Após colocar Melissa em cima da mesa, abri suas pernas, a saia subindo pelas coxas, e eu me ajoelhei entre elas, as mãos trêmulas de tesão enquanto puxava a calcinha preta de renda com força, o tecido rasgando com um som seco. Melissa riu, um riso de moleca fazendo arte, mas com um brilho selvagem nos olhos. “Nossa Teo, que selvagem!”
Enterrei meu rosto entre suas pernas, a boceta dela à mostra, os pelos negros aparadinhos num formato de bigodinho, o clitóris rosado e inchado, os pequenos lábios médios brilhando de umidade. O cheiro dela me fez gemer como um macho ao sentir o cheiro da boceta de uma fêmea no cio, um aroma forte, almiscarado, com um toque salgado e terroso de um dia inteiro de trabalho, suor misturado com o doce natural da pele dela. Era um cheiro cru, animal, que me deixou ainda mais tarado, o tesão pulsando em cada nervo do meu corpo. Minha língua encontrou o clitóris, lambendo com firmeza, circulando, enquanto minhas mãos seguravam as coxas dela, sentindo os músculos tremerem. “Caralho, Teo...tão gostoso isso” ela gemeu, a voz rouca, as mãos agarrando meu cabelo, puxando com força. Desci a língua, lambendo os lábios dela, o sabor intenso, salgado, com um toque de metal, invadindo minha boca, me fazendo gemer contra a pele dela. Subi de novo pro clitóris, chupando com fome, e então desci mais, encontrando o cuzinho apertado, lambendo com suavidade, sentindo o calor e a textura lisa sob minha língua, voltei ao seu clitóris. Melissa arqueou o corpo, um gemido alto escapando, as pernas tremendo. “Porra, caralho isso é que é chupar, lambe, seu safado, lambe minha bocetinha mesmo sem banho!” ela gritou, e então gozou, o corpo convulsionando, senti seus líquidos um jato em minha boca e queixo enquanto eu lambia cada gota, o sabor dela me levando à loucura.
Levantei-me, o pau duro latejando na calça, e Melissa, ainda ofegante, puxou minha camisa, desabotoando-a, as mãos frenéticas no meu cinto. “Me come, Teo,” ela disse, os olhos brilhando, o rosto corado, aquele queixinho pontudo casando com o sorriso travesso. Tirei a calça, a cueca caindo junto, e a peguei ali mesmo na mesa, levantando uma perna dela sobre meu ombro, enfiando o pau na boceta molhada, os pelos negros roçando contra mim. O calor dela me envolveu, apertado, escorregadio, e eu meti com força, o som molhado dos nossos corpos ecoando na sala. Melissa gritava, “Isso, fode, isso, isso, isso, caralho!”. Mudei de posição, virando-a de bruços, a bunda empinada, os quadris delicados sob minhas mãos enquanto eu a fodia por trás, a mesa rangendo, papéis voando. O cheiro de sexo enchia o ar, um aroma pesado, úmido, misturado com o perfume dela, o suor dos nossos corpos, e algo mais bruto, quase animal. “Porra, Teo, você só tem cara de certinho!” ela disse, rindo entre gemidos, o jeito de moleca aparecendo mesmo no calor do momento. “Você bonitão, mas não imaginava essa pegada toda!”
Eu também estava surpreso, a raiva, o desejo, a frustração acumulada me transformando em algo que eu não reconhecia. Na verdade, há quase um ano, tinha me esquecido de quem realmente era, a cela de humilhações que Cristine me jogou, fizeram-me acreditar que eu era mesmo um merda na cama, tinha perdido a confiança em mim mesmo, me esquecido do que era capaz. Virei-a de novo, deitando-a de costas, as pernas abertas, e meti com ainda mais força, os seios dela pulando sob a blusa desabotoada, o rosto contorcido de prazer. “Caralho, menina, você é gostosa demais, que boceta apertada” disse com os dentes cerrados, sentindo o orgasmo se aproximando. Ela agarrou meus ombros, as unhas marcando a pele, e disse: “Goza, Teo, goza dentro de mim, me dá tua porra!” Perdi o controle, berrando como um bicho, o corpo tremendo enquanto gozava, jatos quentes enchendo a boceta dela, o prazer tão intenso que minha visão escureceu por um segundo. Quando me afastei, ofegante, vi a porra escorrendo dela, branca, espessa, misturada com o líquido dela, pingando na mesa, nos pelos negros aparadinhos, uma visão que me fez querer começar tudo de novo. Melissa, ainda ofegante, olhou pra mim, os olhos arregalados, um sorriso de espanto. Com uma voz melosa me abraçou pelo pescoço ainda nua, ela disse: “Puta que pariu, Teo, no fundo eu achava que por trás desse teu jeito de certinho, tinha um safado, mas não pensei que tivesse essa pegada, minha pepeka tá pulsando bem lá dentro; Ela riu, o jeito de moleca voltando, e eu, pela primeira vez em meses, me senti apenas bem, sem ser aquela coisa de ter tesão, mas ao mesmo tempo dor pela humilhação.
Ainda ofegante, o suor pingando da testa, eu me afastei, o coração disparado. “Melissa, a gente precisa se trocar,” falei, a voz rouca, tentando recuperar o controle, apontando para nossas roupas espalhadas pelo chão, a mesa bagunçada, o cheiro de sexo ainda pesado no ar. Ela se sentou na mesa, as pernas balançando, a saia ainda levantada, a boceta brilhando com os resquícios do nosso prazer. “Já cansou, Teo?” ela provocou, o sorriso travesso de moleca voltando, enquanto esticava o braço para tocar meu peito, os dedos traçando a pele suada. “Eu quero mais, sabia? Você me deixou com fome.” O jeito dela, brincalhão e desafiador, quase me fez ceder, o pau começando a endurecer de novo só de olhar pra ela.
“Não é isso,” respondi, rindo apesar da adrenalina, enquanto pegava minha camisa rasgada. “A gente já arriscou demais aqui. Se alguém aparece, é justa causa e um escândalo da porra. Mas amanhã...” Me aproximei, a fiz ficar em pé, virei, passei a mão pela bundinha dela, firme e quente sob a saia, meu dedo médio deslizando de leve entre as nádegas, cutucando o cuzinho suado, ainda quente do nosso momento. “Amanhã a gente vai pra um motel, com calma, e nem esse cuzinho aqui vai escapar,” falei, a voz baixa, quase um grunhido, sentindo o calor dela contra meu dedo. Melissa deu um gritinho, um misto de surpresa e excitação, os olhos brilhando enquanto batia de leve no meu braço. “Seu safado! Tá prometendo, hein? Quero ver!”
Rimos, o clima ainda carregado de tesão, mas começamos a nos trocar. Ela pegou a calcinha rasgada, rindo enquanto a jogava num canto, e vestiu a saia, ajeitando o cabelo bagunçado. Eu coloquei a calça, a camisa amassada meio improvisada. Antes de sairmos, nos beijamos de novo, um beijo lento, profundo, as línguas se enroscando, o sabor dela ainda na minha boca, misturado com o cheiro de jasmim e sexo.
Quando cheguei em casa, fiquei preocupado entrei direto no banheiro, deixando a água quente da ducha lavar o suor, o cheiro de Melissa. Meu corpo ainda tremia com a lembrança dela, a boceta molhada, os gemidos roucos, mas a ideia de Cristine descobrir daria merda. Por sorte, ela estava distraída, mexendo no celular na sala, o som da TV abafando meus passos. seria um grande desgosto para o meu avô que morreria triste comigo e, provavelmente, nem me desse o que prometera.
No dia seguinte, no escritório, Melissa e eu torcamos olhares furtivos. Cada vez que nossos olhos se cruzavam, ela dava um sorrisinho sapeca, mordendo o lábio, o cabelo preso num rabo de cavalo que balançava quando ela se movia. Quando o expediente acabou, às 18h, Melissa passou pela minha mesa, o quadril roçando de leve no meu braço, e sussurrou: “Motel, agora?” Meu pau endureceu na hora, e eu assenti.
Chegamos a um motel elegante, com paredes de pedra, luzes âmbar e uma banheira de hidromassagem no canto do quarto, um espelho cobrindo uma parede inteira. Melissa usava um vestido justo de cetim verde, que destacava sua silhueta esguia, os seios pequenos marcando o tecido. Ela me puxou pela gravata, rindo com aquele jeito de moleca arteira, os olhos brilhando como os de Keira em seus papéis mais provocantes. “Tô esperando uma surpresinha hoje, Teo,” disse, o tom desafiador, e me beijou, a língua dançando com a minha, o gosto de licor de cereja na boca dela, doce e ardente.
Levantei o vestido, revelando uma calcinha de renda branca, e a tirei com cuidado, beijando sua barriga lisa, descendo até os seios pequenos, os mamilos rosados duros como pedrinhas. Chupei-os com devoção, alternando entre lambidas lentas e mordidas suaves, enquanto Melissa gemia, a voz leve e melódica: “Você me deixa louca com essa boca!” Ela puxou meu cabelo, rindo, e disse: “Quero brincar também, vem!” Puxou-me para a cama, deitando-me de costas, e subiu num 69, a boceta dela sobre meu rosto, os pelos negros aparados, o clitóris brilhando de umidade. O cheiro dela estava mais doce, com um toque floral, misturado ao calor natural do corpo. Lambi com firmeza, a língua circulando o clitóris, explorando os lábios, enquanto ela chupava meu pau, a boca quente e ágil, como se estivesse saboreando algo proibido. “Porra, Teo, que pau gostoso,” ela murmurou, rindo, a língua traçando desenhos na cabeça, descendo até as bolas, lambendo com uma provocação que me fazia gemer contra a boceta dela. Ela gozou primeiro, o corpo tremendo, senti na minha língua, o sabor doce e salgado me levando à beira da loucura.
Saí de baixo dela, o pau latejando, e a coloquei de pé contra o espelho da parede, as mãos dela apoiadas no vidro, o reflexo mostrando seu rosto de sósia de Keira, contorcido de prazer. Levantei uma perna dela, segurando-a no ar, e meti na boceta, o calor apertado me engolindo. Fodi com força, cada estocada fazendo-a gritar, “Isso, Teo, me fode, seu safado!” O espelho tremia com nossos movimentos, o som molhado ecoando, e ela ria, sapeca, dizendo: “Olha a gente, parece cena de filme pornô!” Mudei para o chão, sobre um tapete macio, deitando-a de barriga pra baixo, os quadris erguidos. Meti num ângulo raso, sentindo cada centímetro dela, e ela gemeu alto, “Nossa, Teo...que amorzinho gostoso a gente tá fazendo!” As unhas dela arranhavam o tapete, o corpo se contorcendo.
Levei-a para a banheira. Sentei-a no meu colo, mas com ela de lado, uma perna pendurada na borda, permitindo que eu metesse enquanto acariciava seus seios pequenos, os mamilos roçando meus dedos. Ela quicava, a água espirrando, e ria, “Você é um tarado criativo, Teo!” Beijei sua nuca, mordendo de leve, e ela gozou de novo, o corpo arqueando, a voz melódica enchendo o quarto. “Não para, Teo!, Não para, Teo!, Não para, Teo!, disse, o rosto corado, os olhos brilhando até gozar e eu gozei também dentro dela
Por fim, saímos da banheira, os corpos pingando, descansamos um pouco e depois a levei para uma poltrona reclinável no canto do quarto, coberta de veludo vermelho. Coloquei-a de joelhos, a bunda pequena empinada, perfeita, a pele clara brilhando. “Quero esse cuzinho,” murmurei, rouco, e ela olhou por cima do ombro, o sorriso sapeca, dizendo: “Vai devagar, pode não acreditar, mas ele é virgem, o trouxa do meu noivo diz que anal é uma aberração, pois vou dá-lo para você” Usei um lubrificante que tinha levado, espalhando com os dedos, e lambi o anel apertado, sentindo-a tremer sob minha língua. Enfiei devagar, o aperto quase doloroso, quente, me fazendo gemer alto. “Devagar, Teo, parece que tá me dividindo!” ela disse, rindo entre gemidos e um pouco de dor, o corpo se ajustando. Acelerei após um bom tempo, fodendo o cuzinho devagar, depois passei a entrar e sair como um louco, cada estocada fazendo-a gritar, as mãos agarrando o veludo. “Fode, fode, seu puto. Não acredito, 3 anos com o Enzo e nunca dei o cu e no 2º dia com outro, já tô tomando na bunda!” ela gritava, completamente entregue, o jeito sapeca misturado com paixão crua. Gozei dentro do cuzinho, o orgasmo me fazendo urrar e babar, jatos quentes enchendo-a, enquanto ela tremia, ofegante, rindo. “Caralho, Teo, ardeu para cacete, mas adorei” disse com seu ar jovem, corado.
Deitamos na poltrona, suados, ambos cheirando a sexo. Melissa se aninhou no meu peito, traçando círculos com o dedo, e eu, ainda ofegante, perguntei: “Melissa, e o teu noivo, esse tal de Enzo? Como é a parada com ele?” Ela riu, o jeito sapeca voltando, e se sentou, o cabelo bagunçado caindo sobre os ombros.
“Enzo? Ele é... legal, sabe?” disse, o tom leve, mas com um toque de hesitação. “É um cara de 22 anos, classe média, mas metido a rico, cheio de marra. Baixinho, tipo 1,66m, sempre com camisa polo e aquele cabelo penteado com gel, se achando o dono do pedaço. Gosto dele, de verdade, ele é carinhoso, me mima pra caralho – tipo, me deu um carro, aquele Fiat Mobi que vou trabalhar, acredita? Mas...” Ela fez uma pausa, mordendo o lábio. “O problema é na cama, ele é péssimo, Teo. Sério, é tipo coelho, bota se mexe um pouquinho e goza, foda. Eu fico tentando ensinar, mas ele acha que já sabe tudo. Tô com ele há 3 anos, e agora que noivamos, tô com medo de casar sem ter certeza. Tipo, e se for assim pra sempre? Não sei se aguento.”
Eu a olhava, a culpa misturada com um alívio egoísta por ouvir isso. “Então você chifra ele sempre, é isso?” perguntei, tentando soar casual, mas com um tom de curiosidade. Ela riu, balançando a cabeça, o sorriso sapeca voltando.
“Não, Teo, calma aí!” disse, dando um tapinha leve no meu peito. “Depois que fiquei com ele, só dei uns beijos com um moleque da faculdade, um carinha que encontrei numa festa. Foi só isso, uns amassos, nada além. Mas contigo...” Ela se aproximou, os olhos brilhando, “contigo foi diferente, quis ir até o final” Ela piscou, rindo, e me beijou, a língua roçando a minha, o gosto de cereja ainda presente.
Melissa e eu começamos a nos encontrar escondidos três vezes por semana, nossa química explosiva nos puxando como ímãs. Marcávamos em motéis mais modestos. Outras vezes, era dentro do carro, estacionado em ruas escuras ou no fundo do estacionamento do shopping, os vidros embaçados enquanto nos entregávamos. Umas duas vezes, no banheiro do escritório, ela em pé e eu atrás socando com força
Um dia, após o expediente, Melissa e eu fomos para o carro dela, o Fiat Mobi novinho que Enzo tinha dado, estacionado numa rua deserta perto do escritório. O céu estava escuro, a noite quente, e ela estava com uma saia curta e uma blusa decotada, os seios pequenos livres sob o tecido. “Quero você agora,” disse, sapeca, subindo no banco de trás, me puxando com ela. Beijei-a com fome, enquanto minhas mãos subiam por suas coxas, puxando a calcinha de lado. Ela abriu as pernas, a boceta já molhada, os pelos negros brilhando sob a luz fraca do poste. Lambi-a com urgência, o clitóris pulsando sob minha língua, o sabor intenso me deixando louco, ela gemeu, puxando meu cabelo, as pernas tremendo. Chupei até ela gozar dando soquinhos em mim.
Passamos horas ali, transando em diferentes posições – ela de quatro, eu por trás, segurando seus quadris; ela de lado, com uma perna levantada, meu pau roçando o fundo da boceta. Gozei duas vezes, uma na boceta, outra na barriga dela, a porra branca contrastando com a pele clara. “Caralho, Teo, você me deixa acabada,” disse, rindo, ofegante, limpando-se com lenços umedecidos que tirou da bolsa.
Quando cheguei em casa, já era tarde, o corpo exausto, mas o cheiro de Melissa ainda grudado em mim – suor e sexo. Cristine estava na sala, de pijama, o cabelo solto, e me olhou com uma expressão estranha. “Tá cheirando diferente, Teo,” disse, franzindo o nariz, se aproximando. Antes que eu pudesse me afastar, ela segurou meu braço, cheirando meu pescoço, minha camisa e até a minha calça. Seus olhos se estreitaram, a voz ficando afiada. “Isso é cheiro de boceta, Teo. Você tava fodendo outra e nem se limpou, safado!” Meu coração disparou, mas forcei uma risada, tentando disfarçar.
“Você tá louca, Cris,” disse, me afastando, a voz mais firme do que eu sentia. “É só suor, fiquei preso no trânsito, o carro tava quente. Para de viajar.” Ela me encarou, desconfiada, mas não insistiu, apenas resmungou algo e voltou pro sofá. Fui pro banho, aliviado por ter escapado.
Alguns dias depois, Cristine me surpreendeu. Estávamos na cama, ela com uma lingerie preta, o clima mais leve que o normal. “Teo, decidi que vou voltar a chupar teu pau,” disse, com um sorriso provocador. “Mas ainda não vamos transar, tá? Só um agrado pro meu amor.” Fingi animação, sorrindo e puxando-a pra perto, mas por dentro eu ria, uma risada cafajeste. A idiota mal desconfiava que o pau que ela estava prestes a chupar, na noite anterior estava enterrado na bocetinha apertada de Melissa, e até no cuzinho dela, quente e pulsante. Cristine se ajoelhou, os olhos fixos nos meus, e chupou com vontade, a boca quente, a língua circulando a cabeça, descendo até as bolas, gemendo como se fosse a coisa mais deliciosa do mundo. Eu me segurei pra não rir alto, o prazer misturado com a ironia, enquanto gozava na boca dela, o orgasmo intenso, mas carregado de um segredo que me fazia sentir, pela primeira vez, no controle. Ainda tive a cara de pau de dizer com voz de agonia. “Oh! Como é bom sentir o toque de uma mulher após mais de 4 meses. Quase cinco meses sem tocar numa mulher!”.
Apesar da minha ironia, o foda é que ainda me sentia dependente de Cristine, eu a olhava, às vezes, tão dedicada preparando um prato, tão competente com seus projetos e tão linda, e dizia amargurado. “Por que não poderia ser também uma mulher fiel?”
Quarenta e cinco dias haviam se passado desde que Melissa e eu começamos nosso caso. Nos encontrávamos três vezes por semana, agora com um cuidado quase obsessivo para não deixar pistas.
Eu me tornei um mestre em disfarces. Antes de chegar em casa, inspecionava cada centímetro da roupa no retrovisor do carro, procurando fios de cabelo ou marcas de batom. Passava desodorante forte, às vezes jogava água na camisa para fingir suor do trânsito, e guardava uma camiseta limpa no porta-malas para trocas emergenciais. Até meu celular tinha uma senha nova, e eu apagava qualquer mensagem de Melissa assim que lia.
Nos últimos dias, Cristine estava estranha. Havia uma tensão no ar. Ela andava com os ombros rígidos, o rosto fechado. Às vezes, a pegava parada na cozinha, olhando para o nada, tentei puxar assunto. Tentei perguntar e só ouvi um “Muito trabalho. Renato, que antes vinha 3 vezes, passou a vir 2, talvez estivesse enjoando, se bem que outra como ela, era difícil de achar.
Cristine tinha voltado a me fazer uns boquetes, mas, de repente, veio esse jeito estranho. Será que ela desconfiava? Tinha visto algo? Ou era minha paranoia me traindo?
Até que em um sábado de manhã, o sol mal despontando, fui arrancado do sono por gritos vindo do portão. A cabeça pesava, o corpo ainda carregado do cansaço da noite anterior – Melissa e eu tínhamos ido a um motel discreto e fodido por horas. Saí da cama tropeçando, tentando entender, a voz de Cristine misturada a outra voz masculina, agressiva, e uma terceira, feminina, trêmula. Vesti um short e uma camiseta amassada, os olhos embaçados, fui para o quintal com um mau pressentimento me apertando o peito.
Quando cheguei ao portão, ainda sonolento, quase caí duro. Lá estavam Melissa, o rosto pálido, os olhos vermelhos de quem chorou, o cabelo solto e bagunçado, como se tivesse saído correndo de casa. Ao lado dela, um cara baixo, atarracado, de uns 1,66m, com uma camisa verde Lacoste que parecia gritar “sou rico”, o cabelo penteado com gel brilhando sob o sol. Era Enzo, o noivo dela, o marrento que ela descreveu como péssimo na cama. Ele apontava para Cristine, que estava de robe. Enzo, com as veias do pescoço saltando: “É isso mesmo! O teu marido tá comendo a minha noiva. Ontem mesmo, os segui e foram para um motel. Olha o safado aí! Carona de cansado de tanto foder”.
Meu estômago despencou. O ar sumiu dos pulmões, e senti o chão girar. Melissa me olhou, aflita “Teo, eu... ele te seguiu, eu não sabia...depois foi para a minha casa e passou a madrugada brigando e agora quis vir para cá” Cristine me olhou de baixo para cima, mostrando parte dos dentes, como uma personagem de filme de terror prestes a atacar. “Que novidade é essa, Teo?” Eu abri a boca, mas nada saiu. Enzo passou a gritar “Fiquei esperando, e eles saíram depois de horas”. Ele deu um passo à frente, como se quisesse me acertar, mas Melissa segurou seu braço, implorando: “Enzo, para, por favor, não faz isso!” Ele se soltou, virando-se para ela. “Você me traiu com esse cara, Melissa! Achou que eu não ia descobrir? Eu te dei um carro, uma aliança e uma porrada de presentes caros, e você faz isso?”
Surpreendentemente, Cristine levantou a mão, silenciando a todos. Sua expressão era uma mistura de raiva e algo mais profundo, talvez preocupação. “Chega de gritaria na rua,” disse, a voz firme, mas controlada. “Vamos conversar lá dentro, nós quatro. Mas, moço, sem violência, entendeu? Se tentar qualquer coisa, chamo a polícia.” Enzo bufou, mas assentiu, relutante. Melissa parecia à beira das lágrimas, morta de vergonha e eu, sem escolha, segui Cristine. A ideia apesar de doida, nos pouparia do vexame dos vizinhos seguirem ouvindo.
Entramos na sala, o cheiro de café da manhã que Cristine estava preparando antes das “visitas chegarem”. O silêncio era sufocante, até que a porta da edícula rangeu. Era Renato vestindo uma camiseta cinza meio torta, o cabelo bagunçado. “Que gritaria é essa?” perguntou, coçando a barba rala. Cristine explicou, curta e grossa: “O noivo da garota tá dizendo que ela e o Teo são amantes, que tavam num motel ontem.” Renato olhou bem para Melissa admirando-a, depois para mim, e caiu na gargalhada, um som alto e debochado. “Tá de brincadeira, né? Duvido que o Teo esteja traçando essa coisinha linda. Ele deve ter pagado esses dois pra fazer uma pegadinha com você, Cris!”
Cristine lançou um olhar fulminante para Renato. “Cala a boca, Renato,” disse, a voz cortante. “Isso não é da sua conta.” Ele tentou insistir, ainda rindo: “Tô falando, é armação, o Teo não tem esse jogo todo...” Mas Cristine se levantou, apontando para a porta. “Sai, Renato! Isso é entre nós quatro, não pedi sua opinião. Vai embora, agora!” Renato ergueu as mãos, murmurando algo, e saiu, batendo a porta. O silêncio voltou, mais pesado que antes.
Cristine se virou para mim, o rosto vermelho, os olhos brilhando de raiva. “Seu filho da puta, não vai falar nada? Fala, filha da puta, fala. Eu engoli em seco. Não tinha mais como fugir. Levantei as mãos, tentando acalmar a situação, e resolvi assumir a culpa, protegendo Melissa o quanto pudesse (apenas um detalhe, não pensem que serei sempre um poço de virtudes, herói, vingador ou bonzinho, ou se decepcionarão depois, porém dessa vez, resolvi colocar minha cabeça na guilhotina e tentar poupar Melissa). “Cris, eu... fui eu,” disse, a voz rouca. “Eu seduzi a Melissa. Ela não queria no começo, resistiu, mas eu fui insistente, falei coisas bonitas, a elogiei, Foram só duas vezes, juro.” Virei-me para Enzo, que me encarava com ódio. “Ela te ama, Enzo, de verdade. Isso não significou nada, foi um erro meu, só meu, sou 10 anos mais velho que ela, me aproveitei da minha experiência para seduzi-la. Esfria a cabeça por uns dias e depois conversa com a Melissa”
Melissa me olhou, surpresa, os olhos marejados, mas não disse nada. Enzo bufou, rindo com desprezo. “Duas vezes? Você acha que sou otário? Ela tava toda saidinha ontem, nem parecia arrependida!” Cristine cruzou os braços, a respiração pesada. “Duas vezes ou vinte, Teo?”
De repente, Melissa se levantou, o corpo tremendo, mas com uma determinação que ninguém esperava. “Você acertou,” disse, a voz firme, apesar das lágrimas escorrendo pelo rosto de sósia de Keira Knightley jovem. “Não foram duas vezes. Foram 20, talvez 21 encontros. Teve motel, carro, sem contar as rapidinhas no escritório, no banheiro, durante o almoço.” Ela olhou para mim, depois para Cristine, o queixo pontudo erguido. “O Teo tá assumindo a culpa, mas fui eu quem quis. Eu que puxei ele, eu que insisti na primeira vez e depois não consegui parar mais porque... porque com ele é bem diferente de você, Enzo.”
A sala ficou gelada. Enzo arregalou os olhos, perdeu a cor, a boca entreaberta, como se tivesse sido nocauteado. Cristine piscou, o rosto pálido, os lábios tremendo. Eu fechei os olhos, passando a mão na testa, o coração disparado, a cabeça girando. Melissa tinha jogado tudo no ventilador, destruindo qualquer chance de amenizar a situação. “Você... o quê?” Cristine murmurou, a voz baixa, perigosa, antes de explodir. “Sua putinha!” gritou, levantando-se num pulo, as mãos voando na direção de Melissa, as unhas mirando o rosto dela.
Melissa recuou, erguendo os braços para se proteger, e Enzo, mesmo atônito, segurou Cristine pelo braço. “Calma, porra!” ele exclamou, mais por reflexo do que por querer ajudar. Eu pulei da poltrona, colocando-me entre as duas “Cris, para, por favor!” implorei, segurando seus pulsos, sentindo a força da raiva dela. Seus olhos estavam em chamas, as lágrimas escorrendo agora, não de tristeza, mas de fúria. “Acha que pode me humilhar assim, na minha casa, putinha?”
Melissa, ainda de pé, chorava, mas não recuava. “Eu não queria que descobrissem,” disse, a voz trêmula. “Mas eu não pensei direito....” Cristine riu, um som amargo, cortante. “Confusa? Você abriu as pernas pro meu marido, sua vadia! E você, Teo, ficou rindo da minha cara, achando que eu não ia descobrir?” Ela se soltou de mim, apontando para Enzo. “E você, ainda defende essa daí? Ela te traiu na cara dura!”
Enzo, que até então parecia paralisado, olhou para Melissa, o rosto contorcido de dor e raiva. “Você acabou comigo, Melissa,” disse, a voz rouca, quase quebrando. “Eu te dei tudo, caralho, e você faz isso?” Ele se virou para mim, os punhos cerrados. “E você, seu filho da puta, ainda vem com essa de ‘ela te ama’? Vai se foder!” Ele deu um passo à frente, mas Cristine, surpreendentemente, segurou o braço dele. “Eu disse sem violência,” rosnou, os olhos ainda fixos em Melissa. “Mas você, garota, é melhor sumir da minha frente antes que eu perca a cabeça de vez.”
Enzo começou a bancar ao machão bem ao estilo “me solta, me solta que vou acabar com ele na porrada. A bomba já tinha sido detonada mesmo e Melissa tratou de aumentar o impacto, vendo que já estava fodido, acabei me irritando com o playboy. “Olha aqui, galinho garninzé, vamos deixar esse negócio de porrada para lá e focar na vaca fria. Aconteceu mesmo, mas você não foi o primeiro nem o último a passar por isso” Dei uma olhada seca para Cristine. “Só o tempo e muita reflexão para vocês dois decidirem se devem ficar juntos ou não”.
De repente, Enzo desabou no sofá, o corpo curvado, as mãos cobrindo o rosto. Um soluço baixo escapou, e ele começou a chorar, um choro rouco, quase infantil, que cortou o silêncio. “Eu era um bom noivo, porra,” murmurou, a voz embargada, as lágrimas escorrendo entre os dedos. “Te dei um carro, Melissa, te levei pra viajar, fiz tudo por você... e você faz isso?” Ele balançava a cabeça, a camisa verde Lacoste amarrotada, o cabelo penteado com gel agora bagunçado. Melissa, ainda de pé, com o rosto manchado de lágrimas, aproximou-se, hesitante, e tentou tocar o ombro dele. “Enzo, me desculpa, eu só... tava perdida,” disse, a voz trêmula.
Enzo afastou a mão dela com um gesto brusco, levantando-se de supetão. “Não toca em mim!” gritou, o rosto vermelho, as lágrimas misturadas à raiva. “Você e esse cara me fizeram de palhaço, Melissa. Acabou, tá ouvindo? Acabou!” Ele enxugou o rosto com as costas da mão, respirando pesado, e, sem olhar para ninguém, caminhou até a porta. Melissa tentou segui-lo, chamando seu nome, mas ele não olhou para trás. A porta bateu com força.
Melissa ficou parada, abraçando o próprio corpo. Seus soluços eram baixos, mas cortantes, e, por instinto, me aproximei, tentando acalmá-la. “Melissa, senta, vou pegar uma água pra você,” disse, apontando para o sofá. Fui até a cozinha, peguei um copo d’água na geladeira. Quando voltei e entreguei o copo a Melissa, que tremia ao segurá-lo, Cristine deu uma risada amarga, cruzando os braços. “Que cara de pau, Teo, tá cuidando da sua amante agora? Por que não leva ela pro nosso quarto, já que tá tão bonzinho? Chupa ela para a magrinha relaxar”
O deboche dela me irritou, mas, pela primeira vez respondi, a voz firme, com um toque de ironia: “De ir pro nosso quarto com outras pessoas, você entende bem, né, Cristine?” O silêncio que seguiu foi elétrico. Cristine ficou sem graça, o rosto corando, os lábios entreabertos como se quisesse retrucar, mas sem encontrar palavras. Melissa, ainda segurando o copo, franziu a testa, confusa, claramente sem entender a troca de farpas. “Do que vocês tão falando?” perguntou, a voz fraca, mas ninguém respondeu.
Ajoelhei-me ao lado de Melissa, ignorando o olhar de Cristine. “Bebe a água, tenta respirar fundo,” disse, mantendo a voz calma. Ela tomou um gole, enxugando as lágrimas, e aos poucos os soluços diminuíram. “Eu estraguei tudo, Teo,” murmurou, os olhos castanhos fixos no chão. “O Enzo, você, sua mulher não sei como consertar.” Toquei o ombro dela, leve, tentando confortá-la. “Não dá pra consertar agora, Melissa. Só... tenta dar tempo ao tempo.” Ela assentiu, respirando mais devagar, o rosto ainda pálido, mas mais composto.
Quando senti que ela estava mais calma, peguei o celular e abri o aplicativo do Uber. “Vou chamar um carro pra você, tá bom?” disse, digitando o endereço. Cristine, que tinha se sentado no sofá, explodiu de novo. “Você tá de brincadeira, Teo?” gritou, levantando-se, as mãos gesticulando. “Tá ajudando essa vadia depois de tudo e até sabe o endereço dela! Nem precisou perguntar? Você tem noção do quanto tá me humilhando?”. Tentei responder, mas ela me cortou. “Vamos ter uma conversa dura, muito dura, mas não agora. Não consigo nem te olhar.” Ela virou-se e trancou a porta do quarto. De lá, ouvi o som abafado de choro.
O Uber chegou minutos depois. Acompanhei Melissa até a porta, o silêncio entre nós carregado. “Desculpa, Teo,” ela murmurou, antes de entrar no carro. Sentei-me na poltrona, encarando o teto, sabendo que a conversa com Cristine, quando acontecesse, poderia acabar com tudo que ainda nos unia.
Acharam que essa era uma bomba e tanto? Mas naquele sábado, após horas trancada no quarto, Cristine detonaria algo ainda mais destruidor. Após se sentar na sala, rosto inchado de chorar, ela me olhou desafiadora e disse:
-Tô grávida!