E se... (Capitulo 2)

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 3869 palavras
Data: 14/11/2023 17:16:27
Assuntos: Amigo, Amor, bar, Gay, Sexo, Traição

— Eles estavam juntos, tipo a cara sem camisa e ele quer que eu acredite que não estava rolando nada, da para acreditar. — Digo.

— Tenso. — O cliente ficou constrangido, por ter me pedido uma cerveja e eu ter contado meu drama para ele.

— Aqui, obrigado. Chico você tem que sair com outras pessoas. — Fabim entrega a bebida do cliente e chama minha atenção.

— O amor não é para mim amigo. — Falo enquanto preparo uma caipirinha.

— E quem tá falando de amor, Chico, você precisa transar, já faz uma semana.

— Eu sei, é que ele não para de me ligar.

— Bloqueia. — Fabim fala irritado.

— Eu vou, é que a gente estava construindo algo, como ele pôde, sabe. — Falei indignado. — Agora estou fodido, porque pensei que iria me mudar e adivinha só não tenho onde morar, a maluca lá já arrumou alguém para ficar no meu lugar, afinal tinha dito que me mudaria, agora o que eu faço, nem quero ter que pedir para ficar, porque também já estou de saco cheio daquela criatura. — Estou em um misto de indignação e tristeza. — Aquele filho da puta.

Uma semana que ele me traiu, na real que descobri a traição, o cretino fica me ligando, falando com amigos nossos em comum, até a mãe dele já me ligou pedindo que eu falasse com ele, pior que é só ouvir a voz dele que meu sangue ferve, filho da puta, falei com a garota com quem divido que irá me mudar, ela se organizou e agora estou preste a ficar sem teto, não posso pagar um lugar só para mim e meus melhores amigos já estão abrigando outra pessoa, resumindo estou ferrado, filho da puta.

— Amigo vagou um ap no meu prédio, o dono ama meu marido, tenho certeza que o Di consegue fazer ele alugar para você. — Fabim diz tentando me dar uma solução.

— Amigo seu prédio é perfeito e perto, mas acontece que não tenho como arcar com um aluguel sozinho, mas consigo dividir com o que eu ganho aqui. — Vou ter que procurar em anúncios da internet. — Vi uns apartamentos no Centro que dá para mim.

— Você pirou, além de ser uma caixa pelo preço que você pode pagar vai ser mais seguro morar na rua. — Fabim é um exagerado, mas ele tem razão. — Já sei, você pode dividir com o Ryan.

— O que? — Nem conheço o cara, ele está trabalhando com a gente e tudo que eu sei sobre ele é que ele come tudo que se move.

— Perfeito, Ryan? — Fabim chama o cara que acabou de voltar do deposito. — Você vai dividir o aluguel daquele ap que vagou com o Chico.

— Beleza. — Como assim ele acabou de ser expulso e ficou de boas.

— Vai expulsar o cara?

— Prefiro ele morando com você do que te ver na rua amigo e outra o sofá faz parte da minha rota de coito.

— Nem vou perguntar o que é uma rota de coito. — Falo entregando uma cerveja.

— Quando meu homem chega em casa a gente começa a se pegar na sala, normalmente no sofá, depois a mesa, nossa cama e terminamos no banheiro. — Meu amigo fala todo orgulhoso.

— Fabio eu como naquela mesa.

— O Di também. — O duplo sentido daquela frase me faz tremer, imaginar eles é como imaginar meus pais transando.

— Tá se eu disse que aceito você cala a boca e para de me traumatizar?

— Ótimo segura ai, vou ligar para o Di acertar tudo.

— A essa hora? — Questiono por ser tarde já.

— Qual a parte do ele ama meu marido, tu não entendeu?

Conhecendo esse dois amanhã a noite já vou está dormindo no ap novo, Fabim é muito imediatista com as coisas e o Di compra as loucuras do marido toda vez, eles dois nasceram um para o outro, olho para o meu futuro colega de ap bem a tempo de ver uma mulher colocando o número dela no bolso da camisa dele, acho que hetero usa o bolso da camisa só para isso.

Quando o bar fecha Ryan sai com uma das clientes de novo, trato de chamar meu uber logo, antes que o Fabim me faça aceitar a carona deles, Di vem buscar ele de carro já para me dar carona, já que eles moram perto do bar, ele poderia ir para casa a pé, odeio dar trabalho, eles já fazem tanto por mim.

— O Di ta vindo. — Meu amigo fala pegando as coisas dele.

— O Uber tá vindo amigo.

— Você tem que guardar dinheiro para a mudança Chico. — Fabim me repreende, bem a tempo do Di chegar. — Amor o Chico quer gastar dinheiro com Uber.

— Cancela, vamos, que amanhã acordo cedo. — Com o Sargento não tem como discutir, cancelo minha corrida derrotado.

— Vocês podem gastar dinheiro com gasolina. — Falo fingindo uma birra.

— Meu marido é militar, você é só no mundo, não pode gastar dinheiro, deixa de reclamar.

Esses dois parecem meus pais e já reparei que são assim com todos os amigos, por isso tenho eles como família, as pessoas que me acolheram quando estava na pior, em casa minha colega de quarta estava fazendo uma festa, só para variar, o cheiro de maconha emprestado na casa toda, vou direto para o meu quarto, tive que esperar meia hora para usar o banheiro, tinha umas três pessoas transando dentro do banheiro, a música tá alta e a conversa nem se fala, estou puto já.

Como não vou conseguir dormir fico no celular, por curiosidade vejo o perfil do Ryan, já que vou morar com ele, ele gosta de surf, tem fotos fora do país, muita gente bonita nas fotos com ele, ele tem muitas tattoos, ele com certeza iria animar nessa festa, o céus que ele não seja com ela que gosta de fazer festas madrugada a dentro, estou tão cansado que meu corpo começa a pegar no sono mesmo com a barulheira, mas aí alguém bate na porta do meu quarto me despertando de novo, levanto puta da vida e vou ver o que é.

— Amigo tem camisinha? — Minha colega de quarto me acordou para saber se tenho camisinha, isso é o cúmulo para mim, então só visto uma camisa, peguei a carteira e as chaves e saí de casa sem falar nada, puta que pariu estou mesmo puto com essa garota.

Amo meu trabalho, mas meu lugar favorito é o botequim do seu Guto um português, fica umas seis quadras da minha casa e a essa hora é até perigoso ir para lá, mas quando estou puto e principalmente sem conseguir dormir vou lá, lá sempre está aberto e sempre me salva, Guto é um senhor de setenta anos viúvo e com os filhos todos ricos, ele diz que o bar é a vida dele e que só sai de lá morto, o terror dos filhos que querem tirar ele de lá.

— o habitual, meu filho — Disse seu Guto.

— Por favor.

Seu Guto já sabe que quando chego assim é que to cansado e puto, ele coloca uma dose de cachaça pura pra mim e me da um cigarro, normalmente não fumo, mas quando tó puto mesmo gosto de acender um para me deixar mais relaxado, viro a dose e pego o cigarro para acender, mas o isqueiro do bar está falando, só vejo um bic azul bortando na minha frenet quando olho vejo Ryan me oferecendo o isqueiro.

— Gutão dece outra ai. — Ele fala pegando uma cerveja com seu Guto.

— Você conhece o seu Guto?

— Venho de uma longa geração de frequentadores do bar do Guto. — Ele fala rindo. — Acendo meu cigarro e devolvo o isqueiro dele. — Tá sozinho. — Ele pergunta.

— Estou. — Falo meio desanimado.

— Vem sentar com a gente. — Ele faz com a cabeça, vejo algumas pessoas numa mesa.

Penso que ficar no meu canto é melhor, mas acabo indo com ele, na mesa tem três caras contando com ele e duas minhas, ele me apresenta como seu amigo mesmo essa sendo a primeira vez que a gente conversa de fato, acho engraçado a espontaneidade dele.

— Esse aqui é o Gabriel e a namorada dele Fefe, aqui a Lucia que tava no bar hoje. — Lembro ela é a cliente que saiu com ele. — E aquele é o Lucas.

— Prazer, gente sou o Chico.

— O Chico trabalha com o Fabim? — Lucas pergunta.

— Sim, você conhece o Fabim? — Pergunto.

— Sou primo do Di, depois que aqueles dois casaram, mal saem prós rolês. — Lucas fala rindo.

— Ah massa, eles são bem caretas mesmo. — Ryan e Lucas começam a rir. — O que foi?

— Di era o cara mais putão da cidade, ele colocava o Ryan aqui no chinelo, lembra aquela vez que ele pegou aquelas minas lá que eram irmãs? — Lucas fala relembrando os velhos tempos.

— O Sargento, não consigo imaginar ele numa vida assim. — Falo tomando um gole da cerveja que Ryan me serviu.

— Antes do meu primo entrar para o exército ele era o cão, tu não conhece a peça. — Lucas fala.

— Nunca ti vi antes. — Digo para o Lucas.

— É que eu trabalho viajando, das vezes que os vi você não estava.

— Verdade, agora lembrei que o Sargento falou de você mesmo.

— Você também é militar? — Fefe pergunta.

— Não, é só que me acostumei a chamar o Di assim.

— Ele odeia que chamem ele pela patente fora do serviço, o Chico e o Fabim são os únicos que têm permissão. — Ryan fala.

— Ele também odeia quando eu falo, mas chamo mesmo assim.

Não imaginava que Ryan sabia tanto sobre mim, durante a conversa ele parece mesmo que é meu amigo, a garota que está com ele está claramente louca para sentar, e nem posso culpá la, Ryan é um puta de um gostoso, ele nem é hetero, mas sou do tipo que gosta de lance sério, já ele é a casualidade encarnada, nunca teve nada sério com ninguém segundo Fabim, o clima está tão bom, todos são bem divertidos, uma cerveja foi puxando outra e meu humor foi melhorando, percebo que estou ficando meio alto e vou dando uma manerada.

— Se eu soubesse que você ia sair teria te convidado. — Ryan fala.

— Não ia, mas moro com uma pessoa totalmente sem noção. — Explico meu drama para eles.

— Que sem noção essa garota. — Lucas fala indignado que nem eu.

— Pois é, mas agora vou morar com Ryan, então só preciso ter um pouco mais de paciencia. — Estou tão cansado que isso fica nítido em minha voz. — Tenho que ir, preciso ir no banco pela manhã, foi bom conhecer vocês.

Vou até o seu Guto acerto minha parte e dou uma contribuição para a conta dos caras, quando vou me despedir vejo Ryan se arrumando para ir também, parece que a mina finalmente vai poder sentar, rir com o pensamento infame que passa na minha mente.

— Acerta ai Lucas que a gente fica zerado. — Ryan fala para o amigo.

Ele beija a mina e sai comigo do bar, estou meio confuso.

— Pensei que você ia sair com a mina lá.

— Eu sai ué, estávamos ficando até agora. — Ele fala com naturalidade.

— Não vai dormir com ela?

— Não, vou te levar para casa aqui é perigoso uma hora dessas.

— Não precisa, eu conheço tudo por aqui.

— Vamos. — Ele ignora o que falo.

— Você é chato que nem o Sargento né?

— Com quem você que ele aprendeu. — Ele fala brincando.

Vamos juntos para minha casa, vou contando a ele sobre meus planos de abrir meu próprio bar com Fabim e ele me conta sobre sua última viagem, fala que gosta de surfar todo dia pela manhã, sempre tive curiosidade sobre surfar, mas nunca tive oportunidade, Ryan é aquele tipo de pessoa que vai levando a vida enquanto ela acontece.

— Você tem planos para o futuro?

— Vou abrir uma escola de surf. — Ele fala.

— Por isso está no bar?

— Mais ou menos, já tenho uma grana, estudo programação, faço uns freela de vez em quando, mas agora tô dando um tempo.

— Você faz muita coisa. — Falo.

— Sou indeciso eu sei, mas o que me interessa eu aprendo ou conquisto. — Posso está enganado, mas senti um flerte nessa última parte.

Quando chegamos em casa ainda estava rolando a festa, minha felicidade momentânea se desfez, hoje em especial minha colega de ap queria incomodar, estava dando para ouvir a música da portaria, Ryan subiu comigo, achei estranho porque achei que ele iria só me deixar e ir embora, assim que entramos parecia que tinha ainda mais gente dentro do ap do que na hora que tinha saído.

Ryan com um sorriso no rosto foi até a caixa de som e simplesmente desligou, as pessoas começaram a estranhar o som ter acabado, tenho que dizer que a feição do Ryan me deu um pouco de medo, ele estava com ar pretencioso, parecia uma pessoa perigosa, um marginal, um cara veio para cima dele, mas ele não recuou, mesmo estando claramente em menor número.

— Vocês tem dois minutos para vazarem daqui. — Ele disse pegando um cigarro do bolso e acendendo sem medo algum nos olhos.

— Quem é você seu merda? — A minha colega de ap finalmente apareceu para confrontar Ryan.

— Amigo do outro morador dessa porra. — Ele responde assim simplesmente.

O namorado da dona da festa liga a caixa de som de novo, Ryan pega a caixa e vai até a janela e simplesmente a joga para fora, algumas pessoas começam a sair do ap, mas o namorado da mina e dono da caixa fica puto e vai para cima do Ryan.

— Tá maluco seu merda.

— Playboy fica na tua e vaza, é a última vez que peço educadamente.

Nem entendi direito o que aconteceu, mas a sequências de fatos foi Ryan e o cara se pegaram na porrada, outros se meteram, mas Ryan deu conta de brigar com três cara, uma garrafa foi quebrada e um dos caras saiu com um corte no braço, teve gritaria, teve confusão e teve policia, estou tentando fazer o Rayn não ir preso, os policiais estão falando com a minha colega de ap que claro está culpando Ryan pela confusão, sendo que o que tem de droga na festa que a polícia achou o negócio vai mesmo ficar ruim para todos.

As coisas escalonar bem rápido, Ryan é mesmo um bad boy, quando acredito que a polícia vai levar a todos vejo o Sargento descendo do carro, ele está de pijama, uma calça moletom e uma camisa preta, a cara de poucos amigos, devem ter acordado ele, estou com medo da bronca que vou levar, Di é um homem baixo, mas ele tem um ar de autoridade que faz as pessoas terem medo dele.

— O que aconteceu Ryan. — Ele pergunta.

— Esses merdas aí vinham arrumar confusão.

— Você está bem?

— Três nego vinham para cima, eles pensaram que eu ia fugir. — Ele fala com um sorriso no rosto machucado.

— Já te falei para me chamar quando eles estiverem fazendo essas festas, Chico. — Ele fala me dando bronca.

— Desculpe senhor. — Falo sem conseguir olhar diretamente para ele.

— Espera aqui.

— Vamos todos para a delegacia. — O policial fala.

— Ninguém vai dar queixa não oficial.

— Quem é você, advogado de algum deles, melhor não se meter se não vai descer junto com os outros.

— Sentido! — Di mesmo sem farda toma uma postura de autoridade fala com muita firmeza na voz, vejo a confusão tomando os policiais que rapidamente assumem uma posição de sentido e seguem o protocolo de apresentação, Di puxa do bolso sua carteira de identificação de militar, vejo o brilho nos olhos do policial que foi arrogante com ele sumindo.

— Descansar! — Os policiais relaxam. — Só registra a ocorrência ninguém vai prestar queixa não. — A minha agora ex colega de apartamento tenta falar algo, mas o namorado dela parece entender o que está acontecendo e a contém.

Foi os policiais descobrirem que o Di é militar que a tratativa deles mudou completamente, não entendo nada, mas pelo jeito o Di tinha uma certa autoridade ali, ele conversou com os caras que brigaram e no final todo mundo foi liberado só com uma advertência, e claro uma bronca do Di, já que poderia ter acabado em uma situação mais grave, o namorado dela levou ela para casa dele e eu subi de volta para o apartamente, depois da confusão não tinha como aquela teria de ser minha última noite ali, Rayn subiu comigo, pro casa do cara voltar e querer mais confusão, nem um de nós queria ir com o Sargento, sabia que ouviria bronca dele da minha casa até a dele, e não ia ter como dormir lá, tomei um banho, depois emprestei uma toalha para o Ryan, me deitei na cama, vi uma mensagem da minha ex colega pedindo que eu saia do apartamento essa semana, falei que já estava procurando um lugar e que me mudaria antes do fim de semana, para evitar uma situação pior combinamos dela ficar na casa do namorado até que eu me mudasse, pela manhã disse que sairia para que ela pudesse pegar umas roupas.

Ryan veio só de cueca no meu quarto e puta que pariu, ele tem tatuagem no braço e na coxa, o volume na cueca era algo fora do normal, ele sorrindo da situação apenas deitou na minha cama junto comigo e dormiu, fácil assim, nem parece que case se feriu gravemente agora a pouco, o filho da puta era gato até dormindo, meu corpo tremendo de está deitado do lado de um gostoso semi nú, cobri ele com o lençou e virei de costas para ele para conseguir dormir.

A luz do sol entra pela janela quarto, iluminando o corpo magro e delicioso dele, meu coração pára quando vejo que o pau dele está duro feito pedra, marcando na cueca box vermelha que ele está usando, é enorme, marcado bem no tecido, a cueca quase não consegue dar conta de guardar aquilo tudo, me levanto rápido e vou para o banheiro, vou direto para debaixo do chuveiro, nem a água fria me faz baixar o pau, só consigo controlar minha ereção depois de tocar uma pensando no estrago que aquela rola iria fazer no meu cuzinho, ele colado nas minhas costas socando pica em mim, com força, segurando minha cintura com força, gozei imaginando a virilha dele na minha bunda, o pau gigante dele todo dentro de mim a seu hálito no meu pescoço, beijando e deixando marcas.

Quando saiu do banheiro vou fazer um café para gente, ele levanta e vai no banheiro depois vai para a cozinha — vestido graças a deus — preparei um lanche para ele, peguei uma roupa para ir trabalhar mais tarde e saiu com ele para a casa do Fabim, tinha que ir no banco, mas depois de tudo que aconteceu não tinha como.

Fomos direto para a casa do Fabim, ele estava mais preocupado com a confusão, só depois de explicar tudo foi que ele ficou mais de boas, brigou com a gente, até porque foi perigoso mesmo, poderia ter acontecido uma tragédia, mas enfim acabou.

— Amigo, já estou com a chave, peguei hoje com o dono.

- Sério, mas amigo quando que é, sei que aqui é mais caro para morar.

— Relaxa, a gente vai assinar como fiador, vocês vão conseguir pagar de boas.

— Valeu cara, nem sei agradecer o que vocês estão fazendo por mim.

— Você é família. — Disse Ryan.

O apartamento fica no último andar e parece um pouco com o do Fabim, tem uma sala com cozinha, um corredor com um quarto e um banheiro.

— Amigo só tem um quarto? — Pergunto. — O quarto é até grande mais.

— Posso ficar na sala. — Disse o Ryan.

— Não a gente pode revezar o quarto. — Digo.

— Vocês podem dormir juntos no quarto. — Fabim fala. — O preço ta bom a localização é excelente, não tem como dizer não.

— Só que não tenho muita coisa amigo. — Falo. — A maior parte da mobilia é do ap que eu moro.

— Fica de boas com isso, a gente arruma. — Ryan fala.

Dois dias depois estávamos com tudo pronto, o ap é desse antigos que tem guarda roupa embutido, levei minha cama, o guarda roupa tem bastante espaço, coube minhas coisas e as do Ryan tranquilamente, assim como eu ele tem pouca coisa, nossos amigos nos deram a geladeira e o fogão deles com a desculpa de que já queriam trocar por outros novos, não caio nessa, então negociei com Ryan e combinamos de pagar um preço justo pelas coisas, foi uma briga, mas no final Fabim aceitou — por um preço bem mais baixo do que queríamos pagar — Ryan arrumou um sofá cama, tenho uma televisão que deixei na sala, e é isso, nosso ap não tem quase nada de decoração, só o necessário mesmo, a lava roupas ficamos de usar do Fabim, então ficou tudo acertado, entreguei o antigo apê e fui trabalhar com a tranquilidade de que dormiria no meu novo ap.

— Muito animado? — Fabim pergunta.

— De mais. — Respondo.

Quando acabado o expediente vamos os três para casa caminhando mesmo, Di foi a pessoa que mais ganhou com essa mudança, que agora não precisa mais ir nos buscar, mas não dou dois dias até ele começar a ir, preocupado do jeito que ele é, quando estamos saindo do Bar vejo Max meu ex parado escorado na moto dele.

— Não quero papo com você. — Ryan e Fabim ficam me esperando.

— Para disso, vamos para casa, nossa casa está pronta, esperando pela gente.

— Engraçado, não ia ficar pronta só mês que vem, ou isso era outra mentira.

— Chico, por favor, eu sei que você também sente minha falta. — Era verdade, sentia, mas só de olhar para ele me vinha a lembrança.

— Já tenho outra pessoa Max. — A cara dele muda quando falo isso, ele começa a rir e meu sangue ferve.

— Deixa disso, não precisa mentir, estou arrependido é você que eu quero amor.

— Não está escutando, eu tenho outra pessoa. — Falo com meu coração a mil.

— Deixa de mentira, você é ridículo, quem além de mim vai querer um cara fudido que nem tu. — Percebi Ryan vindo na nossa direção, então agi sem pensar, me virei e beijei Ryan.

Um calor percorreu meu corpo, as mãos dele foram na minha bunda, ele apertou safado, sua língua se envolveu na minha, seu corpo mesmo magro era forte, passo meus braços pelo seu pescoço, estou quase na ponta dos pés pois ele é mais alto, mesmo o beijo sendo “falso” meu pau não entendeu isso então só paro de beijá-lo quando sinto a dureza dele e sei que ele sentiu a minha.

— Que porra é essa Chico, você já está me traindo.

— Vai a merda Max, não sou obrigado.

Ryan sorri, o safado pegou minha mão e saímos de mãos dadas, Max ficou quase espumando pela boca, Ryan é diferente de todos que já fiquei, esse perfil de bandido nunca me atraiu dessa forma, Max está mais puto porque ele destruiu minha auto estima nos anos que ficamos juntos e só agora me dou conta de que ele sempre me fez acreditar que eu não era tão interessante, e que ele era a razão da minha felicidade, no final não era, ou melhor nunca foi, estou tentando me acalmar, mas depois desse beijo e de subir a rua de mãos dadas com Ryan está difícil fingir normalidade.

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Comentários

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Cara, trazer o Fabim, Di, Ryan e Lucas foi muito massa! E Jaque foi citada no outro capítulo. Chico está com uma turma de amigos top. Estou adorando! Ainda mais com esse provável affair.

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Já gostei desse Chico, cheio de atitude haha

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