A vida privada de um pai carente e uma filha fogosa em cinco atos (ato 2: desconfianças e contradições de dona Suzy)

Um conto erótico de Cleuza
Categoria: Heterossexual
Contém 2293 palavras
Data: 09/11/2023 01:10:03

AS DESCONFIANÇAS E AS CONTRADIÇÕES DE DONA SUZY

Suzy generalizava todos os homens... e “todos” incluía meu pai, incluía o Marcelo... ela falava horrores do Marcelo, mas não largava dele. Marcelo era mais novo que ela, tinha 45 anos, era mineiro também, morava aqui a mais de 15 anos. Ele não era de falar muita coisa, era muito calado. Era viciado em assistir jogos de futebol e gostava de cozinhar. Acho que Suzy tinha razão quando falava que não confiava nele, pois eu mesma sentia que ele me comia com os olhos. Perto de Suzy ele era todo certinho, longe dela ficava com essa prafrentice. Ele era tão descarado que me encarava perto do meu pai, e meu pai era tão sonso que nem percebia. No fundo eu também tinha vergonha de olhar pra cara dele, pois ele devia me olhar desse jeito por causa das coisas que acontecia naquela casa; por causa disso, eu evitava passar por ele quando Suzy não estava em casa. Esse era um segredo só meu, e eu não tinha com quem compartilhar. Suzy era safada, mas tinha um instinto de mãe protetora. Suzy tinha instinto de mãe, mas era safada a ponto de pensar absurdos de mim e do meu pai...

__Cleuza, menina, seu pai tá a quatro anos sem foder mesmo? Seu pai é um homem muito certinho mesmo. Admiro ele. Se fosse outro já tinha te comido...

Quando ela disse isto eu retruquei:

__tá doida, dona Suzy!?

Ela riu, e continuou.

__eu tô brincando, menina. Eu tô falando assim porque lá na minha cidade tinha um homem viúvo que era todo certinho, ia pra igreja e tudo mais. Ele dizia pra todo mundo que não queria se casar enquanto as filhas não crescessem, que ele não queria madrasta judiando das filhas, mas depois foram descobrir que ele tava comendo as filhas dele. Cê acredita!?

Essas coisas me deixavam espantada, mas no fundo eu sentia que Suzy estava inventando pra me provocar. Outra vez ela me perguntou que roupa eu usava pra dormir. Quando falei que dormia com os pijamas que estavam estendido no varal, ela respondeu:

__ai que bom, Cleuzinha, porque esses dias eu pensei: “preciso aconselhar Cleuza que ela não pode ficar de bobeira perto seu Dário, tipo calcinha e sutiã ou de shortinho muito curtinho”. Porque não é desconfiando do seu pai, minha flor, porque eu sei que ele é um homem de valor, mas é porque não deve ser fácil um homem ficar quatro anos sem foder e ficar olhando uma mocinha toda linda igual a você. Por mais que ele seja seu pai, uma coisa eu te falo, homem é homem. Eu lembro de uma menina lá da minha cidade, ela ficava de calcinha perto do pai dela. Aí diz que o pai dela não resistiu e um dia acabou comendo ela. E olha que não foi por falta de mulher não, pois o homem era casado e não faltava perereca pra ele na cama. O que aconteceu então? Aconteceu que homem é bicho fraco, não aguenta ver uma bunda. Então, quem tem que cuidar é a mulher, porque eles não sabem se cuidar mesmo. Particularmente duvido que um homem aguente tanto tempo, só sendo seu pai mesmo, mas coitadinho, deve tá doido pra dar uma.

Dona Suzy me deixava sem graça com esse tipo de história, pois eu não sabia o que responder. No fundo eu tinha certeza que ela inventava essas histórias da cidade dela, e que ela também não acreditava em meu pai e só dizia bem dele pra não me deixar chateada, até porque ela sempre dizia:

__não confio em macho nenhum, Cleuza, nenhum, nenhum.

Ela não acreditava no Marcelo, imagina se iria acreditar em meu pai... ela dizia admirar a honra do meu pai e pouco depois fazia questão de dizer que não confiava em macho nenhum. Além disso, eu tinha impressão que Suzy entrava em nosso quarto pra bisbilhotar, e às vezes eu sentia que ela testava a gente, como aconteceu no início do verão, quando ela entrou em nosso quarto, supostamente, só pra conversar...

__menina, você vai dormir com essa calça nesse calor? Ah não! Vou buscar um shortinho que minha prima esqueceu aqui quando veio me visitar.

Pouco depois ela apareceu com um shortinho minúsculo na mão, me dando as ordens pra ir me trocar. Suzy falava de um jeito autoritário que eu ficava com vergonha de dizer “não”, então eu obedecia mesmo contrariada. Me retirei toda acanhada e dali a pouco voltei ainda mais acanhada, pois o shortinho era tão curtinho que expunha uns dois dedos da minha bunda. Eu nunca tinha usado uma roupa tão curta e não tinha muita intimidade com meu pai, por isso era uma experiência nova pra mim. Ao me ver, Suzy comemorou:

__agora sim, menina, no verão aqui a gente dorme assim, senão ninguém aguenta com esse calor. Né, seu Dário, a Cleuza não tá melhor assim?

E antes que meu pai concordasse, ela repetiu o clichê:

__eu tenho a Cleuza como minha filha, seu Dário. Ainda bem que ela me ouve. Menina obediente que o senhor tem, bem educada. Menina de ouro, viu seu Dário, porque hoje em dia tá difícil.

Embora acontecesse aquela esturdície a noite, meu pai confiava em Suzy, tanto que nunca impediu que eu fosse a rua com ela. Nesse dia fiquei meio perturbada. Suzy tinha suas contradições: uns dias antes tinha me aconselhado a não usar shortinho muito curtinho, porque dizendo ela homem tem a carne fraca.

__a Cleuzinha é muito bonita, né seu Dário? Ela tem um chamego por esse pai...

Nas noites seguintes dona Suzy desfilou pela casa de shortinho bem curto. Cheguei a ter impressão que ela me usou, que me fez colocar um shortinho pra que ela também pudesse usar. Marcelo parecia nem se incomodar, mas a safadeza dela me incomodou: por acaso ela estava querendo provocar meu pai? Ela sabia que ele estava sem mulher, ela mesma tinha me falado pra não ficar de bobeira, sem contar as coisas que ela fazia no quarto quando as portas dos quartos se fechavam. Com isso, eu acabava concordando com meu pai, que mulher safada!

Eu vinha fazendo um bate-enxuga com meu shortinho, pois eu não queria perder pra Suzy. Se ela tinha o direito de usar shortinho, quem era ela pra falar que eu não podia? Eu sentia raiva dela, muito ódio. Que mulher safada! E eu já vinha me desafiando: “qualquer dia desses vou dormir de calcinha. Quem é dona Suzy pra falar pra mim o que é certo e o que é errado pra mim?” que mulher safada! Meu único receio, no entanto, era meu pai brigar comigo por causa dessa ousadia. Mas, tanto maquinei que uma noite tomei coragem e de propósito esqueci de lavar meu shortinho...

__ai pai! não queria dormir com roupa apertada

Abri o fecho da minha calça ameaçando tirar, mas me detive com ela aberta mostrando minha calcinha e a reação dele foi muito positiva pra mim:

__ó, minha filha, por mim você dorme como você quiser. Dorme de short, de calcinha. Comigo não tem essas coisas. Sua mãe que era mais assim...

E assim, pela primeira vez tomei coragem de dormir de blusinha e calcinha. E, logo depois começou a esturdície no quarto de Suzy. Como falei no início, alguns minutos depois do barulho era normal encontrar Suzy fazendo sanduiche na cozinha, com aquela cara de safada. De certa forma, eu sentia satisfação em jogar na cara de Suzy que eu ainda estava acordada e quase sempre inventava um jeito de ir beber água. Nessa noite eu não fui por motivo óbvio e tive a péssima ideia de pedir que meu pai buscasse água – porque, de certa forma, eu queria que ela percebesse que a gente estava acordado. Que azar! A porta se abriu e nem olhei para trás, pois achava que era meu pai. Nisso fui surpreendida com Suzy já sentando em minha cama.

__olha que legal, tá mais soltinha. Gostei de ver.

Nessa hora senti um nó na garganta, meu coração ficou muito acelerado, minhas pernas se tremeram e meu rosto ficou queimando de vergonha, pois Suzy tinha me flagrado deitada na cama do meu pai, de bunda pra cima, de calcinha e blusinha, justo na primeira vez que eu fui capaz de me expor. Nem prestei atenção no que ela estava dizendo, pois eu só conseguia me lembrar das histórias da cidade dela, principalmente da menina que ficava de calcinha perto do pai, e daqueles “segredos de homem” que ela vivia me ensinando: que homem não aguenta ver uma bunda, que a melhor forma de conquistar um macho é se exibir pra ele, etc.

Por uns dois ou três dias evitei o contato direto com Suzy. Eu ainda me sentia envergonhada com os julgamentos dela, pelo fato dela ter me flagrado de calcinha na cama do meu pai. Ela me olhava com cara de deboche. Na terceira noite ela foi em nosso quarto conversar... e bisbilhotar. Eu tinha “dormido” e preferi continuar fingindo, pois não estava com clima para conversar com dona Suzy.

__ai seu Dário, será que a minha flor tá braba, pois ela nem tá falando comigo.

Suzy falava alto, ignorando meu “sono”.

__e por que o senhor não se casa, seu Dário, um homem tão bom?

__ah dona Suzy, casamento é complicado. Agora eu tô bem assim. Quem sabe depois que a Cleuza se casar, depois que meus filhos tiverem seguido o rumo deles.

Nisso, Suzy que estava sentada em minha cama começou a passar a mão em minhas costas enquanto dizia em tom debochado.

__é tão bom um pai que pensa assim, seu Dário, um pai que pensa primeiro nos filhos. Tá difícil isso hoje em dia, né? Tem muitos que não quer nem saber dos filhos. Lá na minha cidade tinha um homem que ficou viúvo. Um homem assim que nem o senhor. Ele dizia pra todo mundo que não queria se casar enquanto as filhas não crescessem, que ele não queria madrasta judiando das filhas.

__eu também penso nisso. Imagina uma madrasta que não goste da Cleuza...

__nem pense nisso, seu Dário, a Cleuza ia infartar. Ela tem um chamego por esse pai... um chamego!

__mas eu não penso nisso não, dona Su...

Suzy cortou o assunto.

__a Cleuzinha é muito bonita, né seu Dário? É uma menina magrinha, mas bem feitinha de corpo. Com esses americanos atirados, pra já que o senhor arruma um genro.

Nisso ela me deu um beliscão perto da nuca. Abri meus olhos, mas não tive coragem de reclamar.

__olha quem tá acordando, seu Dário, deixa eu ir dormir que agora a Cleuza lhe faz companhia.

Ela saiu e eu contei pro meu pai que tinha “acordado” com o beliscão. Na hora não entendi porque ela fez isso. Meu pai também ficou sem entender. Enquanto pegava no sono fiquei recapitulando a história do pai viúvo lá da cidade dela. Suzy era muito safada mesmo! Como ela podia pensar uma coisa dessas do meu pai? Acabei contando que tinha ouvido Suzy falar do viúvo da cidade dela

__não gostei que ela te comparou com o homem. Só acho que não tem nada a ver.

Meu pai ficou sem entender porque eu tinha me irritado. Mas, eu não podia contar o resto da história. Suzy era muito safada pra fazer essa comparação. Por acaso ela estaria insinuando que meu pai não queria se casar porque estava me comendo? Ou porque, mais cedo ou mais tarde, iria me comer? Ela tinha me visto de calcinha, na cama dele. E Suzy vivia me dizendo:

__se você quiser conquistar um macho, menina, basta se mostrar pra ele. Homem é bicho fraco, não aguenta ver uma bunda. A maioria não perdoa nem a própria filha.

Suzy vivia se insinuando com essas histórias. Como sou muito acanhada, nunca soube o que responder. Além disso, Suzy era danada em fazer piadinhas

__seu pai deve ser um homem bem gostoso...

Como que eu ia responder uma coisa dessas? Suzy disse isto umas cinco vezes. E vivia repetindo que eu tinha “um chamego” por meu pai, além de insinuar pro meu pai que eu era bonita, educada, magrinha de corpo bem feitinho... Dormi pensativa. O que a gente estava fazendo de errado naquela casa? Considerei que a primeira coisa errada foi a gente naturalizar aqueles barulhos noturnos, a gente ria e debochava do casal, da falta de vergonha na cara de fazerem essas coisas com a gente em casa, mas no fundo a gente tinha perdido a vergonha. No começo era aquele constrangimento, e agora a gente vivia de piadinha, de risadinha. E também tinha os palavrões que eu vinha aprendendo com meu pai, meu deboche favorito era dizer que “Suzy chorava na vara”. Aprendi com quem? Com meu pai. Depois veio o shortinho... minha mãe jamais aprovaria aquele shortinho. Nem pra dormir. Como dizia minha mãe...

__em casa que mora homem, menina moça se traja com respeito.

De certa forma, isso que minha mãe dizia tinha a ver com meus irmãos e com meu pai, pois eles eram os únicos homens em casa. Por acaso minha mãe estaria me dizendo a mesma coisa que Suzy me disse? Pra minha mãe e pra Suzy quem tem que se cuidar é a mulher, pois macho não sabe se controlar. Mas quem era minha mãe pra me ditar regras? Justo ela que tinha traído meu pai. No final, ela e Suzy eram safadas... De qualquer forma, eu também estava me excedendo. Como é que eu fui capaz de dormir de calcinha? Tinha sido uma única vez, e justo nessa vez a Suzy me pegou em flagrante. Era muito azar... e assim, pensando nestas coisas peguei no sono.

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Comentários

Foto de perfil de Morfeus Negro

Que história interessante, você conseguiu prender minha atenção e atiçar a curiosidade.

A Suzy é uma ótima personagem, com suas intrigas e joguinhos de manipulação.

Aguardsndo os próximos capítulos.

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