Mais um novo episódio da saga do Du e do Dani. Um pouco mais longo do que costumo escrever, mas acho que eles merecem. Espero que curtam!
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– Ok, Fred, mas por onde a gente começa? – perguntei, colocando a lingerie da Nicole de lado. A verdade é que eu tava totalmente perdido. Quase como se tivesse no intervalo de uma partida de mata-mata, depois de um primeiro tempo terrível, e o time precisando tirar um coelho da cartola pra virar o jogo!
– A primeira coisa é ganhar tempo, Du – o Fred me disse com a autoridade de um verdadeiro capitão de time – o Gaúcho me falou que iria embora daqui a pouco, porque tinha algum evento em São Paulo amanhã cedo, algo assim...
– Ah, cacete! – me levantei da cama, puto da vida – então agora eu tenho que ir falar com ele, assim do nada?
– Calma, bebê…– porra, o loirão me chamando de “bebê” era de matar qualquer um! – já sei como te ajudar…
O Fred então sacou o celular do bolso e começou a digitar. Perguntei o que era que ele tava armando. A resposta dele foi um sorriso de canto e um “você já vai ver” misterioso. Uns cinco minutos depois, a gente ouviu um toque-toque na porta. O loiro convidou o sujeito para entrar:
– Du, esse é o Wagner, aquele motorista da família que te falei. E Wagner, esse é o Du…também já falei dele pra você…
Ah, então quer dizer que aquele era o tal do Wagner? Mano, por onde começar a descrever o cara? Com uns 2m de altura, o motorista do Fred era do tamanho de uma geladeira! Parecia até um desses guarda-costas de filme americano, que faz a segurança do presidente dos Estados Unidos ou coisa do tipo. Tudo bem que ele já era coroa, é verdade, devendo ter lá pelos seus 45 anos. Mas plenamente em forma, como eu podia ver pelo terno que ele vestia, que caía como uma luva naquele físico todo trabalhado. O peito dele, então, parecia o tampo de uma mesa de tão largo!
Depois das apresentações, o Wagner e o Fred trocaram um olhar malandro:
– Prazer, Dr. Eduardo! – o Wagner me cumprimentou, com uma voz grossa de locutor de rádio que me fez estremecer – na festa mesmo eu reconheci quem era o senhor…
E então, ele deu uma olhada marota em direção à minha bunda. Cacete, eu fui muito tapado mesmo, me esforçando durante todo aquele tempo pra disfarçar o tamanho do meu rabo, achando que algum dia iria conseguir!
– Wagner, preciso de um serviço teu – o Fred começou a dar as ordens– tenho um outro amigo aqui na festa, o Dani, que não pode ir embora hoje à noite. Tem como você fazer o carro dele…enfim, já sabe, né? Nada sério, só pra fazer ele passar a noite aqui…
– Claro, seu Fred! Tá no papo!
– Ótimo! Te mandei a foto do carro por mensagem. Mas tem que fazer agora hein, sem ninguém te ver!
– Pô, tu me conhece, seu Fred – o Wagner respondeu com segurança – sabe que meu serviço é bem feito!
– Perfeito! Tá dispensado, Wagner. Depois a gente conversa sobre o pagamento.
Os dois selaram o trato com um aperto de mão. Eles eram os “homens na sala”, enquanto eu me limitava a assistir ao que se passava. Antes do Wagner sair do quarto, ele olhou para a parte da frente da minha bermuda, que estava toda babada de pré-gozo. Depois, olhou para a lingerie jogada na cama. Não demorou muito para o cara “ligar os pontos”.
– Pode deixar, seu Fred – e com um sorrisinho, ele completou – acho que já sei bem qual pagamento vou querer dessa vez…
Puta merda, era pra eu ter ficado puto com aquele cara me tratando assim, como se eu fosse uma vagabundinha fácil! Mas ah…. quem que eu queria enganar? Meu cuzinho piscou quando aquele cara enorme, forte, parrudo, claramente tinha me pedido como “pagamento” pro patrão dele!
– Tá vendo, Du? Eu te falo que você é um sucesso!- o Fred riu – mas bom, agora a gente precisa trocar essa teu modelito. Me diz, você só trouxe desse tipo de shorts largo aí?
- Hmm, sim...- respondi em voz baixa
– Ihhh Dudinha, que isso, entrou pra igreja? Pô, a gente precisa achar uma roupinha mais à sua altura! Peraí que eu já volto!
Ele saiu do quarto e voltou pouco tempo depois, com algo que parecia uma bermuda branca na mão. Ele jogou a peça pra mim:
– Cara, isso vai ser perfeito! – o Fred disse animado – veste aí, delícia!
Obedecendo às ordens do loirão, tirei os sapatos e a bermuda com a qual tinha vindo para a festa. Minhas bochechas ficaram vermelhas quando notei que a parte da frente da minha cueca também estava encharcada de pré-gozo:
- Nossa, tá babona hoje hein? Quer que eu peça um absorvente da Nic emprestado pra você?- o Fred brincou. Olhei pra ele fulo da vida, mas a mesmo tempo com um tesão doido daquela piada!
- Fred, você pode…–fiz um gesto com os dedos para ele virar de costas. A reação dele foi a que eu esperava.
- Ah Eduardo, vai tomar no seu cú! Depois do tanto que eu te vi pelado na vida, moleque? Vai, veste logo essa porra!
Tirei a cueca. Um fio de pré-gozo ainda escorria do meu pau mole. Comecei então a botar a bermuda branca que o Fred tinha me trazido, quando senti um pedaço de pano sendo jogado na minha cabeça:
- Ah, quase que eu me esqueço! Se é pra você recuperar teu gaúcho, não pode faltar isso, né?
A peça que o Fred tinha me jogado era nada mais, nada menos, do que uma calcinha vermelha. Justo aquela do conjunto de lingerie que o Fred tinha mostrado um pouco antes.
“Ah Eduardo, não pode ser!”, pensei. Aquela seria a primeira calcinha que eu usaria desde o dia em que o Will me armou aquela presepada! Peguei o fiozinho entre os dedos, para ver melhor a roupa. Senti a maciez da renda, admirando a delicadeza das pedrinhas cravejadas. “Porra, que tesão!”, deixei escapar em um suspiro. Respirei fundo, sabendo o que aquele momento significava na minha vida. Olhei em direção ao Fred, que apenas deu uma piscadinha de olho, me encorajando. “Vai, gostosa”, ele disse, apenas movendo a boca, sem fazer nenhum som.
Comecei então a deslizar a calcinha pelas minhas pernas. O tecido vermelho foi subindo pelas minhas coxas peludas, que as meninas, desde o colégio, tanto tinham babado. Lembro da Tati, minha primeira namorada, comentando com as minhas amigas: “nossa, as coxas do Du parecem a do Roberto Carlos!”, me comparando ao lateral-esquerdo da seleção do penta.
“Mano, imagina se a Tati visse no que o namoradinho dela virou”, me veio à mente, enquanto o fio dental vermelho roçava pelas minhas pernas.
Quando chegou na parte de passar pela minha bunda, respirei fundo mais uma vez. Tinha chegado a parte que sempre tinha me feito delirar de tanto tesão: sentir o fiozinho sendo devorado pelas fendas do meu rabo, atolando no cuzinho. Comecei então a subir com a calcinha aos poucos, curtindo o momento.
“Ahhhhhh”. Gemi baixinho, quando senti a renda sendo engolida pela bunda. “Puta merda, PUTA MERDA!”. Ah, que saudade que eu tava daquela sensação! Só ali já senti mais tesão do que do que todas as transas que tinha tido com a Bianca! Ajustei a parte de cima da calcinha, dando também aquela ajeitada no saco e no pau, para eles ficarem mais bem acomodados. Como sempre, tinha ficado um volumão apertado na parte da frente. Mas, ainda sim, o maior símbolo da minha masculinidade tinha ficado perfeitamente coberto pela calcinha vermelha da esposa do Fred.
E lá estava eu, mais uma vez vestindo calcinha, depois de tanto prometer que nunca mais faria isso na vida! O Fred assistia a toda cena como quem via um filme de suspense. Quando eu terminei de vestir a calcinha, ele parecia até emocionado. Pelo menos era o que volume da bermuda do loirão dizia!
– Caralho, Dudinha! – ele falou dando um gole no whisky, mordendo o lábio – bem-vinda de volta! Agora bota o shortinho, vai!
Peguei de novo aqueles shorts brancos que o Fred tinha me trazido. A princípio parecia uma bermuda masculina normal, de linho. Mas quando fui subindo com ela pelas pernas, notei que era de um número menor do que eu costumava usar. Um número só não, uns dois! Nossa, como foi difícil entrar naquela porra de shorts! Tive que dar até uns pulinhos pra caber naquela porra! O Fred foi me incentivava, dizendo: “vai que dá certo” para toda vez que eu reclamava com um “não cabe, caralho”.
Até que enfim, depois de batalhar muito, consegui entrar no bendito shortinho! Corri para o espelho, para ver como tinha ficado:
– Não falei que ia ficar perfeito? – o Fred disse atrás de mim, com o jeito de um pintor que finaliza uma obra-prima – o Joaquim, meu cunhado, veio aqui esses dias e esqueceu essa bermudinha. Depois tu bem que podia pegar umas dicas com ele sobre roupas, né Dudinha?
Puta que pariu! Aquele shortinho era, de longe, o mais justo e curto que eu já tinha usado em toda a minha vida. O comprimento era ainda menor do que aqueles calções que os jogadores de futebol usavam nos anos 70. Na real, era apenas um pouco maior do que uma sunga, chegando até a revelar um pouquinho da polpa da minha bunda! Fora isso, ele era apertado pra um caralho: por mais que eu ajeitasse, ele insistia em ficar meio atolada na bunda. Enquanto caminhava então, meu rabo, apertado pelo short, quicava para cima e para baixo, quase como se alguém estivesse fazendo embaixadinha com ele! Até evitava fazer movimentos muito bruscos, com medo do short rasgar!
E claro, a calcinha da “Nic” também teimava em aparecer, me obrigando a puxar a camisa pra baixo pra esconder a rendinha. E, pra completar, na parte da frente, a bermuda marcava meu pau e meu saco de forma absurda! Em toda minha vida, nunca tinha vestido uma roupa que me deixasse tão exposto!
– Fred, sem chance – eu continuava a olhar para o que eu via no reflexo do espelho em choque- – isso aqui vai chamar muita atenção! E desculpa perguntar, mas que cunhado é esse que você tem pra usar uma bermuda dessa?
– Ah Dudinha, na sua ausência, tive que me aliviar, né? – o loirão sorriu mais uma vez, como se estivesse contando a coisa mais normal do mundo – Mas não fica com ciúme, não. O Quinzinho é uma baita princesinha gostosa, mas você… ah, você é uma rainha! Aliás, tu ainda sabe tremer o rabão daquele jeito que sabe que me deixa doido?
– Quê? – perguntei, ainda estava processando a informação que o Fred tava oodendo o cunhado dele – ah, não sei se lembro…
O tapão na minha bunda que o Fred deu foi o incentivo que eu precisava:
– Vai, gata! – ele me falou se afastando, com o mesmo tom que os caras falam com as strippers de um bar – se você quer reconquistar o gaúcho, é melhor botar esse rabão pra jogo!
“Lá vamos nós”, pensei enquanto ainda me encarava no espelho. Empinei o rabo e botei as mãos nos joelhos, cumprindo o desejo do Fred. Foi como andar de bicicleta: mal comecei, e já tava rebolando como uma dançarina profissional! O short escorregou um pouco, revelando a barra delicada da calcinha.
– Caralho, moleque! Sério, tu podia real fazer uma grana exibindo esse rabo na internet! – o Fred falou, agarrando no próprio volume – mas depois a gente discute isso! Bora voltar pra festa, porque nosso tempo tá curto!
Subi um pouco mais a bermuda antes de acompanhar o Fred para fora do quarto, com medo de alguém notar o meu fiozinho. Minha cabeça estava explodindo de ansiedade. Cacete, qual seria a reação da minha antiga turma do fut quando me visse assim? E o mais importante: será que aquilo chamaria mesmo a atenção do Dani?
Bom, não tinha outra forma se não pagar pra ver!
Antes de fechar a porta, olhei para a cueca e o calção com o qual eu tinha vindo para a festa. Jogados de lado, esquecidos. Aquelas roupas eram do “Eduardo” machão e posturado que tinha entrado naquele quarto, desesperado depois de saber que o Dani estava noivo. Mas quem saíria dali, pronto para dominar a festa, seria outra pessoa...
Minhas pernas tremiam de emoção. Circulando entre os convidados acompanhado do Fred, percebi um burburinho se formando “Calma Du, isso é noia tua!”, tentei me tranquilizar, enquanto discretamente desatolava a bermuda do meio da minha bunda. Mas com o tempo, foi impossível ignorar os olhares de reprovação de alguns casais mais velhos. Imaginei eles comentando entre si, indignados que alguém vestido “daquele” jeito pudesse ser convidado para uma festa da família do Fred! Alguns grupos de amigas davam risinhos quando eu passava – quem diria, logo eu que sempre fiz sucesso com a mulherada, virando motivo de piada entre elas!
Agora, os caras… sério, naquele momento ali entendi o porquê de muitas mulheres reclamarem do comportamento dos homens! Alguns convidados só faltaram assobiar “fiu, fiu” quando eu passava. Outros acompanhavam com a cabeça o movimento que a minha bunda fazia enquanto eu caminhava (aquele “tom tom”, pra cima e pra baixo), nem ligando se as namoradas ou as esposas estavam ali. Eu já não era mais um cara igual a eles, mas sim um objeto sexual, uma mina gostosa sobre quem eles podiam comentar, daquele jeito escroto que todo mundo que já pisou em um vestiário sabe como é.
E o pior de tudo? Eu estava amando cada segundo disso!
– E aí, tá gostando de ser a atração da festa? – o Fred voltou a perguntar , todo zooeiro – bora lá, a gente tá quase chegando na mesa da galera…
Putz, ali sim seria a prova de fogo! Engoli em seco, reunindo toda a coragem que eu tinha.
Nunca vou me esquecer da cara que o Tom fez quando reparou na minha mudança de “figurino”:
– Mas onde é que vocês dois se meter… – ele interrompeu a fala no meio. Primeiro ele parecia, chocado. Mas logo em seguida, um lampejo nos olhos denunciava outro sentimento – caralho, Du! Esse shorts encolheu na máquina de lavar, foi?
– A bermuda dele rasgou, Tom – o Fred foi ligeiro em responder – daí aproveitei para entregar pra ele uma roupinha mais… bom, mais no estilo do nosso querido Du, né?
– Olha, Du, com todo respeito… – o velho Tomzão de guerra parecia estar voltando à ativa – mas eu tinha esquecido como essa bunda era um espetáculo, moleque!
“Ah, que delícia ouvir isso!”. Aos poucos, a vergonha que eu estava sentindo estava cada vez mais se transformando em prazer. Já nem tentava mais desenfiar os shorts do meio da bunda. E o fiozinho vermelho roçando secretamente no meu cuzinho, só me deixava ainda mais excitado!
– Pessoal, eu trouxe as bebi… – o Rique quase deixou cair as taças de champanhe quando me viu– as…bebidas de vocês!
– Ah, boa, moleque! – o Fred, que mal tinha terminado o whisky, já pegou na mão uma taça que nem era para ele – e aí, curtindo a festa, Rique ? Me fala: tu que tá solteiro, viu alguma mina que curtiu?
O olhar que o garotão lançou para mim foi de arrepiar. Ele ajeitou o brinquinho na orelha e sorriu:
- Fredão, vou te contar… acho que encontrei a mulher da minha vida!
Todos eles riram. Claro que eles tinham contado sobre as altas aventuras que tinham vivido com a Dudinha pro Rique. E pelo jeito, o garotão tava era animado para ter a vez dele!
Nisso, o Cauã e os outros caras mais babacas do time chegaram. Eles eram minha principal preocupação. Tudo o que não queria era reviver a humilhação que sofri naquele dia no campo de futebol com o Will. Procurando por alguma segurança, olhei na direção do Fred, que parecia entender o meu nervosismo. Mas eu me senti mais forte. Porque no fundo, aqueles moleques podiam me zoar à vontade… mas eu sabia que, lá no fundo, eles também estavam loucos por uma sessão particular da Dudinha!
– Caralho, meu irmão! Que shortinho é esse, Du? – o Cauã disse assim que me viu. Manjando meu rabo na cara dura, como se eu nem tivesse ali, ele se voltou pros outros caras– é pessoal, acho que tem alguém aqui querendo reviver os velhos tempos!
Todos riram da piada. Mais uma vez, flashes daquele dia em que o Will me fez passar por aquele vexame no jogo de fut passaram pela minha mente. Se eu não desse um corte ali, eu sabia muito bem que que aqueles passariam o resto do dia- e da minha vida!- me arrastando.
Mas eu não tinha passado por tudo o que eu passei para virar motivo de zoação daquele bando de otários. Pela primeira vez, decidi não ficar na defensiva!
– Gostou, Cauã? – respondi em tom de desafio – o Fredão que me emprestou…
Logo depois de falar isso, dei uma meia-volta, para ficar de costas pros meus “parças do fut” Não vi a reação deles, mas conseguia sentir os olhares safados daqueles machos secando a minha bunda. Não sei o que deu em mim: de improviso, subi um pouco a camisa, empinando de leve o rabo. Sem nenhum medo nenhum de mostrar a barra vermelha da minha calcinha.
Caralho, a que ponto eu tinha chegado! Lá estava eu, no meio de uma porra de festa, com um shorts que mal cobria minha bunda, me exibindo de calcinha para a galera do fut! Aquela improvisação minha pegou a turma desprevenida. Os caras, que esperavam que eu fosse ficar todo encabulado com as provocações deles, nunca imaginariam que eu revidasse assim, agindo com tanta naturalidade. O silêncio era prova do espanto da galera. Até mesmo o Fred ficou com queixo caído!
– Só não fica olhando muito não, viu, Cauã? – respondi com um sorriso safado, olhando pra trás. Nunca me senti uma putona tão descarada – Bem que eu me lembro que tua mina é ciumenta!
– Nossa, Du…eu, e-eu…- o Cauã tinha ficado mesmo sem palavras. Quando me virei de novo de frente pra eles, notei que o volume da calça do cara não mentia o tanto que ele tava “comovido” por aquela visão!
– Mas vamos combinar né… – pelo tom do Fred, já sabia que ele ia lançar algum comentário maldoso – nem com 20 anos de academia aquela tábua da mina do Cauã ia ficar gostosa assim!
– Ah, pera lá! – o Rique se impôs entre a galera – solteiro não tem preferência nessa não? Pô, ninguém mandou mané namorar!
– Que nada! – foi a vez do Tom falar – quem tem preferência é a velha guarda do time, que ficou do lado do Du desde o começo! Né não, Fred?
– Não poderia concordar mais, Tomzão… – o dono da festa respondeu, sem desgrudar os olhos da minha bunda.
Mano do céu, olha só o que eu tinha conseguido! Aquele bando de marmanjo tinha completamente se esquecido que tava em uma festa, passando a disputar a “Dudinha” como se tivessem em um leilão! Se esperasse um pouco mais, era capaz deles se pegarem no tapa por mim! Mas apesar de tudo aquilo ser uma delícia, uma pergunta não deixava minha mente em paz: onde é que tava o cara que eu realmente queria chamar a atenção?
– Bah Fred, tu não vai acreditar! Não é que meu carro quebrou? Teu motorista acabou de contar que teve um problema no mo…
Assim que o Dani bateu os olhos em mim, não consegui deixar de sorrir: sabia muito bem que tinha alcançado meu objetivo! Mano, vocês precisavam ver: aquele autêntico macho do Rio Grande, sempre tão autoconfiante, tão seguro de si, ficou branco de espanto, quase como se tivesse vendo um fantasma. Só quem viveu sabe o que é o tesão de fazer um puta homão daquele ficar desconcertado ao te ver!
Mas, no olhar dele, percebi algo maior do que só surpresa. O gaúcho passou alguns segundos admirando meu rabo naquele shortinho obsceno. Lambeu os lábios e franziu os olhos. “Tá matando a saudade, safado!”, pensei:
– É, turma, agora sim chegou o cara que tem a prioridade! – o Tom brincou.
– Ei, tu para com isso! – o Gaúcho logo se impôs. Notei que ele tava se esforçando para manter a compostura. Então, todo sério, ele se virou pra mim– Du, posso conversar contigo em particular?
- Claro, Dani! – devolvi com um toque de ironia. Puta que pariu, eu já tava começando a falar com a voz mais aveludada da Dudinha!
Ele foi na minha frente, liderando o caminho para um canto com mais privacidade do jardim. Quando já tinha dado alguns passos, me virei pra trás: no meio dos olhares sedentos dos outros caras, o Fred parecia dizer um ‘boa sorte” carinhoso com os olhos. Não é que o loirão, que eu sempre achei que não passasse de um riquinho sem conteúdo, tinha se revelado um puta de um amigo? Nunca que eu teria bancado embarcar naquela aventura pra recuperar o Dani – e bom, recuperar a mim mesmo, de certa forma – se não fosse graças à ousadia dele!
Agora era hora de não perder o foco do meu objetivo: reconquistar o Gaúcho, custasse o que cusstasse!
Depois de uma certa procura, o Dani enfim achou um cantinho mais reservado para a gente conversar. Ele respirava pesado e deslizava uma mão na outra, olhando apreensivo para os lados. Sabia muito bem que o gaúcho, que sempre era tão tranquilão, tava nervoso pra cacete.
Os primeiros lances do pôr do sol já despontavam no horizonte quando o Dani soltou o verbo:
– Eduardo, posso saber que merda é essa que tu tá usando guri?
Caralho! Pro Dani me chamar de “Eduardo”, é que a coisa tava séria! Confesso que me bateu um tesão danado em ouvir o Gaúcho falando assim comigo, quase como um pai dando bronca em um filho – ou melhor, em uma filha, que tivesse se vestido de forma muito provocante em uma festa de família. Resolvi me fazer de sonso:
- Ué, assim como, Dani? – e para elevar a dose de provocação, virei de lado bem de leve, empinando a bunda – você não gostou?
– Olha, tu não se faça de besta, Du! – o Gaúcho apontou o dedo pro meu rosto, tentando encarar. Mas, ah, os olhos dele continuavam vidrados na minha bunda! – pelo amor de Deus, tu viu a gurizada do fut? Eles tavam quase te comendo com os olhos!
“Assim como você, bobo”, pensei antes de responder:
– E o que você tem a ver com isso, Dani? Eu me visto como quiser, eu hein!
– Nada disso, Du! – o tom dele ficou ainda mais irritado – eu que não vou deixar aqueles filhos da puta mexerem contigo mais uma vez! De novo, não!
Por um lado, era muito atrevimento do Dani querer posar de “macho protetor” justo no mesmo dia em que ele tinha me contado que estava noivo e que voltaria a morar no Sul. Mas por outro....ah, que tesão era ver aquele autêntico macho gaúcho se preocupar comigo assim. Naquele momento, me dei conta que ele ainda tinha a consciência pesada por conta daquela vergonha que o Will me fez passar em campo, se preocupando pra não me deixar ser humilhado frente aos outros caras.
– Mas por que você se importa? – resolvi dobrar a aposta na provocação – você mesmo me falou que tava noivo, que iria voltar pro Sul… como é que você disse? “A vida tem dessas”.
– Sim, e eu mantenho tudo o que eu disse! Mas é que caralho, t-tu... tu...– era engraçado ver como o olhar do Dani sempre acabava caindo na minha bunda, quase como uma mariposa atraída pela luz. Ele gaguejava de tão nervoso, chegando a suar frio. Tinha chegado a hora de dar o bote final.
Como quem não quer nada, olhei para os lados, e puxei de leve a bermuda para baixo. Mais uma vez revelando, a rendinha vermelha da calcinha apareceu de relance. Bem puta, bem safada:
– Que foi, o gato comeu sua língua, foi?- arrematei meu jogo de provocação com uma reboladinha discreta – eu o que, Dani?
Caralho, gol de placa! De repente, o Dani todo atrapalhado de antes, que desviava o olhar e mal conseguia terminar uma frase, desapareceu. O Gaúcho me encarou com aquele clássico olhar de caçador. Era meu macho, vindo reconquistar o que era dele:
– Tu é meu, Eduardo! – ele disse me puxando pela cintura, em um gesto tão rápido que me fez perder o ar – tu tá ouvindo? Meu! E se tu pensa que eu vou deixar essa gurizada ficar mexendo contigo como se tu fosse mulher sem dono, tá muito enganado!
Ah, mano, meu coração ficou em um ziriguidum doido! Nem conseguia acreditar: finalmente, depois de tanto quebrar cabeça para entender o que eu queria da minha vida, eu sentia em cada parte do meu corpo, que algo estava certo! Não tinha que ficar mais interpretando um personagem, como durantes aqueles últimos meses com a Bianca. Com o Dani, eu podia ser eu. Eduardo e Dudinha, sem medo!
A mão do Dani começou a sorrateiramente a descer para minha bunda. O vento suave que vinha da praia jogava com as ondas do cabelo gaúcho, enquanto o pôr do sol já despontava no horizonte.
– Bora então pegar o que é teu, gatão?- perguntei, ficando molinho entre os braços dele.
Como resposta, meu Dani deu o sorriso mais bonito que já vi na vida. Ali tinha muito do macho safado ele sempre foi. Um ar de “hoje tem!” meio babaca, mas charmoso, de um cara quando pega uma mina gostosa. Mas também era um sorriso de molecão apaixonado, que sabia viver a sua felicidade sem culpa. Os olhos eram de pura festa:
– Em meia hora no meu quarto e foda-se a festa?– lancei a proposta, para decidir a partida.
– Bah, tchê! – o Dani forçou um pouco o sotaque de propósito, sabendo que isso me divertia – Em meia hora no teu quarto e foda-se a festa!
Sem tirar a mão da minha bunda, o gaúcho chegou mais perto do meu ouvido e sussurou bem baixinho, só pra eu ouvir:
– Te prepara, mulher...porque é hoje que eu faço meu herdeiro em você, Dudinha!
O sol desapareceu na linha do horizonte. A noite estava apenas começando!
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E aí, animados pro final da história? Não deixem de comentar o que vocês acham que não pode faltar no desfecho :)