Jornada de um Casal ao Liberal - Capítulo 15 - Alvorecer - Parte 35

Um conto erótico de Mark
Categoria: Heterossexual
Contém 4053 palavras
Data: 08/06/2023 23:31:40
Última revisão: 08/06/2023 23:35:07

Denise se levantou rindo e foi buscar um copo de água com açúcar para ela que tomou meio contrariada, mas servindo a seu propósito, conseguiu acalmá-la:

- Bem… Vamos comer?

- Ai! Eu acho que nem tô com fome. - Retrucou a Nanda, sorrindo e secando o rosto: - Devo tá toda borrada…

Fiquei em silêncio por um segundo, matutando, e elas passaram a me encarar:

- Mark, que cara é essa? - Perguntou-me a Nanda.

- Que tal se a gente saísse, os três, para jantar fora, hein? Afinal, temos uma reserva nos esperando.

(CONTINUANDO)

Elas se olharam por um momento, como se não tivessem entendido minha proposta, mas no mesmo instante ambas me encararam, com olhos arregalados e falaram juntas:

- Não!

- Ah, vamos sim, gente, estou precisando de um ar fresco.

- Mark, não! - Denise insistiu.

- Vocês parecem não confiar em mim! Só quero aproveitar um momento legal com minhas duas mulheres preferidas, depois das minhas filhas, se bem que elas não são mulheres, são só meus bebês, né! - Insisti, sorrindo.

- Você tá mal intencionado, Mark. Isso não vai prestar. Esquece disso. - Retrucou a Denise.

Nanda nos olhava como se assistisse uma partida de tênis: olho num, olho noutro. Depois de uma breve conversa entre eu e Denise sem que um ou outro cedesse, ela tomou a frente:

- Você promete que não vai brigar, nem discutir?

- Claro que não! Quero conversar com ele, cara a cara, para ter uma impressão pessoal que me dê condições de decidir melhor. Daí, se eu notar que ele não é flor que se cheire, já estaremos acompanhados de nossa advogada que ficará incumbida de colocá-lo em seu devido lugar. Certo, doutora?

Denise nos observava e ainda não parecia convencida:

- Isso não é uma boa ideia. Tem grande chance de dar merda, gente.

- Ô, Denise…

- Não, Mark, escuta. - Me interrompeu e olhando para a Nanda continuou: - Você está calmo porque está aqui conosco, mas lá é diferente, você estará de frente para o cara que se diz apaixonado por sua mulher. Aceite meu conselho: deixa que eu cuide disso, mas não lá. Amanhã, mando um convite para ele e resolvo tudo no escritório, como deve ser feito.

Eu sabia que ela estava certa, pois aquele seria o meu conselho numa situação daquelas, mas o meu orgulho de macho ferido, somado a curiosidade de conhecer melhor quem balançou o coração da minha esposa, me fez recusar:

- Eu entendo sua posição, Denise, obrigado, mas vou discordar. Não há problema algum se você não quiser nos acompanhar, mas eu vou com a Nanda encontrar esse tal Rick hoje, e vou resolver isso de uma vez por todas.

Nanda me encarava em silêncio e a Denise, depois de me olhar e balançar negativamente a cabeça, a encarou:

- Nanda, fala alguma coisa. Ele está errado, eu sei que você concorda comigo.

Nanda me encarou mais um pouco em silêncio e depois se voltou para ela:

- Denise, eu conheço o Mark e sei que ele não vai brigar. Talvez, a ideia dele seja boa.

- Deus do céu! Agora entendi porque vocês dão certo: são dois cabeças duras! - Falou Denise, gesticulando e acabamos sorrindo para ela: - Eu vou! Vou só para garantir que vocês não façam nenhuma besteira, mas olha, no primeiro sinal de problema, eu vou sair e vocês virão junto comigo, entenderam?

- Sim, doutora. - Respondi, sorrindo.

Denise pegou a Nanda pela mão e foram para sua suíte. Sentei-me no sofá e logo ouvi Denise gritando:

- Mark, traz gelo pra gente? Tem aí no freezer!

Peguei duas forminhas de gelo e levei até elas. Nanda parecia estar praticando apneia na pia do banheiro de sua suíte. Denise pegou o gelo e despejou na pia enquanto a Nanda me olhava e sorria:

- É pra desinchar…

- Ah! - Falei, recebendo as forminhas e uma ordem para esperar na sala.

Estava navegando em meu celular quando o da Nanda tocou dentro de sua bolsa. Peguei o aparelho e vi um número que não conhecia, nem estava registrado em sua agenda de contatos. Pelo fato de ser da área “11” já imaginei quem deveria estar ligando e tive que me conter para não atendê-lo. Levei o aparelho até a suíte:

- Adivinha quem é, Nanda? - Brinquei.

Ela arregalou os olhos e sacou na hora:

- O que eu falo?

- Diga que teve um imprevisto e que vai se atrasar um pouquinho, mas já está saindo.

- E se ele desconfiar?

- Se ele perguntar mais alguma coisa, diga que eu demorei para pegar no sono, mas que seu sonífero acabou de fazer efeito.

- Mor! Sonífero!? Eu nunca faria isso. - Retrucou.

- É, né!? Não é muito diferente de mentir…

- Poxa! - Resmungou, entendendo a “indireta”.

- Não reclama comigo! Foi você quem aprontou e ainda iremos conversar sobre isso. - Retruquei e ela me olhou de uma forma triste, enquanto eu continuava: - É só uma desculpa… Fala aí!

Ela o atendeu e, dito e feito, ele caiu como um patinho, com o “plus” de ter achado que, por ela supostamente ter me dado um sonífero, ela estava intencionada em não apenas jantar, mas ser jantada por ele. Voltei à sala e coisa de quinze minutos depois, um verdadeiro recorde na minha concepção, as duas retornaram, muito bem vestidas e arrumadas, lindas de verdade. Pedi o nome do restaurante e o endereço para a Nanda, chamando um Uber. Enquanto esperávamos o motorista, expliquei:

- Nanda chegará sozinha. Eu e Denise chegaremos juntos e ficaremos no bar. Ele me viu poucas vezes e acredito que estará tão encantado pela minha digníssima que não me notará. Depois de um tempinho, chegaremos na mesa e é aí que a festa começará.

- Mark… - Resmungou Denise: - Olha lá, hein!

- Relaxa, Denise. Eu sei bem o que vou fazer. Dali por diante, eu assumo, mas você fica de rebote. Se eu precisar de um apoio, te dou um sinal e você solta a doutora Denise em cima dele, ok?

Lógico que ela falou que concordava, embora balançasse negativamente a cabeça, mas concordou! Nanda apenas ouvia, mas não se conteve:

- E eu? Faço o quê?

- Seja a minha Nanda. - Falei.

As duas se entreolharam e novamente falaram quase juntas:

- Mas é claro que não!

Voltaram a se olhar e a Nanda insistiu:

- Eu não vou ficar com ele não!

Acabei rindo de seu jeito, confirmando com minha cabeça e a peguei num beijo gostoso, intenso e amassado, bem na frente da Denise. Ela ficou molinha e depois ainda disse:

- Nossa! Não sei o que fiz para merecer, mas faço de novo.

- Não precisa beijá-lo ou ficar com ele. Você sabe, quando quiser um beijo que seja mais que um simples beijo, onde encontrar.

Ela sorriu com lábios e olhos para mim, entendendo bem a mensagem e se recostou em meu ombro. Olhei para a Denise que mordia suavemente o lábio inferior enquanto nos olhava e perguntei:

- Quer um também?

- Ô… - Falou inadvertidamente e completou: - Mas não agora! Estou entrando na personagem.

Um aviso chegou em meu celular, indicando que nosso motorista estava aguardando. Descemos e fomos para o restaurante. Nanda entrou na frente e segundos após entramos eu e Denise, indo direto para um bar, ao lado do salão onde ficavam as mesas. O barman veio nos atender, mas o dispensamos, alegando que ainda estávamos decidindo o que beber. De onde estávamos, tínhamos uma bela visão lateral da Nanda e do tal Rick. Ele parecia genuinamente feliz. Denise o olhava e a mim também, não se aguentando:

- O que você está esperando?

- Estou analisando a postura dele, os sinais não verbais. Quero ter uma ideia prévia do que vou enfrentar.

Ela voltou a olhá-lo e resmungou:

- Mas o que exatamente você está procurando?

- Pequenos sinais, Denise: um tique nervoso, um esfregar intenso ou ininterrupto de mãos, postura corporal, trejeitos. Essas coisas…

- Nossa! Ninguém ensina isso na faculdade…

- Não mesmo! A psicologia jurídica passa raspando, mas ainda deixa muito a desejar.

- Vou ter que estudar muito ainda…

“Você nem imagina!”, concordei mentalmente com ela voltando a focar no meu alvo.

Por mais estranho que possa parecer, não identifiquei de imediato nenhum sinal de desvio de conduta dele. Parecia ser apenas um cara bem apessoado, tranquilo e bastante feliz por estar frente a frente com uma pessoa que ele dizia gostar tanto. Talvez, mas apenas talvez, ele realmente gostasse da Nanda e isso justificaria toda a confusão de sentimentos que se abateu sobre a minha digníssima onça branca, e se fosse esse o caso, não seria sendo rude que eu conseguiria quebrar seu encanto sobre ela:

- Vamos!? - Falei para Denise, oferecendo minha mão e tirando sua atenção de um cardápio de drinks: - Você ainda terá a chance de beber, agora ou mais tarde. Prometo.

Chegamos juntos ao lado da mesa. Nanda me olhou e arregalou os olhos, só aí ele me encarou também, reconhecendo-me de imediato:

- Mas o quê…

- Xiiiiu! - O interrompi: - Sem escândalo! Vamos ter uma conversinha hoje, agora e eu espero que seja civilizada, mas se preferir de outro jeito, também não fujo de uma bela briga.

Eu poderia dizer que ele desmanchou, afinou, amarelou, mas a verdade é que ele ficou tão surpreso e tão sem ação que simplesmente travou. Ficou um tempo me olhando sem reagir e depois olhou para a Nanda como que procurando uma resposta, talvez apoio. Ela, apesar do constrangimento, se mantinha calma, serena e não desviava o olhar dele, a não ser quando olhava para mim:

- A reserva é para um casal. - Resmungou.

Não pude evitar um sorriso de seu péssimo argumento, além de que o constrangimento em seu rosto me agradava imensamente:

- Você pode conversar comigo e com a Nanda na presença da doutora Denise, ou somente com a minha advogada. - Falei apontando para a Denise: - Enquanto isso, eu e a Nanda podemos aguardar no bar.

Ele baixou a cabeça, possivelmente tentando arranjar uma saída, mas não conseguia nada além do silêncio. Eu insisti:

- E então, cara!? Decida!

Ele suspirou fundo e fez um sinal para um funcionário local que prontamente veio atendê-lo:

- Por favor, um casal de amigos acabou de chegar e… Seria possível colocar mais duas cadeiras para eles nos acompanharem?

- Imediatamente, senhor. - Falou o garçom, pedindo licença para providenciar.

Restaurante chique é outro nível. Em segundos, não minutos, segundos, três outros funcionários se aproximaram e adaptaram a romântica mesa para dois em mesa para quatro, com cadeiras, louças e talheres. Sentamo-nos. Como Nanda já estava de frente para o Rick, assim permaneceu. Fiquei do seu lado direito e Denise de frente para mim, à sua esquerda. Ele pegou seu copo de whisky e aí vi que estava nervoso, tremendo. Havia um silêncio absurdo que só foi quebrado pelo garçom perguntando o que gostaríamos de beber:

- Vou acompanhar meu amigo. - Falei o mais falsamente possível: - E vocês, meninas?

- Quero água com limão e um Engov. - Resmungou a Denise, mas se corrigiu após ver a cara do pobre garçom: - Deixa o Engov pra depois.

- Só uma água, por favor. - Pediu a Nanda: - Sem gás, tá, moço?

Assim que o garçom se foi, encarei o Rick e fui direto:

- Certo! Vou direto ao assunto porque não quero perder meu tempo ou de minhas digníssimas aqui presente: que porra de história é essa de voltar a perturbar minha esposa?

Ele me olhou desconcertado e voltou sua atenção para a Nanda, perguntando:

- Eu te perturbei, Nanda?

- Rick, perturbou sim! Eu já te expliquei que quero tocar a minha vida com meu marido e filhas. Só que parece que você não entende ou não quer entender!

Ele se recostou em sua cadeira e a ficou olhando, parecendo meio perdido. O garçom chegou com nossas bebidas e dei uma bela golada, aguardando ele destravar. Ele ficou em silêncio por um tempo, com o dedo na boca, como se pensasse e falou:

- Posso falar com você, Mark, a sós?

Eu estranhei o pedido, mas como estava ali disposto a tudo para resolver de vez aquela situação, concordei. Pedimos licença para as duas e fomos até um canto do balcão do bar, de onde podíamos vê-las e elas a nós. Depois de ficar um tempo em silêncio, voltou-se de frente para o balcão e começou a falar:

- Maravilhosa, não é?

- Como!?

- Ela! A Nanda é maravilhosa, não é?

Eu não tinha como negar e fui sincero:

- Sim, ela é.

- Sabia que ser rico é uma benção e ao mesmo tempo uma maldição? - Perguntou, olhando-me de canto de olho: - A gente nunca sabe qual o interesse da pessoa que se aproxima. Isso é um in-fer-no!

- Rick, onde você quer chegar com isso?

- Sou um pouco mais novo que você, acho que até mais novo que ela, mas nunca tive uma mulher comigo que não fosse por interesse, sabia? A Nanda foi a primeira.

Comecei a ficar curioso com o rumo daquela prosa. Tomei um gole de meu whisky e ele não parava:

- Sabia que ela resistiu para ficar comigo, mesmo eu sendo rico e mesmo ela sendo liberal?

- Dinheiro não é tudo, cara, e ser liberal não significa viver na bagunça. Nós temos sentimentos, família, vida social… A diferença é que vivemos nossa sexualidade de uma forma mais leve e, às vezes, com parceiros externos.

- Pois é… Ela não quis no começo e isso me intrigou e mesmo depois que ficamos, ela nunca me pediu nada… Nada, Mark! - Falou e riu de alguma lembrança: - Aliás, até pediu! Pediu para eu parar de levá-la em restaurante cheio de “rique-foque”, acho que foi assim que ela disse.

- Ahamm… - Falei e só aí me dei conta de que eu já estava conversando demais com ele e precisava retomar as rédeas da conversa ou teria sido um tempo em vão: - O que isso tem a ver com a situação que estamos tentando resolver aqui hoje, Rick?

Ele me olhou com um semblante que eu só poderia classificar como triste e continuou:

- Eu me apaixonei por ela! Simples assim! Agora, me fala como não se apaixonar por alguém assim, simples, invocadinha, desapegada, bonita, inteligente e… - Calou-se, tomando uma golada de sua bebida.

- Gostosa? Safada? - Perguntei, já imaginando o motivo de sua freada.

- É você quem está falando. - Falou, sem me olhar, mas concordou baixinho, quase inaudível: - Mas não dá pra negar, né!

Dei uma olhada para a mesa e as duas já deviam estar roendo os punhos, tamanha a ansiedade e curiosidade. Voltei-me para a direção do balcão e, sinceramente, também não sabia bem o que falar. Desde que cheguei ali não notei nada de anormal em sua postura, nenhum trejeito ou algo que pudesse indicar algum desvio da parte dele. Ao contrário! Ele foi de uma objetividade e sinceridade que me deixou sem chão. Ele parecia estar sendo honesto, genuíno e isso dificultava uma solução mais enérgica de minha parte, justamente porque eu já estive numa situação parecida e sabia bem que não era fácil:

- Rick, você tem ideia do que está em jogo aqui?

Ele suspirou fundo e falou sem me olhar:

- Eu sei que não estou sendo legal ou direito, Mark, mas… Poxa! Como convenço o coração a desistir de algo tão precioso?

- Você já pensou que tirando ela da sua família, você a estaria condenando a uma morte lenta? A tristeza iria consumi-la. Eu sei disso porque a conheço bem e sei como ela é sentimental, cara.

Ele chacoalhava seu copo, fazendo o gelinho tilintar, mas eu ainda tinha mais a dizer:

- E se as meninas ficassem com ela, você já imaginou a tristeza que causaria a elas estarem longe de mim? Não estou nem pedindo para pensar em mim, foque somente nelas! Já imaginou que a tristeza das filhas, mais cedo ou mais tarde, contaminaria a Nanda e depois seu próprio relacionamento?

- Eu sei, eu sei… - Resmungou baixinho e depois ele próprio se perguntou: - Como você pode ser tão cafajeste assim, Rick? Destruir uma família para se satisfazer é uma vergonha, para dizer o mínimo…

Ele ficou em silêncio, mas eu queria resolver logo aquela situação:

- Olha, a respeito daquele absurdo final de semana que você pediu para ela, eu…

- Fica tranquilo. - Ele me interrompeu: - Não vou mais insistir nisso. Seria ótimo, mas, pelo motivo errado, poderia ser péssimo também.

- Isso! Concordo totalmente. Irá deixá-la em paz?

Ele não respondeu, mas balançou a cabeça afirmativamente, olhando para seu copo. Olhei novamente para a mesa e elas nos encaravam com os olhos arregalados. Então, o convidei para retornarmos. Elas estavam duas pilhas de nervos, ambas com os olhos ainda arregalados e mais brancas que o normal: Nanda tremia apesar de sentada e Denise com unhas roídas, mastigadas:

- Calma vocês duas! Nós conversamos, estamos vivos e bem.

Rick sorriu, tentando passar calma e brincou:

- Somos adultos, moças, relaxem.

Elas ainda nos olhavam e eu expliquei:

- Conversamos civilizadamente, ponderamos as situações envolvidas e o Rick concordou em te deixar em paz, Nanda.

- É, mas eu poderia te pedir uma coisa, Mark? - Perguntou, olhando-me nos olhos.

- Diga. - Falei, estranhando.

- Será que eu poderia manter contato com a Nanda, sei lá, cultivar só uma amizade? Aliás, com ela e com você?

Meu estranhamento aumentou e vi que aquilo seria descabido, pois não cortaria o laço entre os dois:

- Já que você está sendo sincero, também serei com você: hoje, não! - Respondi também sem tirar os olhos dele: - Você está muito ligado a ela e ela a você. Acho que seria bom vocês dois se afastarem por um bom tempo, colocarem a cabeça no lugar antes de qualquer…

- Espera um pouquinho aí! - Nanda interrompeu: - Ninguém quer saber a minha opinião? Será que os machistas aí vão querer decidir tudo sem me ouvir?

- Nanda, o que é isso? - Perguntou Denise, insistindo: - Já está tudo certo, resolvido, acabou!

Nanda literalmente a ignorou e me encarou, cobrando respostas às suas perguntas:

- Uai, diga Nanda!

Ela suspirou fundo e passou a falar, olhando para mim:

- Não vejo problema algum sermos amigos, mor. Nós somos adultos e podemos muito bem conviver, desde que ele saiba o seu lugar e respeite nosso relacionamento. Não é assim que funciona com a Denise? E olha como tem dado certo! Ela é uma grande amiga nossa e vocês curtem bastante. Por que não poderia funcionar com o Rick?

- Nanda, parou! - Denise agora protestou, enfaticamente, chamando a atenção dela: - Você está bem errada em nos comparar. Gosto muito de vocês, muito mais do Mark é claro, mas ele nunca me prometeu nada ou disse que queria mais que sexo comigo. Não é a mesma coisa.

Eu fiquei surpreso com aquilo e meio sem reação. Ainda assim após a fala da Denise, achei que precisaria dizer algo:

- Estou aqui tentando resolver essa situação que já passou do limite do aceitável e provavelmente estejamos aqui justamente porque você não demonstrou efetivamente o que quer da sua vida.

- Olha, gente, eu também acho que a Nanda deveria opinar e decidir sobre isso. Afinal, manteríamos contato apenas para cultivar uma amizade saudável. - Insistiu o Rick.

- Obrigada, Rick! Pelo menos, alguém aqui concorda comigo.

- Eu nunca te proibi de nada, Nanda! Só que a sua indecisão deixou a situação chegar onde chegou. Ele talvez tenha desenvolvido esse sentimento por você justamente por você nunca ter deixado claro que queria apenas sexo e nada mais.

- Talvez você esteja certo, mas quando você toma todas as decisões, praticamente me colocando de lado, sinto como se me tratasse como uma criança ou uma retardada.

- Uai, então haja como uma mulher e decida: o que você quer da sua vida?

- Eu quero você, mor, todos os dias, sempre. - Falou olhando nos meus olhos e completou: - Mas não vejo porque não poderia ter o Rick uma vez ou outra também.

- Um amigo com vantagens… - Resmungou o Rick.

- É! Quem sabe? Desde que você saiba o seu lugar. - Retrucou a Nanda.

Não pude esconder meu incômodo com a proposta. Não era o que eu queria e sabia que aquilo não acabaria bem, porque existindo essa ponte, mais cedo ou mais tarde, eles acabariam se envolvendo novamente:

- É essa a sua decisão? - Perguntei, olhando em seus olhos.

- Se você concordar…

- E se eu não concordar?

- Vou ficar chateada, triste talvez, mas vou respeitar. Você é o meu marido e até hoje não errou comigo.

Eu não queria tomar uma decisão por ela, me sentia um machista, um abusador. Eu imaginava que ela estivesse de acordo que eu tomasse providências para afastá-la do Rick, mas vi que estava errado. Ela não queria se afastar, talvez quisesse apenas respeito e controle sobre a situação. Não conseguia entender o intuito da minha esposa e depois de um bom tempo a encarando em silêncio, o Rick falou:

- Por que não fazemos os pedidos? Podemos resolver essas divergências no decorrer do jantar.

Nanda correu os olhos por ele, mas voltou sua atenção para mim novamente. Decidi ser o que eu não queria e fui objetivo:

- Não, Rick! Não para o jantar e não para a amizade. - Falei para ele e voltei minha atenção para a Nanda: - Sinto muito, mas eu não concordo com isso.

Seu semblante se fechou e ela respirou fundo, como se quisesse se controlar:

- Tá bom, Mark. - Ela me respondeu, balançando negativamente a cabeça e se voltou para o Rick: - Não me ligue mais, Rick. Vou cuidar da minha vida, da minha família e você não faz parte dela. Obrigada pela água.

Ela se levantou e me encarou, convidando em silêncio para acompanhá-la. Chamei Denise e saímos os três, deixando o Rick para trás. Pedimos um Uber e a Nanda foi enfática:

- Quero ir para o hotel! Não estou com fome ou clima para jantar. Desculpa, Denise.

Pessoalmente, eu também não estava e acredito que nem a Denise. Concordamos em deixar o jantar para outro dia e levamos Denise para seu apartamento, rumando após para o hotel. Já no elevador, Nanda começou:

- Do que você tem medo, Mark? Sexo!? Se eu der para o Rick ou para qualquer outro, é a mesma coisa!

- Não é! Você sabe que não é.

Chegamos ao nosso andar e ela saiu pisando alto. Entramos no quarto e ela se trancou no banheiro para sair só minutos depois, visivelmente perturbada. Ainda achei que deveria tentar remediar a situação:

- Eu ouvi a gravação de vocês…

- É! E tinha alguma coisa demais?

- Não, você foi muito bem, mas ele não foi respeitoso quando me chamou de frouxo, coisa e tal…

- E o que eu fiz? Eu te defendi! Discuti, briguei e terminei a ligação.

- Isso! É só isso que eu quero. Que você termine de vez essa ligação entre vocês.

Ela não falou mais nada. Apenas tirou sua roupa e se deitou na cama, pedindo que eu apagasse a luz para que ela dormisse, pois precisava descansar para voltarmos no dia seguinte para nossa cidade. Concordei e assim fiz. Dormimos juntos, mas separados por um muro invisível nessa noite e nas próximas também, sentidos com as decisões tomadas. Por dias, não fomos um casal, nem amigos, talvez apenas conhecidos, vivendo a rotina do dia a dia em função das filhas em comum.

Nosso “relacionômetro” estava perto do zero: não havia contato, calor humano, paixão, amor, nada! No Natal, como de costume, com as meninas ao pé da árvore natalina, entregamos uns aos outros os presentes. Por coincidência do destino, no sorteio, coube a ela entregar o meu, o que fez sem pestanejar, e após me dar o pacote, segurou-me a mão e me olhou com os olhos marejados. Acariciei aquela mão que tanto me fazia falta, aceitando o contato e ela me abraçou, choramingando em silêncio:

- Por que você tá chorando, mãe? - Perguntou Miriam.

- Nada não, amor. É Natal e a mamãe fica emotiva. - Respondeu assim que me soltou.

Eu beijei sua boca com carinho e ela retribuiu, cochichando logo após:

- Obrigada por não desistir de mim.

Sorri apenas, mas esse sorriso valeu por um discurso todo. Ainda não transamos nessa noite, mas já conseguimos dormir juntos, de conchinha, compartilhando nosso calor, respiração, aspirações, sentimentos… Na virada do Ano Novo, comemoramos com a família e tivemos nossa nova primeira noite de amor, ainda meio frios, desconectados, parecendo querer apenas “cumprir tabela”, mas no outro dia já melhoramos e no outro mais ainda, e a constância nos fez voltar a sermos o que nunca deveria ter deixado de ser. O Rick não voltou a entrar em contato pelo que eu saiba e até hoje me pergunto como ele conseguiu abalar tanto assim nosso relacionamento em tão pouco tempo. Se iríamos continuar nesse meio, precisaríamos aprender a blindar melhor nossos corações.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 192Seguidores: 531Seguindo: 20Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Só mais um comentário nesse capítulo: o melhor disparado, praticamente um Dom Casmurro pois deixou todo mundo discutindo.

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"O Rick não voltou a entrar em contato pelo que eu saiba..."

Esse comentário vai de encontro ao que Nanda falou aqui nos comentários.

... Eu fiquei com o Rick novamente, mas eu outro capítulo no futuro, não me lembro agora se no 17 ou 18."

Acho que pode ser interpretativo, mas gera controvérsias.

O mais importante é que, controvérsias a parte, O amor sempre vence.

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Pode ter sido um encontro casual, rolou, Mark pode ter assistido porque ele gosta e já era... ou veja bem, foi lá pelo 16 que eles se viram em Manaus, talvez tenha sido lá...

Mas fato que o Mark quer de fato esquecer o caso rick...

E ta certo ele... passou já era... uma coisa é fato, não gerou divórcio como em outros casos nem trauma como no caso do Bruno... acredito que Mark fez certo em ignorar... Rick não merece atenção do cara que ele acha frouxo

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Não confundir capitulo 17 ou 18 (ainda nao foi divulgado), com parte 17 ou 18, do capitulo corrente, que é o 15.

Como Nanda falou..."capitulo no futuro"

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Acredito que algum encontro casual, alguma festa se acharam, ela ficou com ele, sob concordância do Mark, transou como ela mesma disse e vida seguiu...

Ela conheceu o rick no shopping, não houve muito bate papo kkkk

Acredito que ele não procurou essa transa, se viram, rolou, Mark concordou, deve ter custado caro pra caramba pra nanda e a vida seguiu...

Não deve ter havido contato... realmente contato dele com o casal não rolou como Mark disse, deve ter sido esses encontros casuais, como ocorreu com o caio

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Bom vamos lá... queria deixar para o final pra dizer o que vou falar agora.

Bom, a todos que criticaram a Nanda, alguém se colocou no lugar dela?

Ali, numa mesa de restaurante, dois homens, um pai das filhas dela e outro que ela viu meia dúzia de vezes e teve um sexo casual estavam ali discutindo o futuro da vida dela...

Em algum momento alguém pensou nisso?

O que a Nanda queria era apenas ser ouvida. Nanda foi ao encontro do Rick pra dar e ser feliz com ele? Não...

Ficou claro quando ela, frente a Denise, na ocasião praticamente constituída como advogada dela, que ele sim fez importunação sexual ou até assédio, pois muitas vezes nas conversas a coisa ia para um lado mais quente...

Se a Nanda quisesse poupar o rick, ela teria dito: NÃO DOUTORA, ELE NÃO COMETEU EXCESSO COMIGO, não foi o que ela fez...

Quando ela citou a amizade, eu não sei se ela iria cultivar a amizade com ele não... ela sugeriu, isso não quer dizer que iria acontecer... Naquele momento, eu acho e por isso ela ficou brava, ela queria sentir do Mark confiança... Ela queria sentir do marido dela, que ela sim amava (o outro era só uma paixão), que ele aceitaria, confiaria nela...

Era somente isso, claro, precisaria ter o conto na voz dela para sabermos de fato, mas eu sugiro que foi isso...

Vejam bem, o Mark estava com a razão também... Ele iria confiar na mulher que fez duas pessoas mentirem para ir jantar com uma pessoa que até no dia anterior disse que sentia algo? Ele Mark fez certissímo... cortar o mal pela raiz... Mas entendo a revolta da Nanda, naquele momento ela queria sentir a confiança do Mark nela... mas, claro que infelizmente a Nanda não mereceu esse voto... Não foi nesse capítulo que ela fez as coisas de forma correta, ela agiu mau, ela mentiu, e tudo mais... Confiança não se ganha da noite para o dia, menos ainda mentindo...

Mas eu entendo a revolta dela, talvez a frustração dela nesse período até o Natal seja com ela mesma... Lembram quando ela disse aqui nos comentários que ela não sabe como foi tão burra de se deixar envolver pelo Rick? Está aí...

Quando ela agradece ao marido por não desistir deles, era um desabafo...

Por fim, falando do Rick... volto a dizer, babaca, possessivo e sem respeito algum... "a reserva é para um casal", "seu marido é um frouxo", "quero a sua foto com suas filhas e eu na cabeceira da minha cama"

O que ele fez configura crime sim... inclusive, com aquela gravação, caberia ao Mark um processo contra ele...

Ele Rick foi ético em deixar a Nanda em paz? Não... ética é algo que ele não tem e que 90% das pessoas ricas não possui (e quem sabe quem realmente eu sou sabe do que falo kkk).

Sabem por que o riquinho se mandou? Porque crime por assédio e importunação sexual, contra gente rica, ganha mídia...

De onde vem a grana dele? de empresa? Tem que se desligar imediatamente... senão a imagem da empresa vai para o ralo se associarem ela a um "abusador"

Quando ele viu ali, uma advogada, ele correu... Ele não é bobo... Entre viver um grande amor e trabalhar, ou ficar aproveitando o dinheiro como ele faz, ele preferiu chutar a Nanda e ficar com a grana dele...

Ele é um egoísta, desde o inicio ficou claro isso, um riquinho mimado, que teve tudo do bom e do melhor, exceto educação e respeito...

Por fim, volto a dizer, entendam o lado da Nanda, do Mark perfeitamente compreensível, aliás São Mark, mas entendam o lado dela também... ali numa mesa, 2 homens decidindo sobre seu futuro...

Qual a pessoa que não ficaria sei lá, apavorada?

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Eu só acho que quando ela foi só jantar sabendo que o marido iria intervir, ela deveria ter aceitado tudo desde o início, não confronta lo, isso pegou o Mark de surpresa, pq ele entendia que ela TB não queria, mas quando o calhorda coloca uma opção de amizade com ambos, ela deveria ter sido a primeira a se negar, pou o cara ofendeu seu marido, mas ela fez o oposto erradamente, confrontou o marido, o igualou o chamando de machista, e lembramos que não é a primeira vez que ela o chama assim, comparou o imbecil a Denise, nada ver, tremenda bola fora,

E pra fechar com chave de ouro, da um gelo no relacionamento, isso só mostra o quanto o Mark acertou na decisão, o quanto ela estava envolvida, talvez bem mais do que ela mesma soubesse,

A única coisa que eu falo em sua defesa é, quem está de fora, é muito mais fácil falar, julgar, vc vivenciar o que ela viveu, e ter que tomar decisões sem qualquer premeditação é complicado,

Ela só deveria ter pensado um pouco, se essa situação fez não só eu mentir pra meu marido, mas envolver mais duas pessoas, está mais do que na cara que essa amizade ou relação não vai me fazer bem, faltou nela esse feeling,

Mas a história foi simplesmente Fantástica, todos nós agradecemos ao casal por nos proporcionar vários ensinamentos,

Pelo menos essa foi a minha visão.

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Ela tinha... E como tu falou, só quem está ali na hora tem noção da sensação que é...

A Nanda, poderosa, cheia de si, acostumada com o Mark dizendo amém, pela primeira vez ouvindo um não...

Para nós é o que tinha que ser... para ela, naquele momento, era uma situação na qual ela ainda não havia passado...

Não questiono a razão do Mark, ele está certo, mas deixou a nanda surpresa com a reação...

Vou apontar algumas coisas que vi... Mark não quis lá no hotel o final de ssmana... ela ficou louca, mas no fundo ela gostou quando ele disse não... depois julia reforçou e ela praticamente sentenciou o fim da ideia do final de semana...

Com relação a noite, na casa o Mark negou... pelo menos não naquele momento... Nanda ao mesmo tempo chorava e ria emocionada, dizendo que tinha que agradecer a Deus por isso...

Ali ele disse não, ela ficou bicuda sim... mas por alguma razão, eu acho que ali ela gostou daquele não...

Se ela não gostasse, ela mesma poderia ter dito: AGORA CHEGA, ME DEIXEI SOZINHA, NÃO QUERO MAIS NENHUM DOS DOIS...

Ela se despediu do rick, pediu para nunca mais procurá-la, parece que ficaram de novo mas deve ter sido por procura dela e não dele, Mark deixou claro que não procurou... E vida seguiu...

Só tem um jeito de entendermos isso, com a visão dela... no fundo, ela queria ficar naquele chove e não molha com o rick e ao mesmo tempo casada com o Mark...

Mas é aquela história, ela ia engolir ele com a iara a hora que ele quisesse? Com a verônica? Com a Denise? Certamente que não...

No fundo deu aquela emburrada, depois virou a página... até porque o casal seguiu bem a vida

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Para tais dúvidas como essa só mesmo os rascunhos da Nanda (que penso eu NÃO serão postados) para responder.

Todavia, um dos comentários que achei mega pertinente foi de que: o sentimento floresceu e obscureceu a visão da Nanda. Ela pode ter todas as razões do mundo que na cabeça dela faziam muito sentido naquela época. Mas o sentimento pelo rick simplesmente nublou o julgamente dela. E sentimento é uma coisa que não podemos controlar, não podemos colocar sob a ótica da razão.

Iria causar o término do casamento deles.

O Mark sempre foi racional e mais do que nunca ele exerceu a racionalidade dele naquele momento, mesmo que a própria natureza dele gritasse que ele estava sendo controlador, a Nanda só ia mergulhar no caos desse sentimento, negando ele, não se posicionando da forma que realmente deveria se posicionar até o momento que ela teria se afogado e levado a família dela junto.

Eu de verdade esperava que a Nanda tivesse um "estalo" e simplesmente jogasse no ralo, mas também é hipocrisia minha já que ela sempre se provou uma pessoa coração. Então coube ao Mark fazer o certo.

Nanda poderia querer confiança e no íntimo dela até poderia fazer sentido, mas ao externar isso só deu problemas e mais problemas.

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O pensamento é o caos sabe amigo? Ele acelera, multiplica e amplia-se numa velocidade muito grande... por isso Mark deu o basta, ele agiu, não pensou...

Poderia ter sido ótimo ela ter desenvolvido essa amizade, como poderia levar o divórcio...

Mas tu acha que ela seria feliz com o rico? Tá fora né... ele é um playboy, o que encantou nele foi o fato dela não pedir nada em troca...

Eles se viram meia dúzia de vezes... ela sim se iludiu e foi envolvida, inclusive em outros contos ela comentou até de forma arrependida disso...

Mas ele? Kkkk

Depois que ele viu que a nanda queria desenvolver a amizade se ele realmente amasse ela, iria a luta... ela deu a deixa...

Talvez, isso também seja um fator sabe? No fundo ela quis testar a confiança do Mark nela e, principalmente testar o amor do rick...

Ela disse querer manter amizade, vai pra cima né?

Por qual razão meu caro Aqueleoutro2 ele não deu mais as caras?

Eu te digo, porque o amor dele era tão pequeno que era inferior ao medo que ele tinha de tomar um processo...

Além do mais o Mark mandou a real, ele iria destruir a vida dele Mark e de duas crianças, que aos poucos destruíram a nanda...

Mas sinceramente, o rick deu pra ver que não estava preocupado com isso...

Ele só aceitou negociar depois que envolveram a Denise como advoGATA do casal...

Bom, mais uma, será que esse foi o primeiro fato assim que o rick passou? Nanda não sabia nada sobre ele... fato que ele se cagou todo quando o Mark entrou em ação... pra mim, quem não deve não teme

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É, mas ela fala isso NO PRESENTE, esse fato ocorreu no passado. Na mente dela ela poderia mostrar que rick seria no máximo o amigo colorido dela tanto quanto a denise seria do Mark.

Mas novamente: o fator sentimento... essa é a maior variável/incógnita/indecifrável de um problema kkkkkk

Se a Nanda tivesse se posicionado de forma clara e objetiva ao invés dos diversos tropeços ao longo do caso, talvez o Mark sentisse mais confiança nela em seu posicionamento, mas ele precisou agir dessa forma porque não tinha essa garantia na Nanda.

E até aqui, sem os rascunhos dela para termos certeza, o risco do sentimento DELA aumentar ainda mais era muito alto, o rick nunca foi preocupação para o Mark, tanto que se desde o início tudo tivesse sido esclarecido, tudo posto a pratos limpos, ele poderia se desmanchar de amores pela Nanda que nem um "tchum" ela daria pra ele kkkkk

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Eu vejo a Nanda como um pássaro raro,seu canto é divino.

O Mark quer manter ela presa,só que a Nanda quer sair da gaiola e cantar para outro amor .

Nanda vc canta e encanta .

Sou seu fã....

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Bom dia, sou apaixonado pela maneira como vcs escrevem não perco um capitulo escrito por vcs e tenho lido os comentários também em bom português devo dizer que vozes de burro não chegam ao céu" venho aqui dar-vos o meu insignificante apoio e que espero ler muito mais escrita vossa e espero não perder a possibilidade de ler o que escrevem por culpa de quem não sabe estar numa plataforma deste estilo, bem hajam Mark e Nanda, cumprimentos carinhosos de um vosso fã.

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É assim.

Página virada, fim de capítulo, mas fica a sensação de que não foi o fim.

Uma pena que alguns leitores tenham criado um clima tal, que o autor simplesmente deu um basta e encerrou o capítulo, espero que não a história

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Mark e Nanda, si realmente vc para de publicar suas experiências de vida no meio liberal, venho aqui agradecer por vcs terem nos mostrado a experiências que vcs tiveram no meio liberal,foi maravilhoso acompanhar essa linda história de amor verdadeiro, só tenho que agradecer e parabenizar vcs dois, mas espero de coração que vcs continue, mas si não acontece valeu por tudo que vcs contaram aqui prá, um abraço muito forte em vcs, bjs

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Gente, olha só, o capítulo terminou nessa parte. Na verdade, essa parte seriam duas, mas o Mark andou podando bastante coisa que talvez explicasse algumas das dúvidas. Ele fez isso porque queria acabar logo esse capítulo, reflexo daquele problema que tivemos há uns dias.

Como eu já dei um spoiler antes, e agora entendi porque o Mark ficou bravo, venho explicar: não há falha de continuidade. Eu fiquei com o Rick novamente, mas eu outro capítulo no futuro, não me lembro agora se no 17 ou 18.

Eu tenho um rascunho do que aconteceu nesses dias. Vou conversar com ele e tentar que ele me deixe publicar, mas não garanto nada.

Outra coisa, ele ainda não sabe se irá continuar. Como eu vinha colaborando neste capítulo, ele o concluiu, mas quanto aos novos, ainda não sabe o que fará.

Beijos para todos.

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Showww. Agora a cronologia fica perfeita. Vlw pelo esclarecimento. Assim acabam as especulações.

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Não sei se é pedir demais mas pelo menos explica do seu ponto de vista o que aconteceu com você entre a saída do restaurante e o Natal.

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Isso seria ou será justamente o meu capítulo final, se ele me deixar publicar, senão este capítulo já terminou.

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Vou comentar apenas para dar os parabéns ao casal pela coragem e vida que segue. Se o Mark resolver encaminhar os capítulos como o Lael faz, pode contar que estou dentro. Qualquer comentário a respeito do sentimento dos dois, ficaria apenas no campo do "achar" e minha finada mãe dizia que "achando morreu um burro mais ou menos da minha idade", portanto bola pra frente, quem sabe dá vida de vcs são vcs mesmo. Kkkkkkk. Uma pergunta Nanda... o Mark dará continuidade aos outros dois contos?

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Caso desejem parar por aqui: obrigado pela história e tudo de bom na vida de vocês

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Imaginei que houveram cortes exatamente por esse motivo. Só tinha ficado confuso a maneira que terminou esse conto (principalmente a última frase), comparando com o seu spoiler... agora deu pra entender. Sobre continuar o conto, essas pessoas que ofenderam vocês 2 além de serem minoria, aparentemente nem comentam mais por aqui, sem falar que a grande maioria curte demais a história de vocês.

Com todo respeito ao BOM escritor Mark, as partes que tem as suas visões, me conectam de um jeito maior na história. Acredito que todo mundo gostaria (precisa) saber pelo menos a visão da Fernanda Mariana Branca de Malerc Itebral pelo menos nesse último capítulo

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Não parem,continue com essa linda estória de amor ..

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No fim ficou claro para mim o quanto a Nanda está a envolvida. Mark deveria ter se separado bem nesse capítulo. Ela falava que não o queria durante todos esses capítulos, mas quando o Mark tomou a decisão ela jogou na cara dele várias coisas, inclusive a Denise, ou seja, ela está a usando a Denise para manipular o Mark. Ela não foi no restaurante pq queria dar um ponto final em tudo isso e sim pq queria ter pelo menos a chance de continuar tendo o Rick na vida dela. Fiquei muito triste com esse capítulo e acha a que a Nanda mostraria ser outra Nanda renovada e mais forte.

Ela se apaixonou, se envolveu e aparentemente só o Mark ponderou tudo o que está a em jogo. O Rick não mostrou ser um manipulador ou obsessivo, mas a nada sim. Fez birra de aparentemente dias que ao meu ver era de fazer o Mark mudar de ideia.

Triste momento da vida de vcs heim amigo. Se eu pudesse voltar no tempo e te falar algo seria, se prepare, pq ela vai usar isso contra vc um dia e será em qualquer deslize que você cometer.

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Seria ótimo que a Nanda escrevesse um conto desde a hora que ela resolveu sair para encontrar o Rick. Teríamos uma ideia do que se passou na cabeça dela. E terminaria até o dia do ano novo

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Outra coisa que me deixou refletindo. A Nanda queria um final de semana e pelo que entendi ela queria fazer algo igual fez com o Marcos, e só não fez pq o Mark teve piedade, depois ela foi lá e tentou marcar um encontro sozinha com ele e etc.

Já no final do conto fica parecendo que ela queria resolver do jeito dela, que o Mark resolvendo não era bom. Mas ao mesmo tempo ficou emburrada pq ela não poderia ter mais encontros com o Rick. Enfim, foi mesmo o Mark que continuou esse conto? A Nanda virou uma confusão danada nesse conto. Então a mentira para ir encontrar o Rick não foi a única? Ter um desfecho como uma punição para o Rick também era? Quem é a Nanda de verdade?

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Ótimo desfecho. Mark deixou por conta da Nanda enquanto deu, quando percebeu que seus conflitos internos colocaram a relação em risco, tomou as rédeas da situação. A mentira para encontrar com Rick e o afastamento do casal após o jantar mostra o quanto ela se envolveu e sua frustração ao ter de afastar do homem por quem desenvolveu sentimentos.

A confusão emocional que Nanda viveu é compreensível e não é rara no mundo liberal. Mark e Nanda, apesar de viverem uma relação aberta, acreditam no amor monogâmico, podem transar com outras pessoas, mas é só tesão, que em nada muda os sentimentos que um tem pelo outro. Em parte eles tem razão, Nanda nunca deixou de amar Mark, mas a grande questão, que derruba muitos casais liberais monogâmicos, é a possibilidade de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Não estou falando de sentir tesão, paixão ou "amor de pica (ou de buceta), estou falando de amar duas pessoas ao mesmo tempo.

No começo eu achava que Nanda tinha se encantado por Rick, uma paixão derivada da química sexual do casal, mas o jantar em Manaus, onde o tesão não aflorou, o aceite da proposta de Rick, as constantes tentativas de fazer Mark concordar, a orquestração de uma mentira, sua insistência em mantê-lo como "amigo com privilégios" no jantar e, principalmente, o afastamento de Mark após o jantar, mostram que o sentimento é mais profundo. Nanda se viu em uma situação impossível dentro de sua concepção de mundo: estar amando dois homens ao mesmo tempo.

Claro que Mark tinha prioridade, eles tem uma história em comum, filhas, cumplicidade. Mas o sentimento estava lá, não sei até que ponto ela entendeu o que sentia.

Já vi casais liberais, bem estruturados, acabarem por conta disso. Dividir o corpo para uma transa é uma coisa, dividir sentimentos é outra completamente diferente. Pouquíssimos casais aceitam.

Vem daí a regra de ouro dos relacionamentos abertos: evite intimidades fora do âmbito sexual. Parceiro(a) de transa não deve se tornar amigo(a), confidente ou coisa parecida. As chances de dar merda são enormes quando isso acontece. Não que sempre vá acontecer, mas não vale a pena o risco.

Já escrevi em outro comentário, mas vou repetir: o casal tem que ficar muito atento aos sentimentos que desperta em seus parceiros de jogos, qualquer sinal de algo a mais, pule fora. Eles são acessórios, nada mais que isso. Nesse sentido vejo Denise e Rick no mesmo patamar. Tanto ele, como ela já externaram querer mais que sexo.

Por fim, não é minha intenção ficar "cagando regras", tem casais que preferem ter pessoas fixas e não tem seu casamento abalado. Cada caso é um caso.

O alvorecer é o momento em que se sai da escuridão, onde não se vê tudo com clareza, e se passa a enxergar como as coisas realmente são, Mark e Nanda estão nessa jornada, que não acaba nunca, mesmo com a luz sempre tem algo de novo para ver.

Parabéns pela história. Como sempre, três estrelas!

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Até coloquei meu comentário antes do seu e acho que concordamos em várias coisas. E fico feliz de ler tudo o que você falou, pois me fez entender outro lado da situação.

Parabéns pelas colocações.

Ainda não consegui separar o meu sentimento de fã e não julgar.

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Muito legal a sua visão. Tb concordo com Ellen, acho que não chegou a ser amo, mas uma paixão que passou da vontade carnal, muito.forte por sinal, pois, talvez involuntariamente, a Nanda colocou seu casamento em risco constante nesse últimos capítulos. Quando insistiu com o Mark para aceitar a aproximação do Rick, quando o Mark dava todos os sinais de estar muito insatisfeito com a situação e quando mentiu para o marido (lembrando que a outra mentira, que nem foi tão grave, quase os separou). Mas como disse a própria Nanda, nós sentimentos ninguém manda. Esse é o motivo pelo qual sou cagão para entrar nessa onda liberal, o sexo eu tiro de letra, mas compartilhado amor da minha mulher... acho que não consigo... se não sabe brincar, não desce pro play. Rsrsrs. Prefiro não arriscar, apesar de admirar que leva de boa.

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Foto de perfil de CasalC&R

Lição de vida pra todos nós. Nossas vidas são repletas de escolhas, nos deparamos constantemente com os "e se" e acabamos fazendo escolhas que, muitas vezes não foram e nem serão as ideais, mas mais do que tudo, o importante é poder contar com alguém que está ao nosso lado, para proteger, consolar, reerguer e amar. Ainda bem que vocês têm um ao outro.

A história de vocês é simplesmente encantadora e mostra que a vida não é um mar de rosas e que, inclusive, para colher as rosas, é preciso enfrentar os espinhos.

Um grande abraço da Ro e do Cícero.

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Nanda testou todos os limites do Mark, no jantar já ficou estranho quando a Nanda falou que queria ter uma amizade com benefícios com o Rick e não levou em consideração o estrago que tava fazendo com o Mark com essa proposta, depois que o Mark se impôs e não aceitou a proposta e colocou um ponto final nessa "relação" ela não aceitou bem e o casal ficou um tempo estremecido, graças a Deus o amor foi maior e conseguiram superar essa crise, sendo bem sincero EU teria metido o pé e a separação seria certa, minha única preocupação seria o bem estar das filhas.

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Ela era acostumada a levar ele na conversa... A verdade que ela tentou empurrar a Denise pra ele pra ter um macho fixo... Mark é liberal, não corno manso pra aceitar isso...

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Naquele momento ficou claro, nanda não queria escolher um dos dois, ela queria os dois... Mark já deu o chega pra lá... E aí ela ficou bicuda... mas é aquela história, ela mentiu, envolveu terceiros na mentira, misturou prazer e amor...

Nesse caso ela não mereceu nenhum voto de confiança dele... aliás novamente diga-se de passagem...

Vamos ver nos próximos contos como essa confiança foi reconquistada

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Foto de perfil de Nego Nery

O desfecho foi simples e objetivo, como é a vida... nós seres humanos é que dificultamos as coisas. Parabéns como sempre!!!

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Foto de perfil de Id@

Nanda, o Mark só fez te proteger. E, veja bem, te proteger de você mesma!!!

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Concordo plenamente, Ida.

Tenho convicção que a Nanda ama muito seu marido, pois tem duas filhas com ele, uma história de vida compartilhada e por alguns sinais que a historia deu, pois sempre se arrependeu de fazer as coisas intempestivas que fez. Exceto talvez nessa ultima situação com o Rick. Tenho minhas dúvidas se eles ainda estariam juntos, caso não tivessem as meninas.

Mas Nanda, seu marido não só te ama. Ele te idolatra, te adora e ainda é extremamente apaixonado por ti! Você realmente deve ser um pedaço de mau caminho, inteligente, competente na vida profissional pelo que lemos, mas acima de tudo tu é a mulher com quem o Mark sempre sonhou em ter e compartilhar seu caminho até o final de seus dias. Poucos homens, pouquíssimos, aceitariam qualquer desculpa para a mentira e enganação que este ultimo episódio mostrou, mesmo você tendo se arrependido. Só mesmo o Mark!

Por isso de vez em quando eu brinco que devemos canonizar o Mark😂. Só mesmo um santo apaixonado para te perdoar dessa última enrascada. Sei que já superaram isso pelo que foi contado, mas olha... você tem muita sorte.

Saúde e paz pra vocês.

⭐⭐⭐

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Que final! Mas gostaria de saber o que se passou na cabeça da Nanda...

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Também adorei o final mas gostaria de saber o que se passou na cabeça da Nanda ate o momento que eles voltaram as boas.

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Parabéns Mark vc fez o seu papel de homem,de macho tipo que eu gosto,colocou este canalha no seu devido lugar,o cara assédio sua esposa um mês inteiro,foi desrespeitoso contigo,e ainda queria ficar como amigo,eu faria pior ele sentiria o peso da minha mão,como fiz com uma na comunidade, agora não entendi a Nanda,ela demostrou que estava apaixonada por ele,fez exatamente como uma menina quando os pais proíbem de namorar certo menino.maz sei que tudo está bem entre vcs,bjs

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A Nanda fez tudo o que quis... quando o Mark se sentiu desconfortável, ela dava o jeitinho para ele aceitar...chega uma hora e basta... não é não...

Acredito que isso seja o alvorecer da mensagem... ela precisa aprender a controlar as emoções dela... nem com a Denise o Mark teve tantos encontros como ela teve com o rick... foram duas ou 3 em SP, várias vezes em Manaus... não falo só de sexo, o fato de você ir jantar, sair junto... uma coisa é como amigo, mas no caso do rick nunca foi na forma de amizade não...

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