Capítulo 2 – A Noite dos Três
O dia seguinte amanheceu abafado, com um sol preguiçoso filtrando pelas cortinas do apartamento. Flávia acordou tarde, ainda com o corpo dolorido — lembranças físicas da noite anterior. Célio a observava enquanto ela caminhava nua até a varanda, tomando um gole de café, sem pressa. Ele sentiu uma onda quente no peito: era desejo, sim, mas também um certo orgulho. Aquela mulher era dele, mas, na noite passada, fora de outro. E ele queria mais.
Não falaram muito sobre a noite anterior. Apenas trocaram olhares carregados de significado. Até que, no meio da tarde, enquanto mexia no celular, Flávia soltou a bomba:
— Leandro mandou mensagem — disse, casualmente, mordendo o lábio. — Chamou a gente pra jantar. Disse que conhece um restaurante incrível aqui perto, com bons vinhos.
Célio ergueu a sobrancelha, surpreso.
— Chamou... a gente?
Ela assentiu, com aquele sorriso travesso.
— Disse que quer te conhecer melhor.
Houve um silêncio pesado, cheio de eletricidade. Célio apoiou o copo na mesa, respirou fundo, e respondeu:
— Então vamos. Quero olhar nos olhos dele. Quero ver o homem que te fez tremer.
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À noite, o restaurante tinha uma luz baixa, quase cúmplice. As garrafas de vinho descansavam no gelo enquanto os três conversavam. No começo, tudo parecia casual: risadas, histórias, clima leve. Mas, à medida que o álcool escorria pelos copos, as barreiras iam caindo.
Leandro estava ainda mais bonito do que Célio imaginava: camisa branca aberta no peito, bronzeado, sorriso seguro. Um predador urbano. Flávia ria das piadas dele, tocava-lhe o braço às vezes, e cada gesto parecia um golpe no estômago — e no sexo — de Célio.
Quando a segunda garrafa foi aberta, Leandro olhou para Célio e disse, sem rodeios:
— E então? Vamos acabar essa noite no meu apartamento? Continuar a festa lá...
O silêncio durou um segundo. Depois, Célio bebeu um gole de vinho, limpou os lábios, e respondeu com firmeza:
— Vamos.
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O apartamento de Leandro era amplo, moderno, com uma varanda que deixava a praia à mostra. Assim que entraram, ele fechou a porta e serviu mais vinho. A tensão no ar era tão densa que dava para sentir no gosto do álcool.
Flávia sentou no sofá, cruzou as pernas, mostrando a renda da calcinha sob o vestido curto. Leandro se aproximou, segurou o queixo dela e a beijou com uma fome que pareceu incendiar o ambiente. Célio, em pé, assistia. O coração disparado, o pau latejando dentro da calça.
O beijo virou algo mais quente: as mãos de Leandro deslizando pelo corpo de Flávia, levantando o vestido devagar, expondo a lingerie que Célio escolhera. Ele olhou para trás, encontrou os olhos do marido, e disse com a voz grave:
— Senta aí. Só assiste. Ela é sua... mas hoje, é minha também.
Célio obedeceu. Sentou-se na poltrona, o corpo inteiro vibrando. Abriu o zíper da calça e deixou a excitação escapar. Começou a se masturbar devagar, sem tirar os olhos da cena.
Leandro ajoelhou-se entre as pernas de Flávia, puxou a calcinha para o lado e mergulhou nela com uma voracidade quase animal. O som da língua, os gemidos abafados dela enchiam a sala como uma trilha sonora proibida. Flávia segurava a cabeça dele, gemendo alto, enquanto Célio, à distância, se perdia no ritmo da própria mão.
Então, Leandro se levantou, tirou a camisa, depois a calça. O membro dele saltou, duro, grosso, maior do que Célio lembrava da descrição. Ele sorriu, um sorriso que dizia “é isso que você quer ver.”
Virou Flávia de bruços no sofá, ergueu seu quadril e entrou nela com uma estocada firme. O grito dela ecoou pelo apartamento, um som de prazer puro, selvagem. Célio gemeu junto, quase em sincronia, o coração disparando, o pau latejando na mão.
As estocadas vinham fortes, ritmadas, fazendo o corpo dela balançar como uma marionete do prazer. Os gemidos eram altos, sujos, molhados. Leandro a possuía como se o mundo acabasse naquela noite.
— Isso... grita pra ele ouvir! — disse Leandro, numa voz rouca, estocando mais fundo.
— Aaaah, Célio! — gemeu Flávia, olhando de lado para o marido, com as pernas abertas, completamente entregue.
Aquilo foi demais para ele. Gozo quente, explosivo, manchando sua mão, a roupa, tudo — enquanto assistia a esposa sendo fodida como nunca.
E, pela primeira vez, Célio sentiu algo que não era apenas excitação: era liberdade. Um prazer que misturava posse, entrega e submissão à própria fantasia.
Naquela noite, não houve espaço para ciúmes. Apenas vinho, gemidos e corpos suados, até que Copacabana amanheceu, cúmplice de um segredo que jamais seria esquecido.