Maria, irresistível - Parte 2

Um conto erótico de Deco Moreira
Categoria: Heterossexual
Contém 713 palavras
Data: 12/11/2025 07:15:50

Acordei com a luz da manhã entrando pelas frestas da persiana.

Maria estava aninhada em mim, nua, linda.

O cheiro de sexo, cerveja, beck e perfume dela pairava no quarto.

A culpa veio, forte. Eu tentei me afastar devagar.

— Rafa? — A voz dela estava rouca de sono.

— Porra, Maria, isso não podia ter rolado. O Nando...

— Rafa, calma. Ele não vai saber.

Nós nos levantamos. Ela vestiu uma camiseta minha, que ficou parecendo um vestido. Olhei pra ela com uma mistura de paixão, desejo e culpa. Tive raiva de mim mesmo pelo que eu tinha feito e, mais ainda, pelo que eu tava sentindo.

Fui passar um café, e o celular dela tocou. Era o Nando.

Ela atendeu com a voz doce:

— Oi, amor! Já tô voltando pra casa do meu pai. É, dormi na casa da Carol. Acabei perdendo a hora.

Eu virei de costas, apertando a xícara. O aroma de café não disfarçava o cheiro de sexo que estava impregnado nas minhas narinas. O Nando, ali, do outro lado da linha, tão perto e tão longe.

Ela desligou.

— Pronto. Tudo certo. — Ela disse.

Maria caminhou até mim e pegou a minha xícara de café. O olhar e o sorriso dela eram um convite silencioso que eu queria recusar, mas não conseguia.

— Você tem que ir. — Eu disse, tentando recuperar o controle, implorando para que ela levasse o erro pra fora da minha casa.

— Eu vou. Mas não sem isso.

Ela me puxou. Eu tentei, mas não consegui resistir ao beijo, que era doce apesar do amargor do café.

Eu a ergui e a coloquei sobre a bancada da cozinha, virada pra mim. Ela enrolou as pernas na minha cintura, não vestia nada por baixo da camiseta larga. Eu a penetrei ali mesmo, na cozinha, em um movimento só. O cheiro de café se misturou ao cheiro de sexo. A violência daquela transa matinal era uma forma de punição e, ao mesmo tempo, de aceitação da nossa falha. Eu gozei na buceta dela com a força de um desabafo.

Nós nos separamos, ofegantes. O corpo dela deslizou pelo meu.

— Eu te ligo. — Ela disse, vestindo a roupa amassada. Saiu correndo.

Os dias seguintes foram uma tortura lenta. Uma mistura de culpa e saudade.

Uma noite, cheguei em casa exausto. O flat estava no escuro. Eu acendi uma luz fraca, preparei um beck e coloquei Caetano pra tocar.

A campainha soou.

Eu abri a porta, surpreso. Era a Maria. E ela estava estonteante. Não era a Maria casual das desculpas, era a Maria produzida. Usava um vestido preto de decote, justo na cintura, e os cabelos estavam arrumados. O perfume dela era envolvente, doce e sensual.

— Posso entrar? — Ela perguntou, o sorriso predador.

— Não. Maria, não. — Eu disse, tentando manter a porta fechada. — Eu queria, Maria, mas o Nando...

— Esquece o Nando. — Ela me empurrou, entrando no flat.

Nós tivemos uma discussão longa, sussurrada, no meio da sala. Eu falava da amizade, da culpa. Ela falava da paixão.

Nós fumamos o beck que eu tinha preparado. Minha guarda foi baixando. O som gostoso, a luz fraca. A resistência se esvaiu.

Eu a puxei pro sofá. O toque era de ternura. Tirei a roupa dela lentamente, beijando cada centímetro de pele que se revelava. Sentia o cheiro daquele perfume que me deixava louco.

Nós nos beijamos longamente.

Eu a penetrei ali, com a cadência de uma canção de ninar. Nos olhamos nos olhos, e não havia culpa. Havia uma intensidade que eu nem sabia que podia existir.

O sexo era lento, suave, devagarinho. Eu senti o tecido áspero do sofá e a textura macia da buceta dela, quente e úmida, envolvendo meu pau. Eu deslizava fundo, sem pressa, mergulhado naquele cheiro que me deixava louco.

Não falávamos nada. Ela gemia, as mãos dela me apertavam. 'You don't know me' tocava baixo. E nós dançávamos. O gozo não veio rápido. Foi uma construção longa, sensual, ditada pela música. Quando o clímax chegou, foi uma onda suave, morna, que nos deixou abraçados e tremendo de prazer no sofá.

Dormimos ali, entrelaçados.

De manhã bem cedo, ela se vestiu rápido, me beijou uma última vez e saiu. Não dissemos nada, mas nossos olhares diziam tudo. Eu sabia que ela voltaria. E sabia que eu estaria esperando.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive Deco Moreira a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Velhaco

A mina é uma vagabunda e mau caráter, o amigo um Talarico filho da puta e mau caráter, ambos são dois vermes, a mina é ainda pior q o amigo Talarico, mas se for levar em consideração, o Nando deveria descobrir tudo e agradecer ao Talarico por livra-lo de uma barca furada dessa, mulher assim só serve pra marmita da galera, trouxa é quem a assume como namorada

0 0
Foto de perfil genérica

Mais um belo capítulo, meu amigo. Três estrelas com certeza.

Já vi vários contos do ponto de vista do talarico, mas este é diferente, porque mostra ele tentando resistir, mas sucumbindo ao desejo da cabeça de baixo.

Tô curioso para ver a interação dele com o amigo Fernando, principalmente quando tiver os três juntos.

E a ligação dela para o Fernando? "Já tô voltando pra casa do pai", ela disse. Quantas vezes li isso em contos do ponto de vista do corno, mas vendo do ponto de vista do talarico, foi bem diferente.

No aguardo da continuação.

0 0