Eu sempre odiei ela. A Carla. A mulher que entrou na minha casa como se fosse dona, casando com o meu pai um ano depois da morte da minha mãe. Ela era bonita, eu admitia isso a contragosto: loira, corpo malhado, olhos azuis que pareciam me desafiar toda vez que eu passava por ela. Mas eu a odiava mesmo assim. Fazia questão de mostrar isso: comentários ácidos na frente do meu pai, portas batidas, olhares de desprezo. Eu queria que ela soubesse que nunca seria bem-vinda, que nunca tomaria o lugar da minha mãe.
Mas, no fundo, era mais complicado que isso. Eu me pegava olhando para ela demais. Quando ela usava aqueles robes curtos pela casa, ou saía da academia suada, o top grudado nos seios. Eu sentia um calor estranho no ventre, uma umidade entre as pernas que me deixava confusa e furiosa. Eu me odiava por desejar a mulher do meu pai. Então implicava mais ainda, como se provocá-la pudesse afastar aquele desejo proibido.
Eu sonhava com ela às vezes. Sonhos em que ela me tocava, me dominava, me fazia implorar. Acordava ofegante, a calcinha molhada, e me sentia a pior pessoa do mundo.
Naquela noite de verão, meu pai viajou a trabalho. Fiquei sozinha com ela. Desci as escadas de propósito usando aquela camisola fina que eu sabia que era quase transparente. Queria provocá-la mais uma vez, ver se ela perdia a compostura.
Ela estava na cozinha, de robe curto, tomando vinho. Linda como sempre. Eu mordi uma maçã devagar, joguei uma provocação: "Vai sair pra caçar algum homem mais novo que o papai?"
Ela riu, mas dessa vez foi diferente. Os olhos dela mudaram. Ela se aproximou, segurou meu queixo com força e disse aquelas palavras que me gelaram e me incendiaram ao mesmo tempo: "Você implica comigo porque no fundo me deseja. Porque fica molhada só de pensar em mim te tocando."
Eu neguei, claro. "Você tá louca..." Mas minha voz saiu fraca, traidora.
E então ela me beijou. Um beijo bruto, possessivo, a língua dela invadindo minha boca como se eu já fosse dela. Por um segundo eu congelei, mas depois... eu correspondi. Eu a beijei de volta com toda a raiva e todo o desejo que eu guardava há anos. Minhas mãos foram para a cintura dela, apertando.
Ela me empurrou contra a bancada, as mãos subindo pelas minhas coxas, erguendo a camisola. Eu tremia inteira. "Você me provoca há anos, Sofia. Agora vai pagar por isso", ela sussurrou, e eu senti os dedos dela deslizando por dentro da minha calcinha. Eu estava encharcada, envergonhada e excitada ao mesmo tempo.
Quando ela tocou meu clitóris, eu gemi alto, sem controle. "Porra... não para..."
Ela tirou minha camisola, chupou meus seios com uma fome que me deixou tonta. Dois dedos entraram em mim, me fodendo enquanto ela mordia meu pescoço. Eu nunca tinha sentido nada assim. Era intenso, quase doloroso de tão bom.
"Você sempre quis isso, né? Me provocar pra eu te comer assim."
Eu assenti, sem forças pra mentir mais. "Sim... eu sonhava com você... me odiava por isso."
Ela me virou de costas, deu um tapa forte na minha bunda que me fez arquear. Depois se ajoelhou e... Deus, a boca dela na minha boceta. Lambendo, chupando, a língua entrando em mim enquanto eu gritava, empurrando contra o rosto dela. Eu gozei rápido, forte, esguichando na boca dela, o corpo convulsionando como nunca.
Ela me levou pro sofá, tirou o robe e ficou nua na minha frente. O corpo dela era perfeito. Ela montou no meu rosto e mandou: "Agora é sua vez de me chupar. Mostra o quanto você me quer."
Eu obedeci. Lambi ela com desespero, provando o gosto dela, sugando o clitóris inchado, enfiando a língua o mais fundo que conseguia. Ela rebolava no meu rosto, gemendo meu nome, apertando os próprios seios. Quando ela gozou, inundou minha boca, e eu bebi tudo, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Passamos a noite inteira assim. Ela me fodendo com os dedos, com a boca, nossas bocetas se esfregando até gozarmos juntas, suadas, ofegantes. Em algum momento, num surto de tesão, eu a chamei de "mamãe", e ela enlouqueceu, me fazendo gozar de novo só com aquela palavra.
De manhã, antes do meu pai voltar, eu a beijei devagar, sem raiva nenhuma. "Eu não te odeio mais... na verdade, eu te quero assim. Sempre."
Ela sorriu, aquele sorriso vitorioso que antes me irritava, mas agora me deixava molhada só de lembrar.
Eu sabia que era errado. Sabia que era nosso segredo. Mas eu não conseguia mais parar. Toda vez que meu pai saía, ou quando conseguíamos alguns minutos sozinhas, eu me entregava a ela de novo. Minha madrasta tinha me dominado completamente. E eu amava isso. Amava ser dela.