Educação Sexual - Dia 26: Ciúme (Lívia)

Um conto erótico de Zur
Categoria: Crossdresser
Contém 1824 palavras
Data: 30/07/2025 19:16:29

Hoje a manhã foi completamente perdida na faculdade. Eu estava tão triste que não consegui prestar atenção em nenhuma aula. Quando a última termina, passo no banheiro para lavar meu rosto choroso, tentando me recompor antes de seguir para a aula de educação sexual.

Chegando lá, Srta. Marília me recebe com sua energia habitual. “Bom dia, querida. Como você está?”

Entro na sala forçando um sorriso e respondo num fio de voz:

“Bom dia, Srta. Marília... estou bem...”

Srta. Marília continua me observando atentamente enquanto me sento ao lado lado da Gabi. O clima pesa no ar até que ela comenta com uma voz gentil. “Não, você não está. Quer nos contar o que aconteceu?”

Sinto a garganta apertar. Com a voz embargada, comento: “Desculpe... Eu não queria estragar a aula... Eu briguei feio com o Samy...”

“Feio quanto?” pergunta ela, inclinando a cabeça, preocupada.

Penso por um instante, mas a dor ainda era tão forte que tudo o que consigo responder é: “Muito...”

Vendo minha dificuldade para me expressar, Gabi tenta me ajudar. Ela então diz gentilmente: “Hoje à noite ela vai dormir na minha casa, Srta. Marília... Eles não estão se falando...”

Srta. Marília suspira. “Ah... Isso me entristece tanto... Meu objetivo aqui sempre foi unir casais, não separá-los...”

Eu então desabafo, sentindo a raiva voltar: “O Samy estragou meu dia... Eu estava tendo um ótimo encontro com um cara... e ele chegou fazendo uma cena... Eu morri de vergonha...” A lembrança me queima por dentro.

“Ciúmes... Sim, claro...” Srta. Marília murmura ligando as peças do quebra-cabeça. “A castidade ajuda a controlar isso, mas ainda assim, muitos corninhos iniciantes têm problemas em lidar com esse sentimento.”

Isa olha para mim com olhos cheios de ternura. “Lívia... Parte meu coração ver você assim...”

Respiro fundo, tentando endurecer meus sentimentos. “Não é necessário! Estou bem! Não preciso do Samy... Eu o odeio! Eu o odeio tanto!” As palavras saem cheias de mágoa, só de lembrar da cena humilhante no refeitório, sinto minha raiva voltar com força, apertando meu peito.

Srta. Marília me observa por alguns segundos e então fala com gentileza. “Não, você não odeia... Está na sua cara...”

Desvio o olhar, sentindo meu coração apertado. Ela está certa. Eu não o odeio. Mas agora, eu vou me esforçar até odiá-lo...

Srta. Marília então sorri com paciência e comenta: "Não seja tão dura com o Sr. Samuel, querida. Eu já disse, ele é um corninho iniciante. É chato passar por esse processo, eu sei, mas depois disso o relacionamento de vocês vai ficar ainda mais forte, tenho certeza."

Cruzo os braços, sentindo o sangue ferver. "Então eu tenho que fingir que nada aconteceu!? É isso?!" rebato, minha voz saindo mais alta do que eu pretendia.

"Eu não disse isso, querida..." Srta. Marília balança a cabeça com serenidade, sua voz continua mansa. "Só quero dizer que o seu caso é diferente da briga que a Srta. Gabriela teve com o Sr. Caio."

Respiro fundo, sentindo a culpa se acumular no peito. "Desculpe, Srta. Marília... Eu estou nervosa..." murmuro, baixando o olhar.

"Está tudo bem, querida."

Gabi se inclina para frente e pergunta, curiosa: "Hum... Então a Lívia não deveria puni-lo?"

“Deveria. Claro que deveria.” Srta. Marília fala com firmeza. “A atitude dele foi inaceitável.”

Franzo o cenho, também confusa. “Eu também não entendi... Por que a minha briga foi diferente?”

Srta. Marília ajeita a postura na cadeira, e explica: "Bem, o Sr. Caio foi punido por preguiça e desobediência. Já o Sr. Samuel se exaltou por algo que é normal, e até certo ponto saudável, estar presente no relacionamento de vocês: Ciúme."

Isa pisca, intrigada. “Ciúme faz bem para o relacionamento?”

"Até certo ponto, sim." Ela sorri e responde, serena. "É claro que isso não pode levá-lo a começar um escândalo ou interromper seu momento íntimo com um amante, mas é perfeitamente natural que um corno sinta ciúmes ao ver sua adorável namorada trocando carícias com outro cara. Não se sintam mal por isso."

Sinto a raiva invadir novamente, como uma onda quente subindo pela minha garganta. “Eu me sinto mal, sim, muito mal!” repito, com a voz embargada.

Srta. Marília, paciente, responde com calma: “Você se sente mal pela atitude, não pelo ciúme. A senhora já nos contou como fica excitada quando se exibe para os outros enquanto seu namorado fica na vontade. Isso, minha querida, é basicamente ciúmes.”

“Sim, a atitude! Eu odiei!” Comento, ainda brava.

“Então é nisso que você precisa impor,” reforça Srta. Marília, a voz agora mais firme. “Na atitude, não no ciúme. Parte do propósito do relacionamento liderado pela mulher é colocar seu parceiro no lugar dele e ensiná-lo que quem manda é você. No entanto, você também deve se comunicar e descobrir exatamente do que ele tem ciúmes.”

Ela faz uma pausa breve antes de perguntar, olhando diretamente nos meus olhos: “Você já se perguntou se o Sr. Samuel pode estar preocupado que você possa se apaixonar pelo seu amante?”

“Isso não faz o menor sentido...” resmungo, balançando a cabeça.

“Não, não faz,” Srta. Marília concorda, em um tom calmo. “Mas na cabeça do seu namorado pode fazer...”

Mordo o lábio inferior, refletindo. Eu fui a única garota na vida do Samy... Ele deve ter sentido ciúmes por me compartilhar...

Srta. Marília continua: “Eu entendo que, especialmente agora que tudo é tão novo, vocês queiram explorar sua sexualidade ao máximo. Mas talvez os meninos não entendam. Então é exatamente isso que vocês precisam dizer a eles. Reafirmar que vocês nunca os deixariam. Dizer que é só sexo... Mas o relacionamento, o amor, é só com eles.”

Gabi brinca com uma mecha do próprio cabelo, pensativa, e comenta: “Srta. Marília... Eu estava pensando agora e acho que meu problema com o Caio também teve um pouco de ciúme...” Ela faz uma pausa e suspira. “Ele comentou que, em todo o tempo que estamos juntos, ele nunca fodeu os meus peitos... e com outro cara foi logo na primeira vez.”

Srta. Marília arqueia uma sobrancelha, interessada. “Sério? E o que você respondeu, querida?”

Gabi dá uma risadinha leve, desviando o olhar. “Eu disse que tinha muito pouco tempo com o piu-piu dele, e que preferia passar esse tempo com ele na minha bucetinha...” conclui, com um sorriso travesso.

“Tadinho!” Isa ri alto e exclama, sem conseguir se conter.

Apesar da tristeza que ainda sinto, não consigo evitar uma risadinha discreta com o comentário.

Srta. Marília também sorri e, com um olhar de aprovação, comenta: “É esse o tipo de ciúme que estamos procurando, querida. Não do relacionamento, mas da prática sexual.” Ela cruza as pernas, apoiando o cotovelo no braço da cadeira. “Vocês provavelmente vão fazer loucuras na cama com seus amantes que nunca fariam com seus corninhos. Portanto, é até natural que eles sintam ciúmes por nunca conseguirem fazer essas coisas com vocês...”

Com um brilho curioso nos olhos, ela pergunta: “Querem ouvir um relato do meu próprio relacionamento?”

Isa praticamente pula na cadeira, animada. “Sim!!! De preferência em vídeo!”

Srta. Marília ri, balançando a cabeça de maneira divertida. “Nada de vídeos hoje, querida... Mas vou contar.” Ela se inclina um pouco para frente, ficando mais séria. “Já fiz muitas coisas com amantes que nunca fiz com meu marido. Embora eu ainda faça sexo vaginal com ele, não faço sexo oral, nem permito que ele insira seu pintinho no meu ânus.”

Todas nós damos uma risadinha e ela continua:

“Meu marido tem ciúmes? Claro que tem. Mas ele também entende que essas coisas são território de um macho de verdade. E que não é natural para ele fazer essas coisas.”

Mordo o lábio, pensativa. Fiz tantas coisas novas neste fim de semana... coisas que nunca fiz com o Samy... Será que ele também pode estar com ciúmes disso?

Srta. Marília cruza as pernas com elegância e prossegue, com um brilho malicioso nos olhos. “Vocês sabem um jeito bem legal do seu namorado entender o lugar dele? Transar com ele. Fazer ele assumir o papel que você assumiu com o amante.”

“O quê?! Como assim?!” Gabi arregala os olhos e solta uma risadinha, intrigada.

“É muito divertido.” Srta. Marília se anima, os olhos brilhando com malícia. “Às vezes faço com meu marido exatamente as mesmas coisas que meu amante fez comigo. Ou seja, como se eu fosse o homem e meu marido, a mulher. Eu fodo o cuzinho dele com o strapon nas mesmas posições em que fui fodida pelo meu amante... Faço ele usar a mesma lingerie que eu usei... E até aplico nele a mesma maquiagem que fiz em mim na noite em que fui a putinha do outro cara.”

A sala explode em gargalhadas. Gabi se curva de tanto rir, e Isa bate a mão na mesa, boquiaberta.

Tento conter o riso, mas não consigo. O Samy adora roleplay... Um dia eu quero tentar isso com ele também!

Minhas risadas viram um sorriso discreto quando percebo, Olha só... já estou fazendo planos com nós dois juntos de novo...

Ainda rindo, Srta. Marília balança a cabeça. “Ele fica todo tímido, mas adora. Eu digo que é a melhor maneira de ele saber exatamente como é bom ser possuído por um homem de verdade.”

Gabi dá um pulinho na cadeira, empolgada. “Vou tentar! É bom pra ele matar a curiosidade. Quer uma espanhola, Caio? Podemos fazer uma!”

Dou uma risadinha cúmplice e digo em voz baixa: “Tenho um dildo que esguicha porra... Se você quiser, eu posso te emprestar...”

“Sério?!” Gabi arregala os olhos, encantada. “Eu quero!”

Srta. Marília nos observa com um olhar carinhoso, e então se volta a mim, com a voz mais suave. “Que bom que você se animou, querida. Fale com o Sr. Samuel... quando estiver pronta, é claro.”

Baixo um pouco o olhar, sorrindo tímida. “Eu vou...”

Ela então se levanta, ajeitando os papéis da mesa. “Tchau, meninas. Até a semana que vem.”

A aula termina, e Gabi logo se aproxima de mim com um sorriso gentil. “Ei, Lívia! Você vai mesmo dormir em casa hoje?”

Respiro fundo antes de responder. Eu vou falar com o Samy, mas não hoje. É melhor me acalmar um pouco... e também será legal passar a noite com minha amiga.

Levanto os olhos e digo suavemente: “Oi, Gabi... Se você não se importar, sim...”

Ela abre um sorriso animado. “Legal! Vou pedir pro Caio fazer o jantar pra três!”

“Que legal... Ele cozinha?” Pergunto, empolgada.

“Ele está aprendendo... Depois das palmadas que levou e da gaiolinha de castidade apertada, ele não recusa mais nada que eu peço.”

Gabi dá uma risadinha divertida, e eu a acompanho.

Nos despedimos com carinho. Eu aviso a ela o horário que saio do trabalho, só pra ela ter uma ideia de quando esperar por mim. Ela concorda com a cabeça, sorrindo, e vai embora animada.

Ajeito minhas coisas e começo a caminhar em direção ao corredor, mas meu corpo congela quando pego o celular e vejo que recebi uma mensagem do Samy.

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