Angélica ainda estava sentada no sofá, ofegante, corpo nu, pernas entreabertas, quando ouviu o portão eletrônico abrir.
Seu coração disparou.
— Não pode ser... ele ia voltar só domingo.
O som do carro do marido parou na garagem. Ela se levantou num pulo, sentindo o gozo quente de Saulo ainda escorrer por suas coxas. A boceta ainda sensível, os seios suados, o cheiro do sexo ainda no ar. Tentou correr até o banheiro, mas a campainha tocou antes. Ele já estava na porta.
Com um nó na garganta, ela pegou a primeira camisola curta que viu e jogou por cima do corpo nu, nem se preocupando em colocar calcinha. Abriu a porta tentando parecer natural, os cabelos ainda grudados na testa, a pele brilhando.
— “Amor!” — disse ele, sorrindo largo. “Consegui antecipar a volta. Que saudade...”
Ele a puxou num abraço forte, sem dar tempo pra resposta. O rosto dele afundou no pescoço dela, cheirando-a fundo. Ela ficou tensa. Sentia o suor de outro homem grudado no corpo, o gosto de outra boca ainda presente em seus lábios.
— “Você tá... quente...” ele disse, ofegando perto do ouvido dela. “Suada... mas tão gostosa...”
Ela tentou se soltar.
— “Amor, deixa eu tomar um banho primeiro...”
— “Banho nada. Quero matar essa saudade agora.”
Ele a encostou na parede do corredor e a beijou. Um beijo intenso, faminto. E parou de repente. O olhar mudou por um segundo.
— “Tá com um gosto diferente...”
Ela congelou. Mas ele sorriu.
— “Delicioso... meio doce... estranho. Tô ficando louco.”
Ela tentou rir, nervosa. Mas ele já estava excitado, a calça marcando.
— “Vem aqui... me dá mais um beijo.”
Ela cedeu. Ele a beijava como se estivesse descobrindo um novo corpo. Acariciou os seios dela por cima da camisola, puxando o tecido com pressa. Quando abaixou, encontrou os seios fartos ainda marcados por mãos que não eram as dele. O cheiro do sexo fresco o invadia.
— “Você tá toda... diferente hoje. Tá tão molhada, amor... tá tremendo...”
Ele ajoelhou, levantou a camisola e viu a boceta escorrendo gozo. Ficou paralisado por um instante.
— “Caralho... você já tava se tocando, é isso?”
Ela mordeu os lábios. Não respondeu.
Ele meteu dois dedos devagar, sentindo a textura, o calor, a umidade exagerada.
— “Tá derretendo, amor... isso tá me deixando maluco.”
Sem mais perguntas, sem desconfiança aparente, ele tirou a própria roupa com pressa. Seu pau já estava duro. Segurou ela pela cintura e virou de costas, puxando-a até a beira do sofá.
— “Fica de quatro. Quero meter agora.”
Ela obedeceu, sentindo o corpo ainda cansado da foda com Saulo. E agora, mais uma vez, ia ser invadida — com outro homem. O marido.
Ele meteu fundo. Sem aviso, sem camisinha. A boceta já aberta e escorrendo facilitou tudo.
— “Nossa, como você tá apertada e melada, porra! Tá me sugando... você tá tão quente...”
Ela gemia baixo, sentindo os dois gozos se misturando dentro dela. O prazer era confuso, sujo, intenso. Cada estocada fazia o líquido escorrer pelas coxas, pingar no sofá.
Ele segurava firme na cintura dela, socando com força, ofegante.
— “Você me deixa louco, mulher... vai, segura mais... vou gozar!”
E gozou. Forte. Dentro. Por cima do gozo de outro homem. Encheu ela com tudo, sem saber, sem imaginar — ou talvez, em algum canto primitivo, sentindo algo diferente e gostando.
Ela caiu no sofá de novo, o corpo mole, exausta. A camisola amassada, a boceta inchada, escorrendo sêmen por dentro e por fora. O marido deitou por cima dela, sorrindo, satisfeito.
— “Isso sim é uma recepção, hein.”
Ela sorriu de leve, o olhar perdido no teto, o corpo latejando, recheada, usada... e viciada nisso.
Naquela noite, ela dormiu com dois cheiros no corpo... e uma certeza silenciosa no peito: queria mais.