OLHARES, EMOÇÕES E INTENÇÕES

Um conto erótico de bombonzinho
Categoria: Grupal
Contém 3291 palavras
Data: 21/10/2025 00:46:22

Eu tinha acendido apenas a meia luz da cozinha. Gosto do jeito que ela desenha curvas que, durante o dia, costumo esconder em roupas largas. Mas naquela noite, enquanto esperava meu marido, vesti o vestido justo que ele adora — tecido leve, sem calcinha marcando minha cintura, deixando minhas pernas nuas até a poupa da minha bunda. O decote, generoso, acompanhava a respiração lenta e profunda que eu tentava controlar.

O plano era simples: uma noite só nossa. Não esperava que a campainha tocasse e, ao abrir, encontrasse não só ele, mas também três colegas de trabalho, sorridentes, com caixas de pizza e camisas de time.

O mais alto e falante foi o primeiro a me cumprimentar, com um “boa noite” que veio acompanhado de um olhar demorado demais. O segundo, de sorriso fácil, fez um comentário bobo sobre o cheiro de comida, tentando quebrar o gelo. Já o terceiro... ah, o terceiro não disse nada. Apenas ficou parado, quieto, com olhos quentes que pareciam atravessar o tecido fino do meu vestido. Ele desviava e voltava a olhar — um tímido tentando fingir que não me despia com os olhos.

A sala e a cozinha se tornaram um único ambiente, como se tivesse sido feito para receber visitas. A bancada branca refletia a luz amarela suave, e o sofá estava virado para a televisão — já ligada no jogo. O riso dos homens preencheu o espaço, junto com o barulho das garrafas sendo abertas.

Foi só quando a primeira caixa de cerveja terminou que meu marido, com o mais alto dos colegas, resolveu dar um pulo na conveniência. “Cinco minutinhos”, ele disse. Eu sorri, fingindo não notar os olhos que permaneceram sobre mim. Assim que a porta se fechou, o silêncio tomou conta. Não era desconfortável. Era denso. Quase elétrico.

Aproximei-me da bancada devagar, sentindo o tecido deslizar pelas minhas pernas. O tímido estava no sofá, tentando fingir atenção no jogo, mas os olhos traíam a concentração. O outro, de sorriso fácil, recostou-se na cadeira alta da cozinha, acompanhando cada passo meu como quem saboreia algo proibido.

A tensão era quase palpável — e confesso, havia uma parte de mim que gostava disso. Era como se cada olhar me acendesse um pouco mais por dentro.

Apoiei as mãos na bancada de mármore, sentindo o frio da superfície contrastar com o calor que começava a subir pelo meu corpo. Cruzei as pernas devagar, mais para mim do que para eles, mas percebi — pelo silêncio — que cada movimento estava sendo acompanhado como se fosse parte de um espetáculo particular.

O de sorriso fácil inclinou-se um pouco mais na cadeira, cotovelos apoiados no balcão, olhar firme no decote que se movia com a minha respiração. O tímido… ele continuava sentado no sofá, rígido, como se estivesse travado entre o desejo e a culpa. Mas os olhos denunciavam tudo: não piscavam, não fugiam, apenas me observavam — como quem memoriza cada detalhe para depois.

Fingi mexer no cabelo, levantando-o num movimento lento, fazendo o tecido do vestido deslizar um pouco mais sobre os ombros. Senti a tensão aumentar como se o ar ficasse mais espesso. A TV seguia ligada, o narrador gritando alguma jogada… mas nenhum de nós três parecia ouvir.

— Querem mais alguma coisa? — perguntei com a voz mais baixa do que eu pretendia. Quase um sussurro rouco.

O de sorriso fácil respondeu primeiro, com um “se tiver… eu aceito” que carregava muito mais do que palavras comuns. Já o tímido apenas engoliu em seco. O som foi audível. Meus olhos encontraram os dele e, por um instante, tive a sensação de que o tempo parou.

Dei a volta no balcão, bem devagar. Meus passos ecoavam no piso, e a cada centímetro que me aproximava, percebia como os olhares se tornavam mais pesados. Quando cheguei perto do sofá, apoiei uma das mãos no encosto, inclinando o corpo só o suficiente para que meu perfume escapasse no ar entre nós.

O tímido prendeu a respiração. Vi de perto o quanto ele tentava manter o controle — e o quanto estava perdendo.

Atrás de mim, ouvi o outro se levantar da cadeira, como se fosse puxado por um ímã invisível. A presença dele se aproximando fez minha pele arrepiar dos pés à nuca. Não havia toque. Apenas proximidade… quente, densa, carregada de intenção.

Eu sentia meu próprio coração acelerado, como se cada batida empurrasse a noite para um lugar perigoso — e deliciosamente conhecido. Meu marido sabia dos nossos jogos. Sabia que havia em mim um prazer silencioso em provocar, em esticar os limites até o último fio de autocontrole.

E naquele instante… eu estava exatamente onde queria estar.

Senti o calor dele atrás de mim antes mesmo de ouvir qualquer som. A respiração próxima, o leve deslocar de ar… como se todo o ambiente se estreitasse em torno dos nossos corpos. Continuei inclinada sobre o sofá, os dedos roçando no tecido macio, mantendo a postura como quem não percebe, mesmo sabendo exatamente o efeito que estava causando.

O de sorriso fácil estava perto o bastante para que eu sentisse o calor do corpo dele na minha pele — sem encostar, só presença. E isso… era ainda mais excitante.

Virei o rosto devagar, como se tudo estivesse em câmera lenta. Nossos olhos se encontraram e, no silêncio carregado da sala, nem precisei dizer nada. O olhar dele dizia que estava pronto para ultrapassar a linha — ou, ao menos, chegar perigosamente perto dela.

Olhei então para o tímido. Ele ainda estava sentado, mas seu corpo falava por ele. Ombros tensos, mãos espalmadas sobre as pernas, os olhos presos em mim. Era como se estivesse lutando com o próprio desejo — e perdendo a batalha. Dei um passo lento em direção a ele, cada centímetro calculado, o tecido do vestido acompanhando o movimento como uma extensão do meu corpo.

Quando parei à frente dele, o som do jogo já era apenas ruído de fundo. Nossos mundos eram três: eu e dois olhares queimando no escuro. Cruzei os braços de leve abaixo do busto — um gesto simples, mas que realçou minhas curvas e fez os dois prenderem o fôlego ao mesmo tempo.

Inclinei-me sobre o sofá, ficando na altura dos olhos dele. O tímido. O que não dizia nada… mas sentia tudo.

— Tá tudo bem? — perguntei, com a voz baixa e rouca, como quem oferece e provoca ao mesmo tempo.

Ele assentiu, devagar. Não precisava mais palavras. A forma como o olhar dele deslizava pelo meu corpo já era uma resposta.

Atrás de mim, senti a aproximação ainda maior do outro. O ar entre nós ficou quente, quase espesso. Como se bastasse mais um centímetro para que tudo mudasse. O coração batia forte no peito, não de nervosismo — mas de uma excitação que eu conhecia bem. Aquela sensação de estar no limite… e gostar de estar lá.

A respiração deles estava mais pesada. A minha também. Era como se cada um de nós soubesse exatamente o que estava acontecendo, mas ninguém quisesse quebrar o encanto dizendo algo banal.

O de sorriso fácil se aproximou mais, até eu sentir o seu pau na minha bunda, calor do corpo dele a poucos centímetros das minhas costas. O ar quente roçou na minha nuca e um arrepio inteiro percorreu minha pele — lento, delicioso. Era como se um campo magnético nos prendesse no mesmo espaço.

Inclinei levemente a cabeça para o lado, como quem convida sem dizer, e senti a presença dele responder. A respiração dele ficou próxima ao meu pescoço, e foi impossível conter o suspiro que escapou de mim.

Na frente, o tímido ainda estava sentado, mas seu corpo já não era contido. da para ver seu pau duro querendo sair.Os olhos queimavam nos meus, como se cada curva minha estivesse acendendo alguma coisa nele. Ajoelhei-me devagar à frente dele, apoiando as mãos no sofá, pedi para olhar aquele pau, ele tira e não resisti e coloquei na minha boca apertei sentindo quanto duro estava. O coração dele parecia bater tão forte quanto o meu — dava pra sentir enquanto segurava aquele pau no silêncio.

Fechei os olhos por um instante, e foi como se todo o resto do mundo desaparecesse — só existiam aquelas respirações, aquele tesão quente.

Atrás de mim, o outro deixou escapar um sussurro baixo, rouco, mais um som do que uma frase. Eu senti. Senti a energia dos dois me cercando, como se estivessem me lendo com os olhos. Meu corpo, minha pele, minha vontade — tudo dizia sim, mesmo que ninguém tivesse falado nada.

Inclinei-me um pouco mais. Minha bunda já a mostra com vestidinho curto subindo, era quase que de quatro chupando e o outro atras de mim olhando.

Foi ali, entre respirações que se encontravam e silêncios cheios de desejo, que percebi: não era mais só um jogo. Era um momento suspenso no tempo. Uma promessa muda, intensa, viva.

E eu estava no centro dela, sentindo cada segundo se alongar como um suspiro prolongado.

E foi assim, entre respirações aceleradas e silêncios pesados, que a sala inteira pareceu virar um segredo compartilhado.

A porta se abriu e meu marido entrou rindo, com duas caixas de cerveja nas mãos, seguido pelo colega mais alto.

— Trouxe reforço — ele disse, animado, sem perceber de imediato o clima que pairava no ar.

Eu estava de pé, perto do sofá, respiração um pouco acelerada demais para quem “só estava vendo TV”. O tímido ajeitava-se no sofá, tentando disfarçar. O outro encostava na bancada, sorriso discreto, como quem guarda um segredo recém-descoberto.

Ele me olhou, e bastou um segundo. Meu marido sempre soube ler meu corpo. Sempre soube quando a temperatura da noite havia mudado. E naquele olhar — rápido, afiado — entendeu tudo.

Aproximei-me dele com um sorriso manso, quase inocente, e toquei de leve o braço dele.

— Vem comigo um minutinho… — sussurrei, perto do ouvido, com aquela voz que só uso quando sei exatamente o que quero.

Fomos para o quarto devagar, deixando os três na sala, a TV ainda ligada no jogo que ninguém mais prestava atenção. Assim que fechei a porta, ele me encostou de leve na parede, com aquele olhar meio sério, meio excitado, que só ele tem.

— O que aconteceu aqui? — perguntou, baixo.

Aproximei os lábios do ouvido dele e deixei meu hálito quente escorregar junto com as palavras:

— Eles olharam pra mim… — sussurrei, lenta, saboreando cada sílaba. — Do jeitinho que você gosta. Do jeitinho que você pediu pra deixar acontecer quando fosse a hora.

Senti a respiração dele mudar. As mãos firmes na minha cintura, os olhos mergulhados nos meus.

— E você deixou? — ele perguntou, num tom rouco.

Mordi o canto do lábio e respondi baixinho, colada nele:

— Não precisei fazer nada… só estar ali. E eles… ficaram olhando. Como se eu fosse só deles por alguns segundos. Mas eu sou sua. E você sabe disso.

A tensão entre nós dois se transformou em algo ainda mais intenso. O olhar dele queimava. Não era ciúmes. Era desejo puro, aceso pela chama que ele mesmo me deu liberdade de acender.

— Eles ainda estão lá… — sussurrei, deslizando a ponta dos dedos pelo pescoço dele. — E estão me imaginando. Do jeitinho que a gente sempre quis.

O sorriso torto dele surgiu — aquele que sempre vem quando ele entende que o jogo começou de verdade.

Voltamos para a sala devagar. Eu na frente, ele logo atrás. Cada passo parecia mais pesado que o anterior, não de nervosismo… mas do tesão que ainda pairava no ar. Quando a porta do quarto se abriu, todos os olhares se voltaram para mim. De novo.

O tímido endireitou-se no sofá, os olhos ainda incertos, mas famintos. O outro, de sorriso fácil, encostado na bancada, inclinou ligeiramente a cabeça — como quem já sabe que algo mudou. E o colega que havia ido buscar as cervejas com meu marido, agora ali também, deixou escapar um olhar rápido que percorreu meu corpo inteiro sem nenhuma sutileza.

Meu marido ficou atrás de mim, de propósito. Era como se me oferecesse ao olhar deles, como quem diz “olhem, mas saibam de quem ela é”. O calor da respiração dele na minha nuca me arrepiou inteira.

Dei alguns passos para dentro da sala e me apoiei de leve na bancada, o mesmo ponto onde a tensão começou mais cedo. Cruzei as pernas devagar, sentindo o tecido deslizar pela pele como se fosse um convite silencioso. A luz baixa deixava cada curva em destaque — e eu sabia disso.

Meu marido chegou mais perto, as mãos firmes pousando na minha cintura por trás. Não era posse… era controle compartilhado. O tipo de toque que dizia que eu estava segura, mesmo quando todos os olhares me despiam com desejo.

— Ela tá linda hoje, né? — ele disse, voz baixa, rouca.

Um silêncio pesado caiu sobre a sala. Eles não sabiam se respondiam… mas os olhos diziam tudo.

— Fala… — ele insistiu, com aquele sorriso que só ele tem quando quer me ver sendo desejada. — Foi pra isso que ela se arrumou.

O de sorriso fácil foi o primeiro a ceder.

— Tá… linda — disse, quase sem ar.

O tímido apenas assentiu, corando, mas sem conseguir desviar o olhar. E o último, mais direto, apenas soltou um “muito” num sussurro que pareceu atravessar o ar como eletricidade.

Meu marido aproximou ainda mais o corpo do meu, até que eu sentisse o calor dele me cercando inteira. As mãos deslizaram pela lateral da minha cintura, lentas, firmes, e ele colou os lábios ao meu ouvido:

— Olha pra eles… — sussurrou. — Do jeitinho que a gente combina.

E eu olhei. Um por um.

Lento. Intenso. Como se cada olhar fosse um toque.

O tímido respirou fundo. O de sorriso fácil mordeu o canto do lábio. O último inclinou o corpo para a frente, sem disfarçar. O ar ficou mais quente, mais pesado… mais perigoso.

Meu marido sorriu contra minha pele, satisfeito. Ele gostava de ver o desejo estampado nos rostos dos outros. Gostava de saber que, mesmo cercada por todos aqueles olhares famintos… quem decidia até onde ia, era eu.

E naquele instante, todos estavam jogando o mesmo jogo — sem palavras, só respiração, tesão e vontade.

Os segundos seguintes pareciam lentos demais, como se o tempo tivesse sido esticado apenas para que cada olhar tivesse peso. Eu sentia as respirações na sala — as deles, a dele atrás de mim, e a minha, completamente entregue àquele calor que pairava no ar.

Meu marido mantinha as mãos firmes na minha cintura, o corpo colado ao meu, como se fosse meu alicerce e, ao mesmo tempo, combustível para aquele fogo silencioso. A voz dele surgiu rouca, quase num sopro:

— Continua… eles estão te devorando com os olhos.

E estavam mesmo.

O tímido ainda tentava conter o desejo no olhar, mas já não havia resistência — só entrega. O de sorriso fácil estava inclinado para a frente, os olhos fixos em mim como se quisesse decorar cada detalhe. E o último… observava como quem está pronto para atravessar a linha, mesmo que com o olhar.

Deslizei a ponta dos dedos pela bancada, devagar, como quem traça um caminho invisível. Cada movimento era acompanhado por eles — não havia toque, mas a energia era tão forte que eu sentia como se houvesse.

Me virei devagar, ficando de frente para meu marido, ainda dentro daquele círculo de olhares famintos. Ele sabia que eu estava no controle — e isso, para ele, era o auge da provocação. Nossos olhos se encontraram e, num instante, todo o barulho do mundo sumiu.

— Olha pra mim — ele sussurrou.

E eu olhei.

As mãos dele subiram pelas laterais do meu corpo com a mesma calma de quem acende um fósforo e subindo com sigo meu vestido deixando que olhassem minha bunda, observei a chama crescer. Eu estava entre ele e os três olhares que não piscavam — e isso fazia cada centímetro da minha pele parecer mais vivo.

O tímido engoliu em seco, visivelmente arrebatado. O outro deixou escapar um sussurro rouco que soou mais como um gemido contido. O terceiro se recostou, sorrindo de canto, como quem entende que está diante de algo que não se explica — só se sente.

Meu marido levou os lábios ao meu ouvido mais uma vez.

— Eles querem… — disse, num sopro quente. — Mas só olham porque você deixa.

Fechei os olhos, sentindo a vibração da voz dele escorrendo pela minha pele. Um arrepio inteiro percorreu minha espinha.

Abri os olhos e encontrei os três me olhando como se o mundo tivesse parado ali, naquela sala. O tesão não precisava de palavras. Era desejo puro, contido, construído segundo a segundo… como um segredo compartilhado que ninguém ousaria quebrar.

Eu sorri — não com a boca, mas com o corpo inteiro. E naquele instante, sabia exatamente o poder que tinha nas mãos.

A sala estava em silêncio. Não aquele silêncio comum, vazio… mas um silêncio carregado, pulsante, quente.

Cada respiração parecia se misturar com a outra. Era como se o ar tivesse mudado de textura, ficando mais pesado, mais íntimo — como se a noite tivesse decidido que tudo que existia era aquele instante.

Meu marido se moveu atrás de mim, as mãos ainda firmes na minha cintura, como quem conduz um jogo que nós dois conhecíamos bem. Os olhares dos três permaneceram sobre mim, como se estivessem presos por um fio invisível. E eu… eu gostava de cada segundo desse poder silencioso.

— Eles não conseguem parar de olhar pra você — ele sussurrou, a voz arranhando meu pescoço como um toque.

Inclinei o rosto um pouco para trás, permitindo que o hálito dele me envolvesse. A sensação de ter aqueles três olhares me percorrendo ao mesmo tempo fazia cada batida do meu coração ecoar mais alto.

Me afastei só um passo dele, propositalmente. A sala parecia menor quando os olhares me seguiam assim, como se cada movimento meu puxasse a respiração deles junto. Passei a mão no cabelo, o tecido do vestido acompanhando o balançar leve do meu corpo. Era um gesto simples… mas naquele contexto, parecia muito mais.

O tímido apertou as mãos contra as pernas, tentando conter o que já não era possível esconder no olhar. O de sorriso fácil inclinou a cabeça, sorrindo de volta — não era um sorriso de galanteio, era de alguém que se rendeu ao clima. O terceiro, mais ousado, cruzou os braços e soltou um “meu Deus…” quase inaudível.

Meu marido se aproximou de novo, colando o corpo no meu por trás.

— Isso… — ele murmurou, quente contra minha pele. — Olha como eles te devoram.

Fechei os olhos e respirei fundo, sentindo a tensão se fechar em torno de nós quatro. Não havia toque deles, nem pressa. Havia olhares, respirações, provocação calculada e uma cumplicidade silenciosa que só existia porque nós dois — eu e ele — estávamos no comando.

Quando abri os olhos, sorri para eles. Devagar. Com intenção.

Um convite, mas também um limite. Um jogo, não uma promessa.

A noite seguiu assim: cervejas abertas, o jogo na TV esquecido, as conversas cheias de pausas e olhares que diziam muito mais do que qualquer palavra.

E eu sabia — assim como meu marido sabia — que aquela tensão não precisava ser quebrada para ser inesquecível. Às vezes, o desejo mora exatamente ali… no quase.

E foi no quase que a noite terminou: quente, lenta e cheia de segredos silenciosos.

E eu olhei. Um por um.

Lento. Intenso. Como se cada olhar fosse um toque.

O tímido respirou fundo. O de sorriso fácil mordeu o canto do lábio. O último inclinou o corpo para a frente, sem disfarçar. O ar ficou mais quente, mais pesado… mais perigoso.

Meu marido sorriu contra minha pele, satisfeito. Ele gostava de ver o desejo estampado nos rostos dos outros. Gostava de saber que, mesmo cercada por todos aqueles olhares famintos… quem decidia até onde ia, era eu.

E naquele instante, todos estavam jogando o mesmo jogo — sem palavras, só respiração, tesão e vontade.

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