Me chamo Bruno. Na minha adolescência, sempre fui tido como nerd, daqueles brancões do cabelo preto, espinhas no rosto e óculos de grau. Eu era magro, quase esquelético, apesar de comer bastante, e isso contrastava com meu cabeção. Devido a isso, meu apelido era Butt-Head, de um seriado chamado Beavis e Butt-Head, ao qual nunca assisti.
Eu morava com minha mãe, Marluce, que sempre foi uma simples dona de casa, sem emprego, mas que sempre tinha dinheiro suficiente para pagar todas as contas. Nunca me faltou nada. Quando a questionei sobre essa discrepância, ela me disse que tínhamos uma herança do meu falecido pai e que ela gerava bons dividendos todo santo mês para nós. Então, tá.
Minha rotina sempre envolveu casa e escola. Meu lazer sempre foram jogos eletrônicos e uso geral de computadores. Além disso, influenciado por minha mãe, sempre estudei sobre investimentos, onde ela dizia ser muito importante para meu futuro, pois percebia minha facilidade ao lidar com contas matemáticas de uma forma geral.
Sempre estudei na mesma escola, uma das mais importantes da cidade, e minha turma foi praticamente a mesma durante todos os anos, até o vestibular. O ensino pedagógico sempre enfatizava a importância das notas e, para estimular os alunos, a cada bimestre, os três melhores no quesito média de notas eram presenteados com medalhas de ouro, de prata e de bronze. Eu sempre estava entre os melhores e cansei de empilhar medalhas de prata ano após ano.
Nunca fui de ter amigos, mas não sofria por isso. Houve uma época que minha mãe se preocupou, mas após sessões com psicóloga, ela se convenceu que eu era assim mesmo e estava satisfeito com isso. O que ela demorou a descobrir foi que minha turma me completava. Ou melhor dizendo, meu primeiro amor me completava, me dando um senso de propósito.
O nome dela era Wanda. Ela era loira, um pouco mais baixa que eu, de curvas marcantes e um andar que misturava leveza e domínio — um jeito de existir que chamava atenção sem pedir por ela. Ela me lembrava uma princesa da Disney, mas numa versão para jovens de 18 anos, se tivesse, e era a menina mais popular da turma, admirada pela maioria, desejada pelos alunos – eu incluso – e invejada por muitas outras alunas.
Wanda era muito sociável, falante, eloquente e adorava agir como líder da turma, sempre tomando frente em reuniões envolvendo alunos, professores e coordenadores. Ela também adorava batatinha frita do McDonalds e seu sonho era ser repórter e, quem sabe, apresentadora da bancada do Jornal Nacional. No quadro de honra, muitas vezes ela era medalha de bronze e uma vez conseguiu tirar a prata de mim. Para mim, porém, Wanda tinha um ponto cego: era perdidamente apaixonada por Vitor, outro aluno da nossa turma.
Vitor era o galã. Ele era alto, moreno claro, cabelos escuros sempre bem penteados, ombros largos, postura ereta, sorriso encantador, rosto com queixo quadrado e bastante educado. Sempre o medalha de ouro da nossa turma. Eu poderia dizer que ele era um sujeito arrogante, mas não posso ser um mentiroso aqui. Ele era gente boa, inclusive comigo. Para ser sincero, ele foi um dos únicos que nunca me chamou de Butt-Head, pelo menos não na minha frente.
Todos diziam que Wanda e Vitor sempre foram feitos um para o outro. E, por dentro, eu morria de ciúmes por isso. Tentei por vezes esquecer esse sentimento, mas não consegui. Minha mãe, quando soube, dizia que eu deveria lutar por ela e que minha aparência não jogava contra mim, mas, naquela época, eu não acreditava nisso. Na realidade, não acredito até hoje.
Na oitava série, eles começaram a namorar e se transformaram no casal modelo, elogiado até mesmo por professores e coordenadores. Hoje em dia, me impressiono com o quanto a escola deu forças para aquele casal. Nas suas (poucas) brigas, os coordenadores agiam com afinco para que ambos fizessem as pazes rapidamente. E eu sentia a dor de não tê-la, misturada à inveja amarga de admitir que outro a merecia – talvez com justiça. Tentei desencanar muitas vezes, fingir que não me importava, mas não consegui, pois eles estavam em tudo.
Muitas vezes, eu ficava imaginando histórias onde eles terminavam e eu aparecia para consolá-la, ela reconhecia isso, se declarava para mim e namoraríamos. E depois casaríamos, teríamos filhos e seríamos felizes para sempre. E isso martelou em minha mente por anos, o que hoje percebo que alimentou minha esperança de um dia ter alguma coisa com ela, a despeito de toda dor e frustração que aqueles dias me causavam.
A poucos meses do vestibular, Wanda organizou uma festa de despedida da turma que aconteceria na mansão do Vitor, que gentilmente a cedeu com anuência dos seus pais. Pois é, foi aí que descobri que, além de todas as qualidades citadas anteriormente, Vitor vem de uma família rica. A festa foi numa sexta-feira à noite e seus pais confiavam tanto no filho que viajaram para que ele, sua namorada e a turma pudessem aproveitar. E não, os pais de Vitor não se arrependeram. A festa foi tranquila e dentro do esperado do começo ao fim.
Lembro que quando cheguei, sozinho, fui recepcionado pelo casal.
- E aí, Bruno! Que bom que veio, amigo! – ele me disse com entusiasmo, estendendo a mão. Eu estendi a minha e nos cumprimentamos com um aperto firme – Entra aí, acho que já chegou todo mundo. Vamos aproveitar esses últimos momentos juntos antes de irmos para a faculdade.
Após esses cumprimentos, Wanda me deu um abraço apertado, seguido de beijos em cada lado do rosto. Foi uma atitude inesperada, afinal, era a primeira vez que nossos corpos ficavam tão próximos um do outro. Na hora, confesso que me senti privilegiado, achando que ela tinha feito aquilo especialmente para mim, mas ledo engano.
- Que bom que você veio, Bruno – ela se afastou um pouco, me olhando nos olhos, com as mãos em meus ombros – Fico muito feliz de você e de todos os outros comprarem minha ideia. Quero aproveitar muito essas últimas semanas. Vou sentir muita saudade de todos.
- Eu também, Wanda – respondi mais alegre do que deveria por ela, enfim, estar me notando.
Logo, ela me largou e já estava recebendo os outros convidados com o mesmo entusiamo que me recebeu. Ou seja, eu não tinha nada de especial mesmo.
A mansão era grande e espaçosa, com um tom de branco que me chamava atenção. Toda nossa turma veio, mais alguns agregados como irmãos, irmãs, primos, etc. Acredito que a maioria estava bebendo algo alcoólico, mas não tenho certeza, afinal, não bebo. Wanda era uma anfitriã calorosa. Vestida de saia preta, uma bota também preta que estendia até as coxas e uma blusa cor de vinho com alguns detalhes que, confesso, não sei como descrever aqui. Ela estava estonteante. Era a primeira vez que a via sem o uniforme da escola.
Eu passei a maior parte do tempo sentado num sofá aconchegante com alguns colegas mais ou menos próximos. A conversa variava entre lembrar histórias engraçadas desse e de anos anteriores, falar mal de alguns professores e projetar os anos seguintes. Num dado momento, quase toda turma se juntou numa roda para uma dinâmica que Wanda propôs.
- Gente, agora cada um vai dizer qual curso fará no vestibular. Eu começo. Eu farei faculdade de Jornalismo.
Outros foram falando. Teve quem falasse de Engenharia Civil, alguns falaram em Medicina, uns em Administração, etc. Quando chegou na vez do Vitor, ele respondeu:
- Direito – Wanda lhe lançou um olhar de admiração, assim como a turma inteira.
Eu fui um dos últimos a responder. Aqui, preciso fazer um preâmbulo. Por meus conhecimentos em matemática e computação, além dos meus estudos em investimentos, sempre tive dúvidas entre os cursos de Licenciatura em Matemática, Computação ou Economia. Minha mãe tinha a preferência por Economia, mas sempre deixou claro que a decisão era minha. Naquele momento, ainda não tinha uma visão clara da minha escolha. Então, resolvi jogar.
- Jornalismo – eu respondi com um mentira absurda, totalmente motivada por Wanda, por sua atenção.
- Ué, jornalismo? – Perguntou Vitor, surpreso, acompanhando o murmúrio de outros colegas também – Você sempre foi bom em matemática e agora escolheu Jornalismo. Há alguma motivação para isso?
Wanda me olhou surpresa e intrigada.
- Bom – tive que improvisar – minha mãe quer que eu faça Economia, pois desde cedo ela me incentivou a estudar sobre investimentos e eu gosto disso, para ser sincero. Acho que nunca contei isso para vocês. Porém… sei lá… acho que isso é muito pouco. Penso que escrever sobre finanças e investimentos em grandes jornais ou, quem sabe, escrever livros sobre o assunto é uma forma de passar esse conhecimento adiante, ajudando mais pessoas, como se fosse um propósito de vida. E, claro, pode me trazer mais dinheiro ainda.
- Uau, decisão interessante e, devo admitir, surpreendente – Falou Vitor com um sorriso indecifrável. Ao mesmo tempo, desviei meu olhar para Wanda, que parecia me enxergar pela primeira vez na vida e… um tanto admirada, talvez?
- Muito bem, Bruno – continuou Vitor, capturando minha atenção após segundos de silêncio desconfortante – Fiquei surpreso por você já estudar sobre investimentos. O pai da Wanda vive de investimentos agora que se aposentou. Não é amor?
- É, mas ele não está aposentado, amor. Ele deixou de vender máquinas agrícolas, algo que ele fez por 30 anos, para poder trabalhar com investimentos. Meu pai tem os investimentos dele e agora trabalha aconselhando e sendo consultor de muitos outros investidores. Ele abriu uma empresa de consultoria com outros três sócios e tem muitas parcerias. Ele se encontrou nisso e tem hiperfoco. E até minha mãe está entrando nisso também. – Wanda virou-se para mim – Você vai gostar de conversar com ele, Bruno. Um dia apresento vocês dois.
- Não veja hora de conhecê-lo – Isso foi uma bela e inesperada surpresa. As engrenagens do meu cérebro começaram a fomentar ideias de usar essa futura conexão para estreitar meus vínculos com ela – Será um prazer conhecer seu pai, Wanda, e aprender muito com ele. Sei que ele tem muito a ensinar.
Wanda assentiu satisfeita, com uma curiosidade explicitamente crescente. Antes que pudesse falar algo mais, porém, Vitor tomou a palavra.
– É, ele fez uma fortuna – ele completou já mudando os rumos da conversa para si – Eu penso em fazer Direito por motivos nobres também – ele disse – Muitas pessoas perdem causas por não ter o luxo de contratar os melhores advogados. Eu quero ser referência, obviamente, mas quero dedicar um dia da semana para pessoas carentes que não podem pagar pelos melhores advogados. Como você mesmo disse, é um propósito de vida.
Assenti levemente, mas procurei não esticar o assunto. Tinha receio dele aproveitar o palco e se fazer mais admirado ainda, principalmente para Wanda, muito embora, ele nunca tenha dado amostras de fazer isso com qualquer pessoa ao longo dos anos… até hoje. Dessa vez, pareceu proposital. Mesmo assim, talvez por inveja, ou por me sentir intimidado, eu evitava ter conversas longas com ele e agora não iria fazer diferente. Felizmente, ainda faltavam alguns colegas para encerrar a dinâmica.
Quando acabou e parte da turma se dispersou, Wanda sentou-se ao meu lado querendo saber mais sobre minha escolha.
- Para qual universidade você pretende tentar? – Ela perguntou, entusiasmada, me dando um frio na barriga de excitação.
- USP – Eu sabia que ela queria essa, e era exatamente a que eu também passara a desejar.
- A mesma da minha. Que legal! Olha, vai ser bom ter alguém como você no começo. Não vou me sentir sozinha. E nem você.
- Pensando por esse lado, sim, podemos nos ajudar no começo.
- Eu conto com isso, Bruno – Ela me deu aquele sorriso cativante, que por anos desejei. Sim, minha paixão era tanta que até essas coisas pequenas me faziam feliz.
Conversamos mais um pouco sobre nossas expectativas e desejos para a faculdade. Ela também reforçou que falaria com seu pai e marcaria um encontro com ele para falar sobre o mundo dos investimentos. Gostei muito disso, admito. Outros grupinhos tinham suas próprias conversas paralelas. Vitor tinha sumido, mas não me importava. Que ficasse o mais longe possível. Eu estava totalmente imerso no meu papo com Wanda. Era a primeira vez que ela me dava total atenção. O jeito como ela conversava me arrebatava por dentro. Ela era perfeita. E naquele momento, o que era apenas uma mentirinha de leve, estava se tornando minha nova realidade. E assim, de supetão, eu estava cada vez mais decidido pelo curso de Jornalismo.
Eu poderia passar horas ouvindo-a falar, mas Vitor surgiu – e, com ele, a lembrança do meu lugar.
- Parece que vocês já estão coordenando como vão fazer no próximo ano – Ele falou rindo, sem nenhum sinal de ciúmes ou preocupação. Sua confiança era absurda, devo admitir.
- Amor, a ideia dele é muito interessante – ela segurou a mão dele, olhando em seus olhos – e vai ser muito bom ter uma companhia no curso. Lembra do meu medo de me sentir sozinha e isolada? Que bom que o Bruno estará lá. Espero que passemos juntos – Wanda voltou os olhos para mim, transmitindo uma espécie de alívio.
- Sim, é sempre bom navegar com pessoas que conhecemos – Vitor me deu uma piscadinha – Conto com você, Bruno – assenti levemente – Bom, agora vou levá-la um pouco. Espero que não se importe. Tenho algo pra mostrar a ela – os olhos de Wanda brilharam, como se ela estivesse esperando por algo muito desejado e que, enfim, estava prestes a acontecer.
- Tudo bem. Vão lá.
Eles saíram de mão dadas, abraçados, conversando e rindo de algo engraçado enquanto trocavam carícias e afeto. Logo, subiram as escadas e se perderam no andar de cima. Percebi que o som ambiente estava mais alto com uma música irritante e os outros grupinhos continuavam alheios ao ocorrido. Eu fiquei sozinho e frustrado por ter minha primeira conversa de verdade com Wanda interrompida. Restou-me apenas resignação.
Apesar disso, ainda tinha esperança de Wanda voltar para continuar a conversa, mas passaram dez, quinze e trinta minutos sem qualquer sinal dela e de Vitor. Nesse tempo, minha bexiga apertou. O desespero foi tanto que ignorei o plano de ficar perto do sofá. Pensei em subir, não sei por quê, mas resolvi apostar na existência de algum banheiro lá em cima e, quem sabe, esbarrar com Wanda e improvisar alguma fala caso a encontrasse.
No segundo andar, o corredor exibia cinco portas aparentemente fechadas. O som lá debaixo não parecia tão alto agora. A primeira porta, que inicialmente julguei ser a mais parecida com a que espero ser a de um banheiro, foi a que entrei e, felizmente, me permitiu me aliviar por completo. Ao sair e fechar a porta, escutei um grito alto e feminino. Um temor passou pelo meu corpo. Meu primeiro pensamento foi em Wanda. Será que ela estava em perigo?
Meu coração acelerou. Senti meu corpo suar. Caminhei pelo corredor procurando a fonte dos gritos, que foram ficando mais ritmados e mais... selvagens. Eu diria excitantes. Lascivos. Senti-me confuso. O que quer que estivesse acontecendo, esses sons guturais eram claramente de Wanda.
Me tremendo, mas sentindo uma curiosidade irresistível, parei em frente a uma porta que não estava totalmente fechada. Havia uma fresta pequena, mas suficiente para ver dentro. A fonte daquele pequeno mistério. E o que vi, fez um calafrio percorrer minha espinha, fazendo-me sentir como se tivesse cometendo um pecado.
Wanda estava nua, de joelhos na beirada da cama, de costas para Vitor, que também estava nu e a penetrava com força e dominância. Com uma das mãos, Vitor a segurava pelo ombro, arqueando seu corpo, deixando os braços dela suspensos e inertes. Com a outra, ele segurava-lhe a garganta, um aperto firme que parecia ao mesmo tempo ameaçador e excitante. Ela, entregue, revirava os olhos e balbuciava palavras entrecortadas assim como ele, mas perfeitamente compreensíveis para mim.
- Soca vai, amor. Mete esse pauzão mais forte dentro de mim. Mostra que eu sou tua putinha, vai.
Vitor respondia como um animal sedento, com seu corpo tenso e brilhando num suor ardente. Cada estocada, o som do choque do corpo dele com a imensa bunda dela dilaceravam meu encanto. A penetração era rápida e urgente, o cheiro do sexo inundando o ar.
Quando pareceu que ela estava perdendo os sentidos, Vitor soltou seu pescoço e a empurrou para frente, deixando-a quatro, sua coluna mais arqueada ainda de um modo que eu não sabia ser possível, sua bunda empinada, permitindo o encaixe total do membro dele.
- Empina esse rabão, sua gostosa. É aqui que eu quero te comer, perto de um monte de tarado que é doido por essa xoxotinha, um monte de tarado que vive batendo punheta pra ti, mas só eu que como. Tu é só minha, putinha vagabunda.
Vitor encheu a mão direita para um tapa forte e seguro na nádega esquerda de Wanda, que gemia – Ai, Vitor! Safado! Que judiar da tua putinha, é? Tá muito lá dentro, aii…
- Tá, é? Então geme, puta. Grita! Faz como eu te ensinei, faz como você aprendeu, como me deixa louco. Eu vou te encher todinha.
Wanda intensificou os gritos com desespero e desejo, uma dualidade inquietante para mim.
- Assim, eu não vou aguentar, amor. – Ela fazia força para falar, ofegante, puxando o ar – Ai, amor… eu tô com medo de alguém nos ver, de alguém notar, mas isso tá me dando tanto tesão, esse perigo, ai…
- Medo, gata? Medo? – Vitor deu uma risada maquiavélica – Eu quero é que saibam e fiquem com inveja.
- Seu safado, você adora um perigo, né? Não tá nem aí pro que vão pensar de mim, né? Ai… mas eu tenho culpa também. Isso tá me excitando muito. Eu tô muito molhada, amor, ai… Que delícia!
Vitor enterrou suas mãos na sua cintura, apertando forte, deixando marcados, forçando a coluna dela mais para baixo ainda enquanto mantinha a estocadas firmes e potentes.
- Wanda, minha Wandinha, a menina mais linda do colégio, que agora é minha putinha e sempre será. Mal sabem eles que eu tenho conheço de verdade, que eu despertei essa prostituta em você.
- É sim, eu sou sua prostituta, seu gostoso. Seu tarado de uma figa. Ah, que pica gostosa, meu Deus! Você sempre acaba comigo, sabia? Eu tô cada vez mais viciada. Me come forte, vai. Não para, não. Come tua putinha.
Os gemidos estavam mais doentios, assim como as provocações e as palavras obscenas. Perto de gozar, Vitor tirou as mãos da cintura e colocou nos ombros dela, trazendo-a mais para perto, deixando-a ainda mais empinada, como se fosse possível.
- Agora vou te marcar com meu leite, sua safada. E você vai descer com meu sêmen dentro de você. Quero você marcada mais uma vez. Foi assim o ano todo na escola, só que agora, vai ser na festa que você mesma organizou. Você vai falar com nossos colegas e minha porra inundando sua boceta sem eles terem ideia – Vitor ria com sadismo e prazer – Ah, mas você vai tirar isso de letra, putinha. Você sempre conseguiu e vai conseguir mais uma vez – Seguido de mais risos dominantes.
- Ai… tu quer me deixar louca, é? Então vai, goza pra mim, amor. Goza, vai. Me marca, seu pauzudo.
Eles aumentaram o ritmo. Eu conseguia ver as veias pulsando no pescoço de Vitor. Eles estavam chegando numa… explosão. Uma intuição me forçou a sair dali urgentemente. Dei meia volta devagar, torcendo para que não percebessem minha presença silenciosa.
Desci pelas escadas com cuidado e, felizmente, ninguém pareceu me notar. O som continuava alto e os grupinhos de conversa continuavam os mesmos. Eu estava atordoado, com coração partido, e não excitado. Eu que sempre havia colocado Wanda num pedestal de maior princesa viva na Terra agora me deparava com uma pessoa completamente diferente e surreal, destroçando – para o bem ou para o mal – toda imagem que eu tinha dela. Só me restou ir embora. Eu tinha muito o que refletir depois que meu pequeno mundo fora virado de cabeça para baixo.
Continua...
Espero que gostem. Desde já, ficarei grato com qualquer comentário, crítica ou elogio. Próximo capítulo em alguns dias.