UM FANTASMA DO PASSADO IX - Metade de Um Corpo

Categoria: Heterossexual
Contém 2895 palavras
Data: 18/05/2025 16:16:48

Sétimo período. Quintas-feiras. Sala 204. Direito Penal I.

Era uma disciplina difícil, cheia de doutrina, jurisprudência, teorias que se sobrepunham em camadas espessas. Mas não era por isso que os alunos chegavam mais cedo. Nem por isso que as meninas trocavam o perfume. Ou que os rapazes endireitavam o cabelo diante do reflexo em tela preta.

Carlos Eduardo entrava sempre dois minutos antes da hora, e a sala parecia se alinhar em silêncio só com a presença dele. Alto, elegante, voz grave e pausada, olhar que fixava o aluno como se estivesse tentando ver além da resposta.

Carlos Eduardo, era o professor titular da matéria. Trinta e poucos anos. Voz firme, corpo alto e magro, andar silencioso. Uma camisa bem passada e um olhar capaz de atravessar a alma com precisão de bisturi.

As meninas, quase todas, se ajeitavam na cadeira quando ele passava. Sorrisos demais, perguntas desnecessárias, elogios disfarçados de dúvidas. Amanda percebia tudo isso, e fingia não perceber. Ela era uma ilha naquele oceano de vontades expostas.

O professor Carlos Eduardo costumava saber o que esperar. Sempre soube. Aulas cheias, jovens ansiosos, meninas com risadas longas e perguntas bobas que vinham acompanhadas de sorrisos e decotes. Ele estava habituado à atenção. À vaidade que vinha junto do seu nome em voz baixa nos corredores. Às alunas que o chamavam de “professor” com aquele tom quase teatral — um meio termo entre respeito e provocação.

Mas Amanda era outra coisa.

Na primeira aula, ele notou:

Não ria das piadas. Não puxava assunto.

Sentava à esquerda, terceira fileira, e raramente erguia os olhos além do quadro.

Mas quando erguia — era como um corte.

Cadu não soube explicar o incômodo. Era como se ela visse através dele.

Ela o olhava como se ele fosse... comum.

Aquilo mexia com ele.

Era bonita, sim — de um jeito que exigia observação. Pequena, corpo leve, olhar sóbrio demais para a idade.

Mas era o comportamento que o desarmava.

Ela não parecia seduzida. E não parecia tentar seduzir.

Amanda parecia estar apenas ali — o que a tornava impossível de ignorar.

As outras alunas vinham cheias de elogios.

Amanda vinha com perguntas afiadas.

Uma vez, quando ele elogiou sua resposta sobre o princípio da insignificância, ela apenas deu um leve aceno com a cabeça, escreveu algo no caderno e disse:

— O senhor falou isso na primeira aula. Eu só repeti com outras palavras.

Cadu ficou em silêncio.

No outro dia, chegou mais cedo. Sentou-se na mesa da frente e a viu entrar — sempre com os fones no ouvido, mochila firme no ombro, olhar direto.

Ela parecia tão segura em seu próprio espaço que se tornou, sem perceber, o epicentro da inquietação dele.

Na quarta semana, convidou-a para ser monitora.

Amanda ergueu os olhos pela primeira vez.

— Por quê?

— Porque você é brilhante.

— E isso te incomoda? — ela perguntou, olhando fundo.

Cadu sorriu, sem graça. Pela primeira vez, sentiu que estava sendo testado.

Ela aceitou. E nos encontros da monitoria, a tensão começou a mudar de forma.

Ela vinha sempre com algo pronto — não apenas resumos ou dúvidas — mas perguntas que o desestabilizavam.

— O senhor acredita que o Direito penaliza mais o desejo ou o ato?

— O que seria mais condenável: o crime ou a intenção?

— Já sentiu vontade de fazer algo errado só por saber que é errado?

Na sexta-feira da oitava semana, ele a observava explicar um caso para um calouro.

A forma como ela mantinha a distância, como falava baixo, como controlava o próprio corpo — tudo nela era limite.

Ela não se oferecia. Mas também não recuava.

Quando o aluno foi embora, ele se aproximou.

— Você sempre foi assim?

— Assim como?

— Inacessível.

— Acessibilidade é um privilégio.

— E eu não tenho?

Amanda o olhou, desta vez por mais de dois segundos.

— Acho que o senhor está começando a entender.

E saiu da sala.

A sala da monitoria era sempre a mesma: pequena, abafada, com cheiro de papel velho e ventilador quebrado.

Às quintas, era ali que Amanda e Cadu se encontravam por quase duas horas.

Às vezes, conversavam sobre temas da disciplina.

Às vezes, sobre jurisprudência.

Mas naquela tarde, ela chegou mais cedo.

Sem caderno. Sem mochila.

Só ela.

Ele fingiu estar concentrado num artigo impresso.

Mas a viu chegar com o mesmo olhar de sempre — direto, limpo, calculado.

Ela parou ao lado da mesa.

— Hoje não vim revisar nada.

— Não?

— Achei que seria interessante ver como o senhor age quando não está dando aula.

Cadu fechou o texto devagar.

Ela se sentou.

Não havia mais alunos por perto. Só o som de um rádio distante e a tensão entre os dois.

— E o que você descobriu até agora? — ele arriscou.

— Que o senhor gosta de controle.

— E você não?

— Eu gosto de observar. É diferente.

Ele estudou o rosto dela por um instante.

Amanda sustentava o olhar como se estivesse testando limites invisíveis.

— Você é sempre assim com seus professores? — ele perguntou, com um meio sorriso.

— Só com os que não me tratam como criança.

O silêncio que se seguiu foi denso.

Não havia ameaça. Mas também não havia conforto.

Era como se os dois estivessem num campo minado de palavras.

— Posso te fazer uma pergunta? — ele disse, mudando o tom.

— Se não for sobre Freud ou Foucault, pode.

Ele sorriu. E então perguntou:

— Quem é você, Amanda?

Ela piscou devagar, como se a pergunta tivesse sabor.

Apoiou os cotovelos sobre a mesa e entrelaçou os dedos diante dos lábios.

— Isso é uma tentativa de aproximação?

— É.

— Então errou a pergunta.

— Por quê?

— Porque quem tenta me conhecer começa pelas bordas, não pelo centro.

Ele inclinou-se, curioso.

— E onde estão suas bordas?

— Nos livros que leio quando ninguém vê.

— Que tipo de livros?

— Aqueles que falam sobre desejo. Culpa. Limite.

Cadu ficou em silêncio por um instante.

— Você tem quantos anos mesmo?

— Vinte e dois. Por quê?

— Parece que vive dentro de um romance russo.

— Melhor isso do que ser mais um personagem vazio de comédia romântica.

Ele riu.

Mas havia algo no jeito como ela dizia tudo — pausado, seguro, quase cruel — que o deixava inquieto.

Amanda era jovem. Mas carregava uma maturidade desconfortável.

— A sua geração devia ser mais leve.

— Leveza é privilégio também.

Ele ficou sério.

— Você não tem medo de mim, né?

— Eu tenho medo do que o senhor representa.

— O quê?

— A fronteira.

Ele inclinou-se, agora sem esconder o interesse.

— E você tem vontade de atravessar?

Amanda sorriu pela primeira vez. Mas foi um sorriso lento, curto, que mal tocou os lábios.

— O senhor está muito perto de descobrir.

Ela se levantou.

— A gente se vê na aula.

E saiu, deixando a sala com o mesmo perfume discreto que Cadu reconheceria anos depois.

Era amadeirado. Como ela.

Discreto, mas impossível de esquecer.

A noite caiu sem que percebessem.

A luz fraca da sala de monitoria misturava-se ao cansaço das quintas-feiras, mas Amanda parecia ainda mais desperta do que ao chegar.

Cadu passou os olhos pelas anotações. Estava perdido.

Não no texto.

Nela.

— Você não respondeu — ele voltou, forçando leveza.

— Sobre o quê? — Amanda perguntou, como se já soubesse.

— O que te faz atravessar a fronteira.

Ela o olhou por um tempo. O suficiente para que ele pensasse que ela não responderia.

Mas respondeu.

— O silêncio entre duas respirações. É ali que a escolha acontece.

— E o que tem no seu silêncio agora?

— Vontade. Mas não de falar.

Ele se moveu na cadeira. Estava desconcertado.

Ela, não.

— A sua geração aprendeu a ser desejada — ela continuou, devagar. — A minha aprendeu a desejar em silêncio, com as pernas cruzadas e a coluna ereta.

Ele precisou respirar fundo.

Era impossível manter o tom de professor.

Tudo estava fora do tom.

— Você está brincando com fogo, Amanda.

— Não. O senhor está. Eu só segurei o fósforo.

O professor se levantou, como se precisasse movimentar o corpo para dissipar a tensão.

Andou até a janela.

Ela permaneceu sentada, como uma estátua que controlava o tempo.

— Me diz uma coisa — ele disse, sem se virar. — Se você sabe tanto do jogo, por que continua aqui, toda quinta?

— Porque é aqui que o senhor para de ser "o professor gato".

— E vira o quê?

— Um homem tentando entender uma mulher que decidiu não ser previsível.

Ele virou-se devagar.

Amanda o encarava como quem lê um livro que já sabe o final — mas que ainda assim não quer largar.

— Você é cruel.

— Só com quem tem medo da própria sombra.

Eles se estudaram em silêncio.

E pela primeira vez, Cadu sentiu que era ele quem estava sendo examinado.

Que havia alguém atrás daqueles olhos que sabia o que queria — mesmo que não dissesse.

— Você me confunde.

— É isso que lhe atrai?

— Talvez.

— Ou talvez seja só a culpa.

Ele se aproximou um pouco mais, mas ainda respeitando a distância.

— Isso aqui é errado.

— E mesmo assim… — Amanda sussurrou.

— Mesmo assim.

Ela pegou sua bolsa, se levantou devagar e caminhou até ele.

Parou perto o suficiente para que ele sentisse o calor da respiração dela.

Olhou nos olhos dele, sem medo.

— Tem algo no senhor que me lembra um espelho.

— Espelho?

— É. Eu me vejo, quando o senhor me olha.

E então passou por ele e saiu.

Mas naquele instante, o cheiro dela ficou preso nas roupas dele.

A lembrança ficou presa no tempo.

E a fronteira, aquela que ele jurava jamais ultrapassar, já estava violada — mesmo que nenhum dos dois ainda tivesse tocado o outro.

A sala estava quase vazia, o ar condicionado insistia em um frio que se somava ao arrepio que ele provocava, mesmo calado. Era a última monitoria do semestre. As luzes fluorescentes zumbiam num tom morno, meio cúmplice. Na lousa, ele rabiscava algo com pouca convicção. Carlos Eduardo já não era apenas o professor. Nem ela, apenas a aluna.

Fazia semanas que o jogo deles ganhava tons novos. Olhares mais longos. Pausas entre frases. Um “boa noite, Amanda” que soava como uma pergunta. Um “obrigada, professor” que ela devolvia com o canto da boca tensionado — quase um sorriso, quase um desafio.

Naquela noite, porém, havia algo suspenso entre os dois. Como uma nota musical que se recusa a terminar.

Ele se aproximou.

Sem livros, sem caderno, sem perguntas sobre penalidades ou teorias do dolo. Apenas ele, com a gravata frouxa e o olhar afiado. Ela ainda sentada, as pernas cruzadas, caneta em mãos, como se estivesse escrevendo algo que fingia existir.

— Amanda, posso te fazer uma pergunta?

Ela assentiu com um movimento lento, os olhos finalmente subindo até os dele.

Cadu respirou fundo. Era agora.

— Por que você nunca me olha nos olhos?

Ela piscou. Uma única vez. Mas demoradamente.

Ele completou, com voz baixa:

— Todo mundo aqui parece... encantado. Comigo. As meninas, os caras. Você não.

Ela pousou a caneta. Endireitou a postura.

E pela primeira vez, olhou fundo nos olhos dele.

— Porque se eu olhar demais, eu não volto, professor.

A frase pousou no ar como um trovão silencioso.

Ele engoliu em seco. O sorriso que tentou conter escapou pelas laterais dos lábios. Amanda sorriu também — mas era um sorriso torto, cansado, como se aquela confissão fosse antiga, reprimida, quase involuntária.

— Então é isso? — ele disse, tentando recuperar o controle. — Você tem medo de mim?

Ela balançou a cabeça com calma.

— Não de você.

(Pausa)

Do que eu sinto quando você está perto.

Silêncio.

Ele deu dois passos e encostou-se à mesa onde ela estava sentada.

— E o que você sente?

Amanda inclinou-se para frente. Lentamente. Até a respiração dele ser uma brisa em sua pele.

— Que eu não sou tão correta quanto eu gostaria.

— Que você gosta disso? — ele murmurou, já envenenado pela resposta.

Ela sorriu, dessa vez com todos os dentes. Mas os olhos… os olhos diziam que ela podia ir mais fundo, se ele insistisse.

— Professor... — ela sussurrou. — Você não é mais só meu professor. E isso me assusta.

Ele, ainda parado, abaixou o olhar por um segundo. Respirou fundo, a voz rouca:

— Então, o que somos agora?

Amanda se levantou devagar, seus dedos roçaram propositalmente nos dele ao passar. Ela foi até a janela da sala, onde a noite se estendia por sobre o campus. Braços cruzados, ela disse:

— Dois covardes tentando não ceder.

Cadu se aproximou por trás, agora mais perto do que deveria. Mas não tocou.

Queria que fosse ela a dar o passo.

Amanda virou o rosto, o perfil recortado pela luz externa.

— Eu quase sonhei com você essa semana.

— Quase? — ele sussurrou, tão perto que ela sentiu o hálito quente.

Ela se virou inteira. Frente a frente.

— Eu me proibi no meio do sonho. E acordei suando.

Ele não resistiu. Um passo a menos e seus corpos estariam colados.

— Você sabe que isso é errado.

Amanda assentiu.

— Mas o que é certo nunca me fez tremer.

Ele aproximou o rosto. Ela não recuou. Apenas desviou os lábios no último instante e pousou a boca no pescoço dele. Um toque leve, quase um beijo sem ser. Os dedos dele tremeram ao encostar na cintura dela, como se aquele gesto violasse uma cláusula moral jamais escrita.

— Eu vou te mandar embora se você continuar — ele ameaçou, com voz trincada.

— Então me manda — ela sussurrou no ouvido dele. — Mas rápido, antes que eu faça algo imperdoável.

E foi ele quem recuou.

Aquele era o ponto de ruptura.

Se avançassem mais, não haveria volta.

E os dois sabiam disso.

Amanda pegou sua mochila, com calma. Cruzou a sala como se nada tivesse acontecido. Parou na porta, sem olhar para trás.

— Até a próxima aula, professor.

E saiu.

Deixando atrás de si o cheiro do perigo.

E um homem completamente desfeito.

A última monitoria do semestre terminou como uma peça bem ensaiada: alunos recolhendo suas mochilas, cochichos, despedidas. Um a um, foram saindo. Com passos apressados. Risos soltos. Um último “valeu, professor”.

Mas Amanda ficou.

Fingiu terminar de copiar algo. As costas eretas. O olhar sempre fugidio. E ele sabia. Sabia que ela esperava por algo. E ela também sabia: era naquela noite. O dia em que o desejo perderia as amarras.

A porta se fechou. Sozinha.

Silêncio.

A cidade lá fora viva, mas naquela sala, o tempo suspenso.

Carlos Eduardo fechou o caderno e se recostou na mesa. Gravata solta, mangas dobradas. Ele a observava com a atenção de quem lê poesia em língua estrangeira. Fascinado, mas temendo errar a pronúncia.

Amanda levantou-se lentamente, como se cada gesto tivesse sido coreografado por dentro.

— Foi um semestre... interessante — ela disse, com um tom de voz baixo, rouco de si mesma.

— Você foi diferente de todos. Desde o início.

Ela andou em volta da mesa, os dedos passando pelas bordas do tampo frio, o salto marcando compassos lentos no chão.

— Você se lembra da primeira coisa que me disse?

— Que seu sobrenome era forte.

— E o que pensou de mim?

Ele sorriu.

— Que você ia me dar trabalho.

Ela parou diante dele.

— E deu?

Carlos não respondeu. A tensão entre os dois era quase sólida. O ar carregado, como se o toque fosse inevitável.

Amanda esticou a mão. Com um dedo, traçou a linha da gravata solta no peito dele.

Ele não respirou. Apenas a olhou.

— Se eu te beijar agora — ela disse —, você ainda vai ser meu professor amanhã?

— Não.

— Ótimo.

E o beijo veio.

Lento, estudado, firme.

Como se o semestre inteiro tivesse desembocado naquele momento.

As mãos dele seguraram sua cintura com cuidado, como se ela fosse feita de luz. Amanda puxou a nuca dele, guiando, cedendo, tomando. O corpo inteiro dele respondeu — mas ela foi quem conduziu. O beijo aprofundou. Línguas se reconheceram. O som do desejo explodindo no fundo da garganta.

Carlos a ergueu para sentá-la na mesa. A saia subiu até a metade das coxas. Amanda gemeu contra a boca dele. Ele beijou seu pescoço, sua clavícula. As mãos dele subiram pelas pernas dela com reverência e fome. Amanda puxou a camisa dele, abriu dois botões, deslizou os dedos pelo peito quente. Queria sentir o pulso dele — e o coração estava disparado.

Ela o encarou, olhos entreabertos:

— Você tá com medo?

— Tô com tudo, menos medo.

— Então me toca como se fosse a última vez.

Ele obedeceu. As mãos encontraram a curva da coxa, o elástico da calcinha, a pele quente. Amanda arqueou o corpo. Fechou os olhos. Soltou um gemido que jamais tinha feito em nenhuma sala de aula. O desejo não era só físico. Era ancestral.

Mas ela era o fogo e o controle.

Na hora em que ele puxou a calcinha para o lado, na hora em que o corpo dela já se oferecia em silêncio, Amanda segurou a mão dele.

— Não.

Ele parou. Ofegante.

— Amanda...

Ela sorriu. Um sorriso triste. Lúcido.

— Se eu deixar... se a gente fizer isso agora, eu nunca mais vou conseguir fingir que foi só um erro. E você também não.

Carlos recuou. O corpo inteiro dele ainda tremia. O sexo duro por baixo da calça, latejando. Mas ele entendeu.

Amanda desceu da mesa. Arrumou a saia. Pegou sua calcinha, amarrou discretamente no pulso como um lembrete. Passou por ele com um beijo no canto da boca.

— Obrigada pela aula, professor.

Abriu a porta. E antes de sair, sem virar o rosto, disse:

— Cadu. Eu sonhei com isso antes de acontecer.

— E quando você acordou? — ele perguntou.

Ela sorriu de costas.

— Ainda estava molhada.

E saiu.

Deixando o cheiro do desejo no ar.

E um homem quebrado entre a culpa e a paixão.

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Comentários

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A Amanda não é narcisista e insensível ao extremo como pensei, ela é psicopata, pelo menos tem todas as características, realmente o Matheus tem que se afastar, o amor que ele acredita que existe é uma fantasia, uma criação oriunda de uma mente doentia, mas extremamente habilidosa.

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Psicopata? Acho que não, ela não apresenta os sintomas clássicos: persistente comportamento antissocial, impulsividade, falta de controle e busca por estimulação. Talvez você estivesse pensando na sociopatia, seria mais pertinente mas mesmo assim continuo acreditando que ela é narcisista. Enquanto a sociopatia é caracterizada por uma falta de empatia e um comportamento antissocial, o narcisismo é marcado por uma necessidade excessiva de admiração e um senso exagerado de auto importância. Ambas as personalidades podem ser manipuladoras e ter dificuldades em se relacionar com os outros, mas a motivação e a intensidade do comportamento são diferentes. Amanda não é antissocial, básico para um sociopata.

Qualquer que seja o diagnóstico Matheus está fudido!!

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❤Qual­­quer mulher aqui pode ser despida e vista sem rou­pas) Por favor, ava­lie ➤ Ilink.im/nudos

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