✦ Impulsos | A Entrega Final

Um conto erótico de AilaNix
Categoria: Heterossexual
Contém 835 palavras
Data: 05/10/2025 22:02:08

CONTEÚDO VISUAL EXCLUSIVO

Não deixe a história só na imaginação! As ilustrações estão esperando por você.

Instagram: @_aila_nixx_

O chalé parece ter sido construído para nós.

O ar tem cheiro de madeira fresca, um toque salgado do mar entra pelas janelas entreabertas. A luz baixa cria sombras que dançam pelas paredes. As poltronas e o sofá largo criam um ambiente acolhedor. A lareira já está acesa, crepitando, como se soubesse o que vai testemunhar.

O som das ondas no fundo é quase hipnótico, um metrônomo lento para o que está por vir.

Deixo os dedos correrem pela moldura da janela, sentindo o frio da madeira. Meus pés descalços tocam o tapete macio, e meu corpo já começa a responder ao ambiente.

Ele se aproxima devagar, sem pressa, como se quisesse prolongar a tortura. Seu peito roça minhas costas, sinto o calor dele antes mesmo de ser tocada.

Suas mãos pousam no meu quadril com a calma de quem sabe o que quer. Meu coração dispara — não de medo, mas do impulso que cresce e toma conta de tudo.

Desliza meu vestido devagar, sem pressa, me guiando para o centro da sala.

Mas eu me desvencilho, de propósito, e viro de frente para ele.

Abro ainda mais o vestido, deixando que cada curva seja um convite.

— Tire.

Minha voz sai baixa, mas firme. Ele obedece sem questionar.

O som do tecido caindo no chão ecoa na sala silenciosa. Estou nua, exposta, e nunca me senti tão poderosa. A luz da lareira dança pelo meu corpo, criando nuances de realces belíssimos.

Quando ele me alcança, me conduz até o divã, e o calor da lareira parece nos envolver num casulo. Ele se ajoelha no tapete como se fosse um ritual antigo. Não há hesitação.

Suas mãos percorrem minha pele como se quisessem memorizá-la.

A boca encontra minha pele com a fome de quem esperou a viagem inteira, com reverência.

O estalar da lareira se mistura ao som da minha respiração, que vai ficando descompassada, quase um aviso. Cada suspiro parece alto demais no silêncio, e o som de nossos corpos mudando de posição no divã acompanha o ritmo crescente.

O calor da lareira se mistura ao calor entre nós.

Deitamos no divã, o tecido é frio no início, um arrepio percorre minha pele antes do calor dele me envolver e aquecer tudo de novo.

A textura contrasta com a maciez do seu toque, me mantém presente.

Minhas unhas marcam suas costas e suas mãos me envolvem, me trazendo para perto em ritmo acelerado.

Não há mais espaço para hesitação. Só para entrega.

O meu ápice vem delirante, uma explosão de endorfina, e eu quero mais.

Em um impulso, busco sua boca para provar de mim, nossas línguas se entrelaçam com urgência. Seu corpo me cobre por completo, e quando nossos corpos se encontram, o som é quase ritualístico.

É uma dança delirante. Nossos gemidos se misturam ao som das ondas.

Num impulso de assumir o controle, me ergo sobre ele.

O som ritmado de nossos corpos ecoa na sala, como se o próprio mar nos acompanhasse.

Ele segura meu quadril, me puxa para mais perto.

Aceleramos.

Um beijo profundo e terno nos prende no mesmo fôlego.

O ápice vem como as ondas quebrando nas pedras: inevitável, intenso, arrasador.

O corpo fica pesado, os músculos relaxam, e o silêncio que vem depois é quase sagrado.

Ficamos ali, suados, respirando pesadamente, como se o tempo tivesse parado.

Meu corpo adormecido sob o dele, que me conforta e afaga os cabelos castanhos.

Sinto seus olhos azuis me encararem antes de beijar o topo da minha cabeça.

É um gesto simples, mas cheio de cumplicidade.

O fogo ainda queima na lareira, e sem palavras, ele se levanta em um impulso, como se entendesse meu desejo.

Volta com vinho, queijo e pão, deposita na mesa estrategicamente posicionada.

O vinho está levemente fresco, o sabor adocicado e ácido contrasta com o calor que ainda pulsa na minha pele, e o queijo derrete devagar na boca, prolongando o estado de prazer.

Entre goles e mordidas, a noite segue, rimos de coisas bobas, trocamos olhares que dizem mais do que palavras.

Cada toque é um prolongamento do que acabamos de viver.

Ele me entende sem que eu precise explicar, me acolhe no silêncio, e ali, no meio do chalé, somos apenas dois corpos em sintonia.

O fim de semana passa devagar, preguiçoso, como se o tempo tivesse sido feito para nós.

Olhares viram palavras, impulsos viram novas danças, e a cumplicidade se torna quase palpável.

Às vezes, o silêncio é quebrado apenas pelo som de nossos corpos se encontrando de novo, como se a casa respirasse conosco.

Não somos um casal perfeito, mas somos nossos — intensos, errados, certos, e movidos por impulsos.

No silêncio que fica, percebo: nossos impulsos não nos destroem — eles nos constroem. Fim...

✦ Ass: Aila Nix

Retornos é uma obra original. Se minhas palavras forem replicadas, ainda assim pertencem a mim. Você pode carregar o eco, mas a voz continua sendo minha.

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