Depilei a cunhada VI -

Um conto erótico de Gilberto
Categoria: Heterossexual
Contém 3255 palavras
Data: 29/07/2023 06:00:24
Última revisão: 04/08/2023 03:43:51

- Suzana! Abre essa porta!

- Minutinho!

Suzana me puxou pelo braço na direção do armário. Nós dois sussurrando meio assustados.

- Não cabe aí dentro Suzana.

- Entra logo homem!

- Deixa eu colocar pelo menos a cueca.

- Entra rápido!

Me enfiei nu segurando as roupas e os tênis. Um deles caiu pouco antes de Suzana fechar a porta.

- Quem tá aí com você Suzana, eu tô ouvindo vozes?

A voz de bravo do Ricardo veio acompanhado de dois murros na porta do quarto. Ouvi um barulho de alguém chutando meu tênis. Não dava pra ver muita coisa, só havia uma pequena abertura redonda no meio da porta coberta por uma treliça que deixava passar um pouco de luz entrar.

Vi Suzana correr na direção da porta, amarrando um robe prateado. Ouvi ela gritando enquanto destrancava a porta.

- Pra quê esse estardalhaço Ricardo!? Já chega aqui berrando depois de toda aquela briga, cara!? Tá querendo voltar pro hotel?

Ela falava gritando como se estivesse realmente brava com ele. Tentei me mexer, mas o espaço era apertado demais pra caber as roupas de Suzana e eu ali dentro, mesmo assim consegui me ajeitar pra poder ver melhor através da treliça.

- Quem está aqui? Cadê o homem?

- Que homem, homem? Só tem você aqui.

Dava pra ver a cara de desconfiado do meu irmão. A voz parecia um trovão. Ricardo sumiu da minha visão. Comecei a ouvir barulhos de portas se abrindo.

- Nos armários Ricardo! Você acha que eu ia esconder alguém num armário cara?

Dava pra ouvir as portas sendo puxadas e depois fechadas. Eram os armários do outro lado do quarto tentei olhar, mas não dava.

- Eu sei que tem homem aqui. Eu ouvi você conversando.

- Então abre, abre tudo pra ver se tem alguém escondido aí.

Ele já estava no lado da parede onde ficava o armário embutido onde eu estava.

- Deixa de ser ridículo Ric! Como é que eu colocar um homem dentro da gaveta da penteadeira!?

Deu pra ouvir ele abrindo as duas primeiras portas do meu armário. Respirei fundo, eu nem conseguia pensar numa desculpa pra dar.

Ele puxou as portas onde eu estava, não abriu tudo, dava pra ver a luz entrando pela fresta das portas abertas. Eu encolhi as pernas e quase dei um grito.

- Ricardo Alves Mansur!

Faltava tão pouco pra ele escancarar as portas.

- Não se atreva! O meu armário, com as minhas roupas. Você acha que eu enfiaria um homem misturado com as minhas roupas, justo as minhas?

- Então onde está?

- Você é que está dizendo que tem um homem aqui dentro, então procura. Olha debaixo da cama. Se era pra colocar alguém escondido não seria aqui.

Ela estava ao lado dele. Passou na frente e fechou as portas com as mãos e depois ficou de costas escorada nelas. Eu suava.

Deu pra ouvir o som do Ric se agachando, ele rastejando pelo chão.

- Tá vendo! Não tem nada aí, não tem ninguém aí embaixo.

- Não! E o que é isso? O que esse tênis está fazendo debaixo da nossa cama Suzana.

O rosto dele parecia um pimentão, vermelho, espumando, balançando meu tênis no nariz de Suzana.

- Deve ser seu, querido. Você vivi perdendo as coisas aqui dentro de casa.

- Não tenho tênis assim, nem é meu tamanho. Onde está esse homem, Suzana? Fala!

Não dava pra ver o rosto dela, mas percebi que Suzana olhou na direção da porta. Ricardo torceu o pescoço entendendo a mensagem, saiu bufando na direção da porta, ouvi um barulhão de algo batendo no chão, o tênis.

Suzana deixou os ombros cair, respirou aliviada. Depois olhou na minha direção. Aquele sorriso safado no canto da boca, a mão na cintura e uma piscadela de olho.

Ricardo esbravejava correndo pelo jeito de um lado para o outro no corredor, deu para ouvir os sons dele descendo as escadas. Suzana parecia cada vez mais tranquila e cínica, se divertindo com a braveza do marido.

- Bem! Quando você subir trás um copo d'água pra mim. Esqueci de tomar o remédio da tireóide.

Não deu pra ouvir o que ele falou, uma gritaria misturada com barulho de gavetas. Estiquei o olho e vi Suzana encostada na porta, mordendo a unha com uma perna dobrada apoiada no joelho da outro. Nem parecia que o assunto era com ela.

Ouvi os passos duros do Ricardo subindo os degraus da escada. Deu pra ver quando ele entrou no quarto, bravo, todo suado, o rosto ainda vermelho.

- Toma. Esqueceu de tomar o remédio, tava ocupada fazendo o que?

- Brigada amor.

- Responde, fazendo o que?

- Você quer saber o quê ou com quem?

- O tal bombeiro? Como é que ele chama?

- Gilberto, o nome do seu irmão.

- Esse, era ele? Bastou eu sair pro cara voltar? Cachorro, onde ele está? Fala Suzana, que merda!

- Não sei, deve ter ido embora. Ficou com medo de você. Coitado.

- Coitado! Era só o que faltava, vem come a minha mulher e ela ainda fica com pena dele.

- Perdeu o tênis poxa, deve estar andando descalço aí pela rua.

- Você não presta Suzana. Imagina se os nossos amigos souberem, a minha família. O que mamãe vai dizer? E o Gil?

- Ninguém vai dizer nada Ricardo, ninguém vai saber. E também a culpa é sua.

- Minha!

- É sim senhor, tem três semanas que eu fiquei na seca. Você sabe que eu não aguento, fui até o limite. Eu lá sabia que ele voltaria de surpresa, justo ontem. O que eu posso fazer?

- Me esperar, você sabia que eu voltaria. O Gil não te falou?

- Falou, mas não podia imaginar que outro ia aparecer. Foi uma surpresa e no fundo eu sei que você gosta. Fala se não gosta quando eu te conto as minhas estórias?

Ricardo veio na direção da cama, o rosto fechado, as mãos na cintura.

- Olha só o estado dessa cama Suzana! Dá pra imaginar o que vocês fizeram. Que putaria! Se eu soubesse nem tinha voltado. Você não merece.

- Ai não! Que isso amor, eu tava com saudades. Juro! Cê sabe que eu só faço pensando em você. Verdade, já te contei.

Suzana dengosa se abraçou no marido, as mãos cruzadas acima da nuca dele, a testa encostada no queixo dele.

- Para Suzana, tô com raiva de você. Muita raiva.

- Não parece, tá ficando duro. Saudades de mim, do sexo depois que você volta, ainda mais hoje?

- Você está ficando mal acostumada, não é pra você ficar dando pro primeiro que aparece. Você é uma mulher casada, poxa! Pega mal Suzana, imagina se os vizinhos desconfiam. Porra!

- E você pode? Homem pode, né? Vai dizer que você não pegou umas menininhas nessas semanas que a gente se separou? Safado.

- Homem, tudo bem. É da natureza, todo mundo sabe!

- Sei, tô sabendo. Pilantra!

- Vagabunda.

- Gosto mais de putinha.

- Piranha é o que você é!

- Háháhá aiaiiii! Adoro quando você fica bravo comigo, esse ciuminho indecente.

Ela ficou na ponta dos pés, ele apertou a bundinha por cima do robe. Veio um selinho carinhoso.

- Ele te comeu aqui ou começou na sala?

- Na sala, umas taças de vinho, uns abraços.

- E depois vocês subiram?

- Antes teve o boquete, lá.

- Você bebeu de novo a porra desse safado?

- Ah! Bebi, não deu pra segurar. Você não estava aqui e o pau do Gil é tão gostoso.

- Não quero nem saber. Que nojo!

- Mentiroso. Cê gosta, gosta de me ver com a cara marcada. E o Gil é desses gozam litros, tomei um banho de... orra. Háhá! Não finge não qur eu sei que você ama me ver de rosto manchado.

- Eu posso, sou seu marido.

- Um marido que gosta de ouvir as putarias que a esposa faz com outros, é? E depois fica todo bravinho, ofendidinho. Hipócrita!

- Você é que é! Ninguém gosta de ser traído.

- Mas tem uma parte de você que gosta, e como gosta.

Suzy ria como um de menina sapeca ao mesmo tempo que apertava as calças do marido.

- Aaah! Suzana para! Tô com raiva de você, desse babaca que resolveu voltar aqui pra casa.

- Mas seu bilau não, o bilauzinho do meu marido tá ficando cheio, gostoso. Será que tá ficando meladinho na ponta da pica, será?

Ela desceu o zíper da calça, enfiou a mão e puxou o pau do marido.

- Olha que bonitinho! Tá assim pra mim amor? Saudades das minhas estórias, é?

- Te comeu aqui, na nossa cama?

- A noite inteira, me deixou toda moída. Aquele bombeiro é um tarado. Tarado de pau grosso.

- O babaca, tem pau grosso? Maior que o meu?

Ric sentou na cama, Suzana se ajoelhou entre as pernas. Ela tirou as calças, depois da cueca,p. Ele se livrou da camiseta.

- Nada é maior do que o seu, amor. Ai, que bonitinho! Tanto tempo sem te ver, assim durinho pra mim.

Eu é que não via muito o que a Suzy fazia, mas era óbvio que ela punhetava o marido. Ricardo começou a gemer e inclinou o corpo com as mãos espalmadas na cama.

- Que menino educado, depiladinho e limpinho, pensando em mim é meu amor?

- Suzy chupa, cacete. Aaahh! Engole tudo, isso isso.

Ele sussurrava e ela chupa a rola do marido com a mesma vontade que chupou a minha. Uma profissional no oral.

- Deixa eu fazer como você gosta, deixa?

- Não Suzy, hoje não. Ainda tô com raiva de você.

- Ah, porque amor? Só porque o Gil me comeu na nossa cama? E depois me encheu com aquele leite quente.

A voz cada vez mais fina, um jeito de menina cínica. Suzy tava adorando o momento.

- Piranha, safada! Você não vale nada Suzana.

- Deita Ricardo, deita que faço, do jeito você mais gosta.

O cara se esparramou na cama, os braços esticados, passando as mãos nos lençóis amarrotados. Suzana apareceu com um riso estranho na cara, um olhar brilhante, um jeito de fera.

- Aaaahh! Aaaaiiii Su, Suzyyyy!

Minha cunhada arranhou do peito até a cintura do marido. Devagar, primeiro com uma, depois com as duas mãos. Os dentes cerrados e ela saboreando o momento. E ele todo arrepiado.

A punheta voltou e pelo jeito uma massagem nos sacos. Ricardo gemia e tremia, o peito estufado e as mãos agarradas nos lençóis.

Suzy se abaixou, tive a impressão que me olhou um instante, mas ela se dobrou e chupou o cacete do marido. Gulosa, engolia esfomeada, chupando e lambendo a haste cada vez mais brlhante.

Ricardo tremia e gemia como um animal amestrado.

- Levanta essas pernas Ric, eu vou fazer o que você mais gosta amor.

- Ele te comeu a noite toda, foi? Cê tá de consciência pesada, não é?

- Uma loucura aquele bombeiro tarado, me encheu... todinha.

- De porra, é isso?

- Cheirosa. Humm! Uma delícia. Me Deflorou como se eu fosse uma virgem. Pior mesmo foi que ele fez de manhã.

- Pior, pior como? Você não podia deixar ele que abusasse de você? Você é casada Suzana, tenha respeito. Aaaah! Puta do caralho!

- Puta do caralho, é? Então você merece um castigo. Mostra essa bunda Ricardo. Abre essas pernas.

Ele fez, fez como uma garota submissa, os pés apoiados na cama, as pernas abertas. Só dava pra ver o movimento do braço de Suzana. Mas dava pra imaginar, pelo sorriso dela, pelo movimento do braço. E o Ric gemendo e vibrando. Suzana estava fudendo o marido com os dedos.

- Aaaahh! Devagar Suzy, espera! Aaaaiiii!

- Não vem com essa que você gosta. Homens! Dois dedinhos de prosa e vocês ficam gemendo como fosse uma trola gigante enfiada bunda.

- Você fez isso com o canalha?

- Pior que não! Nem lembrei, também na hora foi aquela trepada de tirar o fôlego. O homem não parava.

- Chega Suzana, para de falar nesse homem!

- Ai por que amor? Você está tão durinho, essa gosminha sainda da pica.

- Entao agora chupa, bate, bate! Aaahh! Gosta de fuder seu marido, é?

Ela esmagou o pinto, um riso na cara.

- Tem coisa melhor do que te ver gemendo igual uma franga? Ainda mais depois de fazer uns carinhos no bombeiro essa noite. Hum?

- Franguinha é sua mãe, filha da puta! Vem cá, vem!

- Pra quê, o que você vai fazer comigo?

- Deita aqui, anda. De costas, fica de quatro.

- Espera homem, calma!

Ricardo se sentou na cama com jeito de bravo. Agarrou Suzana pelos cabelos. Ela mordendo o lábio, os olhos brilhando.

Fez ela subir na cama, ficar como uma cadelinha. Suzana esticou os braços e desceu a cabeça até o colchão. Dava pra ver toda cens e ela sorrindo minha direção. Tomou tapa na bunda.

- Ai!

- Levanta essa bunda.

Ela fez o que ele queria e afastou as pernas. A visão de Suzana deixou o Ric abobado, boquiaberto com os olhos vidrados.

Veio outro tapa nas ancas.

- Aiiii! Amô, não faz isso. Dói!

- É o que você merece. Bastou eu sair de casa que você trepa com qualquer um.

- Aaaiii! Qualquer um não, o Gil não é qualquer um. O meu bombeiro prefirido.

- Atrevida! Cada vez mais vagabunda,. Gosta de me provocar, não é? Fala se o idiota enfiou o pau inteiro dentro de você, enfiou?

Suzy pareceu mais afundada na cama e a bunda larga cada vez mais alta.

- Enfiou tudo, ou foi só até o meio?

- Ai, tudo, toda a rola.

- Foi assim, foi? Foi desse jeito?

- Aaahhh! Ai amor, devagar, devagar que ele me machucou. Me assou todinha. Devagar, devagar, por favor!

- Putinha! Tá melado, ainda tem porra dele dentro de você? Nem se lavou, não é!

- Eu sei que você gosta. Aaahh! Ricyyyy!

A cama começou a ranger, dava pra ver ele fudendo a esposa. Ela fazendo cara de dor e ele com as mãos agarradas nas ancas. As trombadas começaram a ficar barulhentas. Os peitos de Suzana balançando cada vez mais rápidos.

- Podia ser pelo menos mais discreta. Aposto que os vizinhos ouviram tudo

- Fazer o que Ric? Aaaii! Ocara me fez trepar sem parar. Ele só queria gozar e gozar. Foi até a gente cansar. Aaahhh! Ai amor! Devagar que tô machucadinha.

- Filho da puta desse bombeiro! Comendo a minha mulher dentro da minha casa. Sem-vergonha do caralho, aaah! A hora que eu pegar esse sujeito... ooooh! Justo na nossa casa, porra!

- Pois é, aaah! me deu uma surra de pica, na nossa casa, e me comendo como se eu fosse uma qualquer. Do jeito que você mais gosta, me fazendo de putiiinhaaa! Ric, devagaaaarr!

- Canalha! Eu corto as bolas dele.

- Também não precisa tanto, amor.

- Defendendo o vagabundo, é? Gostou assim do pau do cara? Você também tem que ser punida. Escrota de uma figa!

- Não, não, não, aí não Ricardo! Eu não tô preparada, espera amor!

- Esperar o que, safada! Isso não é nada. Eu devia te encher, aaaahh!! Aaaahhh!! Deus que cu gostoso.

Deu pra imaginar o pau entrando na bunda de Suzana, aquele gemido fundo de olhos fechados. Ricardo agarrado nas ancas da esposa. Inveja.

- Ric, meu bem. Não enfia tudo, nananão, não! Só um pouquinho! Espera aaaii!

- Entrou, entroooo!

- Ric amor!

As bombadas vieram acompanhadas dos tapas. Suzana gritando a cada bofetada.

- Ai Ricardo! Ai! Aiiii! Devagar amor! Nãoooooo!!

- Ooohhh! Que isso, cê tá lubrificada é ? Ele te comeu Suzana? Comeu seu cu! Você deixou?

- Comeu Ricardo! Comeu agora, pouco antes de você chegar!!

Suzana balançava no ritmo das estocadas, agora igual uma cadelinha com os punhos fincados na cama, de olhos fechados sentindo as bombadas.

Ricardo suado, agarrado nos cabelos dela como se fosse uma crina.

- Eu esperava tudo de você Suzana, mas você é muito pior do que eu podia imaginar. Tem porra aqui dentro, tem?

- Muita, aaah! Deu até pra sentir ele gozando, me arregançado por dentro e me enchendo de creme! Ric, amor!!

Suzana enfiou a mão entre as pernas e se masturbou. O talo entrando fundo na bunda e ela se tocando na minha frente. Os dedos agitados no meio dos lábios. E a filha da puta, cada vez mais gostosa, descabelada, revirando os olhos. Insana, como só Suzana na cama.

Ela deu um grito e vieram alguns espasmos. Ricardo de um berro, um urro de alívio.

- Aaahh! Caralho, oooooh! Delícia.

- Ainda tá gozando Ric? Já acabou?

- Acabou, acabei. Uuuufff!

Vi o esperto abrindo a bunda de Suzana e examinando.

- Que foi ?

- Ele te deixou arrombadaça Suzana, não sei como você dá conta.

- Também não precisa dizer essas coisas, sou sua esposa, esqueceu?

- O babaca gozou aqui dentro também?

Suzy virou a cabeça encarando o marido, um ar de riso.

- Gozou, por que? Não pode?

- Deixa eu ver?

- Não tem nada pra você ver.

- Dá aquela cuspidinha, faz um biquinho com o cu.

- Babaca é você sabia? Deve ser de família. Seu irmão é igualzinho.

- O Gil? Porque? Ele deu em cima de você quando veio aqui?

- Não, nada disso, é só que eu acho que ele tem pinta de quem é tarado como você.

Falou olhando direto pra mim, o rosto encostado no travesseiro, um riso safado no rosto. Mulher louca! Cutuca a onça com a vara curta, cuta! Suzana gosta de viver em perigo.

- Humm, eu gosto quando uma mulher deixa vazar o creme. Ainda mais quando é você.

- Doente. Pelo menos chamou de creme.

- Será que está misturado, o meu e o dele?

- Para com isso Ricardo, saco! Chega, cansei! Deixa eu ir me limpar.

- Eu vou é deitar.

- Não vai nem tomar um banho? Vai deitar assim?

- Vou! Tô cansado.

***

Minhas costas estavam me matando. Eu não tinha lugar mais dentro daquele armário. Quase três horas enfiado ali. E o diacho do Ric nem pra ir ao banheiro.

Roncando igual um porco, não sei como Suzana aguentava. Foi quando meu celular vibrou, esqueci dele, e o danado começou a tocar. Custei pra achar no meio das roupas.

- Que celular é esse? Atende aí Suzana? Porra!

- Deve ser o seu. O meu é que não é?

- Mas eu não conheço esse toque? De onde está vindo?

Ricardo sentou na cama.

- É do seu armário Suzana?

Suzana se ergueu no ato, a voz mais aguda que o normal. Eu pelo menos tinha conseguido silenciar a ligação, mas o coração tava saindo pela boca.

- É meu mesmo esqueci.

- Esqueceu!?

Suzana abriu a porta, um relance, ela esticou o braço e eu entreguei o aparelho.

- Alô! Oi Carminha! Não, não, deixei ele no meu armário, esqueci desse daqui. Hãhã. Sei, sei, entendi. Pode deixar querida, segunda-feira eu levo. Tchau, beijo.

- Que celular é esse Suzana? O seu é um Motorola, o que você está fazendo com um Samsung?

Suzana sentou na cama, nitidamente ainda nervosa.

- E é Motorola. Não troquei.

- Mas esse não é.

- Esse é o da firma. Lá do escritório.

- Eles deram um celular pra vocês? Pra todo mundo da firma?

- Política da segurança, sei lá, foi o que disseram. Mas é só para alguns.

- E agora te ligam até no sábado?

- Pois é, fazer o que?

- Que cara é essa, tá parecendo que viu um fantasma!

- Que isso Ric, tomei um susto! Esqueci o celular no armário. Foi isso. Humm... mô!

- Que foi?

- Você tá cheirando mau, vai tomar um banho. Tira essa zica homem.

- Eu! Foi você que trepou com dois homens hoje e eu é que estou fedendo?

- Eu já tomei meu banho. Você é que ainda não foi. Vai logo, anda!

- Tá bom, tá bom! Tô indo, canseira.

- Vai, vai logo.

- Eu tenho que pegar minha roupa mulher!

- Eu levo pra você, levo também a toalha.

- Meu Deus que dor nas costas!

- Que foi? Que cara é essa homem?

- Não sei, sei lá tem uma coisa estranha.

- Tem nada estranho não, bobagem sua. Vai, anda Ricardo!

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