhas narinas junto com o café aguado servido em copinhos descartáveis.
"O que exatamente você ama nele, Márcia?"
Ela piscou, confusa. Definitivamente não esperava essa reação.
"Eu... tudo. O jeito que ele presta atenção quando alguém fala. Como conserta qualquer coisa quebrada. A voz grave dele."
"Hmmm." Balancei a cabeça lentamente, fingindo pensar. "Os antebraços? Aquelas veias saltadas quando ele carrega peso?"
"Sim!" A respiração dela acelerou. "Exatamente isso. Tudo."
Abaixei minha voz até virar quase um murmúrio. Meus lábios roçaram a orelha dela, senti ela tremer.
"Você sonha com o pau dele, Márcia?"
A boca dela se abriu. Um gaspinho escapou da garganta. O corpo inteiro ficou tenso na cadeira de plástico.
Quer dizer, como ela imaginou que essa conversa ia terminar?
"Porque o Marcos tem um pau delicioso." Deixei as palavras se assentarem entre nós como fumaça pesada. "Não vou mentir dizendo que é gigante. Mas é grosso. Minhas duas mãos fecham em volta e ainda fica um pedacinho de fora. Dá pra sentir cada veia pulsando quando ele tá duro feito pedra. E quando fica completamente ereto, a cabeça incha roxa-escura, brilhando..."
Deixei a frase morrer, observando o rosto dela.
A boca dela pendurada, os lábios úmidos entreabertos. Uma das mãos tinha sumido debaixo da mesa.
"É nisso que você pensa à noite, Márcia? Quando o Darlan tá roncando do seu lado?"
Ela não conseguiu responder. Só balançou a cabeça. Um movimento pequeno, desesperado.
Olhei de relance pra ponta da mesa. Marcos ria de alguma coisa que o Darlan tinha falado sobre o Palmeiras. Nenhum dos dois prestava atenção na gente. O resto do salão fervilhava em conversas paralelas, risadas evangélicas, o tilintar de talheres de plástico.
Estendi a mão, casual como quem ajusta uma migalha, e passei os dedos pelo peito dela. Encontrei o mamilo através da blusa fina de viscose. Estava enorme, duro feito pedra. Dei uma beliscadinha suave.
Ela gemeu. Baixinho, mas gemeu. O quadril se contorceu na cadeira.
"Quer saber que gosto tem a porra dele?" Sussurrei na orelha dela.
Outro aceno de cabeça. A mão dela definitivamente se mexia debaixo da mesa agora. Dava pra ver o ritmo no ombro subindo e descendo.
"Tem gosto de doce de leite salgado. Gruda na língua, desce quente pela garganta. Você não quer engolir logo porque quer sentir o gosto por mais tempo." Torci o mamilo dela entre os dedos, escondida pelo ângulo dos nossos corpos. O cheiro de excitação dela ficou mais forte—azedo e adocicado ao mesmo tempo. "E bem antes de ele gozar, forma uma pérola branca na fendinha da cabeça. Escorre devagar pelo comprimento todo como mel."
A respiração da Márcia tinha virado ofegante. As coxas apertadas uma na outra.
Minha própria mão encontrou meu colo. Puxei a bainha do vestido pra cima discretamente, pressionei o lado dos dedos direto contra a calcinha encharcada, e comecei a esfregar. Movimentos circulares pequenos enquanto falava, sentindo meu clitóris pulsar.
"Ele faz um som rouco quando goza. Vem lá do fundo do peito dele. E o pau inteiro treme na sua mão. Dá pra sentir cada jato de porra subindo, percorrendo toda a extensão antes de jorrar."
Os olhos da Márcia ficaram vidrados. Ela olhava pra lugar nenhum. A mão se movia mais rápido agora debaixo da mesa, os joelhos se abrindo levemente.
Encostei meus lábios na orelha dela de novo.
"Você tem uma bunda perfeita, Márcia. Eu reparo. Todas as mulheres daqui repararam. Imagina ela com o Marcos atrás de você? As mãos grandes dele agarrando, abrindo aquelas bochechas redondas, enfiando o pau todinho enquanto as bolas pesadas dele batem ritmadas na sua buceta molhada?"
Ela fez um som estrangulado. O corpo inteiro estremeceu.
"O Darlan já comeu seu cu, Márcia?"
Ela sacudiu a cabeça. Movimento minúsculo, envergonhado.
"É apertadinho, né? Virgem ainda." Belisquei o mamilo dela com mais força. "Mas pro Marcos você abriria, não ia? Imploraria pra ele meter devagar, rasgar você aberta, marcar aquele buraquinho que o seu marido nunca nem tocou direito."
A respiração dela desandou—gaspinhos curtos que ela tentava abafar. Consegui sentir o mamilo dela ficando ainda mais rígido, quase dolorido sob meus dedos.
Apertei a palma contra meu clitóris, esfregando em círculos firmes. A pressão subia pela minha barriga, minhas pernas tremendo.
"Às vezes eu chupo ele até ele implorar pra eu parar. Engulo cada gota. E sabe o melhor? Ele continua duro. Pronto pra mais."
"Cê pensa em sentar nele?" Sussurrei, minha própria voz falhando. "Sentir o pau dele te abrindo centímetro por centímetro? Sua buceta apertada se esticando em volta dele até doer? E depois, quando você tiver escorrendo leite dele, ele te dobra de quatro e mete no seu cu também?"
Ela soltou um gemidinho abafado, o ar escapando dos pulmões.
Lá na ponta da mesa, Darlan riu alto. Marcos tomou um gole de refrigerante, alheio a tudo.
"Posso dividir ele com você." As palavras saíram sozinhas, sem pensar. "Posso deixar você experimentar. Gostaria?"
O corpo inteiro da Márcia enrijeceu. A boca se abriu num O silencioso. Os olhos se fecharam com força.
Ela tava gozando. Ali mesmo no salão paroquial da Igreja Batista, no meio do jantar de confraternização, cercada de irmãos em Cristo. As coxas coladas, a mão enterrada na calcinha, gozando pensando no pau do meu marido enquanto eu torcia o mamilo dela.
E eu explodi junto. A onda me atingiu forte e tive que morder o interior da bochecha até sentir gosto de sangue pra não gritar. Esfregava minha palma contra o clitóris, sentindo as contrações percorrerem meu corpo, a calcinha encharcando.
Ficamos paralisadas por três, quatro segundos. Depois a Márcia abriu os olhos devagar e me olhou como se eu fosse uma santa. Ou um demônio.
Tirei a mão debaixo da mesa. Ajeitei meu vestido, alisando o tecido.
"Pronto." Sorri, pegando meu copo d'água. "Problema resolvido então."
Marcos olhou na nossa direção, a testa franzida.
"Tá tudo bem aí?"
"Ótimo." Bebi um gole longo. "A Márcia tava me passando a receita do bolo de cenoura dela."
Ele deu um sorriso distraído e voltou pra conversa com o Darlan.
A Márcia não tinha falado uma palavra sequer. Só me encarava, as bochechas em chamas, as coxas ainda grudadas uma na outra, os peitinhos subindo e descendo rápido demais sob a blusa fina.
Segurei a mão dela por cima da mesa.
Meu Deus, isso realmente vai acontecer, pensei ver passando pelos olhos dela.
"Acho que dá pra fazer isso acontecer." Apertei os dedos dela. "Semana que vem. Minha casa. Nove da noite."
Ela assentiu. Ainda sem palavras. Só aquele olhar—reverente, faminto, completamente dominado.
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