The L House #11 = Marcela

Um conto erótico de Marcela
Categoria: Lésbicas
Contém 790 palavras
Data: 20/12/2022 22:26:54
Última revisão: 14/02/2024 14:38:41

Marcela:

É do nada meu mundo caiu. Quando ouvi a reitora falar que eu não podia mais estudar ali sem pagar eu fiquei sem chão. Perguntei o que tinha acontecido já que ganhei a bolsa por causa das minhas notas e minhas notas apesar de eu não saber as da última prova eram perfeitas. Ela me disse que era por causa que a universidade estava passando por dificuldades financeiras e blá blá blá, mas sinceramente nem ouvi direito. Eu só perguntei se tinha como isso mudar e ela disse que não. Perguntei se pelo menos um desconto eu tinha direito, mas a resposta foi não. E ainda disse que provavelmente no próximo ano as mensalidades seriam mais altas. Eu já sentia as lágrimas correr no meu rosto. Para não passar mais vergonha, eu saí dali sem rumo. Peguei minha mochila na sala e saí. Na saída vi Gustavo com um senhor mais velho conversando em frente a saída. Ele me olhou e deu um sorriso. Eu só virei o rosto e segui para o bar. No caminho mandei uma mensagem para Grazi pedindo para ela pegar o resultado da prova para mim e me mandar por mensagem. Eu disse que depois eu explicaria para ela o motivo, mas iria antecipar minha viagem. Nem vi o que ela respondeu. Cheguei no bar e expliquei mais ou menos a Let o que tinha acontecido e me desculpei por deixar ela na mão, mas eu precisava ir embora. Ela tentou me convencer a ficar e a falar com Mya mas eu só queria ir embora. E assim eu fiz.

Fiquei 40 minutos na rodoviária esperando o ônibus que iria me levar. Eu tentava não chorar, mas algumas lágrimas acabavam escorrendo na minha face. Tinha poucas pessoas no ônibus. Me sentei no fundo e tentei dormir, mas não consegui. Liguei para minha mãe, mas deu caixa postal. Provavelmente ela estava no rio pescando ou em algum lugar sem sinal. Mandei uma mensagem avisando que eu estava indo e o horário mais ou menos que eu chegaria. Pedi para ela pedir pro meu pai me buscar, mas se não desse eu pegaria um táxi até o sítio. Quando vi minha cidade, as luzes da iluminação pública já estavam acesas. Estava com muita saudade dali, mas não queria estar voltando para ficar. Não sem terminar meus estudos.

Assim que cheguei na rodoviária vi a caminhonete do meu pai estacionada perto da entrada. Olhei no celular e vi que minha mãe tinha me respondido. Tinha tentado me ligar, mas nem vi chamando. Assim que o ônibus parou eu desci. Quando estava pegando minhas malas vi meu pai. Larguei tudo e corri para seus braços. Acho que nunca chorei tanto. Meu pai não falou nada, apenas me protegeu naquele abraço. Quando me recuperei peguei minhas malas com a ajuda do meu pai e fui pro sítio. Que saudade que eu estava de casa e da minha família.

Cheguei e expliquei tudo para minha mãe que ficou revoltada, mas acalmei ela. Não tinha o que fazer. Fui para meu quarto, desfiz minha mala, tomei um banho e fui jantar. Fiquei conversando com meus pais até tarde, mas eles tinham que trabalhar cedo no outro dia, então foram dormir. Eu também resolvi fazer o mesmo, mas foi difícil. Fiquei horas relembrando de tudo que aconteceu nos últimos anos em BH. A última coisa que me lembro foi de lembrar do rosto da Mya. Queria ter me despedido dela, mas acabei não fazendo. Acho que por medo dela tentar me impedir de vir. Eu precisava mesmo da minha família naquele momento.

Acordei já eram mais de 9 horas. Levantei e tomei um bom banho. Voltei pro quarto, vesti a primeira roupa que vi e fui para cozinha comer alguma coisa. Estava sentada bebendo um copo de leite com café e comendo um pedaço de bolo de fubá quando vejo uma caminhonete preta chegando na porteira da entrada. Uma mulher desceu. Não reconheci. Estava de óculos escuros e um chapéu enorme. Vi que ela teve alguma dificuldade para abrir a porteira. Resolvi sair para fora e fui ajudar, mas antes de eu chegar mais perto ela conseguiu. Voltou para o carro e veio em direção a casa. Quando ela desceu eu pude ver melhor seu rosto e não acreditei. Não pode ser que ela esteja aqui. Quando ela tirou o óculos e aquele chapéu ridículo da cabeça e me olhou eu tive certeza. Era ela.

Marcela: O que você está fazendo aqui sua doida? 😂

Mya: Vim te buscar. E nem pense em dizer não porque já comprei a corda para te amarrar e levar a força se você se negar a vir por vontade própria. 😂

Eu só corri para aquele abraço!!!

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Continua.

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