Três Corpos na Sala Vermelha

Um conto erótico de Terapeuta
Categoria: Heterossexual
Contém 335 palavras
Data: 04/05/2025 18:52:05
Última revisão: 04/05/2025 21:19:50

Este conto é baseado em uma experiência pessoal vivida com minha parceira. Compartilho aqui com respeito e liberdade, na intenção de mostrar que o erotismo pode ser tão emocional quanto físico.

Eu nunca pensei que escreveria isso, mas a experiência que vivi naquela noite ainda pulsa na minha pele.

Foi a primeira vez que eu e minha mulher dividimos a cama — e ela — com outro homem.

Tudo começou com um convite elegante, misterioso.

A tal “Sala Vermelha”.

Prometia sensações, entrega e respeito.

Era mais do que sexo — era confiança testada ao limite.

Ela hesitou no início.

Conversamos por semanas, alinhamos tudo: segurança, limites, o tipo de homem, o ambiente...

E então fomos.

A casa era linda, o ambiente quente. Luzes baixas, sofás confortáveis, lareira acesa.

E ele estava lá.

Não sabíamos o nome, e nem importava.

O olhar era firme, mas respeitoso. Corpo bem cuidado, presença serena.

Ela entrou de mãos dadas comigo. Eu senti sua respiração mais curta, mas seus olhos estavam vivos.

Havia nervosismo — e desejo.

Eu a beijei no pescoço, enquanto ele tocava seu braço, sentindo sua pele arrepiar.

Foi quando percebi: estávamos prontos.

Despi-la foi como abrir um presente que se espera há muito tempo.

Ela se deitou no centro do sofá, e nós a cercamos.

Um de cada lado.

Um em cada ritmo.

Beijos alternados, toques sobrepostos.

Ela gemia, se contorcia, sorria entre os dentes.

Quando ela pediu com a voz rouca: “os dois”, o mundo pareceu parar por um instante.

Eu me posicionei atrás dela.

Ele, à frente.

Ela era nossa ponte.

E naquele vaivém coordenado, fomos três corpos num só ritmo, três vontades no mesmo fluxo.

Ela chegou lá. E levou a gente com ela.

No fim, não houve ciúme.

Houve ternura.

A pele dela entre a minha e a dele.

O silêncio confortável de quem viveu algo intenso, mas leve.

Sem culpa.

Sem mentira.

Só verdade e carne.

Não sei se repetiremos.

Mas sei que ali, naquela sala vermelha, abrimos algo que vai muito além da fantasia.

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