A Vizinha Proibida
O calor sufocante de Botucatu naquela tarde grudava na pele como um amante pegajoso, o suor escorrendo lento pelas minhas costas. Eu, Dinho, estava jogado no sofá de três lugares, o ventilador girando inútil contra o sol que invadia pela janela aberta. A TV murmurava um programa qualquer, mas minha mente vagava, perdida no tédio da folga. Minha mãe tinha saído cedo, deixando Mariinha na casa para cuidar das tarefas — cozinhar o almoço, passar pano no chão, arrumar a bagunça que a rotina deixava. "Ela pode tomar um banho quando terminar", minha mãe disse antes de sair, jogando 50 reais na mesa pra Mariinha comprar o que precisasse no mercadinho. "É uma boa menina, Dinho, não enche o saco dela." Eu só resmunguei, sem dar bola.
Os caras da rua sempre zoavam Mariinha. "Feia e fedida", riam na calçada, debochando das roupas largas, do cabelo desgrenhado, da falta de maquiagem. "Parece uma mendiga, filha daquela velha que fuma cigarro de palha", um deles dizia, e os outros gargalhavam. Eu ia na onda, rindo forçado: "Tá louco? Sai fora!" No fundo, meio que concordava. Ela era magrela, pálida, sempre com camisetas folgadas que escondiam qualquer curva, cheirando a sabão de coco ou casa velha depois das faxinas. Era fácil ignorá-la, seguir o coro da vila pra não destoar.
Até que um aroma de erva-doce invadiu a sala, sutil, como um sussurro proibido. Ergui os olhos e lá estava ela, na porta do corredor, recém-saída do banho que minha mãe liberou. O cabelo escuro pingava, traçando linhas molhadas na pele brilhante. A blusinha de alcinha branca, fina demais, grudava no corpo, revelando os mamilos rígidos pelo frescor. O short de dormir, folgado mas traiçoeiro, roçava nas coxas pálidas, insinuando curvas que eu nunca tinha notado. Meu coração deu um salto. Aquela era a Mariinha? A "feia e fedida"? O cheiro doce me envolveu, e de repente, as piadas dos amigos pareceram idiotas. A pele úmida, os contornos sob o tecido... havia algo cru, vivo, que me fez engolir em seco, o corpo já formigando.
"Terminei tudo, Dinho", ela disse, a voz rouca carregando uma promessa, enquanto torcia o cabelo na toalha. "Cozinhei, passei pano, arrumei tudo. Sua mãe deixou 50 reais pro mercadinho. Posso descansar aqui um pouco? Tá quente pra caralho lá fora."
Acenei, a garganta seca, o ar ficando denso. Minha mãe e meu pai, torneiro mecânico, levavam uma vida simples na periferia. Eu trabalhava na zona azul pela guarda mirim, e naquela tarde livre, só queria vegetar. Mariinha, três anos mais velha, era presença constante, ajudando nas tarefas por uns trocados. Sempre a vi como parte da casa, invisível como os móveis. Mas agora, fresca do banho, com aquele cheiro doce e o corpo relaxado, comecei a questionar. Por que a achavam feia? Era a simplicidade, a falta de tempo pra vaidades? Ou só preconceito de vila, rotulando quem não se encaixava? Meu pau deu um leve pulsar no short, e eu cruzei as pernas, confuso com o desejo que crescia.
A Brincadeira que Acende a Chama
Mariinha se aproximou do sofá, os olhos castanhos faiscando com malícia disfarçada. "Arreda, Dinho. Me dá espaço. Quero ver a TV direito."
"Tá doida? Esse é meu canto. Senta no outro", retruquei, mas minha voz vacilou, os olhos escapando pro decote da blusinha, onde os seios firmes subiam e desciam com a respiração. O tecido úmido delineava cada curva, e pensei: como nunca vi isso? Os caras diriam que era ilusão, mas o cheiro de erva-doce, fresco do banho que minha mãe liberou, era real, e as coxas pálidas pareciam suaves, convidativas. O calor subia pelo meu corpo, misturando vergonha pelas zoações passadas com uma curiosidade que me pegava desprevenido.
"Não tô brincando, bobo. Vou aí mesmo", ela riu, jogando a toalha de lado e se inclinando. Seus dedos cutucaram minha cintura, cócegas que viraram toques elétricos. "Sai, vai! Me deixa!" Eu ri, resistindo, mas ela insistia, o corpo colando no meu, o aroma doce me envolvendo. A pele quente roçava na minha, a blusinha subindo, revelando a barriga lisa, o short marcando as coxas. Cada roçada era uma faísca, e meu pau endurecia, pressionando contra ela. As risadas da vila ecoavam na minha cabeça — "Ninguém quer aquilo" — mas agora, sentindo o calor dela, via as estrias suaves nas coxas como marcas de uma mulher real. A transição batia: não era mais a faxineira sem graça; era uma presença que me excitava, revelada aos poucos nos toques e no cheiro.
A brincadeira escalou. Ela tentou me puxar, eu revidei, e num giro, Mariinha caiu no meu colo, o traseiro macio encaixando contra minha ereção. O calor dela atravessava o tecido fino, e ela congelou, olhos arregalados, um sorriso safado surgindo. "Puta merda, Dinho", sussurrou, a voz carregada de excitação. "Tá duro pra caralho."
Tentei disfarçar, o rosto queimando: "Que isso, para!" Mas ela se mexeu de propósito, roçando lento, fazendo meu corpo pulsar. "Posso sentir? Deixa eu ver", murmurou, os lábios próximos, o hálito quente no meu pescoço. Seus olhos, predadores, me prendiam, e o ar crepitava. As zoações dos amigos pareciam tolas agora — como pude ir na onda? Ela não era feia; era subestimada, com um fogo que só um olhar atento revelava.
O Despertar do Desejo
Qualquer barreira caiu. Agarrei os braços dela, puxando-a mais perto, sentindo o short escorregar, revelando as coxas suaves. Mariinha não recuou — começou a rebolar sutilmente, cada movimento mandando ondas de prazer pelo meu corpo. "Você é doida", gemi, rouco. Ela se inclinou, os lábios roçando nos meus: "E você é cego, Dinho. Achava que eu não via seus olhares?"
O beijo veio como uma explosão: molhado, urgente, a língua dela invadindo minha boca com fome. Minhas mãos subiram pela cintura, sob a blusinha, tocando os seios quentes, mamilos duros roçando nas palmas. Ela gemeu contra mim, um som gutural que me fez pulsar mais forte. Levantei o tecido, expondo os seios rosados, perfeitos, implorando por atenção. Mariinha arrancou minha camiseta, unhas traçando linhas de fogo no peito, enquanto eu baixava o short dela, revelando a bunda branca com estrias que pareciam convites tatuados. Meu pau latejava, livre, roçando na pele dela, o cheiro de excitação dela no ar. Cada toque revelava mais: a curva da cintura que as roupas largas escondiam, o brilho nos olhos que a falta de maquiagem não apagava, o gosto de pele que transformava "fedida" em inebriante.
A Dança da Paixão
Ela assumiu o comando, empurrando minha cabeça para baixo: "Me chupa, Dinho. Agora." Hesitei por um instante, mas ao ver de perto — a pele lisa, o tom rosado úmido, o aroma de mulher excitada, fresco do banho — mergulhei. Minha língua explorou o calor molhado, lambendo devagar, depois com voracidade, sentindo-a tremer e gemer alto: "Assim, porra, não para!" As mãos dela apertavam minha nuca, guiando, enquanto o gosto doce e salgado me enlouquecia. Pensei nos amigos, nos rótulos idiotas — ela não era feia; era autêntica, o corpo respondendo como fogo, e eu, que ria das piadas, agora me rendia ao que via de verdade.
Mariinha não esperou. Num giro ágil, virou para um 69, a boca quente envolvendo meu pau, chupando com sucção ritmada que me fazia ver estrelas. A língua dela dançava na cabeça sensível, enquanto eu via o cuzinho rosado bem na minha frente. Minhas mãos apertaram a bunda dela, firme, sentindo a textura macia, e com satisfação notei que as celulites, longe de serem defeitos, eram afrodisíacas, dançando provocantes enquanto ela rebolava na minha cara. Sem resistir, lambi ali, e ela estremeceu, gemendo vibrante contra mim: "Seu safado! Continua!" O prazer era mútuo, intenso, cada lambida dela me levando ao abismo.
Ela mudava posições como uma deusa: em cima, cavalgando com força, os seios balançando; de costas, rebolando lento para me torturar; de lado, apertando enquanto eu a penetrava fundo. "Mais forte, me fode direito!", exigia, gozando uma, duas, três vezes — o corpo convulsionando, gemidos ecoando, mas sempre controlando para me manter no limite, suor escorrendo pelos nossos corpos colados. Cada estocada era uma faísca, o som molhado de pele contra pele enchendo a sala, a excitação crescendo enquanto eu via, aos poucos, a mulher deliciosa que os outros ignoravam.
O Clímax Inevitável
Quando eu não aguentava mais, músculos tensos, ela sentiu e sorriu maliciosa. Saiu de cima e ajoelhou, a boca voltando ao meu pau com fome renovada. Chupava molhado, saliva escorrendo em fios brilhantes, lambendo da base à ponta, apertando minhas bolas com precisão. "Goza pra mim, Dinho", murmurou, olhos fixos nos meus. O prazer explodiu como fogo: jatos quentes que ela engolia ávida, lambendo o resto com deleite, enquanto eu tremia, o corpo pulando em êxtase.
Exaustos, nos jogamos no sofá, pernas entrelaçadas, o ar cheirando a sexo e suor. "Banho de novo?", ela riu, traçando um dedo no meu peito. "Vai que sua mãe chega e sente esse cheiro." Tomamos banho, rimos, trocamos olhares que diziam mais que palavras. Repetimos muitas vezes depois, sempre às escondidas. Anos mais tarde, com caminhos separados, aquela tarde me ensinou a questionar as zoações da vila, a ver além das aparências. E você? Já olhou de verdade para quem está ao lado, deixando o desejo crescer aos poucos? Porque o fogo pode estar ali, esperando para queimar.