A Última Noite com Toni

Da série Minha vida
Um conto erótico de Dave
Categoria: Gay
Contém 1791 palavras
Data: 03/07/2025 17:10:23
Assuntos: Gay, jovens

Bem pessoal o capítulo encerra esse episódio da minha vída. Espero que tenham gostado.

A Última Noite com Toni

Depois da nossa primeira vez, decidimos que o próximo passo seria conversar com os pais do Toni. Se tudo corresse bem, faríamos uma reunião de família — os meus e os dele, juntos.

Toni disse que falaria com os pais naquela mesma noite. Quando cheguei em casa, contei aos meus.

— Filho — disse meu pai, depois de ouvir tudo com atenção —, isso é bom. Mas vocês ainda são muito jovens. Toni precisa mesmo conversar com os pais dele, só que... pode ser que eles não aceitem bem. Quero que você esteja preparado. Nem todo mundo vê isso com naturalidade.

— Eu sei, pai. Tô nervoso com tudo isso, mas espero que dê certo.

— E se não der? — ele perguntou com sinceridade. — O que você vai fazer?

Pensei por alguns segundos, tentando buscar uma resposta firme, mas tudo o que consegui foi um sussurro:

— Não sei, pai. Sinceramente... não sei.

Na manhã seguinte, Toni não apareceu na escola. Aquilo me preocupou. Achei que talvez fosse só nervosismo ou que a conversa com os pais tivesse mexido demais com ele. Mas o dia passou, e nada. Na terça, na quarta, quinta... nenhuma notícia. Fui até a casa dele, bati no portão, chamei. Nada. Parecia vazia. A semana inteira se arrastou assim — e com ela, minha angústia.

Foi só no sábado à tarde que o vi de novo.

Estava no bar do fim da rua, sentado num canto com o olhar abatido, os ombros caídos, como se carregasse o peso do mundo nas costas. Tinha olheiras profundas e parecia até mais magro.

— Cara... o que houve? Você sumiu a semana inteira!

— Não foi nada — respondeu, sem sequer me encarar.

Percebi que ele não queria falar ali, com tanta gente por perto.

— Vamos lá pra casa conversar.

— Não posso. Desculpa. O Edésio pode ir com a gente?

Aquilo me soou estranho. Toni nunca fez questão de companhia quando era pra falarmos a sós. E justo agora, quando eu precisava entender o que estava acontecendo, ele queria alguém junto?

Descemos os três até a escola. Aos sábados, a quadra de esportes ficava aberta pro pessoal do bairro — gente jogando bola, andando de skate, rindo alto. Mas ali, na arquibancada, o clima era outro.

Sentamos nós três em silêncio.

— Cara — disse Edésio, tentando quebrar o gelo com seu jeito direto —, você tá só a capa da gaita. Foi atropelado ou tá com lombriga?

Toni respirou fundo, passou a mão no rosto e olhou pra mim, como quem se preparava pra desferir um golpe inevitável.

— David... eu chamei o Edésio porque... uma das condições do meu pai pra eu poder voltar pra casa foi que eu não podia mais ficar sozinho com você.

Senti como se tivesse levado um soco no estômago. O ar fugiu dos meus pulmões, as palavras sumiram da garganta. Tentei disfarçar a dor, mas era impossível.

— Essa semana — ele continuou — eu fiquei na casa de uma tia em São Paulo. Me levaram até em psiquiatra. Só me deixaram voltar porque eu parei de comer. Disse que não comeria mais se não me deixassem voltar.

Meus olhos arderam. Eu não sabia o que dizer. Cada palavra que saía da boca dele era como um corte.

— Mas... pelo que entendi... vamos voltar a morar no sítio do meu avô, no fim do ano.

— O quê? — minha voz saiu mais alta do que eu queria. — Não... você não pode. A gente...

— Chega, David. Eu fiz de tudo. De verdade. Mas eu não consigo enfrentar meus pais. Eles nunca vão aceitar. E eu... eu não sou forte como você.

Olhei pra ele tentando encontrar um jeito de segurá-lo. Mas ele já estava escapando.

— Mas antes de acabar tudo — disse ele, com os olhos marejados — eu quero uma última vez com você. Hoje à noite, vou sair escondido. Quero passar a noite contigo. Você topa?

Meu coração queria dizer mil coisas. Queria gritar, chorar, implorar pra que ele não desistisse da gente. Mas tudo que consegui dizer foi:

— Claro. Estarei te esperando.

Edésio permaneceu calado durante toda a conversa. Pela primeira vez, parecia não ter nenhuma piada na ponta da língua. Nunca o vi tão sério. Talvez, enfim, ele tivesse entendido

Preferi não dizer nada aos meus pais; afinal, as consequências para eles poderiam ser graves. Mais tarde, naquela noite, ouvi um assovio no portão e saí de fininho. Já passava das onze e meus pais dormiam profundamente. Abri o portão devagar para não fazer barulho. Toni estava lá, com uma jaqueta grande demais para ele, devia ser do pai. Ele me seguiu até meu quarto. Nunca o havia trazido para minha casa e, por um instante, senti um pouco de arrependimento. No momento em que ele entrou no meu quarto e tirou a jaqueta, entendi o motivo dela: ele usava por baixo apenas uma lingerie rosa fúcsia, cheia de rendinhas.

Eu não sabia o quanto uma peça de roupa poderia me afetar. Ele estava deslumbrante. Não havia seios preenchendo o sutiã, tipo top, colado ao busto magro, mas não eram necessários; ele estava perfeito.

"Meu pai diz que menino tem que namorar menina", ele sussurrou, "então hoje eu vou ser uma menina só pra você."

"Eu não ligo se você é menino ou menina", respondi, "eu só quero que seja você."

"Desde a primeira vez que eu te vi, quis ser sua namorada, David", ele continuou. "Então, já que não sei se estaremos juntos de novo, deixa eu ser sua namorada."

Eu sabia que aquela poderia ser a nossa última vez juntos. Abracei e beijei a boca de Toni com o desejo de quem se despede. Dentro do quarto, as sombras da noite ofereciam um refúgio. Toni se afastou dos meus lábios, virou de costas para mim, apoiou os joelhos na minha cama e segurou firme na cabeceira, empinando o bumbum em um convite silencioso e ousado. Ele olhou para trás, por cima do ombro, e sorriu para mim, um sorriso cúmplice que acendia o desejo. A lingerie ainda vestia seu corpo, e as rendinhas laterais causavam um contraste lindo contra sua pele clara.

Eu o observava, os olhos fixos naquele tecido delicado que delineava seu bumbum em um formato de V até sumir entre as nádegas. Passei a mão pelo seu pescoço e beijei o outro lado, enquanto me posicionava atrás dele. Os beijos se intensificaram, minhas mãos exploravam. Quando o desejo aumentou e eu tentei afastar a calcinha, Toni me impediu com um toque suave, um "não" silencioso nos olhos. Em vez disso, ele mesmo afastou a calcinha de lado, criando um espaço mínimo, mas suficiente para a união. Desci e, mais uma vez, preenchi seu anel com minha língua; dessa vez, a posição proporcionava mais profundidade.

Ele soltou a cabeceira da cama e afundou o rosto no travesseiro para conter o grito de tesão. Com isso, arrebitou o bumbum para cima, facilitando ainda mais minha língua ávida por penetrá-lo. Abri suas nádegas com ambas as mãos e me deliciava com o sabor. Aquela era minha última chance; eu tinha que fazer, ou nunca mais teria a oportunidade.

Virei Toni rápido para que ficasse com as costas na cama. Segurei suas pernas. Lambi a linha que leva do ânus ao saco, devagar, causando espasmos em Toni. Coloquei os ovos dele juntos na boca e chupei um pouco. Segui lambendo a base do membro até chegar à cabecinha. Olhei para Toni, com uma expressão de quem pergunta: "Posso?". Ele sorriu. Agasalhei a glande com meus lábios e comecei um movimento de vai e vem com a cabeça. Como era pequeno, engoli tudo sem dificuldade até meu nariz forçar contra a púbis dele. Comecei a sugar com força, enquanto brincava com a língua, explorando todo o formato do seu pênis. Senti o sabor da pré-ejaculação que começou a sair; achei delicioso, o que me deu mais tesão ainda. Intensifiquei a velocidade. Ele me deu dois toques no rosto, avisando que iria gozar. Levantei os olhos sem parar os movimentos, mostrando que eu queria e que ele podia. Então ele relaxou e eu senti: o jato foi direto na minha garganta, viscoso e quente. Eu engoli sem pensar, sem hesitar, adorando o sabor.

Assim que senti o último espasmo de seu pênis na minha boca, eu o ergui e o virei para a posição que estava antes, com o rosto no travesseiro e o bumbum para cima. Ele entendeu rápido minha intenção, colocou dois dedos na boca, retirou o máximo de saliva possível e passou em seu anel para garantir que estivesse bem molhado.

Afastei a calcinha para o lado e me posicionei de joelhos atrás dele. Pinselei a cabeça do pênis na "portinha" duas vezes. Então forcei; ele soltou um gemido de incômodo. Eu parei, esperei ele relaxar novamente, então tentei de novo. Entrou dessa vez até a metade, mas percebi que ele ainda sentia desconforto. Esperei mais uma vez até ter certeza de que ele não sentiria dor. Então forcei; entrou tudo. Puxei até ficar só a cabecinha dentro e empurrei de novo. Senti ele relaxar de vez. Comecei a me movimentar; ele rebolava de encontro ao meu corpo. Comecei a socar forte, segurando pelas laterais de sua bunda, olhando aquela calcinha. Estendi a mão e puxei o cabelo dele, do jeito que eu sabia que ele gostava. Ele gemeu mais alto. Pude ver uma lâmpada acender na cozinha. Congelei.

Fiquei estático, ainda dentro dele, mas logo a luz se apagou. Minha mãe devia ter ido beber água. Então continuei "bombando" até não poder mais conter e avisei: "Vou gozar". Ele disse: "Espera. Quero beber seu leite uma última vez."

Eu saí de dentro dele. Ele virou e começou a me chupar. Sem nojo por eu estar com o membro dentro do ânus um segundo antes, só tesão. Mamava e massageava meu saco. Senti o orgasmo chegando até o clímax, então soltei tudo dentro da sua boca. Foi mais do que de costume; ele engasgou, mas não deixou cair uma gota sequer fora. Caímos exaustos, com a respiração pesada. Ele debruçou sobre meu peito, ainda ofegante.

"Toni… eu te amo."

"Eu também te amo, David."

Dormimos abraçados. Ele se levantou primeiro, ainda de madrugada, e voltou para casa, deixando a lingerie que usou sobre minha cama. Naquele instante, a lingerie se tornou mais do que uma peça de roupa; era um véu, um símbolo daquele nosso segredo. Aquele ato, realizado com a delicadeza de quem desbrava um novo território, era a confirmação de que, naquele momento e naquele lugar, o nosso amor e a identidade se fundiam de uma forma única.

Eles me mudaram. Este mês, 30 de julho de 2025, vai fazer 30 anos da última vez que vi Antônio.

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Comentários

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Entendo sua dor e confesso que a perda de uma amor assim nunca foi fácil. Aprendeu na pele que nem todo família principalmente nós interiores brasileiros concordam com a homoafetividade,muitos se iludam achando que os pais vão aceitar, o elevado número de assassinatos de pessoas trans é um sintoma dessa fobia generalizada do.meio lgbt. Quando vi estiver liberdade financeira e principalmente ambiente acolhedor se assuma viver lgbt no interior e6 um cara que se carrega.

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Ah amigo eu já tenho 43 anos essa história aconteceu qd eu tinha 13

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