Assim que pisamos na areia da praia, e Felipe tira meus “óculos” eu vejo a beleza de onde estamos. Em uma ilha que aparentemente é deserta.
Quando entramos na lancha, ele colocou em mim meus óculos sensoriais, um modelo de óculos para snowboard que ele adaptou, colocando um filme que impede 100% a minha visão. Não consigo ver absolutamente nada com eles, apenas um pouco de luz e sombra – coisa que mantenho em sigilo até hoje. Ele me conduziu na embarcação, me posicionou sentada e manteve sua mão na minha o trajeto todo. O mais amedrontador foi subir e descer do jetsky, e me manter 100% presa a ele, confiando nele para me manter a seco, sem ser catapultada no mar. Só me molhei quando descemos, e eu ouvi com precisão o momento que ele dispensou a equipe de marinha. Eles voltam só depois do pôr do sol – exatamente 40 minutos depois.
Usar estes óculos é sempre uma atividade de confiança. Estar cega e depender dele para me guiar é um exercício de amor. Ele nunca deixou algo acontecer comigo, nunca bati em nada, nunca tropecei. Tenho que me esforçar para ouvir a cada ordem sua, e seguir cada toque. É divertido. é gostoso. É uma demonstração da minha obediência cega a ele.
A primeira coisa que ele faz é mexer em meus cabelos. Eu insisti veementemente em deixá-los soltos de manhã, e ele queria uma trança escama de peixe, então aqui estou eu trançada e com a planta do pé dolorido, afinal receber 5 reguadas (de aço) em cada um, me fez querer andar na pontinha o dia todo. Ele não deixou.
Eu só queria sentir os cabelos balançando com a brisa marinha. Eu adoro o mar, adoro a praia, adoro barcos, adoro tudo que tenha relação com a água. Esse fim de ano, viemos para Angra dos Reis, passar com alguns amigos o reveillon, e hoje é o penúltimo dia de viagem. Vamos passar o dia sozinhos, e depois encontrar os outros para a janta. Amanhã é dia de arrumar as coisas, e sair na hora do almoço.
Fico contente em termos este tempo a sós, eu confesso que já estava cansada de tanta gente sempre ao meu redor. Eu sou uma mulher escandalosa no sexo, e dividir a casa – e a parede – com conhecidos foi extremamente frustrante. Último ano que concordo em dividir espaço. Na próxima viajamos para hotéis ou pousadas, e Felipe faz sua mágica para que fiquemos longe dos outros. Na última vez, houve um “engano” na recepção e agente acabou em um bangalô a 10 minutos dos nossos amigos.
Quando finalmente consigo parar de piscar, ele está mexendo em uma bolsa que trouxe, montando um pic-nic em uma mesinha de madeira que tem do lado das cadeiras e guarda-sol e colocando uma garrafa de champanhe no gelo.
- É só nossa?
- Sim. Aqui você vai poder gritar o quanto quiser amor – ele me olha de rabo de olho, e eu dou uma risada.
- Ei, eu me comportei. Ninguém nem descobriu que você me fez passar o ano novo com a buceta em carne viva.
- Era só um arranhão Juliana
- A definição de carne viva. Você tirou minha camada protetora de pele. Eu estava em C A R N E V I V A - digo pontuando cada palavra com um cutucão de leve em seu peito.
- Já esteve pior Puta.
- Já, mas essa não é a questão
- A questão é que você gozou quando eu arranhei, e gozou toda vez que eu te fudi arranhada. – Ele diz e minha pirikita já se umedece. 10 dias depois, eu infelizmente já estou curada.
- Foi – digo, ou melhor suspiro
- E se eu me lembro bem, alguém implorou para que fizesse de novo, e disse que arranhão na buceta ée que eu posso colocar isso na lista de prêmios.
- Quem disse isso? – pergunto fingindo demência.
- Uma puta qualquer que achou que implorar de joelhos iria fazer diferença nos meus planos.
- Que puta ingênua – respondo colocando meu rosto um pouco inclinado e piscando bastante, imitando um personagem de desenho animado apaixonado. Só me falta os corações voando ao redor.
Ele me puxa e me dá um beijo profundo, longo, passando a língua em cada reentrância da minha boca, fazendo com que meu bikini fique molhado sem estar na água.
- Fê? – ele me olha meio bravo, meio curioso. Não é um momento 100% senhor, mas estávamos caminhando para isso.
- Que
- Posso pedir uma coisa?
- Pode tentar – ele me diz 100% curioso
- Você fecha o olho?
- Que? – agora está perplexo
- Não consigo pedir com você me olhando assim Felipe
- Se tá de brincadeira Juliana
- Não – digo seria e ele me obedece. Eu junto toda a coragem que tem dentro de mim e respiro fundo antes de fazer o pedido.
- Vocepodecolocarumpoucodeareianaminhapepekaemefuder? – eu falo extremamente rápido e baixo. Os olhos dele se abrem e se arregalam na hora.
- Tem certeza?
- Sim, a Dra. Lari já tá até sabendo, e falou que eu posso, nenhum dano extremo. Só me cuidar direitinho depois.
- Deixa eu ver se entendi. Você mandou uma mensagem preventiva para a sua gineco?
- Humhum
- Está com vontade disso desde quando? – ele me pergunta, ainda espantado
- Antes de vir eu estava vendo uns vídeos e....
- Queen Snake?
- Humhum – digo envergonhada, sei que não posso assistir eles sozinha. É o único tipo que Felipe me baniu. Apenas os dois juntos.
- Eu estou bem bonzinho hoje puta, vou adiar seu castigo. Vou fingir que você não me desobedeceu na cara larga, e está orgulhosa disso. Mas assim que chegarmos em casa, ele vai vir. Entendeu? – eu balanço a cabeça positivamente. Eu já sabia que ia sofrer um castigo, mas queria ver coisas legais para fazer na praia, e isso acabou surgindo. Tinha que dar uma chance, hoje parece o dia ideal
- Você está guardando este pedido a viagem toda?
- Humhum, é que hoje é nossa última chance, e eu sabia que depois vou ter que ficar bastante tempo de molho.
- Quanto tempo? Que tipo de molho?– ele pergunta interessado
- Intermediário. De 10 a 30 dias, depende da intensidade, do tamanho da inflamação e se vai ter infecção
- Infecção? – Ele fala meio preocupado. Merda devia ter deixado isso de fora.
- Sim, mas eu já começo o antibiótico hoje. Muito provavelmente não vai ter infecção. – falo rápido, e com muito profissionalismo, esperando transmitir certeza.
- Inflamação?
- É areia Fe, vai machucar, só não sei o quanto
- Vai ser o quanto eu quiser vadia – ele já fala com olhos interessados
- Então é um sim?
- É definitivamente um talvez. Antes eu vou viver o dia que tinha planejado, e se você conseguir o que eu quero, você ganha sua buceta inflamada.
- O que você quer?
Recebo um tapa na cara leve, quase um carinho
- Tá se achando heim? Querendo saber demais. não se preocupe quando chegar a hora você vai saber.
Minha buceta pisca com o tapinha e a ideia de um desafio. Apesar de eu e Felipe termos feito muito sexo, e coisas bem maneiras neste começo de ano, eu estou absolutamente tesuda. Não sei o que está acontecendo, por que estou tão fogosa, mas a verdade é que estou acima do meu normal.
- Sabe Ju, vou ter que mudar nosso cronograma hoje, eu tinha as coisas super planejada, mas sua ideia me deixou animado.
- Que bom senhor, eu até trouxe uma coisa pra você. – digo pegando uma camisinha na minha bolsa. Ele olha com cara feia. Felipe odeia camisinha – Não me olhe assim, senão você vai se machucar também – explico. Ele é um bebê chorão machucado.
Ele pega o negócio e coloca na bolsa ao seu lado. E acaba de montar nosso café da manhã. Saímos de casa as 7h, e agora deve ser no máximo 8h e eu já estou faminta. Eu olho para a comida e fico salivando com tanta coisa gostosa, mas meu olho se fixa em um croissant com doce de leite que me faz ficar até balançada.
- Na areia ou na cadeira? – Pergunto para ele e me dirijo a cadeira com seu aceno de cabeça.
- Vem, fica no seu lugar – ele diz abrindo as pernas e eu me remexo até ficar no meio delas com minhas costas no seu peito. Essa tem sido a nossa posição favorita para comer, acaba ficando na altura perfeita para ele me alimentar e eu posso ficar brincando com suas coxas enquanto ele faz isso.
- Fê?
- Hum – ele responde enquanto pega nosso prato, com o croissint, pão de batata e ovos com salsicha
- Posso pegar os óculos de sol? Os normais?
- Peraí que já te dou.
Pela próxima hora nós ficamos aproveitando o sol e um ao outro, comemos, rimos, fofocamos de todos na casa, trocamos impressões sobre a namorada nova de um dos homens e acabamos tirando um cochilo delicioso.
Eu aproveito para tirar meu bikini e ficar totalmente nua, e ele me copia, e acabamos os dois peladinhos tomando sol.
Já são 11h quando ele me manda colocar a roupa de novo, incluindo um shorts e uma alpargata que ele trouxe e começamos uma caminhada curta para dentro da ilha. A trilha é leve, e ele que está carregando a cesta, então para mim é um passeio no parque. Me distraio algumas vezes com pequenos animais e flores bonitas, e quando finalmente chegamos em uma cachoeira, ele já está carregando praticamente um bouquet que eu colhi.
O lugar é lindo, simplesmente paradisíaco, tem uma cascata alta, tipo uns 20 metros, que cai em um lago de água cristalina. Dá para ver cada pedrinha que cobre o chão e na lateral tem um campo aberto e bem verdinho.eu fico ababacada, que um lugar tão perfeito existe e tão perto de casa. Parece paisagens que vimos na Grécia, e está a menos de 8h de casa.
- Vem, hora de reaplicar o protetor solar. – ele me conduz até um pequeno guarda sol de palha que fica no cantinho, próximo a algumas arvores bem altas.
- Esse lugar é um paraíso Fê – digo já me despindo de novo
- Achei que você ia gostar – ele responde já me deitando de costas e começando a aplicar o protetor 60 que ele insiste que eu use. Por culpa dele eu não vou conseguir ficar bronzeada.
Ele passa protetor em cada pedacinho de mim, até nos lugares mais absurdos, como entre os dedos, e no couro cabeludo. Eu me sinto melada quando ele acaba – absolutamente melada. Minha buceta já está praticamente babando quando ele acaba de espalhar e ele já está com uma tenda nos shorts.
- Minha vez? – pergunto já com água na boca, e quando recebo minha autorização, o ataco rapidamente.
Faço questão de eu mesma tirar sua roupa, e vou dando beijinhos em cada pedacinho de pele que aparece. E quando ele se senta na cadeira, eu já vejo seu pau soltando um pouco de pré gozo.
- Posso?
- Não – ele é seco e direto. Percebo que o Fê foi embora neste instante e sinto um fiapo de energia passar pelo meu corpo. Começamos a brincadeira. – Passe o protetor bonitinha, e depois fique paradinha, até secar.
Eu obedeço, mas não sou tão bonitinha quanto ele esperava, eu aliso e massageio enquanto vou espalhando o produto, nas suas nádegas eu faço questão de passar a mão por toda a extensão, roçando minha unha na sua tatuagem, na marca da minha mordida.
Quando acabo, seu pau está mais que duro, e ele já respira fundo, eu me sinto poderosa. Sabe que eu tenho a capacidade de fazer isso com ele, com “tão pouco” é um sentimento que mistura orgulho e satisfação.
Felipe se levanta e tira da bolsa o meu piercing de septo, uma argola de 5 milímetros, que ele coloca dentro do meu nariz, e assim tem um controle diferente sobre meu rosto.
Normalmente ele usa para me prender em algum lugar, para me fazer ficar absolutamente parada. Qualquer coisa dentro de um nariz é incomodo, e uma argola grossa e pesada, é algo que faz lagrimas de desconforto surjam na hora. Eu o olho meio brava, eu não gosto dela.
- Tira a cara feia Puta – ele avisa, enquanto rosqueia as pontas e dá um puxão experimental. O tamanho é perfeito para entrar seu dedo indicador, para que ele possa me conduzir como se puxasse uma vaca. Eu tento obedecer, mas não sei se consigo muito, visto o olhar feliz na sua cara.
- Tsk, tsk, você realmente não gosta dele né?
- Não senhor – respondo direta
- Quer tirar?
- Sim – agora já falo com um pouco de esperança
- Muito?
- Sim senhor, muito mesmo – será que ele vai me conceder essa regalia?
- Você está sendo uma boa menina estes dias né?
- Sim senhor – mereço um prêmio?
Ele se aproxima e coloca a mão novamente nas pontas, como se fosse desparafusar, com um movimento rápido, ele coloca o indicador no meio e me puxa com força, fazendo que meu rosto fique a milímetros do seu.
- E você vai continuar sendo obediente Puta. Vai inclusive me implorar para colocar pesinho nele. Não vai?
Merda! Pesos? Eu não vou conseguir carregar um peso no nariz. Já carreguei nos mamilos, nos lábios vaginais, até mesmo no CU, mas no nariz? Como ele pode esperar uma coisa destas?
Eu fico olhando-o, meio sem saber o que fazer.
- Vamos, estou esperando Ju. – Ele fala e eu aceno negativamente.
- Puta.... – Ele fala em tom de aviso
- Mas senhor, eu não consigo fazer isso. – eu digo baixinho, implorando que ele reconsidere. – Por favor.
- Juju, você não aprende né? – ele fala com o mesmo tom que eu
- Senhor?
- Eu tento ser misericordioso, eu juro que tento. Mas aí, você fica tão linda, pelada na minha frente, toda brilhosa, toda gostosa. Adornada com uma joia tão sexy. E me desobedece em uma ordem tão simples, tão boba. Você faz com que eu queira te relembrar que é sempre sua melhor opção me obedecer de primeira.
- Desculpe senhor, por favor – respondo já com lagrimas. Eu me fudi. Tentei contar com seu bom humor, sua felicidade acumulada, e acabei cutucando a fera com vara curta.
- Por favor o que Juliana? – o que eu devo fazer, implorar pelos pesos, implorar por misericórdia, implorar por desculpas? Minha cabeça começa a pesar prós e contras, a rodar cenários, tentar imaginar quais seus próximos passos para cada opção que eu tenho. Não tem uma opção que vá ser boa.
Se eu implorar pelos pesos, posso acabar com dores, humilhada, temerosa de que algo possa acontecer. Vai que o buraco rasgue, vai que me alargue? Ele já falou algumas vezes sobre alargadores, e eu sei que quando ele começa a introduzir algo assim, é por que já está com tudo planejado para realizar. Dar esta liberdade agora, pode me resultar em alargadores em todos os meus buracos
Se eu implorar por misericórdia, posso até conseguir, se ele encontrar nos meus olhos o sentimento correto, mas posso acabar cortando um prazer novo. Um dia planejado por ele, é sempre um dia que vai ser bom. Seja para mim, para ele ou para nós dois. Eu posso estar cortando no meio algo magnifico, que vai me tirar da orbita da terra e me por circulando o planeta Felipe.
Se implorar por desculpas, ele pode até relevar esta minha falha, pode deixar para me punir outro dia, ou pode até decidir me punir agora, de outro modo. Posso acabar recebendo uma boa quantidade de dor, e novamente, o dia pode ser bom. Tem a chance de ser ruim, mas falando a verdade, até quando é ruim, meu dia é bom com ele.
- Por favor coloque pesos no meu septo senhor.
- Facil assim? – ele me desafia
- Por favor senhor, mostre a essa puta burra e desobediente que o senhor é magnânimo. Que o senhor é o melhor dos mestres, me prove que independente do que eu quiser, o senhor sabe o melhor para mim. Por favor desconsidere meus desejos e opiniões. Só o senhor tem direito de escolher. Por favor, coloque todo o peso que quiser, que eu merecer. – Eu digo me abaixando em seu corpo, esfregando meus seios por toda a extensão desse gostoso. Quando estou aos seus pés, eu dou 1 selinho em cada e encosto minha testa neles, na maior pose de submissão que nós temos.
- Por favor senhor, me perdoe por ter um lapso de consciência, por favor coloque pesos em mim. Coloque o que quiser, onde quiser, eu sou uma mera escrava dos seus desejos. – Eu suplico baixinho, e ele fica em silencio me olhando. Sei que tenho que implorar mais.
- Senhor eu imploro. Esta puta te implora senhor. Por favor me conceda a honra de carregar os pesos que o senhor quiser. Por favor – eu falo entre fungadas. Eu nem percebi, mas estou chorando, estou me sentindo tão humilhada, tão nada, que estou sendo jogada em locais muito conhecidos mentalmente por mim.
Estou nua, em uma ilha deserta, aos pés de um homem, com o corpo jogado aos seus pés, pedindo – não, implorando – para que ele me conceda a honra de carregar peso no meu septo. Estou implorando que ele use e abuse do meu nariz. Nunca imaginei que Felipe iria usar esta parte tão não sexual minha.
Na nossa noite de núpcias ele me prometeu que me usaria por completo, que todo o meu corpo seria dele para uso. Eu pensei que ele usaria meus buracos, minha buceta, cu, boca. Não passou pela minha cabeça que 13 anos depois ele estaria usando um novo buraco que ele criou. E pior, que isso não seria a coisa mais surpreendente que ele já fez comigo.
Posso dizer que Felipe cumpriu sua promessa, hoje não tem absolutamente nenhuma parte de mim que não foi usada, e abusada, por ele. Bem, nenhuma que eu pense que pode ser usada. E eu sei, com bastante certeza e receio, que a cada dia ele pensa em novos modos de me usar, novos jeitos de me torturar, de me humilhar, de me endeusar. Para cada parte de mim que teve dor, houve prazer. Cada centímetro do meu corpo já foi tocado por ele – seja com carinho, seja com sadicidade.
- Por favor senhor, eu te imploro, eu rastejo aos seus pés, eu faço de tudo. Por favor, use meu nariz, use meu pulmão, use o que o senhor quiser. Coloque peso, prenda, me puxe, me alargue, me foda. Use cada pedaço que o senhor quiser, do modo que o senhor quiser. – a última onda de submissão parece ter surtido o efeito que ele queria, e eu sou puxada pelo piercing. Ele coloca novamente meu rosto e o dele absurdamente perto e me dá um beijo apaixonado.
Felipe passeia a língua pelos meus dentes, gengiva, parte interna das bochechas, para por fim batalhar com a minha língua. Ele me dá a falsa ideia de que eu posso fazer algo, antes de deixar claro quem comanda o nosso beijo.
Ele se afasta, e olha bem em meus olhos, ele quer saber o quão submissa eu estou, o quão baixo eu estou disposta a ir por ele.
Felipe se afasta um pouco de mim, e vejo que ele está juntando saliva na boca, e me preparo para receber um cuspe na cara, no seio, em algum lugar. Penso até que ele pode cuspir no meu nariz, ou algo do tipo. Mas não ele cospe no chão. No chão cheio de terra, com grama, com sujeira, com insetos e coisas que eu nem sei mais oque.
Eu não penso, eu não demoro nem um segundo. Em um piscar de olhos eu estou de quatro no chão, lambendo tudo, garantindo que sua preciosa baba acabe onde é devida, dentro de mim. Qualquer coisa que ele me der é meu, e eu orgulhosamente lambo o que quer que seja para obter. Ele esfrega o dedão na terra e coloca perto da minha boca, e eu enfio tudo de uma vez para dentro. Eu chupo aquele dedão sujo, eu sorvo aquela terra. Lamber seu pé é uma honra, e não é um pouco de matéria orgânica – ou o que quer que seja – que vai me impedir.
Felipe tira o dedo da minha boca, e sem falar nada se afasta um pouco. Eu decido não me mover, não quero perder a sensação que eu fiz bem, não quero ver nada nele que quebre meu mundo perfeito, o mundo imaginário que ele está contente comigo.
Tudo que consigo ver é ele andando, e chegando perto da nossa cesta, e voltando. Minha linha só permite enxergar até suas canelas, e é o suficiente para mim. Qualquer parte dele é suficiente para mim.
- Levanta – eu me apresso em obedecer e recebo um afago atras das orelhas
- Por favor senhor – eu tento continuar a implorar, e ele coloca um dedo nos meus lábios, e eu me calo.
- Você fez bem Ju, foi uma boa puta e implorou bonitinho. Vou esquecer que foi rebelde. – Dou graças, consegui seu perdão. – Você vai carregar nós dois nesse nariz puta.
Eu olho meio perplexa para ele, e penso o que diabos ele vai fazer. Juntos temos mais de 250 kg, é fisicamente impossível eu conseguir fazer isso. Eu vou tentar, eu vou fazer meu melhor. Meu lado científico está falando que isso é impraticável, mas meu lado submisso está falando que se Felipe quer, eu posso e consigo.
- Sim senhor – respondo com reverencia na voz.
Ele tira sua aliança e levanta a minha mão esquerda para fazer o mesmo. Agora ele tem eu e ele, tem a nós em suas mãos. Tem o símbolo da nossa união com ele. Enquanto ele abre o piercing e se certifica que os anéis estão presos e a rosca bem segura, tudo faz sentido na minha cabeça.
Eu começo a chorar e pedir perdão. Perdão por ter duvidado dele, por não ter confiado cegamente nele. Mesmo ele já tendo me provado, hoje mesmo, que mesmo sem enxergar estou segura junto a ele. Perdão por ter me rebelado com algo tão simples. Perdão por ter deixado minha cabeça rodar cenários em que eu era mutilada por ele.
Felipe quer que eu carregue umas 20g no meu nariz. E não os pesinhos que ele coloca nos meus mamilos, ou as barras da minha buceta. Logicamente que não, ele não é doido, não quer me mutilar. Eu devia ter confiado nele.
Ele me puxa para um abraço, e começa a fazer carinho nas minhas costas, está me acalmando, me dando amor mesmo eu tendo falhado.
- Tudo bem amor, tudo bem. Fique calma e volte para mim – ele ordena, e como sempre eu obedeço. Minha respiração se acalma, minha mente começa a clarear. – Isso, boa puta. – diz me embalando.
Ficamos tempo o suficiente abraçados para eu me acalmar, e quando eu o solto, seu peito está molhado de lagrimas.
- Lamba – sua ordem é decidida. Eu obedeço, sentindo o salgado das lagrimas, o amargo do protetor e principalmente a delicia de Felipe. Em seguida ele me puxa para um beijo carinhoso – suas lagrimas de submissão são minhas e de mais ninguém. Entendeu? – eu concordo com a cabeça, apesar de achar inútil. É tão claro que é só dele, que nem precisa ser falado. Mas não é o que ele quer, Felipe segura um mamilo meu com força, usando dois dedos para segurar bem e o puxa para baixo, enquanto com a outra mão segura meu pescoço, apertando um pouco.
Eu sinto meu mamilo ser esticado, meu peito puxar, mas não posso me curvar, não posso seguir a ordem natural e acompanhar meu corpo que parece que vai ser tão esticado que vai partir. Eu luto contra meus instintos e fico quieta, olhando em seus olhos, transmitindo que sim, se ele quiser arrancar meu mamilo tá tudo bem.
- Entendeu? – ele repete lentamente
- Sim senhor, todas as minhas lagrimas são suas, as de felicidade, tristeza, tesão, dor, mas principalmente as de submissão. – Falo decidida. É a mais pura verdade.
Ele se aproxima de mim e lambe meu rosto, coletando tudo que tem lá.
- Boa puta. Agora vá para debaixo daquela arvore e se ajoelhe no chão. Me espere.