Dando bem mais que um abrigo ao amigo ex presidiário pauzudo (Com Fotos)

Um conto erótico de Porti
Categoria: Gay
Contém 8559 palavras
Data: 15/10/2025 08:32:44
Última revisão: 15/10/2025 16:04:21

João Pedro cresceu no Heliópolis, o maior conjunto de vielas, sons e esperanças espremidas de São Paulo. Filho de Maria José, empregada doméstica há mais de vinte anos na casa dos Fiora, ele aprendeu cedo o que significava "ter acesso sem pertencer". Aos nove anos, já entendia os limites invisíveis da casa ampla em São Caetano do Sul, onde sua mãe trabalhava de segunda a sábado, mas todos os anos acabava indo junto nas férias de verão para a Riviera de São Lourenço, onde os patrões da mãe dele mantinham uma casa de praia.

Rafael filhos dos patrões era três anos mais novo, filho único, criado com afeto e tudo que o dinheiro podia comprar, mas um garoto bom e ingênuo. Mas quando janeiro chegava, e os dois meninos se encontravam sob o mesmo teto da casa branca de janelas azul a poucos metros do mar, a diferença entre os dois parecia se dissolver como pegadas na areia.

Durante os verões, João era "JP". Rafael era só "Rafa". E a vida ganhava outro ritmo.

Passavam os dias pedalando pelas ruas planas da Riviera, jogando futebol na areia, ou se escondendo do sol debaixo do guarda-sol ouvindo músicas que Rafa trazia no celular. Rafael ria alto com as piadas de JP. JP aprendia o nome das bandas gringas que Rafael ouvia. Eram dois mundos distantes que se tocavam brevemente, com uma naturalidade quase mágica.

Mas os verões têm fim.

Durante o resto do ano, Rafael voltava para o colégio particular, as aulas de inglês, os almoços silenciosos com os pais. JP, por sua vez, retornava à realidade concreta e densa do Heliópolis — ônibus lotado, escola pública, e o peso silencioso de saber que, com o tempo, suas escolhas seriam mais apertadas.

Foi durante um desses verões, quando Rafael tinha 15 e JP, 18, que tudo mudou.

JP chamou Rafa para assistir filme porno, coisa que Rafa ainda nunca tinha visto, naquele filme fora as garotas nuas, tinha uns caras com elas. Uns caras do tipo do atléticos, com a barriga chapada e cheia de gominhos como era a barriga do JP, com poucos pelos na linha do umbigo e coxas grossas. Outros caras todos nus, fortões, com uns caralhões enormes brotando um matagal de pelos pubianos. Eles mexiam nos pauzões fazendo-os endurecer, e nesse momento Rafa olhando para o JP e imaginou como será que seria o pau do amigo, grande e grosso como os caras do filme pornô, pois claramente JP estava com a barraca armanda e aparentemente era uma mega barraca e nesse momento JP abaixa as calças e aquela vara preta, grande, grossa e cheias de veias, solta para fora, sua boca até salivou, era um pau até mais bonito dos caras do filme, a coisa mais linda que ele já tinha visto. Ficou hipnotizado observando-o se punhetar, seus movimentos, aqueles músculos todos se mexendo, tudo era maravilhosamente lindo. De repente, seu pinto começou a ficar duro e, do nada, sentiu uma coisa estranha no cuzinho, Rafa podia jurar que ele estava piscando.

JP percebendo que estava sendo observado gostou do fascinou que o Rafa olhava para ele, Rafael observava o pré-gozo que começava a escorrer pela fenda do pauzão inchado do amigo. Agora o pirocão estava totalmente ereto. E ele estava apaixonado por isso. Aparentemente aquele pau deveria ter cerca de 23 centímetros de comprimento e ele nem conseguia calcular quantos centímetros de espessura.

Mas tiveram que encerrar aquela cena com a Mãe do Rafa chamando eles para ir jantar, era o último antes das férias terminarem, e os pais do Rafa queriam ir em um novo restaurante que estava sendo aberto na cidade naquela temporada.

Mas quando retornaram para casa e todos foram dormir, a noite estava quente, e os dois estavam sentados na varanda da casa, assistindo a um céu tão estrelado que parecia mentira.

— Você já… já se sentiu preso em lugar nenhum? — perguntou Rafael, sem encará-lo.

JP olhou pro lado, devagar.

— O tempo todo, Rafa. Mas com você aqui… parece que eu respiro melhor.

Rafa se aproximou do JP e pela a primeira vez que se tocaram sem se esconder. Um toque tímido de mãos. Um gesto que ficou suspenso entre o medo e o desejo.

Ambos se olharam Ali, naquela varanda com o cheiro do mar, de repente, deu um troço no Rafa que mudou seu olhar e, lentamente, foi se aproximando do rosto do JP até tocar sua boca na dele. Ele não reagiu, ficou parado sentindo o sabor morno da boca do amigo, a respiração acelerada, o corpão quente colado no seu e, devagarinho, fui abrindo a boca, deixando-o mordiscar seus lábios e colocar a língua dentro. Não foi um beijo apressado, nem um gesto grandioso. Foi um encontro de olhares, um toque suave, a certeza de que exista um sentimento muito forte entre eles, profundo, verdadeiro e libertador.

Eles se beijava sem pressa, suas salivas se misturavam e o sabor daquilo era inigualável. Suas mãos escorregavam sobre os ombros um do outro, eram mãos carinhosas e tão sutis que provocavam arrepios na coluna.

Rafa sentia que o pauzão do JP estava bem maior e mais duro do que quando ele estava vendo as cenas do filme, e ele o roçava sua coxa.

Aos poucos, suas mãos desceram pelas suas costas e começou a amassar a bunda do Rafa.

- Rafa, aonde você aprendeu a beijar assim? você é muito gostoso! – sussurrou ele, quase sem desgrudar da boca do amigo .

- Você também, JP! Você é lindo e mais gostoso do que qualquer cara que já vi! – devolveu ele.

- Mas Rafa isso não está certo! Você é como se fosse meu irmão mais novo, caralho! – afirmou contrariado.

O clima pesou, JP voltou para sua cama e ambos acabaram adormecendo.

Depois daquele dia, quando as férias acabaram, algo mudou dentro do Rafa, agora na escola, ele reparava nos caras, observava seus corpos, admirava seus músculos, gostava de comparar o volume que carregavam entre as pernas com o volume da cueca dos amigos. Havia momentos nos quais, com o pensamento disperso, ele viaja pensando que por mais que ele gostasse de ser homem, ele queria ter a mesma sorte daquelas garotas do filme que o JP mostrou, que pegavam naqueles pauzões, chupavam e brincavam com eles acariciando-os até ficarem duros e no final ainda faziam jorrar o porra leitosa; Rafa só queria ser como aquelas atrizes quando os caras as abraçavam por trás e iam enfiando lentamente a rola nos cus delas, extraindo gemidos de prazer e felicidade. Mas tudo isso ele sempre pensando nele juntamente com o JP.

Mas a realidade foi mais cruel com seu amigo. João Pedro se perdeu. O pai ele nunca conheceu, abandonou a mãe assim que soube da gravidez, a mãe naquela momento envelhecia rápido e, e as amizades ruins fizeram ele ceder às tentações fáceis da quebrada. Infelizmente ele acabou se envolvendo com um grupo do tráfico. Foi preso aos 19 anos.

Maria José continuou indo trabalhar na casa dos Fiora até onde pôde. Ficou doente. E seus últimos dias foi justamente na casa dos Fioras servindo ela em seus últimos momentos, como forma de agradecimento por tudo o que ela fez por aquela família em todos aqueles anos. Mas antes de morrer, chamou Rafael e entregou-lhe um envelope.

"Meu garoto, te amo como um filho, e tenho muito orgulho do homem que você se tornou. Preciso da sua ajuda com o João, vocé é o único que ele escutava de verdade, Rafael. Se um dia ele sair de lá vivo, ajudar meu filho a reencontrar o caminho, por favor?"

Rafael guardou aquela missão como um segredo de verão.

E assim, quase 7 anos depois, com 22 anos, Rafael parou o seu Novo Fusca diante do presídio em Franco da Rocha. Era uma manhã abafada do início de janeiro — justo janeiro — quando JP saiu, estava mais velho, com algumas tatuagens no braço, bem mais calado, com uma tornozeleira no tornozelo e a alma meio em ruínas.

O portão de ferro fechou atrás dele com um estrondo seco que reverberou no peito. João Pedro deu dois passos pra frente e parou. Sentiu o sol quente na cara e, pela primeira vez em anos, ar puro nos pulmões. Mas o ar parecia pesar.

Na calçada, parado ao lado de um carro, estava Rafael com sua camisa de algodão azul claro, olhar firme, postura que nunca abandonava o equilíbrio.

Naquele instante, antes de seguir, João Pedro baixou os olhos e engoliu seco. A imagem da mãe apareceu como uma pancada na memória. Ela sorrindo do lado de fora da grade, olhos molhados, e concerteza ela diria com a voz embargada:

— “Meu sonho é te ver saindo daqui andando, de cabeça erguida, meu filho... e nunca mais voltar.”

Ela não viveu pra ver. Infelizmente morreu um ano antes da soltura, com o coração falhando, enquanto ele ainda cumpria pena.

Ele sussurrou quase sem som, só pra si:

— "Te juro, mãe... nunca mais. Nunca mais essa vida. Eu vou honrar a senhora."

Respirou fundo. Enxugou com a mão áspera o que tentou virar lágrima e, com passos lentos, caminhou até Rafa.

— “Carai… tu veio mesmo. — Achei que nunca mais ia te ver — disse JP.”

A voz saiu carregada, rouca de tudo o que foi engolido nos últimos anos.

Rafael abriu um sorriso discreto, sincero.

— “Claro que vim, João. Eu prometi pra sua mãe que estaria aqui hoje. E eu sempre cumpro promessas… principalmente as feitas em janeiro.”

Sem hesitação, Rafa abriu os braços. O abraço foi firme, cheio de silêncio e memória. Dois mundos colidindo de novo — o de dentro, o de fora.

— “Bem que você falou que um dia teria esse carro, hein...” — JP comentou ao olhar pro carro.

Entraram. No trajeto, o silêncio pesou. O mundo fora dos muros parecia mais barulhento. Pessoas andando apressadas, buzinas, tudo parecia gritar. JP olhava pela janela como se ainda tivesse um vidro invisível entre ele e o mundo.

— “E aí... como foram os dias lá dentro?” — Rafael perguntou, quebrando o silêncio, a voz calma, como quem segura um copo com duas mãos.

JP deu uma risada seca.

— “Foi o caralho, mano. O inferno. Primeira semana já tomei logo um corretivo, tá ligado? Cheguei cheio de peito, achando que o nome na rua ia pesar. Não pesa nada lá dentro. Lá o que vale é quem fecha com quem.”

Rafa assentiu levemente, sem julgar.

— “Você conseguiu manter distância disso tudo?”

— “Tentei, na moral. Mas chega uma hora que ou tu se adapta ou vira alvo. Fiquei na limpeza e no esporte, depois aprendi a costurar — bordado mesmo, acredita? Passei mais tempo enfiando linha em pano do que comendo.”

Fez uma pausa e olhou pro horizonte.

— “Mas o que fode mesmo não é a pancada, é a mente. É tu deitado de noite, sem ter pra quem ligar. Pensando em quem morreu e tu nem pôde enterrar. A minha coroa, por exemplo... Nem me deixaram sair pro velório.”

Rafa respirou fundo, o maxilar tenso.

— “Eu lamento muito, João. Sua mãe era uma mulher admirável, os últimos momentos passei ao lado dela, ela fez uma passagem tranquila.”

— “Era mesmo. Firme. Sofreu pra caralho comigo. Mas ela sempre dizia que sonhava em me ver saindo pela porta da frente. Eu saí, Rafa. Tarde, mas saí. Agora é isso: prometi pra ela, jurei olhando pro céu ali na porta... nunca mais essa vida. Nunca mais.”

Silêncio. Rafa desviou o olhar pra ele por um breve segundo.

— “Você ainda tem uma vida inteira pela frente. Não vai ser fácil, mas você não precisa caminhar sozinho.”

JP soltou um riso curto.

— “Tu ainda fala bonito, hein. Mesma pegada de sempre.”

— “E você ainda reclama disso, mesmo quando entende tudo.”

Eles se entreolharam. O carro seguia devagar, vencendo as ruas da cidade como quem volta do exílio. A luz do fim da tarde iluminava os olhos cansados do João.

E pela primeira vez em anos... ele sentiu que talvez o mundo não estivesse completamente perdido.

Rafael dirigia com as mãos firmes no volante, enquanto sua playlist tocava aquela músicas eles escutavam juntos reforçando o sentimento de nostalgia no ar. De vez em quando, olhava de relance para João Pedro, que parecia mais concentrado na paisagem pela janela do que no fato de estar livre depois de seis anos.

— Você ainda mora naquele casão com seus pais? — JP perguntou, sem tirar os olhos da rua.

— Não. Meu pais de aposentaram e foram morar no interior. Me mudei faz uns dois anos. Apartamento pequeno, mas é só meu.

JP assentiu, devagar. Por dentro, tudo nele era estranhamento.

Quando chegaram ao prédio, Rafael fez questão de ajudar com a mochila surrada que JP carregava. Subiram em silêncio até o terceiro andar. O apartamento era realmente pequeno se comparado com a casa dos pais, mas com a ajuda dos móveis planejado ficou amplo , tudo muito claro, o que causava a impressão de amplitude, cheiro de café e livros empilhados em cantos improváveis. Um sofá de dois lugares, uma planta num canto.

Eram 3 dormitórios pequenos, uma suíte para Rafael, um quarto que foi transformando em closet e o último que virou o escritório do Rafa.

— Pode ficar no closet, até eu comprar uma cama e transformar o escritório no seu quarto— disse Rafael. — Não tem muito luxo, mas tem janela, uma boa vista, colchão novo e muita paz.

JP forçou um sorriso. — Paz já é mais do que eu tive nos últimos anos.

Enquanto desfazia a mochila, notou que Rafael deixou a porta entreaberta. Um gesto pequeno, mas cheio de significado: ele confiava. Ainda.

À noite, jantaram arroz, feijão, file de peixe e um pure, prato que Rafa lembrava que JP adorava na praia. Nada demais, mas a presença do outro na mesa bastava. Falaram pouco. JP ainda estava desconfiado de tudo — das paredes limpas, do silêncio da rua, da forma como Rafael o olhava sem julgamento.

Quando terminaram, Rafael lavou a louça e JP foi até a varanda.

Fazia muito calor, Jp acabou abrindo alguns botões da camisa por onde Rafa podia ver seu peitoral largo todo soado, e para onde o amigo não conseguia parar de olhar enfeitiçado pela virilidade que ele transmitia.

JP ficou parado ali por alguns minutos, olhando a cidade — a mesma onde tinha nascido, crescido, errado. Mas naquela varanda, naquele instante, não se sentia excluído. Nem observado. Só... existindo.

— Sabe o que é estranho? — disse, sentindo Rafael se aproximar.

— O quê?

— Você me tratar igual. Como se nada tivesse acontecido.

— Eu não te trato como se nada tivesse acontecido, JP. Eu só não te trato como se você fosse só isso.

Silêncio. Um daqueles silêncios que pesam mais do que mil palavras.

JP respirou fundo. — Sinto falta da praia às vezes. Daquele silêncio que o mar faz.

Rafael encostou ao lado dele, no parapeito. — Janeiro sempre teve gosto de recomeço, né?

— Pra mim, sempre teve gosto de despedida.

Eles ficaram ali, lado a lado, sentindo o vento leve da noite.

Não se tocaram. Não se disseram mais nada. Mas ali, naquela varanda de um apartamento pequeno em São Caetano do Sul, a história deles começava a ser reescrita — não como antes, não com promessas vazias, mas com presença. Com espaço para o que poderia, enfim, ser vivido.

João Pedro acordou antes do sol.

Tava desacostumado com um bom colchão, travesseiro macio e o silêncio de verdade. De verdade mesmo. Passou uns minutos encarando o teto, tentando lembrar em que quebrada do sonho tinha parado. O peso no tornozelo — a tornozeleira — era tipo um lembrete: "tu tá na rua, mas não é livre ainda, não".

Na cozinha, Rafael já tava lá, de camiseta branca, descalço, com o cabelo zoado de quem acabou de acordar.

— Bom dia. Dormiu bem?

JP puxou a cadeira, sentando com aquele corpo que ainda parecia preso.

— Dormi que nem ladrão na tranca primeira semana: leve, mas ligado. — Sorriu torto. — Só que deu pra descansar, sim. Melhor que as marmita fria e colchão de cimento que eu tava acostumado.

Rafael soltou uma risada curta, mas não forçada. Estava tentando entender que o JP que tinha saído da cadeia. Não era mais o moleque da Riviera. Mas talvez, por trás das gírias e do olhar duro, ainda tivesse algo daquele garoto ali.

Nesse momento Rafa se vira e ve JP sem camisa, deixando à mostra seu tronco forte e atraente — algo que mexia profundamente com o Rafa. Uma onda de calor o invadia, um desejo incontrolável crescia dentro de si. Não sabia lidar bem com aquilo: sua razão apontava para um caminho, enquanto seus sentimentos o puxavam em direção oposta. O conflito interno era evidente, e o medo dele era não conseguir esconder, o que o deixaria em uma situação desconfortável.

Mas era impossível não admirar o corpão sarado dele, aqueles músculos definidos, aquele rosto hirsuto de macho viril, e aquela benga que formava um volume nada discreto dentro de suas calças.

JP foi em direção ao banheiro na área de serviço ao lado da cozinha e com a porta aberta arrancou o short e a cueca e, e Rafa pude depois de anos contemplar novamente ocaralhão que o amigo de infância tinha entre as coxas grossas. Foi apenas num relance rápido; porém, nesse relance seu olhar captou os detalhes tal qual as lentes de uma câmera fotográfica, registrando cada centímetro daquela verga cavalar e do seu entorno. A benga preta era reta, grossa e cabeçuda estava meia bomba quando ele baixou a cueca e ela saltou para fora, já completamente melada. Seu peso a fez balançar feito um pêndulo, veias calibrosas completamente cheias formavam um emaranhado, em sua base pendia um sacão que também denunciava o peso das duas bolas contidas nele.

JP deu descarga lavou a mão e voltou para a cozinha para tomar café da manhã, mas Rafael não deixou, ele trabalhava na diretoria de um dos maiores grupos de saúde do Brasil, com isso tinha alguns privilégios, então eles se arrumaram e Rafa levou seu amigo para fazer uma série de exames clínicos, pois a anos não passava por nenhum médico.

No caminho para o laboratório o silêncio reinava. Era um silêncio diferente do da prisão. Um silêncio cheio de possibilidades.

— Consegui contato com uma ONG que ajuda egressos — disse Rafael. — Eles têm psicólogo, oficinas, encaminhamento pro mercado...

JP deu uma risada abafada, sem humor.

— ONG? Psico? Isso aí é pra playboy que quer limpar a barra na quebrada. Eu? Eu só quero ficar na minha, sacar uns corres limpo, e não voltar pra jaula. Tá ligado?

— Tô. Mas não precisa fazer tudo sozinho, JP.

— Não tô aqui pra ser peso, Rafa. Só tô tentando lembrar quem eu sou, sem uniforme bege nem número na ficha.

— E eu tô aqui pra te lembrar que você sempre foi mais do que isso.

JP ficou toda a manhã na área vip do laboratório fazendo esses exames e sendo examinados por inúmeros medicos, até chegou a ver um famoso, que também estava fazendo esses mesmos exames em outra sala, comeu como um rei.

Na parte da tarde, Rafael chamou um uber para levar JP de volta para seu apartamento, JP ficou o restante da tarde sozinho no apê. Achava tudo meio estranho: silêncio, paredes limpas, ninguém gritando, nenhuma chave batendo no ferro. Era tipo estar num mundo que não era mais o dele — ou talvez nunca tivesse sido.

Entrando dentro do escritório JP encontrou uma foto do Rafa com os pais, Rafa com sua mãe e por último deles dois na Riviera, anos atrás. Os dois rindo, sem camisa, bronzeados, segurando uma bola de vôlei.

— Cê tá de sacanagem... — murmurou, sorrindo pela primeira vez de verdade desde que saiu.

Se lembrava daquele dia como se fosse ontem. Depois do jogo, correram até o mar, se empurraram, voltaram suados e molhados pra casa. E à noite, ficaram sentados na varanda ouvindo Skank, falando de um futuro que nunca chegou.

Naquela tarde Rafa não conseguia se concentrar em suas reuniões pensando em JP, toda hora vinha lembrava do corpão parrudo e viril do amigo, sentia um misto de repulsa e atração — como se isso realmente fosse possível de acontecer. Aqueles olhos o examinando despertavam uma quentura em seu peito como jamais havia sentido antes.

Quando Rafael voltou, JP já tinha feito a janta.

— Caraca — disse Rafael, olhando o prato. — Isso tá com uma cara ótima.

— É o mínimo, né? Fritava quentinha pra cento e vinte na ala. Se eu não soubesse fazer um frango com tempero, ia tomar vaia até da grade.

Rafael riu, com cuidado. JP comia devagar, diferente de como fazia no sistema — lá, era tudo pra ontem. Aqui, ele podia mastigar com calma, sentir o gosto da comida.

Depois do jantar, foram pra varanda ele voltou a falar, os olhos ainda presos do lado de fora:

— “Sabe o que é foda mesmo, Rafa? É a solidão. A porra da solidão é o que mais te destrói lá dentro.”

Rafa apenas olhou de relance, atento.

— “Lá... tu não tem ninguém, mano. Ninguém pra encostar. Pra deitar junto. Pra ouvir tua respiração. Tu vira um bicho. Fica embrutecido.”

— “Teve dia que eu acordava de madrugada só porque sonhava que tava abraçando alguém. Só um abraço, tá ligado? Nem transa, nem putaria. Só o calor de outro corpo.”

Fez uma pausa longa.

— “Agora, claro… sexo então? Esquece. Não é que não exista lá dentro — existe, e muito. Mas é tudo torcido, escondido, forçado às vezes. Eu não me envolvi, não era minha. Mas te juro, teve alguns dias que parecia que ia enlouquecer. Corpo latejava. A mente pedia, o corpo pedia… E o vazio ria da minha cara.”

Rafa olhou sério mais firme para JP, mas permaneceu em silêncio.

— “E aí tu começa a duvidar de tu mesmo. Começa a se perguntar se ainda sabe como é. Se ainda vai conseguir olhar pra alguém e… sentir, entende? Sentir tesão, sentir vontade… sem culpa, sem medo.”

O silêncio naquela varanda pesou por alguns segundos.

— “A real, Rafa? Eu sinto falta de ser tocado. De ser visto como homem de novo, não como número. Eu quero sentir pele. Quero alguém que me queira… sem pena, sem julgamento. Só desejo. Só verdade, quero ser um macho de novo.”

Rafa desviou o olhar para o chão e o encarou por um instante. O

— “Você não perdeu isso, JP. Está aí dentro. Eu consigo ver você como esse homem, Você só... ficou congelado por um tempo. Mas ainda é inteiro.”

JP soltou um suspiro rouco.

— “Tomara, mano… Tomara mesmo. Porque eu tô com medo de ter esquecido como se ama.”

Após mais um longa pausa de silêncio entre eles.

— Cê acha que dá pra voltar a ser o que a gente era? — JP perguntou, encarando o escuro da rua, onde ninguém os via.

— Não sei. Acho que ninguém volta. Mas dá pra ser algo novo. Com verdade.

JP ficou quieto. Respirou fundo.

— Sabe o que eu pensava lá dentro? Toda vez que o bicho pegava, eu lembrava da praia. Do som do mar, do vento. E de você me chamando de “moleque chato” quando eu jogava areia em você.

— Eu chamava mesmo — disse Rafael, rindo.

— Era o único lugar que eu não era “o da favela." Eu era só... JP. E cê era só Rafa.

Silêncio.

— coloca aquelas músicas? — perguntou JP, mais baixo.

Rafael puxou o celular. Botou pra tocar na Alexa a playlist que ainda chamava de "Verão JP". A primeira música? “Dois Rios”, do Skank.

JP encostou no batente da porta e fechou os olhos.

Ali, na varanda de um apê pequeno, com a cidade respirando lá fora e a liberdade machucada no tornozelo, ele se permitiu sentir um pedaço de paz. Um pedaço de quem ele já tinha sido — e, talvez, ainda pudesse ser.

Naquela noite Rafa acordou assustado e todo suado depois de ter um sonho bem quente com JP, óbvio que jamais contaria algo, pois a última coisa que JP precisava era saber dos pensamos libertinos e dos sonhos devassos que ele tinha com o amigo, e que o faziam acordar no meio da noite todo suado, queimando em calores, como se tivessem o atirado numa fogueira.

No terceiro dia na rua foi um misto de esperança e nó no peito pra João Pedro. A tornozeleira no tornozelo pesava, não só física, mas no sentimento. Cada passo lembrava o passado, a falta de liberdade, o medo de voltar. Mas ele queria tentar.

Rafael conseguiu uma indicação com uma vizinha do prédio pra JP de repositor em um mercado ali no bairro mesmo. Um trampo que dava pra fazer sem muita enrolação, sem precisar usar a cabeça pra coisa errada.

Ao saber da confirmação do teste, JP puxou o amigo para um abraço que o fez encaixar no tórax largo e maciço, o cuzinho do Rafa se revolveu todo e aquele abraço foi tão desajeitado que o amigo deve ter pensado que ele era meio descoordenado. No entanto, Rafa notou quando JP aspirou fundo o ar perto do seu pescoço, que rescindia ao perfume que tinha borrifado naquela manhã.

— Você sabe, né? Que pode ser difícil no começo — disse Rafael, enquanto eles tomavam café na cozinha. — Mas é um começo.

JP cruzou os braços, meio desconfiado.

— Eu sei como é, mano. Se não ralar direito, o sistema engole de novo. Não tem moleza pra quem já caiu. Mas eu não vou vacilar.

O primeiro dia foi difícil. JP chegou cedo, com o uniforme meio amassado, a tornozeleira brilhando no tornozelo. O chefe, um cara de meia idade, olhou desconfiado, mas deu um voto de confiança.

— Vou te passar o esquema, só fica ligado.

JP trabalhou duro, suando, aprendendo rápido. Aquele era o jeito que ele podia provar que merecia outra chance.

No final da tarde, voltou pro apartamento exausto, mas com um sorriso satisfeito.

— Cê não tá ligado como é bom não ouvir o barulho da grade batendo no final do dia — disse, jogando a mochila no canto.

Rafael sorriu.

— Ainda tem o vento da varanda, as músicas e você aqui, firmeza.

JP olhou pro irmão de criação.

— Valeu, mano. Se não fosse tu, eu tava perdido.

JP entrou no banheiro e deixou a porta entre aberta, Rafa muito respeitador, não tentou espiar, mas para a sua surpresa eis que JP sai pelado de lá e caminhando bem a sua frente, algo que depois Rafa percebeu que era natural para ele por conta do tempo que passou na cadeia.

Entre suas pernas agora Rafa poderia certificar de perto que realmente pendia um caralhão cavalar, pesado, cabeçudo que fez o ânus do Rafa sentir várias contração; abaixo daquele caralhão um sacão igualmente pesado guardava as duas bolas nitidamente visíveis. O magnetismo daquela visão paralisou o Rafa, seu corpo começou a estremecer à medida que ondas de calor se apossavam dele. Ali parado com o desejo por aquele macho com todo o vigor que ainda tinha em si, e sentia que precisava daquilo, daquele macho intrépido para continuar vivo.

Após JP colocar um short sem cueca, veio até a cozinha fazer algo para jantarem, JP bateu palmas e esfregou as mãos, animado. Ele parecia empolgado com a ideia. O outro riu e seguiu para a cozinha, pronto para começar. Pegou os ingredientes e começou a preparar a massa de um empadão, seguindo uma receita simples no rótulo de um dos pacotes.

Enquanto ele misturava os ingredientes, JP se aproximou por trás, espiando por cima de seu ombro. Sem cerimônia, enfiou o dedo na tigela e pegou um pouco da massa crua.

"Ei!" — protestou ele, tentando afastar a mão de JP.

"Relaxa. Acabei de lavar as mãos", respondeu JP com um sorriso despreocupado.

Ele riu e se aproximou ainda mais. O outro tentou empurrá-lo de leve com o quadril, mas JP voltou a meter o dedo na massa, pegando mais um pouco e experimentando de novo, como se fosse irresistível.

"Não vamos ter comida se você continuar comendo a massa", ele disse, tentando parecer sério, mas rindo ao mesmo tempo.

"Mas tá boa demais..."

Virando-se com um sorriso, ele colocou as mãos no peito de JP, tentando empurrá-lo levemente para trás. JP, alto e firme, não se moveu. Eles se olharam por um momento. Os olhos negros de JP estavam fixos nos dele, e o coração bateu um pouco mais rápido com a proximidade.

JP então levou a mão para trás das costas dele, como se fosse puxá-lo mais perto — mas, com um sorrisinho, apenas pegou mais um pouco da massa. Mostrou o dedo com a massa e, dessa vez, o estendeu em direção a ele, como quem oferece uma prova.

Houve uma breve hesitação, um segundo de silêncio entre os dois. Ele olhou nos olhos de JP, depois na ponta do dedo, e aceitou, provando a massa com um gesto tranquilo, quase brincalhão.

Os olhos de JP se arregalaram por um instante, surpreso com a resposta. Logo em seguida, desviou o olhar, claramente sem jeito, e saiu da cozinha às pressas, sem dizer nada.

JP personificava, em carne e osso, aqueles homens que que todo gay costumava idealizar, figuras com as quais alimentava os mais intensos e apaixonados sonhos. Foi por isso que, ao se cruzarem na saída da cadeia, sentiu uma onda avassaladora de desejo que o desestabilizou por completo. A imagem daquele rosto marcante , aquele corpo impressionante não saía de sua mente. Pensava consigo mesmo: “É um homem assim que preciso para a minha vida. É um parceiro como esse que desejo ao meu lado. É um macho assim que quero entregar diariamente — e tudo o mais que ele quiser.”

A paixão por JP só aumentava. Tudo nele o cativava: os olhos expressivos, o bigodinho, que realçava seus traços, o queixo anguloso, a boca de contornos sensuais, os ombros largos, o tronco e os braços bem definidos, as coxas firmes que lembravam troncos de árvore... e, sem negar, o volume insinuado entre suas pernas. Mais do que a aparência, era a forma como JP o olhava, como sorria, como o observava de forma sutil, e a maneira como falava com ele — tudo isso deixava claro que aquele sentimento só crescia.

Ao longo dessa primeira semana os dois foram achando um ritmo. Nem sempre fácil, nem sempre tranquilo. Teve momentos que JP queria sumir, esquecer tudo. Teve horas que Rafael queria fazer demais e acabava sufocando.

Mas o que importava era que estavam ali. De frente pra vida, pra história deles, prontos pra se reconstruir.

Naquelas noites de janeiro, quando a brisa fresca vinha da varanda, eles deixavam o passado pra trás, mesmo que só por um instante — vivendo o agora, juntos.

No segundo dia no trabalho JP entendia que nem sempre séria fácil. Tinha olhares tortos na rua, a sensação de carregar o passado grudado na pele.

Por mais que Rafael tentava estar sempre por perto, ajudando no que podia, seja levando um rango ou só ouvindo quando JP queria falar — ou até quando ele não queria falar de nada.

Depois daquele segundo dia no mercado, JP chegou em casa mais cansado do que o normal. Jogou a mochila no sofá e se jogou junto, suspirando fundo.

— Hoje foi foda, Rafa... um cliente lá do mercado ficou olhando torto para a tornozeleira durante as compras dele. Cê sabe como é, né? O histórico pesa.

Rafael sentou ao lado, sem pressa.

— Pô, JP... Eles não conhecem teu lado real. Só o que querem ver. Mas isso não te define.

JP mexeu na tornozeleira, pensativo.

— Eu sei, mas é foda ficar provando que a gente pode mudar. O sistema já te marca, parceiro. E quando você menos espera, ele tenta te puxar de volta.

— Mas você tá firme. Não tá sozinho.

JP olhou pra Rafael com os olhos cheios de um misto de gratidão e algo que ele mesmo não sabia nomear.

— Tá ligado que eu sempre te quis bem, né?

Rafael deu um sorriso sincero.

— Sempre.

O silêncio entre os dois agora tinha menos medo, menos distância. Era quase um convite.

Aquele entrosamento aparentemente tinha todas as características de uma amizade entre dois caras cujas idades estavam bem próximas. Mas Rafa sabia que não o via apenas como um amigo, mas como um potencial namorado, amante, marido ou algo desse calibre e, nutrindo essa esperança desde a adolescência, e seu maior desejo era deixar que o outro o levasse para a cama e se apossasse dele naquele coito que não chegou a acontecer na adolescência.

Naquela madrugada de quinta para sexta, JP mal conseguiu dormir, dentro de João Pedro, tudo era ruído.

Ele acordou antes de Rafael. Saiu da cama devagar, caminhando descalço pela casa, dentro de si guardava tanta coisa que chegava a doer.

Aquela casa era linda. O silêncio ali era limpo. E Rafael… Rafael era o tipo de pessoa que tinha luz própria. Inteligente, gentil, bonito, de fala firme e olhar leve. Gente que nasceu com espaço no mundo.

JP não.

Ele era ruído, cicatriz, desvio de rota. Aquele lugar era bonito demais pra ele. Rafael era bom demais pra ele.

Quando Rafael apareceu na cozinha, com os olhos ainda pesados de sono e a camiseta larga pendurada no ombro, JP desviou o olhar. Sentia vergonha até de estar ali.

— Bom dia… — disse Rafael, bocejando. — Tá acordado faz tempo?

JP assentiu sem responder.

— Não conseguiu dormir bem?

O silêncio se alongou.

— Cê já parou pra pensar, Rafa, que talvez… talvez eu não devia estar aqui?

Rafael franziu a testa, confuso.

— Como assim?

— Isso aqui — apontou pro espaço à volta — essa casa, esse silêncio, essa paz, você… nada disso foi feito pra mim. Eu sou o cara que saiu da quebrada direto pra tranca. Eu errei. E às vezes eu acho que você tá tentando consertar uma parada que nem tem conserto.

Rafael se aproximou devagar, como quem se aproxima de uma parte quebrada de si mesmo.

— Você não é uma coisa pra ser consertada, JP. E eu não tô aqui por pena, nem por caridade. Eu tô aqui porque você importa pra mim. Porque eu te ...— disse, desviando os olhos do amigo. — Você é importante para mim. Mesmo com as suas bagagem, os traumas, nada disso importa.

Já havia passado 5 longos dias desde a chegada de João Pedro de vez para o apartamento de Rafael, a rotina já começava a se ajeitar entre eles — entre a cautela e o afeto tímido que crescia no silêncio dos dias.

Naquela sexta a noite, Rafael chegou com os exames do João Pedro, e os exames deram apenas pequenas alterações em algumas vitaminas, nada que um bom complexo vitaminaco não desse conta. Coisa que Rafael comprou antes mesmo de chegar em casa.

Na manhã de sábado abafada, Rafael apareceu com um sorriso discreto e um convite inesperado.

— Tô com uma ideia — disse, enquanto JP ainda espreguiçava no sofá. — Que tal a gente dar um pulinho na Riviera? Só pra rever a casa, sentir o verão de novo, sabe?

JP ficou em silêncio por um instante. A ideia de voltar praquele verão parecia um convite perigoso e doce ao mesmo tempo. No fundo, ele sabia que aquele era um pedaço perdido dele, onde as coisas ainda tinham um jeito simples, quase mágico.

— Pode ser bom — respondeu, devagar, como quem abre uma porta trancada há muito tempo.

Dirigiram até a casa branca de janelas azul, onde o cheiro do mar misturado com o cheiro antigo da madeira parecia guardar as memórias dos verões que passaram.

Ao entrar, o silêncio da casa parecia gritar o tempo que havia passado, as ausências que se acumularam nas paredes. Rafael tirou os tênis e andou descalço pelo piso frio, como se quisesse se reconectar com o passado.

JP ficou observando Rafael — o jeito que ele falava com a casa, com respeito e carinho, como se cada canto guardasse um pedaço da história dele também.

Sentaram-se na varanda da sala, olhando o mar distante que parecia ainda guardar o brilho dos dias mais felizes. Rafael colocou o braço no ombro do amigo, simulando uma espécie de abraço com uma delicadeza que fez o coração dele acelerar.

— Eu sempre quis que esse lugar fosse nosso segredo — confessou Rafael, os olhos fixos no horizonte. — Aqui, a gente podia ser só a gente, sem as cobranças, sem o peso do mundo.

JP apertou a mão dele, sentindo a textura quente da pele que já conhecia e que, ainda assim, surpreendia.

— Nunca pensei que sentiria tanta falta disso — disse JP, a voz quase um sussurro. — Do sol, do mar, da gente... eu me perdi tanto longe daqui.

Rafael virou o rosto, os olhos brilhando com um misto de saudade e algo que ele ainda não sabia nomear.

— A gente se perdeu, mas não acabou. Tá aqui — apontou para o peito, sobre o coração — e eu não vou deixar a gente se perder de novo.

JP se virou pra ele, o olhar buscando coragem.

O momento tão aguardado do beijo entre os dois finalmente chegou.

JP passou o braço pelos ombros dele, puxando-o com carinho, e, ao focar naquele rosto, ele o tocou com suavidade. Como se fossem imãs, seus rostos se aproximaram até que os lábios se encontraram, cheios de desejo contido. O beijo foi longo, começando com delicadeza e ganhando intensidade à medida que as mãos percorriam os contornos dos corpos, traduzindo em gestos a conexão entre eles. Suas línguas se tocaram, movendo-se em harmonia, revelando uma entrega silenciosa, mas profunda.

Derepente o beijou com do JP ficou com quem tem fome. A boca dele devorava a boca pequena do Rafa, as mãos explorando seu corpo como se tivesse esperando a vida toda.

Aos poucos, Rafa se deixou envolver pelo abraço firme de JP, sentindo a segurança daquele contato e a vibração que cada beijo trazia. Um arrepio percorreu seu corpo quando sentiu a mão de João subir lentamente por sua cintura, roçando sob o tecido da camiseta. O gesto, embora sutil, carregava uma intensidade que dizia muito mais do que palavras poderiam expressar. Quando Rafa sorriu e deixou que os dedos explorassem com carinho, o momento se tornou ainda mais íntimo — e mesmo em silêncio, tudo ali era compreendido: desejo, cuidado e a sintonia de dois corpos se conhecendo.

Enquanto os beijos se sucediam, suas mãos vagavam céleres por seus corpos explorando cada contorno, cada detalhe, se descobrindo mutuamente. JP levou uma das mãos do Rafa até sua ereção e que acariciou sentindo suas pulsações desenfreadas.

Rafa cheio de coragem e tesão, abriu um sorriso contido e enfiou a mão pelo cós do short até encontrar o que queria. Fechou a mão ao redor do cacetão e o senti pulsar enérgico, quente e tão grande que sua mão não o conseguia envolver por inteiro. JP encarava excitado Rafael. Lentamente Rafa fui puxando a parte frontal do short do JP para baixo, e lá estava o maior caralho que o Rafa já tinha visto, o fazendo babar de tanto tesão.

- E aí, acha ele grande? Gostou? – perguntou o safado.

- É enorme, e muito, muito lindo! – exclamou – Nunca vi nada tão bonito!

- Pode brincar com ele, ele é todo seu a partir de agora.

Então seu pau foi completamente engolido pela a boca quente e úmida do amigo. Estava claro que Rafa sabia fazer um boquete delicioso, a rola de JP ficou durona e ele começou a ouvir os gemidos do amigo. Rafa se empolgou e engoliu o pau totalmente. A rola tinha 23 cm, enorme e muito grossa, o que deixaria qualquer mulher fissurada. Só que nenhuma mulher até então tinha mostrado a verdadeira arte de chupar, e JP estava descobrindo isso agora com o boquete do amigo. Ele tratava a sua rola como se precisasse dela pra viver. Ia fundo até a garganta e voltava, sem bater os dentes, alternando lambidas, sugadas, chupadas delicadas e engolidas com voracidade, cheirava seu saco, lambias seus ovos delicadamente, arriscava e ia com a língua embaixo do saco.

O JP se contorcia e grunhia, agarrando a cabeça do Rafa e afundando na sua virilha.

- Isso, chupa tesudo, chupa! Chupa e sente o sabor do teu macho! – grunhia ele, numa rouquidão sensual, ao mesmo tempo em que se deixava conduzir pelo prazer.

Ao mesmo tempo em que Rafa mamava a verga colossal do JP, ele afagava seus bagos globosos e pesados. JP começou a se estremecer todo rugindo mais alto a cada uma das sugadas do Rafa.

Aos poucos, ele foi abrindo e puxando as pernas para trás, o rosto do amigo já estava dentro da virilha dele e suas mãos o agarraram pelos cabelos ao mesmo tempo em que ele erguia a pelve e metia o caralhão mais fundo na sua garganta.

- Rafa! Rafa, cacete, RAFA! – era tudo que escapava por entre seus dentes cerrados, enquanto sua língua e sua boca não paravam de trabalhar na pica do ex presidiário e amigo.

O primeiro jatos de semem entrou com tudo e desceu praticamente direto pela garganta, Rafa engoli-o sem pensar. Nem por um segundo ele hesitou, saboreando sua textura leitosa de sabor amendoado.

A cada nova golfada sua boca se enchia do porra leitosa e amendoado que ele tratava de engolir tão rápido quanto possível para não se afogar nelas. O JP tinha voltado a erguer a cabeça, não tirava o olhar prazeroso do passivo, observando embevecido como ele ia mamando e devorando seu leite de macho, lambendo até o que escorria pela jeba até não restar sequer uma única gota de sua virilidade.

- Rafa, seu safado tesudo do caralho! Você aprende aonde como satisfazer um macho? Você me deixou maluco engolindo minha porra nessa gula toda! – exclamou em êxtase.

Rafa apenas sorriu e caiu na sofá da sala enquanto JP deitou em cima dele.

- Isso foi demais, Rafa! Demais, cara! Nem sei há quanto tempo não me sinto tão bem! – respondeu ele.

Ambos estavam deitados recompondo as forças e Rafa acariciava a rola de JP, e já as mãos de JP desciam pelas as costas do Rafa numa lentidão torturante, até chegarem à sua bunda. Uma mordida cravou os dentes dele numa das nádegas, Rafa gemeu, ele a soltou, mas a marca já estava lá, visível e denunciando a devassidão dele. Suas mãos afastaram as nádegas, abrindo e expondo seu reguinho liso que ele ficou admirando. A vontade de Rafa era de mandar ele enfiar de uma vez o cacetão do seu cu, pois já não aguentava mais aquela tortura. Mas o que enfiou entre as bandas da sua bunda foi seu rosto hirsuto que pinicava a pele sensível daquele lugar, e a língua que começou a lamber as preguinhas rosadas do seu cuzinho. Rafa quase desfalece, faltou o ar por mais que ele se esforçasse para captá-lo. O polegar dele começou a roçar a entrada sensível da sua fenda anal, e ele gani perdido em meio aquele tesão todo. O JP enfiou o polegar no seu cuzinho, até o fazer desaparecer ali dentro.

- Ai JP.! – foi tudo que conseguiu gani.

- Putinho, por que você tinha que ser tão gostoso? Caralho, eu nunca senti nada parecido por nenhum outro homem! – rosnava ele, enquanto se apossava das nádegas e enfiava aquela mão impudica no reguinho estreito e quente do amigo.

A respiração do Rafa acelerou, não por vontade própria, mas por um reflexo autônomo quando JP apontou a cabeçorra sobre a fenda anal do Rafa. Havia meses que nenhuma pica chegara tão próxima do seu cuzinho, e ele estava muito apreensivo com o tamanho da que estava preste a penetra-lo. O JP era o primeiro homem super dotado que ele teria relação, e ele sabia que machos como JP infligiam muita dor durante na penetração, por mais relaxados que estivessem seus esfíncteres, era uma questão de volumetria, de proporções tão distintas que, para se unirem, a parte mais frágil precisava se dilatar e esgarçar, e essa parte mais frágil eram justamente as suas preguinhas e os seus esfíncteres anais.

Rafael na medida do possível tentou relaxar, e principalmente deixar a boca aberta, pois sabia que se ele fechasse a boca, automaticamente fechava o toba, dificultando a penetração. Sentiu JP cuspindo no seu anus e em cima do pau para facilitar a lubrificação.

JP pincelou seu pauzão contra a entrada enrugada do amigo de infância "Você está pronto, Rafa?"

Apenas acenou com a cabeça que sim.

JP foi aos poucos penetrando lentamente o Rafael até que quando entrou a cabeça do pau, o Rafa senti uma pequena dor percorrer seu corpo.

JP continuou empurrando, desta vez um pouco mais forte e um pouco mais rápido. Aquela e veio uma sensação de dor muito forte, como se algo tivesse sido partido no meio do seu cu, JP já esperava pelo o grito pungente do parceiero quando sua estocada o empurrou para dentro do cu apertado do passivo. Rafael agarrou no sofa e esperou pela a segunda estocada, que demorou, pois o JP sentiu a sua agonia para receber seu falo cavalar. O beijo que JP deu na nuca do Rafa com o questionamento do qual ele sabia a resposta, devolveu o tesão ao parceiro.

- Estou te machucando? – o ar morno que saia da boca dele foi mais do que convincente, foi permissivo.

- Um pouco! Mas quero muito você dentro de mim! – respondeu sem pestanejar.

Depois de uns 2 minutos JP já foi colocando metade daquela vara colossal dentro do rabo do Rafa, fazendo o parceiro sentir o impacto, JP foi empurrado sua caceta para o fundo do cu fonamigo com impulsos vigorosos que faziam gemer, enquanto a dor do arregaço das pregas dominava todas as sensações que vinham daquela parte do seu corpo. JP foi metendo, metendo. Até que se empurrou totalmente para dentro do Rafa, preenchendo todo o vazio que encontrava pelo caminho, até apenas o sacão ficar fora do seu rabo. Os gemidos desesperados do Rafael foram se transformando num arfar de entrega, de aceitação e receptividade, que ele soube explorar para o prazer de ambos.

Naquela altura do campeonato Rafa sentia o pau do parceiro entrando e saindo do seu corpo e adorou, veio uma sensação estranha e prazerosa que ele nunca havia experimentado naquela escala antes.

Rafael se envolvia nos braços do Jp, e JP se aconchegando dentro do ânus apertando a musculatura ao redor do seu falo latejante e Rafa gemia o o nome do amigo envolto em prazer e luxúria.

Rafa se sentia completo com aquele macho pulsando nas suas entranhas e se agarrava a ele, cravando e arranhando suas costas com as pontas dos dedos.

JP se apossou do cuzinho do passivo como nunca se apossou de algo antes, o cu do Rafa pertencia a ele, Rafa pertencia a ele. À mercê de sua tara, o amigo se entregava sem reservas chupando os dois dedos que JP enfiara em sua boca.

JP colocou Rafa de quatro e quando deu por si, o Rafa estava sendo fudido com vontade por aquele touro bravo, parecia que ele estava sendo arrombado por um cavalo selvagem, e Rafa era a égua indefesa totalmente à mercê do garanhão sedutor. Ele estava vendo estrelas, galáxias, cometas e tudo mais! Ser comido daquele jeito era uma recompensa ou um castigo? Ele já não sabia nem onde estava.

JP naquele momento se revelava um cara bem dominador e agressivo na cama, ele deu um tapa na bunda do Rafa: “deita, porra! Agora tu vai sentir a potência do meu caralho!” Mais potência? Se ele já mandava bem até agora imagina o que viria! Na hora Rafa deixou a voz fraca escapar: “me fooodee, JP...” Ele subiu em cima do passivo, com aquele corpo sarado todo suado, e em um movimento certeiro, tchof!

O ânus voluntarioso do Rafa mastigava a rola do amigo enquanto ele se movia ritmicamente dentro do Rafa, dando prazer e amor ao mesmo tempo para aquele homem que sempre foi seu grande amor.

Rafael ja não aguentava mais de tesão, e avisou que iria ejacular liberando toda a tensão acumulada.

- Está gozando, não é puto tesudo? Estou te fazendo gozar socando meu cacete no seu cuzinho apertado, não é? – rugia ele, satisfeito por levar o parceiro ao orgasmo.

- Ai meu cu, João! Esse tesão no cu está me matando, seu macho safado! - Eu te amo, João Pedro! – sussurrou Rafa, enquanto esporrava.

JP respondeu eu acho que eu tambem te amo e deu um beijo gostoso e continuou a empurrar profundamente para dentro dele com força decrescente, instante depois, ele avisou: “tá vindo, porra! Lá vem leitada, putinho! Rafa estava preparado, ele iria sentir JP leitar por dentro, porque nem deu para lembrar de camisinha. De repente, ele aumentou as pirocadas e gritou: “tomaaaaaaaa, tô gozaaandooo, caralhoooooooo!” Foi um momento único! Parecia que a bomba que estava explodido no Rafa, foram jorradas exorbitantes de leite porra de cavalo socador, o pau latejando e o urros dele intensificando cada vez mais... parecia que ele não ia mais parar de gozar, o amigo já estava sentindo aquele conteúdo todo atravessar sua próstata. Enquanto seu pauzão grosso de reprodutor descarregava litros de esperma cremoso e quente. No entanto, mesmo depois que os quadris do JP pararam de se mover, Rafa ainda podia sentir a dureza de aço de seu amigo resistindo e pulsando dentro dele, vomitando toda a porra do sacão de cavalo.

- Qualquer hora dessas eu te engravido, safado! As preguinhas estão todas abertas, putinho guloso! – exclamou, quando tirou o pauzão ainda pingando do cuzinho arregaçado do Rafa.

- Depois dessa manhã eu não julgo nem culpo os caras que amam comer um cuzinho de um macho, você é muito tesudo e eu nunca senti tanto prazer numa foda quanto a que seu cuzinho apertado me fez sentir. A partir de hoje quero te pegar todos os dias para dar um trato nesse rabão gostoso. – ele soltava as frases encarando Rafa fixamente nos olhos e dando apertões na rola.

Tomaram banho juntos, se encaravam e trocando sorrisos discretos e contidos, estavam tão felizes que não precisavam de palavras.

— E se desse certo, Rafa? A gente ser mais do que antes? Sem medo, sem passado pesando?

Rafael sorriu, um sorriso leve, cheio de esperança.

— Então a gente tenta. Um dia de cada vez.

Ali, naquela varanda com o cheiro do mar e da lembrança, os dois se aproximaram devagar. Não foi um beijo apressado, nem um gesto grandioso. Foi um encontro de olhares, um toque suave, a certeza de que, mesmo com o tempo, o sentimento ainda podia florescer — profundo, verdadeiro, e libertador.

— Eu queria te prometer que nunca mais vou errar — disse JP, olhando o céu escuro. — Mas eu não confio nisso ainda. O que eu posso prometer... é que eu vou tentar. Todo dia. Por mim. E por você.

Rafael encostou o ombro no dele.

— É tudo o que eu preciso.

Ali, na beira do mar, sem beijos ou declarações dramáticas, apenas com a presença sincera e o vento no rosto, os dois escreveram um capítulo silencioso — mas definitivo — daquilo que estavam construindo: um amor possível.

Mesmo com o peso do passado.

Mesmo com medo do futuro.

Porque o agora já era muito.

Fim

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