Minha amiga foi meu primeiro amor

Um conto erótico de Nay1
Categoria: Lésbicas
Contém 3067 palavras
Data: 25/10/2025 20:24:21

Meus pais não queriam saber de nenhum menino na minha vida. A primeira vez que souberam que eu beijei alguém foram mais de duas horas falando na minha orelha sobre os grandes perigos de beijar alguém. Como se isso fosse realmente um crime. Depois, meu pai até foi à diretoria para investigar quem era o menino — queria falar com os pais dele e tudo mais. Por conta desse episódio, não existia a menor possibilidade de chamar algum amigo para minha casa, fosse ele um interesse ou não. Sendo assim, só minhas amigas me visitavam.

Combinei que, no final de semana, minha amiga iria lá pra casa. Como não quero falar nomes, vou chamá-la de Coelinha. Meu pai achou ruim, mas aceitou — muito por conta do trabalho que minha mãe teve em convencê-lo.

Nessa época, a casa em que eu morava tinha dois andares: os quartos e um banheiro ficavam em cima, e o resto da casa, embaixo. Uma informação importante, porque passamos boa parte da noite assistindo a filmes na sala, com algum nível de liberdade, finalmente. Era muito bom ter aquilo na minha vida; a Coelinha era uma ótima amiga.

Depois desse dia, meu pai ficou mais tranquilo com a presença dela. Por algum motivo, ela tinha algum problema em casa — não sei ao certo se era uma briga com o irmão, mas lembro que, por isso, vinha à minha casa com mais frequência. Eu gostava, era bom ter alguém pra conversar sobre as coisas.

As provas estavam chegando, então era comum alguém chegar lá em casa e ver a gente com a cara enfiada nos livros.

O tempo foi passando e ficamos bem íntimas. Estava combinado: ela iria passar o final de semana lá em casa. Organizei um colchão ao lado do meu, toalhas limpas e um monte de chocolate. Quando chegou, me abraçou, como de costume. Meus pais tinham um show de humor pra ver — não me lembro se era um stand-up, mas acho que era.

Quando foi dando perto das dez, ela, toda sem graça, veio falar comigo. Era engraçado ver aquela marra de rockeira, mas toda sem jeito. Isso talvez seja um detalhe importante: ela sempre estava de corrente, essas coisas de couro, e até bota usava — não importava o calor que fizesse.

— Eu preciso te perguntar uma coisa — disse ela.

— Claro, o que foi, amiga?

— Você é minha amiga mesmo, não é?

— Lógico.

— Alice, você já beijou alguém?

Fiquei surpresa com a pergunta, mas tudo bem responder.

— Já. Algumas vezes, mas não pode contar pra ninguém.

— Mais de uma vez?

— É, mas se meu pai descobre, é um mês trancada em casa.

— Como é?

— Como é o quê?

— Beijar.

— Você fala a sensação?

— Sim.

— Então você nunca beijou ninguém, Coelinha?

Dava pra ver o rosto dela ficando vermelho.

— Não — ela respondeu, se arrumando na cama. — Não tive oportunidade.

— Oportunidade você teve sim.

— Com quem?

— Ué, com o Eduardo, o José e o Marcelo. Posso te falar mais um monte de nomes de meninos que são doidos em você.

— Você está inventando.

— É superverdade.

A Coelinha parecia cada vez mais sem graça. Entendi que era um tópico sensível; queria mudar de assunto, mas estava muito curiosa.

— Eu queria uma ajuda com isso — ela disse.

— Claro, posso ajudar sim. Quem você tem interesse?

— É meio chato de falar.

— Vou guardar seu segredo.

— Promete?

— Prometo — falei, levantando a mão como se fizesse um juramento. Rimos do absurdo daquilo. — Com esse corpão, não vai ser difícil conquistar ninguém.

— Para com isso.

— Não tô brincando. Se eu tivesse uma bunda do tamanho da sua, já era uma rainha.

— Você está exagerando.

Eu queria estar, mas a vida bate diferente em cada uma de nós. Não fiquei com o corpão que queria, e nunca fui muito animada com academia. Se fosse pra crescer até o tamanho que eu queria, só se usasse bomba — coisa que estava fora de cogitação. Me sentei direito e olhei nos olhos dela.

— Pode falar, quem é?

— É... eu queria tentar... com você.

Demorei um tempo pra entender o que ela queria dizer.

— Olha, eu nunca beijei mulher, Coelinha — assumi rapidamente. — Eu sei que tem uns boatos sobre isso, mas é tudo mentira.

— Não sabia. Me desculpa, esquece o que eu disse.

— Não, tudo bem.

— Melhor eu ir embora... olha a hora — falou, olhando pro relógio pendurado na parede. Sei que é brega, mas foi minha mãe quem fez a decoração e ela não desistia daquele relógio.

— Imagine, não precisa ficar com vergonha.

Falar isso com certeza não mudava o fato de ela estar morta de vergonha. O filme acabou e ela não comeu um chocolate, não fez um comentário, não deu mais nenhuma risada. Estava congelada. Eu precisava fazer alguma coisa — não queria vê-la assim. Era uma pessoa muito importante pra mim, e esse tipo de pessoa a gente não pode deixar se sentir mal por algo tão bobo.

— Coelinha...

— Oi.

— Vamos fazer.

— Fazer o quê?

— O negócio do beijo.

— Esquece isso, Alice.

— Não, é sério, vamos fazer.

Ela me olhou com a maior cara de descrença.

— Tô falando sério. Podemos tentar, mas é só entre a gente. Não pode contar pra ninguém. Menos ainda pra minha família.

— Não precisa.

— Ah, precisa.

Passei a mão no rosto dela, puxei rápido e roubei um selinho. Assim que percebeu meu movimento, ela virou o rosto e colocou uma mão na boca, como se tivesse feito algo proibido.

— Você não queria? Vamos — falei.

Ela ainda demorou um tempo, mas finalmente avançou. Nossos lábios se tocaram, meio sem jeito.

A respiração dela tremia perto da minha, e por um instante tudo parou.

Senti o coração bater rápido, um misto de susto e curiosidade.

O beijo não teve pressa, nem força. Foi breve, mas cheio de algo que eu não sabia nomear. Quando nos afastamos, ela ainda estava com os olhos fechados, e eu fiquei olhando, tentando entender o que aquilo significava. Era só um beijo, mas parecia muito mais do que isso.

Foi só um, não passou disso, mas já foi o suficiente para mudar tudo. Durante a noite quase não dormi, pensando naquela sensação. Ela, por outro lado, até roncou. No dia seguinte, arrumou uma desculpa qualquer e foi embora antes do café da manhã. O que hoje eu sei que foi bom, porque me deu tempo de organizar os pensamentos — organizar o que eu sentia.

Durante a semana, ela me evitava. Se eu chegava, ela ia embora. Se eu puxava assunto, ela terminava. Se eu mandava mensagem, respondia de forma seca, só com um “tá”, “ok”, “tudo bem”. E eu entendia, cada vez mais, que a errada era eu — com certeza.

Nesse meio-tempo, um garoto deu em cima de mim no curso de espanhol que eu fazia depois da aula. Precisava pegar um ônibus e depois caminhar um pouco até a escola que dava o curso. Nunca imaginei que veria a Coelinha lá — na verdade, eu nunca via. No dia em que o menino me agarrou, adivinha quem estava passando na porta? A mãe dela.

Por óbvio, não demorou muito pra ela ficar sabendo. E se você está se perguntando como eu sei disso, bom... depois de duas semanas esquisitas uma com a outra, finalmente ela voltou a se aproximar e me contou que a mãe tinha falado que me viu com um cara perto do ponto de ônibus. Ela parecia com um pouco de ciúmes — coisa que eu nunca tinha visto nela.

— Tem tempo que a gente não sai juntas — comentei.

— É mesmo, era bom.

— Vamos lá pra casa tomar café da tarde?

— Tem certeza?

— Claro, minha família te adora.

Eu devia ter dito “eu te adoro”, mas falhei.

Em casa não tinha muita coisa, só um pedaço de bolo sem graça e leite com chocolate. Minha mãe soltou um “nossa, você sumiu, tem andado por onde?”, e a Coelinha se resumiu a dizer “por aí”. O que podia significar que ela tinha ficado na rua pra não ficar em casa — ou que foi pra casa de alguém. Eu precisava resolver esse mistério. Assim que fomos pra sala e tivemos um momento sozinhas, não me contive.

— O que você tem feito?

— Ando por aí — ela respondeu.

— Fala direito comigo, eu sou sua amiga.

— Bom, não queria vir aqui por causa de... você sabe.

— Não precisava ser assim.

— Então eu fui pra casa da Juliana.

— Pensei que você não gostasse dela.

— No começo não gostava, mas por acaso ela estava lendo o mesmo livro que eu, e uma coisa levou à outra.

— Uma coisa levou à outra? — eu já estava imaginando coisas.

— É, fui pra casa dela de tarde. Ela mora só com a avó, por questões dela lá.

— E aí?

— E aí o quê?

— Não se faz de sonsa, amiga, eu sei de tudo — na verdade, eu não sabia de nada, mas joguei essa armadilha e ela caiu direitinho.

— Nós ficamos.

Queria dizer que mantive uma expressão de tranquilidade, mas estaria mentindo. Meu queixo caiu por completo.

— Então é isso? — respondi, sem parar um segundo pra respirar. — Você me trocou?

— Não.

— Me trocou, sim.

— Você claramente não gosta.

— Do que eu não gosto, Coelinha?

— Você sabe.

— Lógico que eu gosto.

— Gosta?

Ela não respondeu. Ficou me olhando em silêncio, com aquele olhar que eu já conhecia, o mesmo da primeira vez — só que agora havia algo novo ali. Talvez raiva, talvez vontade. Eu não sabia dizer.

A Coelinha deu um passo à frente. Eu podia ouvir o som da respiração dela, rápida, como se cada segundo pesasse. Ficamos paradas, uma diante da outra, até que ela levantou a mão e encostou de leve no meu rosto. O toque era hesitante, como quem tem medo de estragar o momento.

Dessa vez, o beijo veio sem aviso. Não teve pressa, mas também não teve dúvida. Nossos lábios se encontraram de novo, e tudo que eu achei que tinha esquecido voltou: o calor, o arrepio, o susto. Só que agora foi diferente — mais firme, mais inteiro.

O mundo pareceu se calar. Não existia mais o som da casa, nem o vento lá fora. Era só ela e eu, e aquele instante pequeno demais pra tudo que cabia dentro dele.

Quando nos afastamos, ela ainda tinha os olhos fechados. Foi bom que tivesse mesmo, porque do nosso lado estava minha mãe. Nunca vou esquecer aquela cena: minha mãe com dois copos segurados entre os dedos da mão esquerda e uma garrafa de suco de vidro na mão direita. Ainda bem que não deixou nada cair — teria feito a maior bagunça.

Devo dizer que tenho uma ótima mãe. Ela não disse nada, não comentou nada, só deixou o assunto quieto. Uns dias depois, ouvi ela conversando ao telefone algo como um “é fase”, mas não quis continuar ouvindo. Também não sei com quem ela estava falando.

No outro final de semana, não nos encontramos. Nem no outro. Nem no outro. Quando passava por mim em algum lugar, soltávamos um risinho leve, desses de quem tem um segredo.

Já era quase fim de ano, e os lugares vão ficando com aquela sensação de dever cumprido. As pessoas relaxam um pouco, não ligam tanto pra serviço, horário, nada disso. Digo isso só pra justificar o motivo de a biblioteca estar vazia.

Fui até lá no meio da tarde, procurar alguma coisa pra fazer. Não era uma grande biblioteca, mas tinha algumas prateleiras que, cheias de livros, se transformavam em paredes. Foi lá que encontrei a Coelinha — agachada, procurando algum título de fantasia, essas coisas que ela gostava.

Trocamos algumas palavras sobre como ela não gostava de Harry Potter e que queria algo diferente para ler. Quando se levantou, olhei fundo nos olhos dela. Não ter muito tempo para ficar juntas tornava cada momento de proximidade ainda mais intenso.

Quando me virei, senti um tapinha na bunda.

O toque foi rápido, quase um susto. Um estalo leve, mais som do que dor. A pele reagiu com um calor imediato, uma mistura de espanto e vergonha que subiu pelas costas antes mesmo de eu entender o gesto. Foi um daqueles instantes em que o corpo percebe primeiro, e a cabeça só vem depois, tentando dar sentido ao que acabou de acontecer.

Não sabia o que dizer e, por não saber, fiquei calada.

De curiosidade, passei boa parte da noite assistindo vídeos de putaria, tentando ter ao menos uma ideia de como tudo acontecia. Cada cena me deixava envergonhada, como se alguém estivesse me observando, me julgando. Mas, ao mesmo tempo, a vontade de fazer era mais forte. Queria experimentar, descobrir como aquilo se sentia, mesmo que apenas na imaginação. Como era ser tocada? qual a sensação de alguém chupar sua buceta? será que ela queria fazer isso comigo? será que eu podia pedir?

Sempre que minha mente pensava nela, imaginava ela, me dava mais fogo. Desci a mão até minha buceta e fui brincando. Já estava molhada só de imaginar aquela mulher me querendo, enfiei um dedinho sonhando como ela iria fazer comigo, sentir a respiração dela no meu pescoço, me entregar toda igual nos filmes.

Em uma quinta-feira, chovia bastante. Ouvi a campainha de casa e desci para ver quem era. A coelinha estava completamente encharcada. Chamei-a para entrar e corri para buscar uma toalha, mas, naquele estado, nem duas toalhas dariam conta.

— Vamos lá para cima, você precisa trocar essas roupas.

— Tá bem — respondeu, tremendo o queixo.

Não tínhamos corpos parecidos, e eu não sabia muito bem o que pegar para ela vestir. Procurei um short largo e uma camisa de tamanho maior que, por sorte, tinha comprado em uma viagem que fiz a São Paulo.

Quando me virei, quase dei um pulo. Achei que ela estaria no banheiro, mas estava no meio do meu quarto, de calcinha e sutiã. Não seria problema nenhum, nada demais, super normal, se fosse algum tempo atrás. Mas naquele dia, meu coração sentiu um calor gostoso que se espalhou, minhas bochechas ficaram vermelhas e a respiração falhou, como se eu tivesse corrido na esteira.

Ela estava com frio e tremendo, mas não ligou para nada daquilo. Secou-se o máximo que pôde e vestiu a roupa que eu dei a ela. As roupas ficaram largas de um jeito engraçado, e demos várias risadas. A maquiagem estava um estrago, então demorou alguns minutos para organizar tudo. Havia um charme estranho nisso, como nos clipes de metaleiros com maquiagem esquisita. Nem todo mundo gosta, mas, naquele dia, eu gostava de tudo.

Aos poucos, a chuva foi diminuindo, o que nos deixou bem contentes. Ofereci para colocar as roupas molhadas na máquina de lava e seca e depois entregá-las para ela.

— Não vai roubar minhas roupas, hein? — disse, fazendo graça.

— Não tenho a menor intenção de ficar com esse tanto de coisa preta no meu armário.

— Mas é bem estiloso.

— Isso é verdade.

Era perto das 18h, então logo meus pais chegariam. O plano era pedir uma carona para o meu pai, assim a coelinha chegaria em casa sem problemas.

— Você ficou brava aquele dia? — ela perguntou.

— Brava com o quê?

— Com o tapa.

— Aaaahhh, não, não fiquei não, mas não estava esperando.

— Entendi. Tem problema?

— O quê? — minha mente parecia não estar funcionando direito, mas era óbvio o que ela queria dizer.

— Isso.

Ela me beijou, e eu me perdi naquele instante. Deixei que ela me beijasse e me abraçasse; quando menos percebemos, estávamos deitados na minha cama de solteiro, com os pés para fora.

— Eu posso? — ela perguntou quando paramos de beijar.

— O quê?

— Isso.

Quando ela olhou para mim, nossos olhos se encontraram, demoradamente, e um silêncio confortável se instalou. Sem perceber, sua mão tocou meu peito, embaixo da camisa. Me dei a liberdade de encostar nela também. Segurei o peito na mão, sentindo a pele lisa e fria. A pressão era divertida: firme o suficiente para sentir a resistência, mas suave para que não escapasse.

Ela suspirou levemente, e eu senti meu coração acelerar. O beijo seguinte se prolongou apenas o suficiente para deixar claro que a saudade existia, mas também para lembrar que estávamos juntas de novo.

Por alguns segundos, o mundo sumia, e só existíamos nós duas.

Ela puxou minha camisa para cima e colocou a boca. Quando encostou no meu peito, senti primeiro o calor se espalhar de forma inesperada. Depois, o calor parecia se infiltrar, fazendo cosquinhas. Era uma sensação estranha e ao mesmo tempo gostosa. Passou a língua no meu mamilo, meus sentidos ficaram aguçados, e não aguentei precisei soltar um: aaaaahhh.

O barulho do carro estacionando nos trouxe de volta à realidade. Nos arrumamos rapidamente, rindo discretamente da velocidade da nossa improvisação. Antes que qualquer coisa pudesse ser notada, já estávamos de volta à sala, sentadas como se nada tivesse acontecido. Meu pai nos cumprimentou, bebeu um copo d’água e fez uma careta quando expliquei sobre a carona, mas acabou dando o ok.

No dia seguinte, eu quase pulava de alegria por onde passava, andava pelos corredores como se fosse uma rainha. Estava pronta para ser um dia incrivel e se tiesse sorte iria encontrar com a coelinha e quem sabe o que ia aprender de novidade. Um garoto que eu dava em cima, me jogou uma mensagem e eu bloquiei na mesma hora, não queria saber de mais ninguem.

Quando fui ao banheiro, percebi no canto do meu olhar a coelinha entrando na biblioteca. Lavei as mãos, arrumei o cabelo e segui na direção dela, devagar, tentando não ser percebida. Passo a passo, entre estantes e corredores silenciosos, meu coração batia rápido com a expectativa de um reencontro. Talvez um beijo escondido, talvez apenas um tapinha brincalhão, talvez mais.

Fui devagar, em silencio, um pé e depois o outro, um pé e depois o outro, para dar um susto no meu alvo. Quem sabe roubar um beijo escondido, quem sabe deixar ela se divertir com um tapinha, quem sabe eu dar um tapinha nela. passei uma estante, depois outra e depois outra. Quando virei o quarto muro de livros tive uma tristeza. Lá estava a coelinha, abraçada com a juliana. Aparentemente eu não era o unico amor dela, e sei dizer isso por que não era um abraço normal. Ninguém que é só seu amigo te abraça enchendo a mão na sua bunda.

Meu peito apertou, e uma tristeza inesperada tomou conta de mim. Percebi que não podia exigir fidelidade ou qualquer tipo de garantia. Para mim, era claro o que sentia; para ela, nem tanto.

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